Família em Movimento

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domingo, 31 de maio de 2015

31 de Maio - Dia dos Irmãos


"Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.
Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos."

Vídeo APFN

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A escola e os pais


A escola e a família não devem ser estanques entre si. Não há a escola versus família. A escola complementa a família e não o inverso. Há ou deve haver como que uma extensão.


Assim, os pais devem assumir uma conduta participativa e proactiva na vida académica dos filhos.

Os pais têm o ónus de acompanhar a escola e saber que matérias são lecionadas, que cadeiras e conteúdos administrados.


Os pais devem participar nas reuniões. Devem saber exactamente o que se passa e ponderar da necessidade de intervir.

Os pais devem assumir critérios. Por exemplo, particularmente, cedo transmitimos a não concordância na participação dos nossos discentes em cadeiras/eventos com abordagem da temática sexual se não consideramos válidos os conteúdos. Ponto assente. E o “transmitir” foi formal, com carta assinada e carimbo de entrada aposto na cópia. Isto porque se a escola é uma extensão da família, grave se torna quando uma determinada temática encontra profunda contradição nos valores que se entendem adequados.

Os pais não podem e não devem alhear-se mantendo a escola como factor externo necessário.

Em casa, devem acompanhar os níveis de estudo, o tempo consignado à escola e até ajudar nos trabalhos de casa. Os trabalhos são de casa, não são do ATL. Bem sabemos que a vida nem sempre proporciona nem horários nem disponibilidade pelo que o ATL é recurso. Ainda assim, sempre que viável, os trabalhos devem, no nosso entendimento, ser executados em casa.
Porquê? Porque se assim não for a escola nunca entra dentro de casa. Fica sempre à porta ou nos centros de estudos, ATL ou colégios.

Ao contrário, entrando, os filhos assumem que os pais os acompanham e manifestam essa vertente por actos palpáveis, materializáveis, com evidências.

Os pais devem saber o nome ou nomes dos professores.

Os pais devem respeitar e fazer respeitar os Professores. É essencial.

Os pais devem aparecer na escola, fazerem-se notados. E isso deve ser algo natural e reiterado.

Os pais devem ajudar os filhos no planeamento do estudo, nomeadamente quanto aos tempos dedicados. Há dias oferecemos uma agenda a um dos filhos e recomendámos que faça o planeamento semanal. Um indivíduo organizado tem sempre mais sucesso. É organizado.

Enfim, mais haveria a escrever. No entanto pensamos que este texto, acompanhado ou não por quem nos lê, pode dar uma ajuda.
Todos queremos o sucesso escolar dos filhos. Mas para exigir há que dar primeiro. Damos?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Educamos valorando exactamente o quê?

Duas situações reais:

A mãe de A faz o lanche ao filho para que o coma na actividade de Sábado à tarde.
Ao chegar a casa, o filho previne a mãe de que tem fome. A mãe questiona-o se não lanchou…
- Não. Um Colega não tinha levado nada para comer e eu dei o meu.

A mãe elogia e enaltece-o perante a grandeza do gesto e altruísmo evidenciado.


A mãe de A faz o lanche ao filho para que o coma na actividade de Sábado à tarde.
Ao chegar a casa, o filho previne a mãe de que tem fome. A mãe questiona-o se não lanchou…
- Não. Um Colega não tinha levado nada para comer e eu dei o meu.
 
A mãe censura o comportamento e indaga o filho se é tolo. E diz-lhe ainda “ficaste tu com fome para que o outro comesse. Quando cresces?!?”


Já vimos as duas situações. Duas posturas diferenciadas. Valores familiares antagónicos.

