Família em Movimento

Família em Movimento

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Aprender a desculpar

A meditação do Falar com Deus de hoje, que versa do Evangelho do dia, é sobre aprender a desculpar.

Quantas vezes, no seio da família, zangas e ausências de desculpa motivam o virar de costas entre pares, a ruína entre pais e filhos ou mesmo entre irmãos?

Lembremos a velha frase “dão-se tão bem… deixai chegar o momento das partilhas…”.

Na verdade, há uma imensa fragilidade humana que dita, tantas vezes, por motivos diversos, tantas vezes sem razão, a cisão da família.

É preciso haver uma postura coerente de todos com a sua fé, a identificação absoluta com os valores apreendidos. Não há coisa pior que uma família destruída.


A ideia da morte, tantas vezes, é preciosa. Se pensarmos no outro com quem, tantas vezes por nada, estamos desavindos e, no recolhimento, colocarmos a simples questão “o que seria de mim e da minha vida se essa pessoa morresse hoje?”, teremos provavelmente o coração inflamado e os olhos a lacrimejar, com vontade imensa de nos reconciliarmos o quanto antes.

A par, perguntemos ao Mestre o que nos dita sobre o assunto. E ouçamo-Lo. Os Evangelhos estão repletos de ensinamentos. E ele fala-nos, igualmente, ao coração. Basta haver a predisposição para acolher a resposta.

Findamos. Exortava São João Paulo II: “Família, torna-te naquilo que és!”

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Perder a paz na família? É mau caminho.

Acontece a todos. O dia no trabalho correu mal ou qualquer circunstância ou vicissitude alteraram o nosso ânimo.

Em consequência e porque é um comportamento muitíssimo humano, as favas são pagas por quem está próximo. E aqui está a nossa família.

A entrada e permanência em casa torna-se pesada, o ar irrespirável. As coisas correram mal. Não apetece falar. Não há paciência para uma brincadeira. O bom humor… não existe.
Consequência da consequência: os nossos ficam em estado igual. O lar torna-se um sepulcro com vida.

Isto acontece-nos a todos. Nem todos os dias são iguais e há aqueles que são mais felizes que outros. Mas mesmo nos menos felizes, naqueles dias em que tudo correu mal, naqueles dias em que o melhor teria sido nunca sair de casa… não se perca a serenidade. Na verdade, nada é definitivo e provavelmente as preocupações do dia transformam-se no dia seguinte e as soluções aparecem. Por vezes são ninharias mas a contrução mental que fizemos torna o problemazinho em algo colossal. O pior, é que este ditou a perca da paz no dia antecedente.

Como tal, aconteça o que acontecer, jamais se deve perder a paz e a serenidade.
Entregar o problema ao médico de todos os males é remédio. Entregar o problema e dizer “agora o problema não é só meu, é também Teu. Ajuda-me.”, e perceber que deriva daí a paz de termos entregue as nossas preocupações e não temer nada, absolutamente nada. E nada é nada!

Quantas e quantas provas nos foram dadas até hoje? É bem certo que não fazem manchetes e capas de jornais, mas no nosso interior sabemo-lo. Ele está sempre presente e manifesta-Se quando e como quer. Nada do que entregamos vai para um saco vazio. Nada.

Devemos pois dizer como o papa Clemente XI: “Quero o que quereis, quero porque o quereis, quero como o quereis, quero enquanto o quiserdes”. E encontraremos paz.

É caso então para nos levantarmos e promovermos o sorriso, encontrada a paz, junto daqueles que amamos. São Josemaria dizia que os lares cristãos deviam (devem) ser lares luminosos e alegres. Acaso há alguma razão para que o não sejam?

terça-feira, 28 de abril de 2015

Educar a Liberdade

“(…) Por isso, um aspecto central na educação dos filhos é precisamente formá-los para a liberdade, de modo que queiram fazer o bem, ou seja, que o queiram não só porque está mandado, mas justamente porque é bom”

A educação em família, Pág. 44


É assim determinante que os filhos vivam a experiência do ambiente de liberdade, alegria, carinho e confiança precisamente… no lar. Os pais, esses, devem ser modelos e contágio. Que o vivam primeiro.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O princípio da... (des)igualdade

Há dias ouvi uma história verdadeira. Uma família numerosa tinha no seu seio um filho o qual era alvo de sucessivas repreensões em casa e na escola. Uma espécie de “pestinha”. E era aquela. Não outro. Mais nenhum.
Em ordem inversa, os demais eram sucessivamente elogiados.

