Família em Movimento

Família em Movimento

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Testemunho de Fé versus Halloween

Hoje, ao chegar à escola com as meninas deparámo-nos com muitas crianças a entrar vestidas de bruxas, fantasmas, vampiros, etc.

Penso:
Onde está a tradição portuguesa de festejar Todos os Santos? De ir de porta em porta, no dia 1 de Novembro, pedir o “Pão por Deus”?
Porque se adoptam modas de outras culturas? Modas do culto da morte?

Enfim, a verdade é que em tempos também nós achávamos que não tinha mal nenhum as crianças brincarem no “Doçura ou Travessura”. As crianças apenas queriam os doces e não percebiam o que estava por detrás desta noite.

HOJE, pensamos diferente. NÃO queremos adoptar este festejo que não é nosso e acima de tudo NÃO É CRISTÃO.

A vida de fé que levamos e os valores que vivemos não se coadunam com esta moda.

Voltando à porta da escola.
Olhei para a nossa filhota mais crescida e cruzámos um olhar cúmplice, ela sorriu e disse-me:

“- Nós amamos Jesus!”

A pequena que não quis ficar atrás gritou:

“- Nós amamos Jesus!”

E entraram sorridentes na escola.

Fiquei feliz e orgulhosa por este testemunho de fé das nossas princesas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou esta noite a nossa Paróquia

Fotografia de Sandra Simões

Manual de Bioética para Jovens



Para pessoas de todas as idades interessadas nas questões de bioética e na defesa da vida humana

Apresentação no Montijo

Auditório do Centro Paroquial
21H00 / 30 Outubro



Com:
João Paulo Malta
Médico

José Braço Forte
Provedor    
                                                                
João Marcelino
Engenheiro

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Problemas… quem os não tem?


Só assume um problema quem é responsável. Ponto. Não há volta a dar.


Os problemas surgem às vezes espaçados e outras em catadupa.

O nosso lado humano leva-nos tantas e tantas vezes a desesperar, a perder a paz, a criar tensões.


É normalíssimo que tal suceda. A questão é que os problemas em si são o que são e por via deles, tantas vezes, angariamos uns quantos mais por não sabermos lidar com eles.
Mau humor, nervos, desespero, tensões na família. E se a família sofre… se o pai ou a mãe estão deprimidos ou mal humorados o ambiente fica negativamente contagiado.
Ponto um. Os nossos problemas são zero para Deus.
Ponto dois. O maior problema num problema é a falta de visão sobrenatural.
Ponto três. Só perde a paz quem quer.
O primeiro acto que devemos fazer quando nos surge um problema é entregá-lo nas mãos de Deus e pedir ajuda, com a humildade necessária e a convicção da nossa pequenez. Em muitos casos nada podemos fazer. E quando podemos, sabemos que Deus conta com a nossa ajuda para solucionarmos a questão. Deu-nos a inteligência e os meios.
Depois, não perder a paz e oferecer a Deus o mau momento.
Que sabemos nós se não é vontade d´Ele que tenhamos tribulações e delas aprendamos. Que sabemos nós se Deus não quer tirar partido de um problema para nos fazer crescer? Que sabemos nós se Deus não quer aproveitar um problema para a nossa conversão?
Ao fim e ao cabo, que sabemos nós do quer que seja? Deus sabe mais.
Devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para resolver. Se não conseguirmos é porque Deus assim não quis e quer que retiremos maior proveito da tribulação.
De nada vale ser piegas e egocêntricos com as perguntas chavão “porquê a mim, porquê a mim?”. Antes, “por que não a mim?”.
São Josemaria dizia aos seus filhos que deviam ter ocupações e não preocupações. Faz diferença, não?
Relembramos igualmente a história de Maria do Sacramento quando perguntou a Santa Teresa de Ávila:
 - “Madre, se eu morresse agora o que faríeis sem mim?”.
É certo que a Madre assumiu que se tal sucedesse seria coisa dura. Todavia, respondeu-lhe:
- “Irmã, se isso acontecer, então pensarei no que fazer; agora deixe-me dormir.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pequenas Lembranças

Como partilhámos, ontem foi o dia da Primeira Comunhão da nossa filhota do meio.