Apenas e só para pensar. Não emitimos opinião, propositadamente.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

AR aprova isenção de ISV para famílias numerosas

Medida será aplicável a partir de janeiro de 2016

Tarefas e Lemas PARTE II

PARTE II – LEMAS
Algo que aprendemos nas palestras com o Sr. Dr. José Fraústo Ferreira foi a bondade e necessidade de serem criados, no seio familiar, lemas.
Ora, um lema é, se quisermos, uma norma de procedimento, uma divisa, um emblema.
São importantes e podem (devem) ser criados com periodicidade semanal, por exemplo.
Que tipos de lema podem ser criados? Sorrir, agradecer, ajudar, cumprimentar, rezar, ajudar a mãe, criar serões de família alegres, interagir com os nossos, etc.
Sorrir sempre mesmo que ocorram obstáculos. É um lema que contagia e devolve o bom ambiente.
Agradecer é tão importante. Agradecemos? Ora, criar este lema vai trazer a necessária humildade e a real percepção de que sem os outros não somos tão felizes.
Ajudar é uma excelente maneira de estreitar relações em comunidade.
Cumprimentar afectuosamente recria o amor.
Rezar pela família ou por intenções familiares é o alicerce de tudo o resto.
Ajudar a mãe é devolver-lhe o sorriso pela intenção e pelo esforço meritório.
Criar serões de família alegres é contagiar a família e focá-la naquilo que é importante.
Interagir com os nossos é levar o ânimo aos nossos familiares e amigos. Lembramo-nos daquele tio ou avô doente? Ou o outro que está no lar? Visitamo-lo?
A imaginação de cada um flui e irá ao encontro do pretendido. E até podem ser pedidos conselhos aos mais pequenos. Por exemplo, perguntar “que lema sugeres para esta semana?”
O lema está interligado à tarefa mas dela difere. Unir ambos pode ser um caminho muitíssimo engraçado.
A nossa sugestão vai pois no sentido de serem criados lemas de família.
Sejam Felizes!

sábado, 23 de maio de 2015

Tarefas e Lemas PARTE I

PARTE I - TAREFAS

Vamos dividir as tarefas e lemas em duas publicações. 

Ambas interligam-se mas diferenciam-se.

Hoje escrevemos sobre as tarefas.

É importante que os lares sejam verdadeiras comunidades. Comunidades de amor, de justiça, entreajuda, solidariedade e espírito de serviço.



Atendendo ao lema "Um por todos e todos por um", não podemos deixar ninguém fora da equipa

Ninguém está dispensado e todos estão ao serviço da comunidade.

Assim, impera a necessidade de serem distribuídas tarefas por todos os membros da família. Por um lado, a distribuição de tarefas traz mais sentido de justiça a todos e a cada um; por outro, alivia a carga dos que por regra (essa regra inoportuna que a ninguém faz crescer) trabalham para o todo, nomeadamente a mãe, a "faz tudo" dos lares. Não pode ser.

Sem prejuízo mas em complemento, a distribuição de tarefas edifica e acarreta o verdadeiro sentido comunitário.

Há crianças e pais mal habituados. A mãe é tantas vezes a serviçal da casa. Cozinha, passa a ferro, arruma e dobra a roupa, estende-a, prepara-a, arruma e lava a louça, vai às compras, entre outras.
Mentira? Não, não é.

Mas esta visão está absolutamente errada. A mãe não é a serviçal. 
Essa ideia, esteja ou não fora de moda (detestamos modas), é em si redutora e não dignifica. Nem edifica.

O miúdo que se habitua a estar no sofá a pedir, por exemplo, água à mãe (e esta acede ao capricho), é um miúdo que não cresce. É um reizinho de ego cheio que à mínima queda não se levanta. Pobre miúdo. Ele não tem culpa. Tornaram-no rei e ele reina.

Não é assim que se educa. Fazê-los crescer implica a assunção de valores e a prática reiterada destes.

Pais e filhos, desinstalem-se. Abdiquem do comodismo por um bem maior, a vossa comunidade

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Palestras

Estimados amigos e muitos leitores que felizmente e para nossa alegria visitam o blogue Família em Movimento assiduamente,

Recebemos hoje um e-mail a perguntar se estaríamos disponíveis para prestar testemunho de família.

Já respondemos ao remetente e importa esclarecer que a segunda fase do nosso projecto passa por isso mesmo, dar testemunho.

