Família em Movimento

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quarta-feira, 21 de junho de 2017

domingo, 18 de junho de 2017

A noite em que Deus dormiu



Há vinte anos atrás o Padre Pedro, então nosso pároco, fez uma homilia dominical fazendo frente a um título de jornal que intitulava A noite em que Deus dormiu.


Pensamos que na altura havia caído um avião. Passaram muitos anos e não temos, em rigor, essa certeza.


Ontem acompanhámos com preocupação o desenvolvimento das notícias sobre o fogo que havia deflagrado em Pedrógão Grande e concelhos limítrofes. Temos pessoas amigas e muito afecto pelas zonas afectadas que, nos últimos tempos, temos visitado regularmente.

As zonas fotografadas são zonas que passamos algumas vezes por ano. Tudo isto nos toca, tudo isto nos comove, tudo nos fragiliza.


Ontem pela meia noite fizemos um telefonema ao Zé e perguntámos como estava. Disse-nos que via fogo lá ao fundo mas que a aldeia estava, por ora, segura.

Hoje de manhã ligámos a televisão e a aldeia já não estava segura. Ligámos ao Zé e ele disse-nos que o fogo descia devagarinho e que o esperava



"Seja o que Deus quiser." - disse-nos.

Quando lhe perguntámos se os bombeiros estavam pela zona, respondeu que sim, que os via passar no IC8 da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. 

Nesse momento pensámos: e não param?

Disse-nos que, coitados, estavam cheios de trabalho e que o fogo a combater era muito disperso.

Disse-nos também que não tinham electricidade. Então respondemos que devíamos desligar a chamada pois se estava a gastar bateria connosco e não tinha electricidade para carregar o telefone mais tarde, mais valia guardar bateria para uma eventual necessidade.

Aquilo de nos dizer que o fogo descia paulatinamente fez-nos lembrar a chegada do pior cenário em lume brando.

Ligámos então para os bombeiros de Figueiró dos Vinhos. A chamada não se fez. As linhas estavam cortadas.


Não vencidos, ligámos para a Protecção Civil e aí passaram a nossa chamada para Leiria.  O pai falou então com o comando de Leiria e transmitiu que a aldeia do Zé corria perigo, que os bombeiros passavam e não paravam e que deviam anotar essa aldeia como ponto de intervenção. 



Indicámos o nome da aldeia e onde ficava situada.

A senhora dos bombeiros de Leiria foi muito gentil e disse que iria passar a informação a quem estava no posto de comando ao incêndio. 

Desculpa-nos Zé, mas não podíamos deixar que esperasses sozinho o fogo. Se era "o que Deus quisesse", talvez Deus nos tenha indicado que o caminho era aquela chamada telefónica. 
Não sabemos. Pergunta-Lhe.

Uma hora mais tarde soubemos por familiar que haviam evacuado a zona da aldeia. 

Até ao momento morreram mais de sessenta pessoas. Não sabemos e não devemos emitir juízos de valor sobre como foi acautelada e enfrentada a situação. Não podemos falar do que não sabemos e não dominamos. Sabemos que existem muitos mortos, muitos feridos, muita destruição.

Há um ano atrás estávamos naquela zona quando ocorreram fogos muito grandes em todo o país e aquela zona foi, também ela, afectada. Lembram o incêndio em Castanheira de Pêra?
Passou um ano. Não sabemos o que foi feito neste ano que passou, se é que alguma coisa foi feita. 



Este ano uma trovoada seca ditou a ignição do incêndio. Os raios desceram ao solo. A PJ encontrou a árvore onde a ignição começou. Acresceram altas temperaturas, ausência de humidade e vento forte.
Sabemos que os soldados da paz fazem muito e estão exaustos. Sabemos que muitas famílias estão destruídas. Sabemos que morreram crianças. 


Sabemos que quando escrevemos este texto ainda há muito por fazer. Sabemos que espanhóis e franceses se mobilizaram com portugueses e isso é francamente positivo.

Sabemos que estão distritos em alerta vermelho sem saber o muito bem o que isso significa. Será que nos avisam que está muito calor? Isso saberíamos sem necessidade de um alerta vermelho.

O que gostaríamos é que a situação concreta fosse prevista e tivessem sido poupadas vidas humanas. Se tal era ou não possível, não sabemos.

Seria importante perceber o que aconteceu ontem. Às duas da tarde havia um incêndio deflagrado e só às dez da noite as sirenes tocaram no sentido de que todos os meios fossem para aquela zona. Mas há um espaço muito longo entre as duas da tarde e as dez da noite. O que aconteceu de muito grave? Não sabemos. 