E para assinalar este dia preparámos um almoço em Família e uma pequena lembrança para ofertar aos presentes nesta ocasião tão importante.

Aqui fica a lembrança "Menino Jesus em casca de noz" feitos pela FEM  para um dia especial:


Disponível no blogue Pequenos Pormenores com Amor

sábado, 24 de outubro de 2015

Todos ao Oratório!

Estamos a poucas horas da Primeira Comunhão de uma das nossas filhotas. 

É uma data muitíssimo importante para ela mas também para a família. E para o Céu.


A rectaguarda está preparada. As nossas queridíssimas Irmãs Carmelitas de Fátima estarão muito presentes, conforme nos escreveram.

Pois bem, é dia de festa! Como tal, o maior sinal de fé, respeito e dignidade que podíamos dar ao dia 25 de Outubro seria o prepararmo-nos interiormente para o momento. 

Tal significa Confissão. É assim que os católicos fazem.


A mãe queria confessar-se; o pai iria fazê-lo na DE mas por via da vontade da mãe alterou os planos; o filho mais velho também manifestou intenção.... todos ao Oratório! Carro cheio a caminho da Rua Vera Lagoa em Lisboa.

Sentámo-nos diante do Santíssimo enchendo o banco. À nossa esquerda, dois sacerdotes ouviam de Confissão.
Recolhemo-nos em oração.
A porta abriu-se. O pai levantou-se, entrou e confessou-se. Seguiu-se-lhe a mãe. 
Depois da mãe, a filhota que vai fazer a Primeira Comunhão.
O pai levantou os olhos e perguntou:
- Tu!?!
A mãe, sempre atenta, disse:
- Deixa-a. Diz que tem algo para dizer.
- Mas confessou-se no Sábado! - argumentou o pai.
- Deixa-a...

No Sábado havia sido a sua primeira Confissão. Tomara-lhe o gosto. Quiçá tenha sentido e experimentado a paz, essa paz que invade mais as crianças que os adultos. 

O pai não o entendera. Ainda lançou uma graça e sorriu:
- O 39 continua à espera...

O 39 é o número fictício que alude a uma suposta cela que, quando criança, lhe havia sido "prometida" no Carmelo, por graça da Irmã Ana.

Certo é que a menina saiu felicíssima da Confissão. Graças a Deus!

Depois o irmão mais velho. Só faltou mesmo a pirralhinha. A seu tempo.

Depois de confessados, a Santa Missa.
Estávamos totalmente limpos e como foi bom comungar  na paz de sabermos estar em graça.

A pequena terá pensado naquele momento "ainda não posso... só Domingo", quando nos viu caminhar paulatinamente para o Sacerdote. É verdade. Tudo tem o seu tempo...

Sabemo-la bem preparada. 
Está confessada. Reza. Frequenta assiduamente a catequese. Reza o terço diariamente em família. Está, definitivamente, bem preparada para receber o Senhor que a ama muito.

Quanto ao 39... seria uma graça. 
Mas isso são assuntos entre Ele e ela. Não nos metemos.
Como pais católicos, estamos sempre atentos aos sinais e muito orantes em relação a eles.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Uma devoção que se materializou

Há uns tempinhos atrás estivemos presentes num retiro promovido pelas Famílias de Caná. Ouvimos do Francisco que o Papa tinha particular devoção à Nossa Senhora Desatadora de Nós.
Guardámos a informação e mais tarde pesquisámos essa devoção e a sua origem.


Desde essa data e após recolhermos a informação supra começámos a rezar a oração que deixamos infra.

São muitos os nós por desatar. Mas havia um que era urgente ser desatado pelos reflexos no nosso agregado familiar e cuja resposta tardava. Foram mais de cinco meses de telefonemas, faxes e e-mails. Nada.

No dia de ontem, a resposta que esperávamos. Graças a Deus! Agradecemos imediatamente.
De repente… surgiu na minha cabeça a imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós.


Escrevi SMS à minha mulher com este teor:
- Um nó desatado?
Respondeu:
- Mesmo!!! Já agradeci!

Não havia focado este nó em concreto. Mas era um de muitos e com particular relevância. Na verdade, são tantos os nós que demoraria muito tempo a lembrá-los. Mas Maria sabe tudo, conhece-nos e sabe o que precisamos em cada momento.