São muitas as pessoas que necessitam “ouvir algo novo”, ouvir uma palavra de estímulo para perceber quão possível é obter a felicidade dentro de uma família.

Mesmo os cristãos têm necessidade de ouvir. Tal como nós tivemos e temos. Fez-se a experiência, conforme uma publicação antes publicada. E os frutos foram muitos.



Aliás, este projecto nasceu numa palestra, em que o palestrante foi o Sr. Dr. José Fraústo Ferreira.

É possível ser-se feliz dentro de uma família?
Sim é possível. Sim, é o mais possível.

Assim se saiba chegar à meta. A questão, tantas vezes, é o “como”.

E nós propomo-nos, com humildade e sentido de serviço, responder dentro daquilo que é a nossa vivência, tantas e tantas vezes aqui espelhada.

Fica o esclarecimento que entendemos oportuno.

FEM

quarta-feira, 20 de maio de 2015

terça-feira, 19 de maio de 2015

Estudo, Ordem e Alegria!

Algumas - poucas - observações sobre o comportamento e qualidade do estudos dos filhos.

Premissa: somos exigentes.

Partindo desta premissa exigimos o que entendemos dever exigir. 
Se os filhos são estudantes, devem estudar. Não sejam meros transportadores de livros.

Assumimos o entendimento de que se lhes garantimos tudo, com a graça de Deus, lhes devemos exigir o que lhes é merecido receber como exigência: empenho nos estudos.


Ao fim e ao cabo têm comida, roupa e habitação. Têm igualmente o mais importante, o amor. 
Têm acompanhamento. Têm estabilidade emocional.

Assim, apenas lhe exigimos que sejam competentes naquilo que fazem: estudar.

No nosso entendimento, os filhos devem ser responsáveis e responsabilizados.

Antes dos testes, por exemplo, perguntamos sempre se fizerem o que lhes competia: estudar. 
Depois, poderão ficar muito tranquilos. 

Por regra, as notas são o corolário do estudo e do empenho. Nunca nos preocupamos excessivamente.

Esta conduta é válida para o comportamento. 

Não batemos. Não gritamos. 
Basta o olhar do pai (aquele olhar...) ou o ralhete mais suave da mãe para os trazer à razão.
Aliás, o olhar do pai vale mais que qualquer palmada.

Mais a mais, convenhamos, quando os pais batem nos filhos custa-lhes exponencialmente mais que aos pirralhos. E vale de quê ? Nada. 


Não são as palmadas que trazem a noção do respeito e da responsabilidade.

Custa-nos ver por vezes alguns comportamentos noutras crianças que revelam desordem. Revelam, quiçá, ligeireza na educação.

Uns são bons e outros maus? Não, de todo. Os pais apenas têm noções diferentes.
Sem prejuízo, temos pautado a nossa conduta por um prisma que nos parece assertivo e tantas vezes elogiado.

Costumamos dizer que nenhum dos filhos nos deixam mal em circunstância alguma, pois sabem estar.

Este discurso escrito faz aparentar uma espécie de quartel, verdade? 
Nada mais errado. Bem pelo contrário. O que mais se nota "no nosso castelo" é a alegria. Mas uma alegria em obediência à ordem.

A liberdade não significa libertinagem e estar à vontade não é o mesmo que estar à vontadinha. São princípios.

As crianças podem brincar, serem livres e felizes dentro dos conceitos de ordem, respeito, valores, responsabilidade. 

A exigência não as deixa diminuídas. Antes pelo contrário.

E é tão bom sentir que com o passar dos anos aumenta igualmente o sentido de responsabilidade, a noção do critério e o pensamento livre e esclarecido sobre que caminhos tomar.

Daqui resulta o lema: "Estudo, Ordem e Alegria!"

segunda-feira, 18 de maio de 2015

As discussões no casal

Todos os casais discutem por este ou por aquele motivo. É uma situação normal da vida de um casal. 
As discussões mais ou menos sérias são sempre ocasiões que fazem perder a paz. E em que o "eu" de um se sobrepõe ao "eu" do outro.