Até que a mãe (sempre as mães), atenta a situação, entendeu mudar o trato com aquele filho. O “pestinha” começou a ser elogiado pelo que fazia de bem. Sim, porque pese embora as travessuras, o miúdo tinha a educação dos irmãos, a partilha de vida dos irmãos e a estabilidade do lar dos irmãos.
A seguir… outro elogio. E outro.

E a verdade é que o miúdo mudou o seu comportamento.

O menino queria chamar a atenção dos pais. As travessuras conferiam-lhe tempo de antena. E assim que teve atenção individual, alterou o comportamento e atitude.

Daqui decorre que devemos tratar todos os filhos de forma desigual porque nenhum é igual a outro. Cada filho, uma pessoa. Cada pessoa, uma alma.

O lar, em sentido figurado, deve assemelhar-se ao parlamento, donde decorrem debates e votações da generalidade e debate e votação na especialidade.

Isto é, educar para todos mas conferir depois, um a um, a necessária e insubstituível atenção, cuidado, aconselhamento. Tratar individualmente cada filho e conferir a atenção cuidada e personalizada a tudo quanto o afecta.
E há muitas coisas que afectam os nossos filhos, pelo que a missão dos pais carece de rigor e cuidado no trato.

domingo, 26 de abril de 2015

A Família...



... é o único lugar onde as pessoas são amadas não pelo que têm, o que sabem ou o que produzem, mas pela sua condição de membros da família: esposos, pais, filhos, irmãos.

sábado, 25 de abril de 2015

Passeio em Família

Marginal. 25.IV.2015




Almas musculadas


Estou convencido que há um estigma sobre os católicos. Há ou não?

Há um rótulo latente mas simultâneamente vincado.
Se o homem vai à missa... huummm... é de desconfiar. Isso são coisas de mulher.
Se reza... huummm... que pessoa susceptível...
Se reza muito.... ui! É fanático.
Se fala de Deus... é alucinado.
Estou só a escrever mentiras, verdade?

Mas... pior que os rótulos são os respeitos humanos que assumimos para não ser rotulados. Aí é demonstração de cobardia e uma fé tão sólida quanto a espuma.

ALMAS MUSCULADAS - I

Vou assumir a minha condição com ou sem rótulo. 

Relativamente a estes, cumpre por graça escrever que por aqui, pai e filho são graduados em Krav Maga (קרב מגע), pelo que em nada são diminuidos. 

Pelo contrário. Como se constata, por vezes, os rótulos não colam.


Por outro lado, assim como o atleta treina para atingir a meta na prova, o aluno estuda para ser competente e o culturista exercita para que o corpo revele os músculos trabalhados, o cristão reza. E reza, pegando no derradeiro exemplo, para que a alma seja musculada.

Uma alma musculada terá força bastante para fazer face aos pesos e contrariedades que surgem. A alma musculada tem força, uma força sustentada, trabalhada, capaz de se manter firme na adversidade.

A alma musculada é alavanca na família. Exercita por si e leva os outros a fazer o mesmo, pelo exemplo.

A alma musculada é caminho seguro de convivência com Quem nos sustenta.

Assim, o conselho que damos é o exercício reiterado e contínuo da oração. Orar, nas variadas vertentes do dia-a-dia, dará alicerces sólidos para tudo. Sólidos no amor, sólidos no trabalho, sólidos nas adversidades, sólidos na família.

Uma alma pouco trabalhada, perece. Não aguenta. Não suporta a contrariedade.

Uma alma pouco trabalhada cai, por si, ao primeiro sopro, ao primeiro vento forte. Para estas, só as leves brisas se suportam.

Não se conhece Santo que não tenha tido uma vida orante. Um que seja. Vale a pena pensar nisto.

ALMAS MUSCULADAS - II

É importante atender a mais um pormenor. O exercício físico. 
Mas... por que razão é trazido para aqui? Vamos por partes.

Na vertente da família, Deus pede-nos que cuidemos uns dos outros. Ao pai e mãe, pede Deus que cuidem dos filhos. E cuidar, é cuidar. Cuidar, é amar, é educar.

Ora, os pais não podem ser amorfos, tíbios, enfadonhos, moles. Não. Querem-se pais com energia e saúde, activos, vibrantes.