Tal como não sabemos do Zé. Ele não não responde aos SMS, mas não ousamos provocar mais desgaste da bateria do seu telemóvel, se ainda a tiver, Julgamo-lo evacuado. Mas não sabemos se a casa onde mora está a salvo ou consumida pelas chamas.

Estamos todos muito tristes e solidários com estas pessoas que muito queremos. Conhecemos a zona e conhecemos algumas pessoas. Pessoas essas que sempre nos receberam bem. Gostamos muito desta zona. Estamos francamente tristes. Os meninos estão em baixo.

No meio disto, o pai lembrou a homilia de há vinte anos atrás. Citou A noite em que Deus dormiu. Depois calou-se. Mais tarde, após reflexão, perguntou em alta voz onde estariam os Anjos da Guarda das vítimas. Perguntou por que não interveio Deus.

Não temos respostas.

Custa-nos muito esta tragédia. E questionamos humildemente o Senhor porque não impediu a mesma; por que não choveu, por exemplo, e por que não impediu o cenário de morte. Nada sabemos.

Rezámos também a Nossa Senhora. O Terço e a Santa Missa de hoje foram oferecidas pelas vítimas mas também com o pedido de que tudo terminasse. Parece-nos tudo em vão cada vez que ligamos a televisão. A situação parece piorar. 

Oh Deus, por que o permitis?

Não sabemos responder. Somos criaturas que colocamos questões ao Criador com toda a liberdade que Ele nos concede. Ele não dormiu. Ele não dorme. Também não está distraído. Mas não nos responde. 

Mais não resta que rezar e interceder para que a paz regresse àquelas populações e que os soldados da paz dominem o fogo.



Lembramos os rostos do Zé e das pessoas que costumam privar connosco. Lembramos os rostos de quem está em sofrimento neste momento. E pedimos a Deus que chame a Si todas as almas dos nossos irmãos que perderam a vida e que, por tudo, não permita mais morte, mais destruição.  




Gostaríamos muito que os governantes levassem a sério este flagelo anual que teima persistir ano após ano mesmo com mortes.

a) Prevenção;
b) Combate a incêndios;  
c) Disponibilidade de meios;
d) Ataque inicial.

Isto sem esquecer o ordenamento florestal e limpeza. Mas de que nos vale falar disso agora quando passaram 12 meses sem saber o que foi feito? Têm de chegar os incêndios para o tema ser assunto?

Agora na TV dizem que a forma como o fogo se propagou podia ter-se evitado se tivesse havido limpeza das matas, se houvesse cuidado e ordenamento, em concreto nos eucaliptais. Outros dizem que o cenário era previsível e que ocorreu uma falha total da nossa protecção civil. Mas... não ocorre que ouvimos estas boas teorias anualmente?

Enfim, os entendidos que emitam pareceres e operacionalizem acções que evitem estas tragédias.
Agora, assim não brincamos Basta!

As nossas orações por quem perdeu a vida.
As nossas orações com as famílias das vítimas.
As nossas orações com as populações de Pedrógão Grande, Avelar, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.
As nossa orações para com oa bombeiros, heróis deste país ano após ano.

Zé... até já.

Nota: Fotos do Expresso

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Rezemos 10 Avé-Maria pelas dezenas de vítimas mortais em Pedrógão Grande e concelhos limítrofes bem como por todos os soldados da paz que combatem este fogo.

sábado, 17 de junho de 2017

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Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e irromperam contra aquela casa, mas ela não desabou porque estava fundada sobre rocha.


A rocha é Cristo.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Ensinamentos do livro "Viver a Missa" - IV

O paramento que é próprio dos sacerdotes – sejam presbíteros ou bispos – é a casula. Enquanto a veste o celebrante reza «Senhor, que dissestes: “O meu jugo é suave a minha carga é leve”, fazei com que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça.»

Carregar o jugo do Senhor significa aprender d´Ele, estar sempre dispostos a ir à sua escola. D´Ele devemos aprender a mansidão e humildade. Olhando-O, a Ele que tudo carregou, que em Si sentiu a obediência, a debilidade, o sofrimento, toda a escuridão, então as nossas lamentações dissipam-se. O seu jugo é o de amar com Ele.

Não devemos considerar supérfluo o emprego de bons tecidos e adornos esmerados na confecção das casulas.
Fomentemos diariamente no nosso coração, antes de celebrarmos e participarmos na Santa Missa, os actos de desagravo e de humildade com espontaneidade de coração e aos nossos lábios a necessidade de pedir perdão – sem desassossegos nem escrúpulos, que o Senhor não quer – conscientes de que nunca estaremos tão preparados como conveniente.