Ao discutir, ambos os esposos tentam fazer valer e vincar o seu ponto de vista, a sua opinião, não tendo em conta a opinião do outro.E fazem-no de uma forma intempestiva, até mesmo agressiva.

Desta forma chegarão a alguma conclusão? Ou apenas perderão a paz um com o outro e por acréscimo com a família?

Com calma tudo se resolve. 
Se tentarem compreender o ponto de vista um do outro, se expuserem o sua opinião com calma, rapidamente chegarão a um consenso.

Paciência, compreensão, entendimento, e muito amor. Se o marido quer o bem da mulher e a mulher o bem do marido estas virtudes crescem naturalmente, porque advêm do AMOR que os une.

Se o marido perde a calma é a vez da mulher ter paciência e esperar que este se acalme para depois conversarem e vice-versa.

É importante não esquecer que de uma discussão apenas saiem ressentimentos, incompreensões e afastamento dos esposos.

Quando um dos dois diz que não aguenta mais isto ou aquilo, que está farto... é mentira!
O Amor tudo suporta, tudo perdoa.

É muito importante atender ao facto de muitas vezes as discussões ocorrerem diante dos filhos.
É um erro do tamanho de um comboio.

Que os pais discutam casuisticamente, é normal. Não há casal que possa dizer o contrário. São duas pessoas, duas personalidades. Ponto.

Mas devem acautelar que as discussões não sejam tidas diante dos filhos.
Quando assim acontece, os filhos enervam-se, perturbam-se, perdem a paz, perdem a tranquilidade, adquirem ansiedade e as emoções misturam-se em catadupa.
Mais. Ajuizam. Distribuem culpas.

Discutir em frente dos miúdos é um péssimo serviço que os pais lhes prestam. Ruinoso, até.

Será preferível, como escrevemos, que se acalmem e depois, munidos com a força da razão e não com a razão da força, dialoguem e dirimam os pontos de vista em contradição.
Depois... as pazes. 

"O que importa é demonstrar que esses aborrecimentos não quebram o afecto, restabelecendo a intimidade familiar com um sorriso. Numa palavra, que marido e mulher vivam amando-se um ao outro e amando os filhos, porque assim amam a Deus." (S. Josémaria Escrivá)

sábado, 16 de maio de 2015

Imposição do Escapulário do Carmo

É sempre bom ver os nossos assumirem compromissos que um dia também nós assumimos ou, de outra forma, percorrerem etapas por nós percorridas há muitos, muitos anos atrás.

Sinal de que estamos com mais uns anos, verdade. Mas, também aqui de outro modo, sinal de que passamos bem o testemunho.

Hoje foi o dia da imposição do Escapulário do Carmo ao pirralho mais velho.

Foi imposto precisamente o Escapulário que há muitos anos atrás lhe tinha sido oferecido por uma Irmã Carmelita. 

Foi guardado até hoje.



É uma partilha que fazemos e se o fazemos é com o propósito do apostolado. 

É um sinal, uma mensagem para fora, tão cheia de valor, que esperamos produza frutos.

Que frutos? Mais não seja produzir o desejo de imposição aos que ainda não o fizeram. Got it?

O que é o Escapulário do Carmo?

O Escapulário do Carmo é um símbolo da proteção da Mãe de Deus aos seus devotos e um sinal da sua consagração a Maria.

Segundo a tradição foi entregue pela Santíssima Virgem ao Geral da Ordem Carmelita, S. Simão Stock, com a promessa de uma especial assistência de Nossa Senhora a quem o usar devotamente. Há uma tradição, igualmente reconhecida pelo Papa Pio XII, de que a Virgem concederá aos que morrerem com o Santo Escapulário e expiam no Purgatório as suas culpas a graça de alcançar, quanto antes, a Pátria Celestial, ou, o mais tardar, no Sábado seguinte à sua morte.

Para alcançar estas promessas supõe-se sempre um esforço pessoal em colaboração com a graça de Deus, como nos ensina com toda a claridade o concílio Vaticano II: “ A verdadeira devoção… nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa Mãe e a imitar as suas virtudes”.