Escrevo estas linhas porque nelas meditei enquato treinava, esta manhã. Por que o faço? 
Enfim, poderia dar mil e uma respostas vagas e genéricas.
Mas não. A verdadeira razão é cuidar da saúde, criar condições físicas para manter uma perfomance pujante. Porque sem saúde... que valho? Se estiver débil... a quem socorrerei?

Deus pede-me que me cuide para que esteja em pleno para cuidar dos meus que também são d´Ele. Ou o contrário. Talvez o contrário seja mais acertivo.

Estamos todos sujeitos a não ter saúde. Aí, porque permitiu, Deus cuidará e providenciará.
Mas naquilo que eu posso fazer, devo fazê-lo.

Não é por acaso que vejo dois sacerdotes ao meu lado. Tal como a mim, não lhes interessa manter o físico para algo fútil ou que revista "peneiras". Não. Cuidam do físico para que a boa forma física lhes permita dar resposta positiva às solicitações e responsabilidades que Deus lhes pede.
Assim devemos ser na família. Os pais devem cuidar-se.  
Parece coisa pouca ou despropositada? Não é.

ALMAS MUSCULADAS - CONCLUSÃO

Findo. Respeito a liberdade de pensamento e respeito os outros, as convicções que assumem, desde que coerentes. As demais...  passam-me ao lado.
Mas não posso ignorar o compromisso que assumo diariamente. Tenho normas da minha identidade cristã a cumprir que me permitem muscular a alma.
Tenho critérios, que me permitem pensar e actuar de forma diferenciada.

Ao fim e ao cabo, costumo dizer (e já o escrevi), que ser cristão é para duros

Na verdade, se o não fosse, teria uma vida bem mais facilitada.

Não seria mais fácil não fazer o que faço? Não seria mais fácil entrar no pensamento e filosofia dominante? Seria. Digo-o sem rodeios.

Não seria mais fácil ter todos o tempo do mundo para as minha coisas, os meus gostos, inclusivé, as minhas ninharias? Claro que sim.

Mas a verdade é que quero o Céu porque a ele pertenço. E se o céu é a meta, a vida é a prova.
Como tal... em frente!

Assim, não dá para ser cristão de Domingo. Estou convencido que estes não atingem os mínimos para se qualificarem. Deus pede mais.

A conversão diária traz-nos coerência de vida. E a vida do cristão é posta à prova dia após dia em todos os ambientes. Pede-se-nos rectidão, firmeza e fidelidade.

Os cristão não são diminuidos. Não são susceptiveis. Não são menos viris. Em suma, os rótulos não colam.

Em jeito de provocação a quem rotula, pergunto: afinal, quem são os duros aqui?

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O nosso Porto de Abrigo

A família é o nosso porto de abrigo, a nossa segurança. 
Vivemos unidos e em comunhão uns com os outros.
Amamo-nos e respeitamo-nos muito.

Por vezes, o pai teve um dia difícil e está cansado, a mãe aborrecida e sem paciência e os filhos chegam com os problemas da escola e cansados de brincar.



É hora de nos juntarmos, de nos unirmos no "nosso castelo" (casa), e tudo parece ficar sem tanta importância.



O pai fica bem disposto e esquece os problemas do trabalho com uma atenção da mãe , com um miminho dos filhos. 
A mãe ri com um disparate ou uma graçola dos mais pequenos.
As crianças descontraiem e brincam e os pais também.

E é tão bom chegar e estar em casa e darmos atenção uns aos outros, ouvir o que têm para dizer, partilhar o dia de cada um.

Depois de tratarmos uns dos outros, vem a hora do descanso. 

Aqui ninguém vai descançar sem um beijo de boa noite. E ninguém acorda sem esse mesmo beijo de bom dia.
Pequenos gestos que nos unem, que nos fazem sentir família!

Educar os sentimentos

«Mãe, acabas de ferir os meus sentimentos!» ― frase pronunciada por um rapaz de 10 anos quando a mãe lhe pediu o favor de apagar o televisor e ir para a cama. Também uma psicóloga, recentemente, dava um conselho aos jovens num artigo de um jornal: «Se notas que sentes algo especial, não tenhas medo, liberta-te de tabus, corre para os seus braços e entrega-te totalmente. Só assim a tua vida será sincera e sem hipocrisias».

Reparem no pormenor: “sentir algo especial” é suficiente para justificar qualquer comportamento. 

E a sinceridade já não tem nenhuma relação com a verdade. Ser sincero, segundo a psicóloga, é sentir algo especial e não reprimir esse sentimento.