São Tomás de Aquino preparava assim a Santa Missa com esta oração: “Ó Deus Eterno e Todo-Poderoso, eis que me aproximo do Sacramento do Vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor do Céu e da Terra.”

Não é reverência deixar de comungar, se estás bem preparado. – Irreverência só é recebê-l´O indignamente.

Reze antes de se iniciar o Santo Sacrifício: “Ó Mãe de bondade e misericórdia, Santíssima Virgem Maria, eu, miserável e indigno pecador, a Vós recorro de todo o coração e com todo o amor, e vos suplico que, assim como vós estivestes de pé junto ao vosso Amabilíssimo Filho pendente da cruz, me assistais também a mim, mísero pecador, e a todos os sacerdotes que hoje na Santa Igreja oferecem o Santo Sacrifício. Auxiliados pela vossa graça, possamos nós apresentar à suprema e indivisível Trindade a Vítima verdadeiramente digna de Lhe ser oferecida. Ámen.


FEM partilha breves trechos salteados (ipsis verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría, resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar, por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Um Canto de Oração Especial

A Família Almeida escolheu adornar o seu Canto de Oração com Santos para brincar.
Estamos muito gratos e felizes interiormente p'los Santos para brincar contribuirem para o crescimento espiritual desta Querida Família como nos disse a Mãe:
"Estão a ajudar-nos muito no momento de oração familiar, com a nossa filhota de 2 aninhos. Muito Obrigada!"

Bem-Hajam 😊
Canto de Oração da Família Almeida


Ver publicação em Pequenos Pormenores com Amor.

domingo, 11 de junho de 2017

Como explicar a morte aos pequeninos

Há alguns dias uma leitora do blogue escreveu-nos para nos perguntar como explicamos a morte aos nossos filhos. 

A crianças pequeninas, a melhor forma de lhes explicar seja o que fôr é através de histórias. Com as histórias, os pequeninos conseguem resolver os seus conflitos interiores e sanar as suas dúvidas sobre os temas que lhes suscitam interesse. Ou seja, a identificação com uma ou mais personagens da história permite às crianças esclarecer as suas questões, percebendo o que vão vivendo no dia-a-dia e o mundo que as rodeia.

Todavia, e atendendo à sua faixa etária, as crianças não entendem o mundo e o que as rodeia como nós adultos, isto é, não necessitam de saber tudo tal e qual como é. Apenas necessitam de saber o bastante para sanar as suas dúvidas de acordo com o seu entendimento da situação.

Como tal, e sem pretender de forma alguma "debitar receitas", escrevemos esta história que partilhamos, como uma possível ajuda para explicar o que é a morte e o céu, numa perspectiva cristã aos mais novos.


A Princesa Sofia, Jesus e o Céu 

Era uma vez uma Princesa de seu nome Sofia. Era uma Princesa muito bonita e amada no seu reino. 

O Rei e a Rainha amavam-na muito e protegiam-na de todos os perigos e de todas as coisas que a pudessem deixar triste. 

Certo dia, estando a brincar no jardim do castelo, a pequena Sofia apercebeu-se da tristeza dos seus pais. A pequenina não conseguia entender porque estavam tristes. 

Mais tarde, ao ouvir o Rei e a Rainha a conversar, percebeu que falavam da morte do avô José. 

A princesinha nunca tinha ouvido falar da morte. Mas, achava que devia ser um coisa muito triste, dada a tristeza dos seus pais. 


A pequenina pôs-se a pensar como fazer para descobrir o que é a morte. Começou então uma intensa investigação sobre o tema. 

Ao observar os seus pais e familiares ficou a saber  que a morte seria uma coisa triste e dolorosa, pois havia visto a mãe chorar. 
No meio desta sua procura, a Princesa Sofia descobriu que depois da morte havia o CÉU, pois ouvira um padre amigo da família a falar acerca deste assunto.  

Um dia, estando a passear no jardim do castelo viu um Menino a brincar no lago dos cisnes. 

Perguntou-lhe de imediato: 
-Quem és tu? E o que fazes aqui no castelo? 

O Menino olhou-a, sorriu e respondeu: 
-Sou teu Amigo. Não Me conheces? 

A pequenita ficou intrigada e continuou: 
-Como podes ser meu Amigo se eu não Te conheço? 

- Tens razão. Tu ainda não Me conheces, mas Eu conheço-te muito bem. E estou sempre contigo. Sei o que pensas, sei o que dizes, sei o que fazes… O Meu nome é Jesus. Já sabes quem Sou? - interrogou-a. 

- Eu já ouvi falar de Ti!- respondeu a princesinha. 
  