S. João Paulo II recordou em diversas ocasiões que usava com devoção, desde criança, o escapulário do Carmo: “Também eu levo no meu coração, desde há muito tempo, o Escapulário do Carmo! Pelo amor que nutro pela Mãe celeste de todos nós, cuja proteção experimento continuamente” (Mensagem, 25 de Março de 2001).

Foi curioso como o sacerdote, Reverendo Padre José Maria Moreira, abordou o tema para o universo de miúdos que fizeram a imposição:

- Já viram polícias que em missões vestem um colete à prova de bala? 
Pois bem, garantem dessa forma que nenhuma bala lhes trespassa o peito, uma vez que são paradas pelo colete.
Assim é o Escapulário. É o colete da alma.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Dia Internacional da Família 2015


Vídeo APFN

Vocação é dizer SIM


Todos,sem excepção, temos uma vocação divina. Recebemo-la no baptismo.

Depois na história de vida de cada um, Deus intervém e vai chamando, tentado conduzir-nos e seduzir-nos.
Claro que Deus, que deu ao Homem o livre arbítrio, espera que este corresponda.
Se estivermos disponíveis para este chamamento, e dissermos SIM sem receios, confiantes na graça e providência divina, Deus fará maravilhas na nossa vida.
Com certeza de que só seremos realmente felizes no cumprimento da vontade de Deus.
Deus é Pai, um pai muito melhor, muito mais amoroso, misericordioso, compreensivo, que qualquer pai da terra.
E que pai não quer o melhor para os seus filhos?
Que pai não quer e não anseia pela felicidade dos seus filhos?


Dizendo SIM implica mergulhar de cabeça (não há rochas) e coração. E quando o fazemos... que mais importa?

Há dias vimos em família um desenho animado sobre as aparições de Fátima. Num dos diálogos o Francisco dizia à Jacinta "se me matarem... não me importo. Eu vou para o Céu". Esta convicção do Francisco, esta certeza (Maria havia dito que ele iria para o Céu, sim), esta confiança, este desprendimento é uma lição para nós.

Logo, assumamos a nossa vocação. Somos marido e mulher e pais de família.
Eis o que somos: família.

Vivamos em família. Mais. Vivamos para a família. O mais... que importa?

Com todo o respeito do mundo por todos quantos nos lêem, há uma diferença tão grande entre viver em e para a família com esta noção cristã (e mesmo com noção cristã, há uma diferença tão grande entre vivências) e fora dela.

Já experimentámos as três: fora, meio dentro e mergulhados. Das três, temos experiência diferentes. Mas a mais feliz é esta. E tanto assim é que o blogue faz parte do nosso apostolado. Transmitir para fora a alegria que sentimos é uma responsabilidade. E se sentimos foi por termos abraçado, por fim, a nossa vocação.

Temos de gritar bem alto o que somos: FAMÍLIA.

E pese embora esta certeza, nas contas entre deve e haver, se Deus nos pedisse contas hoje, teríamos saldo devedor.

Ainda assim e porque SIM, um puxa o outro para a santidade reciprocamente. Apenas cumprimos o que Deus quer de nós. Nada mais.

O que hoje queremos é que o nosso casamento se prolongue no Céu por toda a eternidade. E que os nossos filhos desejem o mesmo. 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ementa Semanal


Com vista a poupar e evitar gastos supérfulos, tivémos a ideia de fazer uma ementa semanal, para além de poupar trabalho a pensar diariamente o que fazer para as refeições.

Pensámos que também nos poderia ajudar nas compras. De que modo?
Através do planeamento.

O planeamento limita o que vamos comprar, ou seja, compraremos apenas o necessário para confeccionar aquelas refeições.

Muitas vezes vamos ao hiper e adquirimos N produtos. Ou porque não os temos ou porque os temos em pouca quantidade. E adquirimos os produtos, colocando-os na despensa. Se pensarmos que parte desses produtos são adquiridos por uma das duas razões acima invocadas, temos com mediana clareza a noção de que não há uma necessidade imediata, antes mediata.