Ideia importante: os sentimentos são uma poderosa realidade humana, tanto para o bem, como para o mal. Não têm peso ― mas pesam muito na decisão de actuar de todos nós. 

Por isso, precisam de ser “educados”. 


Isto é especialmente importante para os jovens, que vivem imersos numa cultura que exalta os sentimentos como o grande critério de verdade e autenticidade.

Os sentimentos em si são bons porque fazem parte da condição humana. Garantem a ligação entre a vida sensível e a vida do espírito, uma vez que somos compostos de corpo e alma. No entanto, não podem ser nunca o critério último da decisão de actuar. Porque não sentimos somente ― também pensamos! E actuar só porque se sente não é actuar de um modo plenamente humano.

Necessitamos educar os sentimentos para que nos facilitem a realização do bem e a procura da verdadeira felicidade. Não os educar é correr o risco de ficarmos escravos deles. Deixamos de ser nós a decidir o que é bom fazer ou evitar. Passam a ser eles a indicar-nos caprichosamente o caminho a seguir.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Texto amavelmente enviado pela Dra. Rita Rebordão, do Cenofa, publicado no blogue Spe Deus.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Estar onde devemos estar. Fazer o que devemos fazer.


Por vezes, vagueamos na vida aparentemente sem rumo.

Deus fala-nos, interpela-nos mas nem sempre O ouvimos ou estamos dispostos a fazê-lo.
 Estamos onde não deviamos estar, queremos o que não deviamos querer sem nos preocuparmos com a pergunta:

 "Onde é que Deus nos quer?"

E Deus Pai quer uma coisa tão simples: a nossa felicidade.



Seremos realmente felizes se não seguirmos a Vontade de Deus?

Acredito que não.

Está onde tens de estar, emprega todo o teu amor, toda a tua dedicação, todo o teu empenho e oferece por Amor a Deus, que te dará 100 vezes mais.

E sem dúvida nenhuma, que Deus nos quer no seio da nossa Família, que é o reflexo do amor paternal de Deus na terra.

Esposo,esposa, filhos... cuidem uns dos outros com amor, defendam acima de tudo a vossa união.
Se nos dermos uns aos outros de verdade, de coração experimentaremos a verdadeira felicidade. Aquela que transborda em paz e serenidade que se reflete no rosto e na postura.

Se dentro do seio da família vivenciamos o amor de Deus, quanta alegria não levaremos para fora.

"As portas do céu abrem para fora." Pe António Barbosa


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Viva a Família!


Registamos 1000 visitas em 19 dias. 

Muito obrigado. É bom sentir que o que escrevemos e o empenho que temos não é em vão.

Agradecemos a Deus o entusiasmo na defesa da Família.

O desejo que as nossas publicações ajudem quem nos lê e, quiçá, aqui e ali, permitam "abanar", promovendo a reflexão. 


Paralelamente, convidamos à visita do nosso outro blogue Pequenos Pormenores com Amor, onde são publicados os trabalhos manuais feitos na nossa casa.

Família Cavaco, Família em Movimento

Relativizar o relativismo

Se há conduta importante a assumir na família é ter a clara noção dos tempos que vivemos.
Não há fuga possível. Não há possibilidade de viver o sonho que não existe nem existirá, onde tudo seria perfeito e de acordo à nossa filosofia de vida.
Ouve-se a frase se não os podes vencer, junta-te a eles. Errado. Se não os podes vencer, combate-os


Ainda que talvez não se vença a guerra, ter-se-á conseguido vencer muitas batalhas. E deixam marcas positivas que os tempos futuros recordarão.


Em tempo de relativismo, de nada vale amargurar nem perder a serenidade.

O truque está em relativizar o relativismo através do critério. Haja critério!

Adultos e crianças (em suma, a família) estão sujeitos a conceitos sobre tudo e nada, oriundos de filosofias que, tantas vezes, nada têm a ver com eles. Em catadupa, lemos, escutamos, ouvimos, vemos, assistimos, constatamos... teorias e teorias de que tudo é relativo. E não é.

A sociedade está mergulhada nesse conceito, é um facto.

Pergunta: e a nossa família? Estará ela a beber a filosofia e os conceitos que emergem de terceiros em detrimento dos conceitos livres, oportunos e responsáveis que temos?
Estarão os pais a fazer o seu papel máximo de educadores?
Estarão os pais conscientes que eles próprios e os filhos são susceptíveis?