Também ontem celebrámos São João Paulo II, a quem temos particular devoção.

A propósito desta devoção a Nossa Senhora Desatadora de Nós, já lemos na net imensas coisas. Umas mais católicas que outras. As outras diriam “isto resulta mesmo!”. Nós não pensamos assim. Não há causa-efeito que não derive de uma relação diária com Maria, com jaculatórias e terços. Nada é mágico. Tudo é relação com a Rainha das Famílias.

Queridos amigos, deixamos a imagem que mais gostamos de Nossa Senhora Desatadora de Nós e a oração que lhe corresponde. Que mais devotos surjam quando é por bem.


Oração:
Virgem Maria, Mãe do belo amor,
Mãe que jamais deixa de vir em socorro a um filho aflito, Mãe cujas mãos não param nunca de servir seus amados filhos, pois são movidas pelo amor divino e a imensa misericórdia que existem em seu coração, volta o teu olhar compassivo sobre mim e vê o emaranhado de nós que há na minha vida.

Tu bem conheces o meu desespero, a minha dor e o quanto estou amarrado por causa destes nós.

Maria, Mãe que Deus
encarregou de desatar os nós
da vida dos seus filhos, confio hoje a fita da minha vida em tuas mãos.

Ninguém, nem mesmo o maligno
poderá tirá-la do teu precioso amparo.

Em tuas mãos não há nó que não possa ser desfeito.

Mãe poderosa, por tua graça
e teu poder intercessor junto do Teu Filho e Meu Libertador, Jesus, recebe hoje em tuas mãos este nó.........

Peço-te que o desates para a glória de Deus, e por todo o sempre.

Vós sois a minha esperança.

Ó Senhora minha, sois a minha única consolação dada por Deus, a fortaleza das minhas débeis forças, a riqueza das minhas misérias, a liberdade, com Cristo, das minhas cadeias.

Ouve a minha súplica.

Guarda-me, guia-me, protege-me, ó seguro refúgio!

Maria, Desatadora dos Nós, roga por mim.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

”Porque é que os Santos sofrem tanto?”


Ontem enquanto realizávamos os trabalhos de casa a nossa filhota perguntou:

- Mãe, porque é que os Santos sofrem tanto?


A pergunta surgiu do nada, nem sequer estávamos a falar sobre o tema.
Coube-me então explicar-lhe:

- Jesus veio ao mundo ensinar-nos como haveríamos de viver a nossa vida para chegar ao Céu. Ele viveu como nós, numa família.
Aprendeu a obedecer aos pais, a brincar com os amigos, a trabalhar…
Mais tarde, saiu de casa para anunciar o Reino de Deus, até que foi entregue para ser julgado e morto, porque essa era a vontade de Deus.
Do que tu conheces da vida de Jesus achas que Ele foi poupado ao sofrimento?

Ela respondeu prontamente:

- Não!

- Os Santos são pessoas como nós que amaram muito Jesus, que se aproximaram d´Ele através da oração e que viveram e sofreram por amor a Ele, assim como Jesus sofreu por nosso amor.
Os Santos não se importaram de sofrer pois amavam tanto, mas tanto Jesus que sabiam que Ele os haveria de recompensar quando chegassem ao Céu.
Quando nos acontece algo que nos faz sofrer a tendência normal do ser humano é lamentar-se, angustiar-se e até entrar em desespero. Mas quando acreditamos em Jesus podemos entregar-Lhe esses sofrimentos. Por exemplo: eu sei que tu não gostas de batatas cozidas com atum e ovo, verdade?

- Sim.

- Aí tens uma boa oportunidade de oferecer por amor a Jesus esse sacrifício: comer sem reclamar. Até porque sabes que a mãe não te vai dar outra coisa e assim agradas a Jesus. Percebeste?

-Sim, acho que sim.

Não sei se lhe expliquei da melhor forma. Parece-me ter ficado esclarecida.
Até eu fiquei a pensar na profundidade da pergunta da nossa menina.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Casal com contas separadas? Estranho…


Homem e mulher são um só e nada os poderá separar, nem mesmo o dinheiro.