Neste prisma, podemos adquirir produtos cujo consumo será efectuado... no mês seguinte. Não obstante, já despendemos verba desnecessariamente.

Vamos fazer a experiência. Ementa semanal e compra dos produtos necessários. Depois, faremos contas. Logo se verá se a lógica com que o fazemos é ou não real.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Nossa Senhora do quadrado

O maior tributo que podemos fazer nesta data tão querida e especialmente importante para os católicos e para a nossa família é publicar algo sobre Maria, a mãe de Deus.

Fátima é o nosso último refúgio, local das decisões importantes e dos milagres particulares que não aparecem na comunicação social.

Fátima é muito importante para nós. Tudo nos leva a Fátima. Várias vezes por dia ligamos à Capelinha (link à direita do blogue) para dizer “olá” a Nossa Senhora.

Fátima é uma linha directa, uma via sem portagens para o Céu.

Partilhamos algo muito nosso. Sabemos as inúmeras e justíssimas denominações e invocações a Nossa Senhora. Constam na ladainha.

Há dias a benjamim da família, cheia da sua natural graça, acrescentou uma invocação: Nossa Senhora do quadrado. Foi desta forma que a pequena viu a imagem em Fátima.
Não sabendo pela tenra idade as figuras geométricas, disse ser um quadrado. E disse muito bem.

Maria achará tanta graça quanto nós e a invocação a Nossa Senhora do quadrado passou a ter a importância devida para nós, tanta quanto as demais. É algo nosso. Mas não apenas nosso. É também de Maria, a Rainha da Família que nos leva todos os dias ao centro da nossa vida, Jesus.


APFN publicou texto da FEM

A APFN publicou, no dia de ontem, um texto da FEM na sua página do Facebook.
A publicação é um texto por nós escrito em 7 de Maio com o título "Também tu, Brutus?".
O nosso agradecimento à APFN
Divulgar a temática da família não é apenas necessário. É imprescindível e urgente.
Continuaremos a escrever. Se possível, diariamente.
Família Cavaco


terça-feira, 12 de maio de 2015

A amizade entre pais e filhos

Diz São Josemaria Escrivá que a relação entre pais e filhos deve ser, antes de tudo o mais, uma relação de profunda amizade.
Os verdadeiros amigos partilham as inquietações, os problemas mas também as vitórias e as alegrias.
Para tal – recomenda – é necessário união, é necessário ouvir e saber ouvir a todos e a cada um, a sós, individualmente.
É necessária astúcia para nos adiantarmos e falar serenamente sobre os temas centrais e das diferentes etapas da vida, tais sejam a origem e o fim último, as crises da adolescência, o namoro, a vocação de cada um.
A relação entre pais e filhos não pode ser redutora, baseando-se no simples passar de informação e conhecimento parco. Dizia Bento XVI que a grande pergunta sobre a verdade não pode ser descurada.


Os pais devem passar valores, identidade, conhecimento. Mas passar não como quem lê de cátedra. Errado caminho esse.
Não. Passar é sinónimo de vivenciar.
Eu só posso dizer que sou se o sou de facto. O espelho que reflecte a minha imagem é traduzido pelo caminho, decisões e condutas que assumo. Porque se assim não fosse seria incoerente e mentiroso.
Ou seja, não devem os pais temer falar sobre todos os assuntos. E todos são todos. É necessário que os filhos cresçam com identidade e sentido crítico. Aliás, o sentido crítico é o motor de todas as decisões.
Mas atenção: os pais não sabem tudo. Os pais devem crescer com os filhos porque estes também os ensinam. É ou não verdade que as crianças trazem tantas vezes a noção de ingenuidade e pureza que os pais perderam? Os filhos educam-nos porque não trazem filtros. É importante meditar nisto e procurar trazer para nós, pais, esta sã sapiência que as pequenas criaturas nos dão.
Pais esses que foram jovens, que cometeram e cometem erros: admitam o erro. Admitir o erro quando se enganam só traz confiança aos filhos. Nada se perde.