Haja critério e filtrem-se as situações. Os pais devem estar atentos. Quantas vezes, no nosso castelo, chamamos à atenção em relação a programas televisivos ou mesmo relativamente a desenhos animados que as crianças vêem na sua profunda ingenuidade? Isso é necessário? Absolutamente.
Ainda anteontem chamávamos a atenção do filho mais velho em relação a um tema televisivo. Se não pensamos daquela forma, que critério temos se os deixarmos absorver tais conteúdos?

Não é só a televisão. Há tantos meios de comunicação e hoje em dia estamos tão sujeitos a ela que temos obrigação grave de estar atentos, nomeadamente em relação aos nossos filhos que tudo absorvem. E de tijolo a tijolo se constrói o edifício.

Pais, muita atenção. Somos livres e na liberdade temos poder e argumento de decisão. Usemo-lo em consciência.

Que nenhum dos nossos filhos se perca pela nossa falta de atenção. Alerta!

terça-feira, 21 de abril de 2015

25 Abr 17h30


Educar em Família

Os primeiros e mais importantes educadores dos filhos são sem dúvida nenhuma os pais. É deles que as crianças recebem o amor, o carinho, o afeto, a segurança e a protecção.

As crianças são muito inteligentes, possuem uma inteligência em constante desenvolvimento, são permeáveis a tudo o que se passa à sua volta e aborvem tudo o que os pais fazem e dizem.
É importante que não deixemos a educação dos filhos nas mãos de outros (educadores, professores e amigos) e esperar que cresçam. Embora estes assumam um papel extremamente importante no desenvolvimento cognitivo das crianças, a grande responsabilidade da educar, essa, pertence aos pais.

Os filhos são sempre - sempre! - o reflexo dos pais, sejam eles bons ou menos bons. E aprendem através do exemplo.

É no seio da família que se criam laços muito fortes, que se fazem as primeiras aprendizagens e que se toma coragem para fazer muitas mais. O amor e o carinho dos pais ajudam os filhos a ganhar auto-estima e auto-confiança para enfrentar o mundo que os rodeia.

É importante que se tome a pulso a educação dos filhos.

Porque quando Deus concede um filho a um casal, diz-lhes que tem confiança para que cuidem e amem uma criatura Sua.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A presença de Deus no dia-a-dia da Família

A presença de Deus manifesta-se mas também se procura.
São vários os relatos dos Evangelhos que nos indicam encontros circunstanciais que se mostraram decisivos, encontros com a cruz a caminho do calvário e encontros procurados por quem viu Jesus como Mestre e Senhor.

Jesus procura-nos todos os dias e manifesta-se. Jesus faz-se Amigo para que tenhamos n´Ele muita confiança. Mas Jesus gosta que O procuremos, que O cuidemos, que Lhe dediquemos atenção, que nos façamos de igual modo muito amigos.


A descoberta de que a santidade não é um estado exclusivo de religiosos faz-nos notar que podemos estabelecer um compromisso de vida e, querendo, o assumamos.

Podemos procurar Deus nas coisas mais simples da vida. E ali O encontraremos.

O levantar para mais uma jornada implica uma passagem pelo pequeno oratório. Olhando as imagens faz-nos lembrar, ainda com o sono que se dissipa, que pertencemos ao Céu.

Nesse instante podemos fazer o oferecimento de obras do dia que inicia.



Por aqui, cuidamos (todos) de nos benzer com água benta. Diz Santa Teresa de Ávila que nada é mais eficaz para afastar o inimigo.

A saída de casa não se faz sem visitar a imagem da Sagrada Família, onde uma pequena oração nos aproxima da realidade da nossa vocação matrimonial.

O caminho para o trabalho pode ser meio e oportunidade para realizarmos uma meditação, uma oração.

Também na jornada de trabalho podemos e devemos assumir cuidados.
Santificar o trabalho e santificar-nos (e os demais) no trabalho, são cuidados que atendem aos pormenores: o trato, o zelo, o brio, a competência, a responsabilidade, entre outros, são deveres graves do cristão.

Por regra, na hora de almoço, já tendo lido o evangelho do dia (através do EAQ e cujo link de subscrição se encontra aqui), há lugar ao Angelus e leitura da meditação do Falar com Deus.

Assim a oportunidade dite, e procuremos fazer a oração da tarde.

Desde que nos levantamos, como se afere, temos presença assídua de Deus. Assim O procuremos.

