Família em Movimento

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terça-feira, 19 de abril de 2016

Educar na Fé

Há dias dei comigo a pensar o que é isso de “educar na fé”?

Educar segundo a Wikipédia é a transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.


Pois para mim, Educar é um acto de amor. Numa família todos educam pais, avós, irmãos…todos sem excepção. 

Porque ao conviver entre si, a família transmite valores, formas de pensar, amor e  também a Fé. Através dos gestos, das expressões, da maneira de ser, da forma de pensar entre tantas outras coisas.
Em Educação diz-se que os filhos são sempre o espelho dos pais. É verdade.



Numa família católica a vivência e experiência de educar é igual a todas as outras famílias que o não são ou que ainda não fizeram a experiência da Fé.
Portanto, educar na fé não é nenhum “bicho de sete cabeças” que nos exige muito tempo ou aulas intensas de catequese. Nada disso, educar na fé apenas nos exige ser quem somos. Neste caso, católicos.

Simplificando:
Comemos todos os dias, pois temos de dar graças a Deus por termos comida na mesa. Como tal, rezamos antes das refeições. É um hábito que os nossos filhos já têm tão enraizado que mesmo sem estarem connosco (por exemplo na escola) rezam antes de comer. Para eles é uma coisa natural. E é de facto.

Quando algum membro da família está doente vamos ao médico. Pois também, se algum de nós precisa de se confessar vamos à confissão. Por exemplo, a mãe vai à confissão e a restante família acompanha-a e por vezes acabam por se confessar também. Porque diante do Santíssimo percebem que também estão necessitados desse sacramento. Nada é imposto.

O pai e a mãe rezam o terço todos os dias, as crianças participam na oração porque querem. A benjamim nem sempre colabora, mas está presente a brincar. E como não é uma imposição, acreditamos que um dia rezará o terço todos os dias porque quer.

Quando as crianças completam 6 anos inscrevêmo-las na escola. Porque não inscrevê-las na catequese? Não nos comprometemos a educá-las na fé no dia do seu Baptismo? Então, como pais temos a obrigação de as inscrever na catequese, porque esta é a nossa Fé. Por aqui, a pequenina já pergunta muitas vezes quando será ela a ir para a catequese, e mostra-se ansiosa com essa nova fase assim como no seu ingresso no ensino básico. É natural, faz parte da idade.

Pela manhã e antes de sairmos de casa benzemo-nos com Água Benta. E as meninas lembram-se uma à outra e por vezes até a nós pais para não nos esquecermos.

Estes são apenas alguns exemplos, do que vamos fazendo para educar os nossos filhos na fé. São actos naturais, porque a educação não pode ser uma imposição. Tem de ser um acto de amor.

Como casal transmitimos aos nossos filhos o que somos naturalmente.
Se como casal amamos a Deus e queremos amá-Lo verdadeiramente, isso transmite-se de forma simples. Porque como criaturas não nos conseguimos dissociar do nosso Criador.

Educar é querer ensinar que os filhos queiram, saibam e desejem fazer o bem. 
Não que não façam o mal; antes, façam o bem.
Se assim for, quando saírem da alçada dos pais (é inevitável), terão asas para voar.

2 comentários:

  1. Gostei muito deste post, em especial desta parte: "Não que não façam o mal; antes, façam o bem.", porque acentua a nota positiva, de uma forma ativa. É como a definição de PAZ, que muitas vezes se confunde apenas com "ausência de guerra", o que não corresponde à verdade. A Paz não é ausência de nada, a Paz é algo - por isso mesmo pode ser construída.

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    1. Bom dia Mimi! Obrigada pelas suas palavras.

      Educar não é fácil, porque só temos uma hipótese de acertar. Não dá para voltar atrás e fazer de novo, por isso não vale a pena interiorizar muitas teorias. Basta ser quem somos, com virtudes, com defeitos mas acima de tudo com muito amor.
      O amor é uma coisa positiva e quem educa no amor, educa positivamente.
      O verdadeiro amor gera sempre paz. É como se fosse um ciclo.

      Talvez o que falte à sociedade seja ser educada no Amor! Provavelmente não haveriam guerras.
      Dá que pensar!!

      Um beijinho

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