-Vim até aqui, porque sei que estás a procurar saber o que é a morte- - disse-lhe Jesus. 

-E Tu podes ajudar-me? Sabes o que é a morte? E já agora, sabes o que é o céu? - a Sofia tinha muitas perguntas para as quais não conseguia encontrar resposta. Mas tinha a certeza que Jesus ia ajudá-la a esclarecer todas as suas dúvidas. 

- Bom, uma coisa de cada vez. Primeiro: és Minha amiga? - questionou Jesus.
- Sou, claro que sim. - respondeu de imediato a princesa. 

- Se és minha amiga, a morte é apenas uma porta para o Céu. Todas as pessoas um dia morrerão, mas a sua alma... 
-Alma?
- A alma é aquilo que nos faz pensar, sentir, amar.. essa (alma) entrará no céu. Compreendes? 

A pequena ficou pensativa e por fim disse: 
-Acho que estou a perceber. E o que é o céu?- perguntou. 

Jesus sorriu e disse-lhe: 
-Estás a ver este jardim? É bonito não é? Pois Eu digo-te o Céu é muito mais bonito que este jardim! No Céu só existem coisas boas. Temos a Mãe do Céu que nos mima muito; lá estão todas aquelas pessoas da tua família e amigos que são muito minhas amigas e que já morreram; no Céu experimentamos uma alegria transbordante, que nos faz saltar o coração… No Céu não existe tristeza, só felicidade. E essa felicidade é para sempre... 

- Sério? Então não percebo por que os meus pais estão tristes! O Céu é uma coisa boa!- concluiu a princesa Sofia 
Jesus enterneceu-se: 
- Sabes o que é a saudade? Aquilo que sentimos quando não vemos um amigo durante muito tempo? 

- Acho que sei. Não vejo a minha prima Teresa há muito tempo e sinto isso: saudades dela. - respondeu a pequena. 

Jesus continuou: 
- Os teus pais sabem que durante muito tempo não verão o avô José, por isso estão tristes, sentem saudades.. Mas no seu coração têm a certeza que quando chegarem ao céu o verão. Percebes? 

- Não sei se eles sabem que um dia irão voltar a ver o avô José, acho que é melhor correr a avisá-los. Talvez não fiquem tão tristes!  

A Princesa apressou-se para o castelo. Mas antes de sair do jardim olhou para trás e gritou a Jesus: 

- GOSTO MUITO DE TI, JESUS. VOU SER SEMPRE TUA AMIGA! 
  
  
FIM

P.S.- As nossas Princesas gostaram muito desta pequena história.

sábado, 10 de junho de 2017

O primeiro canal católico português


- os estúdios são em Fátima - 


CANAL 187 da NOS e MEO



10 de Junho de 2017

Nossa Senhora da Conceição - Igreja da Atalaia, Montijo

Salve, nobre Padroeira,
Do povo Teu protegido,
Entre todos escolhido,
Para povo do Senhor.
Ó glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes!
Enquanto houver Portugueses,
Tu serás o seu amor!
O seu amor! O seu amor!
Flor de suave perfume
Para toda a Lusa Gente,
Entre nós, em cada crente
Tens esmerado cultor.
És a obra mais sublime
Que saiu das mãos de Deus.
Nem na terra nem nos céus,
Há criatura maior!
A Tua glória é valer-nos,
Não tens maior alegria;
Ninguém chama por Maria,
Que não alcance favor.
Acorde-nos, Mãe piedosa,
Nestes dias desgraçados,
Em que vivemos lançados
No pranto, no dissabor.
És a nossa padroeira
Não largues o padroado
Do rebanho confiado
Ao seu poder protector.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O nome do Anjo da Guarda

Numa das Meditações do Retiro Espiritual, o sacerdote falou-nos em ter intimidade com o nosso Anjo da Guarda, falar com ele como alguém que nos acompanha sempre, que nos auxilia e que nos inspira.
Para tal, sugeriu que dessemos um nome ao nosso Anjo da Guarda. Um nome carinhoso. 

Trouxe a sugestão para casa e todos a aceitaram com entusiasmo.
O nome fica ao critério de cada um e nem precisam de divulgá-lo.

A pequenita no outro dia à mesa para nos fazer rir, perguntou:

- Sabem como se chama o meu Anjinho da Guarda?

- Não. Diz lá!- respondemos.

-Cristiano Ronaldo! - E desatou a rir contagiando todos.

Partilhamos esta ideia tão simples, porque pensamos que poderá ajudar quem nos lê a ter esta intimidade com o seu Anjo protector.