Devemos procurar assistir à missa diária. Infelizmente, são algumas poucas as paróquias onde se celebra a missa diariamente. Não faz sentido mas é algo real.

Se conseguirmos, façamos também a visita ao Santíssimo.

É possível fazer tudo? Claro. E muito mais. O dia não cessou ainda.

Há um pormenor que atendo. Vários são os locais de passagem diária. O café, uma dependência bancária, o hiper, a escola, o escritório, o restaurante, etc. Pergunto-me sempre se nesses locais de passagem Deus é lembrado. Dita a experiência que por regra a resposta assume tendência negativa. Façamos a diferença. Uma jaculatória (ah! as jaculatórias são tão decisivas) e quiçá uma palavra, que se pode revelar no trato e na simpatia ou mesmo na alegria.

Em família, já depois da jornada de trabalho, rezemos o terço. Às 21:30H pode ser rezado em conjunto com os peregrinos de Fátima, em directo da Capelinha (vide link neste blogue). 

Não esquecer o exame de consciência à noite. É fundamental.
Não esquecer a Direcção Espiritual nem a Confissão São fundamentais.
Não esquecer as mortificações
Não esquecer dar graças pelas refeições. Assume consciência de gratidão e lembra os que não têm o que comer. Devemos lembrar e agradecer quem preparou o alimento.

Enfim… muito mais havia a escrever. Costumo dizer que viver como cristão é para duros. Não há lugar para lamechas no cristianismo a sério.

É possível viver santamente e procurar o senhor nas tarefas do dia-a-dia. É possível viver-se a alegria do evangelho, como se fossemos uma personagem mais. É possível viver as contrariedades da vida sem perder o desalento ou perder a paz.

Escreveu-se "é possível viver". Não se escreveu "é possível saber-se a teoria mas fazer de conta que a mesma é para outros ou, quiçá, só muito de vez em quando para nós". É uma questão de coerência de vida.

Adiante. Viver o compromisso ajuda-nos a viver bem a Família. A oração e identidade com Cristo une-nos e fortalece-nos.

Se a Família é o edifício, Cristo assume os alicerces. Assim, os ventos e as tempestades da vida determinam o rumo daquele pelos seus alicerces. Ou o edifício cai, ou mantém-se firme.

Tudo tende para o compromisso de vida. Depende sempre da maneira como queremos viver a vida.

Nunca é tarde. Mas o tempo é demasiado curto.

domingo, 19 de abril de 2015

NOVO BLOGUE da Família Cavaco


Há um novo Blogue da Família Cavaco chamado Pequenos Pormenores com Amor, onde são publicados trabalhos manuais realizados por nós.


Esperamos a vossa visita.


Família Cavaco

E para que cresçam (bem) rápido...

... a benjamim da família entendeu que os copos cheios de água farão os feijões desenvolver e crescer  à velocidade da luz 




sábado, 18 de abril de 2015

Em Família, estamos juntos!

A semana retirou-nos, pelo menos, 50 horas de convívio familiar.

É pois tempo de retemperar forças e aproveitar o sol para fazer um passeio em família.
Casa do Lago, 18.IV.2015

É sempre importante viver estes momentos. 

Devemos ser amigos dos nossos filhos e que eles o sintam, para que possam sempre partilhar tudo, sem receios. 

Não devem existir filtros entre os filhos e os pais. Mas para que tal suceda é necessário criar empatia, profunda amizade. Estas geram a confiança.



Sem dúvida alguma afirmamos que ter tempo para a família, ter tempo para viver a família, ter tempo para ver brincar e crescer os filhos, em bons ambientes, é caminho.

O tempo de partilha e convívio proporciona-nos momentos únicos e irrepetíveis.

Em Família, estamos juntos!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A nossa vocação é a Família

Por vezes procuramos a felicidade onde ela não se encontra. Lugar comum? Talvez. Ainda assim, verdadeiro.

Queremos sucesso. Oh, se o queremos. Queremos ser bem sucedidos. Queremos ter meios económicos favoráveis. Queremos ter prestigio. Queremos ser reconhecidos. Queremos gozar de ascendente. 
Queremos que os nossos filhos sejam tudo aquilo que ambicionamos  e quiçá tudo aquilo que não fomos.

Queremos tudo isto e mais um par de botas.

E no meio de tantos quereres, queremos também ser felizes.

Que mundo perfeito. Que vida sublime. A imaginação flui...