Quando um homem e uma mulher, cada qual o seu trabalho e rendimento, amealham para si próprios, fazem uma insanável distinção entre o que é de um e de outro, sem que se aperceberem que tal é o início de muitas coisas que o tempo trará. A desunião, mais tarde ou cedo, instalar-se-á.

Exemplos? Vamos a isso!


Quem gasta mais dinheiro no talho? E na peixaria? E que culpa tenho eu que ganhes menos? Por que devo pagar mais? Por que devo pagar eu as contas do infantário? Que fizeste ao teu ordenado para a meio do mês não teres dinheiro? Se não gastasses tanto em cabeleireiros o frigorifico estaria cheio! Eu é que pago a totalidade da prestação da casa! Se não é pouco falta. Devíamos pagar na mesma proporção.




Chega?!?...
Eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu…

Que imagem passamos aos nossos filhos? Claramente a prevalência do egoísmo. E eles aprendem rapidamente.

Torna-se fácil deixar o inimigo entrar através do egoísmo e deste “amor” desmedido ao fruto material do trabalho. O dinheiro é bom e deve ser partilhado comummente e servirá para o bem estar da comunidade. Mas até mesmo o dinheiro deve ser gerido com regras, critério e amor.

Note-se que o rendimento que existe é para todos e não deverá ocorrer destrinça entre o que é “meu” e “teu”. Tudo é de todos. Ponto. Assim, viver-se-á a união.

Na nossa família existe uma única conta.

Em rigor, as dificuldades e os êxitos são de todos. Tudo é para todos.
É assim que aprendemos a viver todos os dias. UNIDOS.
Com ou sem dificuldades mas UNIDOS.

Somos Família, uma Comunidade de Amor em que a interajuda nos fortalece e nos une cada vez mais.

Sobre este tema partilhamos a homília do Papa Francisco “«Idolatria» do dinheiro «destrói»."

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Famílias, ânimo!

O Papa Francisco canonizou ontem no Vaticano os pais de Santa Teresinha, primeiro casal a ser canonizado em conjunto, com exceção dos casos de martírio.
São Louis Martin (1823-1894) e Santa Zélie Guérin Martin (1831-1877) foram proclamados santos durante uma cerimónia que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
 São Louis Martin (1823-1894) e Santa Zélie Guérin Martin (1831-1877) 
Francisco disse que os novos santos "viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus".
O Papa canonizou ainda Vincenzo Grossi (Itália, 1845-1917), padre diocesano, fundador do Instituto das Filhas do Oratório, e Maria da Imaculada Conceição (Espanha, 1926-1998), religiosa da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz.
É uma enorme alegria para as famílias cristãs.
Partilhamos novamente o nosso vídeo Católicos e Santos, publicado em 19 de Junho, onde as imagens de São Louis Martin e Santa Zélie Guérin Martin não foram esquecidas. Famílias, ânimo!

domingo, 18 de outubro de 2015

Diálogo diante do Sacrário



Diálogo no oratório:

- Torna-me parecido com D. Álvaro. Repara, eu disse parecido.

- Não estás a exagerar um bocadinho?

- Não. Tu não o fazes por menos. Pedes-me a santidade...


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Respeitos humanos

Todos temos respeitos humanos. Há sempre um cuidado com os actos que praticamos. 
Todavia – opinamos – deveríamos ser selvaticamente sinceros com a nossa condição cristã, independentemente do local ou ambiente.
Há dias fomos ao restaurante e o pai toma sempe a iniciativa de dar graças. Se o fazemos em casa devemos fazê-lo onde quer que estejamos.
Ainda assim, é factual: após a oração há sempre uns olhares incómodos sobre nós. A seguir ao olhar vêm os comentários velados com um supremo cuidado de não dar nas vistas. Mas nós sabemos que sim…
Os miúdos não reparam. Ainda não têm maturidade para perceber que o que fazem genuinamente é tido por anormal entre a maioria.
Pois bem, fazemo-lo. E fazemo-lo descaradamente. Procuramos não dar graças baixinho e de forma incógnita. Não, fazemos o sinal da cruz sincronizados e rezamos.
É um testemunho e uma presença. Naquela mesa de restaurante está uma família cristã. Ponto.
“Tens-te dado ao trabalho de meditar no absurdo que é deixar de ser católico ao entrar na Universidade ou na Associação profissional, ou na sábia Assembleia, ou no Parlamento, como quem deixa o chapéu à porta?” Caminho, Ponto 353

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Somos donos do critério e da decisão. Sem cedências.