Por aqui, todos os dias no carro a caminho da escola, rezamos uma Avé-Maria e a oração do Anjo da Guarda, que depois de termos visto o filme "O Grande Milagre" acrescentámos mais um bocadinho à oração original:

"Anjo da Guarda minha companhia
Guarda a minha alma de noite e de dia
Até que a entregues 
a Jesus, José e Maria."

terça-feira, 6 de junho de 2017

Ensinamentos do livro "Viver a Missa" - III


Os paramentos do sacerdote

Continua a ser actual o elogio de São Jerónimo a um bom sacerdote: “Preocupava-o que o altar estivesse resplandecente, as paredes limpas, o chão brilhante; insistia para que o porteiro fosse diligente no cumprimento da sua missão, para que houvesse sempre véus nas portas; preocupavam-no a limpeza do pórtico e o resplendor dos vasos sagrados; e em todas as cerimónias, cheio de uma piedosa solicitude, não descuidava nem o pequeno nem o grande”.

O templo e a sua limpeza; a riqueza do altar; a harmonia da cruz e dos castiçais; a disposição cuidada das toalhas no altar; o material dos vasos sagrados, que deve ser rico; a pulcritude dos livros, do missal e do leccionário; a dignidade e a conservação dos paramentos sacerdotais, etc., tudo isto nos recorda o diálogo, respeitoso e cheio de fé, com que o povo de Deus – constituído por todos e cada um de nós – deve dirigir-se à Santíssima Trindade, no culto de latria, de sincera e total adoração a Deus-Pai, a Deus-Filho, a Deus-Espírito Santo, pela sua presença no Sacrifício do Altar.

O primeiro paramento de que os sacerdotes se revestem é o amito. Enquanto o coloca e depois de beijar a cruz que, em geral, está bordada no centro do mesmo, o presbítero reza: “Colocai Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação, para que possa repelir as investidas diabólicas”, simbolizando a necessidade do recolhimento dos sentidos e do pensamento para a digna celebração da Missa.

E o mesmo cuidado, idênticas atenção e dedicação dos sentidos e das forças têm de ter os fiéis que vão participar no Santo Sacrifício.

Enquanto veste a alba, o sacerdote pede a Deus que lhe purifique o coração com o Sangue precioso do Cordeiro que é Cristo. Ao por a estola, suplica que lhe seja devolvido o estado de imortalidade que todos perdemos com o pecado dos nossos primeiros pais. Estas orações «evocam a veste dominical que o pai ofereceu ao filho pródigo quando regressou a casa esfarrapado e sujo.»
Só Ele nos pode dar a veste dominical.

A boa colocação da alba, com porte digno e adequado à estatura do sacerdote, é e sempre foi importante, Não é irrelevante enverga-la em desalinho, por ser excessivamente comprida ou demasiado curta, por ter as pregas soltas, sem dar importância ao rigor atento no modo de vestir, pois essa atitude denotaria, tanto no sacerdote como naqueles que ajudam à Missa ou que participam no Santo Sacrifício, uma falta de respeito pelo Senhor dos senhores (Ap.19,16).

O cíngulo facilita a correcta colocação da alba, ao mesmo tempo que nos recorda a pureza de alma e de corpo que é exigida a quem se aproxima dos sagrados mistérios; é precisamente isso que exprime a oração que a Igreja recomenda ao sacerdote quando o põe: «cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingue nos meus rins o fogo da paixão, para que permaneça em mim a virtude da continência e da castidade».


FEM partilha breves trechos salteados (ipsis verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría, resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar, por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.

domingo, 4 de junho de 2017

Ópera Peter Grimes


No dia de ontem fomos ao São Carlos assistir à ópera Peter Grimes, de Benjamin Britten.
Esta ópera foi estreada em Londes no ano de 1945.

São os tais momentos de qualidade que aqui falamos tantas vezes. Momentos de qualidade, únicos e irrepetíveis, que fazemos gerar na nossa vida de casal criando nela singularidades.


Por outro lado, não menos verdade, ganhámos o gosto de ir à ópera. Nesta temporada lírica do São Carlos assistimos a Tristão e Isolda de Wagner e a Peter Grimes.  

Antes de entrarmos no São Carlos fomos beber um café e um pastel de nata (miniatura) na Pastelaria Sacolinha do Chiado (é ponto de paragem obrigatório) que fica ao lado do Largo de São Carlos.

Entrámos no Teatro 15 minutos antes do início do espectáculo perante o som da afinação dos instrumentos musicais e diante da beleza do interior do São Carlos que não nos cansamos de observar.

Depois, bom depois foram maisde três horas de ópera em 3 Actos.

Até à próxima temporada lírica!