 Queremos, queremos, queremos…

... e tantas vezes não olhamos para o lado e não nos detemos naquilo que verdadeiramente importa, naquilo que verdadeiramente nos fará felizes e bem sucedidos.

Atendei ao seguinte. A felicidade não está naquele enunciado. Não conheço ninguém que tendo tudo, tudo tenha tido.


A felicidade encontramos no que não temos (porque não teríamos de ter) e no que temos: a família. 
A descoberta pode ser tardia, mas será frutuosa. A nossa alegria reside na família. 
A nossa vocação é a família. 
Nada, absolutamente mais nada importa. 
Nada, absolutamente nada nos enche mais de alegria. 
Nada, absolutamente mais nada nos dá maior sentido à vida. 
Nada, absolutamente mais nada é caminho e missão de vida.

Deus ama-nos e alimenta este amor familiar, caminho fecundo, de encontro permanente e diário com Ele.

Pensai no chegar a casa ("ao nosso castelo", como chamamos por aqui): abraçar a nossa família é momento único e irrepetível, porque o dia é um só. Mas sempre renovável.

É bom parar e pensar que vocação temos. Se é a Família, o matrimónio,  cuidemos e façamos como São Josemaria exortou: “Defendei o vosso amor! O vosso amor conjugal! É santo! Defendei-o! Sede colaboradores! Colaboradores de Deus! E assim vos amareis muito e amareis os defeitos um do outro que não sejam ofensa a Deus. Tudo vos parecerá perfeição! E ajudar-vos-eis! E formareis... uma só carne! Um só coração!"

A família é o melhor negócio que temos. Absolutamente.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A importância da leitura

Na primeira publicação do blogue Família em Movimento foi recomendada a leitura do livro Esposos e Santos.
São vários testemunhos de casais.
É importante a leitura no casal? Absolutamente.
Ninguém se edifica por si nem tão pouco constrói modelos alternativos se não beber bons exemplos.
As pessoas, em regra, são confiantes de si. É algo muito humano. Tendemos a acreditar que os modelos que implementamos são generosos e saudáveis, rectos e acertivos.
Mas é bom notar que antes de nós outros nos precederam e em muitos deles encontramos testemunhos válidos que nos levam, no limite, a meditar. E tantas vezes, da meditação, surgem radicais alterações de paradigmas.
Há comportamentos que mudam. Há gestos que nascem. Há padrões que se eliminam em definitivo.

A premissa é o critério. Não há espaço para erros porque a influência positiva ou negativa que sofremos determinará consequências. Haja critério. E se não o temos, por variadíssimas razões, há sempre lugar ao pedido de conselho.
Depois, deve-se ler em conjunto. Ler para nós mesmos, além de um gesto egoísta, determina a não partilha de conteúdos. Naturalmente não estão em causa livros técnicos. 
Noutra publicação anterior, escrevíamos que os serões em família podem ser generosamente aproveitados com a leitura.
Na nossa família seleccionamos as leituras criteriosamente. Há a leitura familiar que se realiza uma ou duas vezes por semana após o jantar. Procura ser divertida e apelativa, passando valores (sempre!). 

Há de igual modo a leitura mais séria, agora para o casal, que proporciona a meditação e a edificação.
É um lugar comum afirmar-se que o livro é um amigo. Pode sê-lo. Assim haja critério.
E quando há, faz-nos bem.
É importantíssimo ler e conhecer, alargar horizontes, crescer com a vida de outros que são modelos e nos fornecem modelos. Exortamos à prática da (boa) leitura.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Contrariar a rotina é boa prática familiar

Pode matar. Pode destruir

Pode ser um vírus lento que produzirá efeitos nefastos a médio e longo prazo.


A rotina é silenciosa. Não escolhe um padrão de vítimas. Todos o são. Também não escolhe idades. 

Ah! Contamina o ambiente e cria dependência.



O diccionário define a rotina da seguinte forma:

- Caminho já sabido ou habitualmente trilhado
- Hábito de fazer alguma coisa sempre da mesma maneira
- Prática constante
- Aversão às inovações

A rotina intala-se na família. Logo, deverão ser criados modelos que invertam as práticas comuns. 
Neste blogue temos dado dicas de comportamentos familiares que, assumidos, são uma claríssima negação à prática rotineira.

Mas importará tecer uma consideração muitíssimo especial relativamente aos casais.
A rotina destrói famílias em consequência da afectação do próprio casal. Que ninguém disso duvide e, caso assim não se pense, desengane-se.