Por mais que fiquemos melindrados e angustiados, nem sempre temos resposta nem capacidade dela.

É impossível combater com as mesmas armas. Não as temos.
É impossível combater com os mesmos meios. Não os temos.
E daí?

É-nos possível, isso sim, fazer bom uso da razão e do critério.
O que vemos e lemos não nos agrada? Sim, há coisas que não nos agradam nada e das quais queremos proteger os filhos.
Há muito da cultura moderna ocidental – a tal cultura dominante – que colide com a nossa maneira de estar e ser, na personalidade que fomentamos diariamente.

E daí? Vamos perder a paz porque não conseguimos mudar o mundo à maneira que o queríamos ver?
De todo. Não devemos perder a paz nem a serenidade nem ter a veleidade de pensarmos que o mundo que queríamos seria perfeito pois não o seria para outros.
Sem prejuízo, somos detentores de inteligência que permite pautar com critério o que queremos e para onde queremos ir.
Isto é válido para todas as circunstâncias e vicissitudes da vida. É válido para quaisquer culturas que nos queiram impor, ainda que de modo velado.
Somos donos do critério e da decisão. Sem cedências.
Bastará firmeza na convicção. Mas para ter firmeza nesta, primeiramente, há que a possuir. A questão, tantas vezes, são as convicções que assumimos.
Não queremos jamais ser canas agitadas pelo vento, pessoas sem critério nem decisão. Não queremos ser mais uns que esgotam os minutos da vida sem uma razão de fundo séria e sem compromissos verdadeiros, ainda que sejamos privados do gozo do que o mundo nos dá de mão estendida. Não queremos ser quem não queremos ser.
Que os nossos filhos tenham sempre a noção de que os pais assumiram na vida e na sua educação uma personalidade vincada e decisiva naquilo que eles mesmos serão.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio, Cântico Negro

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O matrimónio: uma vocação e um caminho divino

Chegarem juntos ao Céu: esse é o anseio que pode impulsionar cada casal.

Sonhar

Sonhar, para um cristão, com a esposa ou com o esposo, é olhá-lo com os olhos de Deus. É contemplar, prolongado no tempo, a realização do projeto que o Senhor tem pensado e quer, para cada um, e para os dois na sua concreta relação matrimonial. É desejar que esses planos divinos se façam realidade na família, nos filhos – se Deus os manda – nos avós e nos amigos que a providência vá colocando para os acompanhar na viajem da vida. É, afinal, ver cada um o outro como o seu particular caminho para o Céu.
O segredo da Família

Cristo fez do matrimónio um caminho divino de santidade, para encontrar Deus no meio das ocupações diárias, da família e do trabalho, para situar a amizade, as alegrias e as penas – porque não há cristianismo sem Cruz – e as mil pequenas coisas do lar ao nível eterno do amor. Eis o segredo do matrimónio e da família. Assim se antecipa a contemplação e o gozo do céu, onde encontraremos a felicidade completa e definitiva.

“Noutros sacramentos a matéria é o pão, é o vinho, é a água… Aqui são os vossos corpos. (…). Vejo o leito conjugal como um altar; está ali a matéria do sacramento” (S. Josemaria Escrivá).

O sacramento do matrimónio não supõe um acrescento externo ao matrimónio natural; a graça sacramental específica informa os cônjuges a partir de dentro e ajuda-os a viver a sua relação com exclusividade, fidelidade e fecundidade.

Os filhos são sempre o melhor “investimento”, e a família a “empresa” mais sólida, a maior e a mais fascinante aventura. Todos contribuem com o seu papel, mas a novela resultante é muito mais interessante do que a soma das histórias singulares, porque Deus atua e faz maravilhas.