É muito importante criar bons hábitos. Entre eles, gerar comportamentos que unam.

O casal carece estar só. Absolutamente. Importa namorar, sair, recuperar tempos que, por vezes, não se tenham estas boas práticas, e serão apenas memórias e recordações que o baú guarda...

É importante que homem e mulher tenham o seu próprio espaço.

Neste sentido, é boa prática que, pelo menos uma vez por mês, os filhos dêem espaço aos pais. E os pais aos filhos.

Os avós são educadores. E se há coisa que gostam é privar com os netos. Então, por que não aproveitar esse facto e deixar que a netos e avós convivam um fim de semana, possibilitando aos pais o necessário convívio entre si?

Conhecemos igualmente situações de outro género. Na impossibilidade ou inexistência de avós, que aqui é mera sugestão (pese embora seja um elo familiar fortíssimo), alguns casais (naturalmente com enornme amizade e profunda confiança) combinam entre si e, alternadamente, deixam os filhos em casa uns dos outros. A regra aqui é uma noite, um serão.

No fundo, há várias soluções. Haverá lugar a encontrar aquela que for melhor e ajustada. Invente-se!

Nesse fim de semana a dois, o casal deve procurar o namoro, o ir ao cinema, teatro, passear, almoçar e/ou jantar fora (as esposas merecem algum descanso, convenhamos), entre tantas e tantas coisas necessárias. Diriamos, verdadeiramente necessárias.

Os casais carecem estreitar laços, quebrar rotinas, ter o seu próprio espaço e momento, além de recuperar forças e ânimo que permitam alicerçar cada vez mais a família.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Oração em Família


Somos católicos. Temos uma só Fé. 

No Batismo assumimos o compromisso de transmitir a Fé aos nossos filhos.
E isso faz-se diariamente, com pequenos gestos, com hábitos.
Vamos à missa ao domingo, mas não basta. 
Deus está connosco todos os dias, a todas as horas e não apenas ao domingo.
Começamos por lhes ensinar o sinal da cruz, rezamos antes das refeições, temos imagens em casa que nos lembram "que o céu existe".
E por que não ter um momento de oração em Família? 
Por que não o terço? 
Pai-Nosso e Avé Maria são orações que as crianças conhecem; ao meditarmos os mistérios, as crianças também podem fazer os seus pedidos e agradecer o que lhes acontece de bom, coisas simples.
E o terço é uma oração muito simples, uma "arma" poderosíssima, que mantém a união familiar e, acima de tudo, faz crescer a partilha, a unidade e o amor.

domingo, 12 de abril de 2015

O erro de acompanhar as refeições com... a televisão

É um erro comum e generalizado. Dir-se-ia inclusive enraizado na actual cultura.
Quando tomamos a refeição em família e ligamos a televisão, há sempre alguém que diz "mete mais alto; sai da frente; cala-te e deixa ouvir". 
E o foco da refeição deixa de ser a família para ser a caixa mágica. Verdade?

É tão importante - nomeadamente ao jantar - que a família se centre em si mesma, assumindo conduta de diálogo, questionando o dia de cada um dos filhos, cuidando de apurar pormenores, utilizando a inteligência para consignar aquele momento único e irrepetível desse dia para saber e ouvir dos seus.


* Como foi o teu dia?

* Por que estás aborrecido?

* Como foi o teu passeio?

* Conta-nos tudo...

* Amanhã vais ter teste. Preparado?

* Estás a gostar do jantar? Atendeste ao modo como a mãe o preparou?



À refeição, o momento é da família. O momento é de partilha. O momento é de elevação e troca de experiências. O momento, no limite, é para apurar individualmente e no todo como se encontram, como estão, a razão do eventual semblante triste ou alegre daquele membro da família, entre outros.

Se pensarmos bem, esse é o único momento familiar que o dia nos proporiona. Se deixarmos que a televisão o roube, será mau caminho, será má decisão.

Para o efeito, bastará atender à experiência. Num dos dias a rainha da refeição é a televisão. Pais e filhos não falam entre si, não dialogam, nada partilham. Atenção e foco centrados no programa televisivo
Noutro dia, a televisão desligada. A aparelhagem poderá ecoar uma melodia que traga harmonia. Proporcione-se o diálogo e a partilha e a rainha da noite, da refeição, será a própria família.

Depois...  comparem-se as noites e afira-se qual delas frutificou.