Daí a importância de saber compreender – os esposos entre si e os filhos – de aprender a pedir desculpa, de amar – como ensinava S. Josemaría – todos os defeitos mútuos, sempre que não sejam ofensa a Deus 

“Quantas dificuldades na vida do casal se solucionam se arranjamos um espaço de sonho. Se nos detemos e pensamos no cônjuge, na cônjuge. E sonhamos com as bondades que tem, as coisas boas que tem. Por isso é muito importante recuperar o amor através do entusiasmo de todos os dias. Nunca deixem de ser noivos!”.

Cimento do futuro da humanidade

A vida matrimonial e familiar não é instalar-se numa existência segura e cómoda, mas antes dedicar-se um ao outro e dedicar generosamente tempo aos restantes membros da família, começando pela educação dos filhos – o que inclui facilitar a aprendizagem das virtudes e a iniciação na vida cristã – para abrir-se continuamente aos amigos, a outras famílias e, especialmente, aos mais necessitados. Deste modo, mediante a coerência da fé vivida em família, se comunica a boa nova – o Evangelho – de que Cristo continua presente e nos convida a segui-Lo.


O futuro da humanidade passa pela família. “Para as crianças, Jesus é revelado através do pai e da mãe; porque para tanto, cada criança é acima de tudo um filho de Deus, único e irrepetível, com que Deus sonhou em primeiro lugar.” (Familiaris Consortio”).

sábado, 10 de outubro de 2015

Por que não se casam os jovens?

Há dias, em conversa com o meu DE, falávamos sobre o Sínodo da Família.

Há muitos temas que devem ter tratamento por via da reflexão. Um dos temas que seria propício abordar, pensar e extrair conclusões é o facto dos jovens, na sua grande parte, não se casarem.


Quais as razões? Será o não querer assumir responsabilidades? Talvez.


Os jovens que se unem fazem uma vida, em tudo, igual aos casados. 

Se assim é, por que não se casam?

Haverá uma desconfiança do casamento? 

Haverá a moderna conclusão de que será melhor ver se dá para mais tarde, se der, consumar a união com laços mais fortes?



Ainda neste tema surge uma outra questão correlacionada que é o facto dos jovens, cada vez mais, terem poucos filhos ou, tendo-os, tal se materialize bem mais tarde à verificação da união.

Neste campo, ouvimos muitos jovens alegar que primeiro querem viver a vida. Quando assim é procuramos indicar-lhes que o egoísmo se manifesta de muitas maneiras.

Outros, sobre o tema, falam de questões económicas. É verdade que os tempos são difíceis e não vivemos propriamente no norte da Europa. Infelizmente, os jovens encontram dificuldades reais. A conjuntura não lhes é favorável.

Se pensarmos um pouco, existem muitas teorias e teses e a cultura dominante é contrária à constituição tradicional da família.

Há que animar os jovens a assumir no namoro os alicerces de uma casa que se irá construir. 
O casamento é uma casa de construção muito longa.

Há um trabalho enorme a desenvolver nas comunidades cristãs; trabalho esse que não deve ser pontual e casuístico mas permanente.

Que o Sínodo nos traga reflexões oportunas e respostas que se querem urgentes sobre a temática familiar.

Aos jovens que nos lêem dizemos: sejam audazes e construam família através do vosso casamento.
Creiam-nos, é o melhor do mundo.
     

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A vida é curta. Tenha um caso.

Este é um slogan de um site que, aparentemente, está em voga e foi notícia recentemente.

Ora, desengane-se quem pensava que iriamos falar do site. Não opinamos do que desconhecemos. Vamos antes falar do slogan, pois é absolutamente verdadeiro.


A vida é curta. Tenha um caso.

A vida é curta sim e sobra pouco tempo para amar. A vida é curta sim e sobra pouco tempo para estarmos com quem amamos. A vida é curta sim.

Amamos tanto os nossos filhos e os nossos consortes e perdemos tempo, tantas e tantas vezes, com ninharias que nos fazem perder a paz. E esse tempo perdemo-lo em definitivo.


Que saibamos aproveitar ao máximo o tempo que nos é dado, como dádiva sublime e generosa, não desperdiçando um segundo que seja senão para amar e amar muito.

A vida é curta. Tenha um caso.

O slogan mantém-se assertivo. Podia sugerir outras coisas mas não, é assertivo.

Tenha um caso. É o que se pretende. Um só caso e que seja caso sério para toda a vida.

A vida é curta. Tenha um caso. Got it?