Que os filhos sintam absoluta confiança nos pais. Se a sentirem, jamais ocultarão nada e poderão, nos momentos mais difíceis, ser educados e aconselhados. Com total liberdade. Isso é crescer.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Família = Comunidade de Amor

"Se há amor entre os pais, o ambiente que os filhos respirarão será de entrega, de generosidade. O clima no lar é criado pelos esposos com o carinho com que se tratam: palavras, gestos e mil detalhes de amor sacrificado" (in "A Educação em Família")


O primeiro amor do marido é a sua esposa. O primeiro amor da esposa é o seu marido.

Os filhos são fruto deste amor, desta união. 

Os esposos têm de ser muito unidos, muito coesos. Têm de ser um só. 
O amor que sentem um pelo outro transborda para os filhos. Os filhos são o "transbordar" do amor conjugal.


E onde é que as crianças aprendem a amar? No seio da Família. Imitando o amor que o pai e a mãe sentem um pelo outro, e por si.

A Família é uma comunidade de Amor.

Uma comunidade de amor sacrificado, em que só na doação que se faz uns dos outros, se encontra a verdadeira felicidade.

E é neste contínuo dar e receber que os filhos aprenderão dos pais.

domingo, 10 de maio de 2015

O terço em Família

A meditação de ontem do Falar com Deus foi sobre a oração do Rosário.

Pessoalmente, já rezei o terço a conduzir a moto (sim, coisa estranha... mas reza-se. Cada Avé-Maria é contada com pressão de cada dedo da mão esquerda no manípulo do guiador. Mas cuidado!), o carro, a passear, em casa, na Igreja, etc. 

Todos os locais e circunstâncias são propícios e oportunos. 

Todavia, a partir do momento em que enraizámos a nossa vocação familiar como caminho único de vida e nos distanciámos de grupo isolado que se reencontrava ao fim do dia, a oração do terço passou a ser feita em família. Acabaram-se as orações isoladas.


E quantos progressos. Até a benjamim da família reza a primeira parte da Avé-Maria, ainda que "comendo" algumas palavras. Nada importa. É um mimo.


Para motivar os pequenos, cada membro da família reza uma dezena.

A nossa identidade cresce dia após dia. É factual. A TV é desligada e o tempo é consignado à Rainha da Família.

Por vezes - é tão giro - e como antes escrevemos, ligamos o computador à TV e acedemos à Capelinha, acompanhando o terço rezado em Fátima. 21:30H. Quem não fez, experimente. Vale a pena.

Voltando ao início, a meditação de ontem foi oportuna e dela retiramos alguns pormenores que pretendemos partilhar, pois dizem-nos bastante.

A saber:

* O terço em família é uma fonte de bens para todos, pois atrai a misericórdia de Deus sobre o lar. Diz o Papa João Paulo II: “Tanto a recitação do Angelus como a do terço devem ser para todo o cristão e muito mais para as famílias cristãs como que um oásis espiritual no decorrer do dia, para ganharem coragem e confiança”.

* Um dia o Senhor nos mostrará as conseqüências de termos rezado o terço com devoção, ainda que também com algumas distrações: desastres que se evitaram por especial intercessão da Virgem, ajudas a pessoas queridas, conversões, graças ordinárias e extraordinárias para nós e para outros, e as inúmeras pessoas que se beneficiaram desta oração e que nem sequer conhecemos.

* Deparamo-nos com pessoas, mesmo de boa vontade, que se desculpam dizendo que se distraem com freqüência e que “se é para rezá-lo mal, é melhor não rezá-lo” ou algo semelhante. Ensinava o Papa João XXIII que “o pior terço é aquele que não se reza”. Nós podemos dizer aos nossos amigos que, ao invés de abandoná-lo, devem compreender que é mais grato à Virgem procurar rezá-lo da melhor forma possível, ainda que se tenham distrações. Também pode acontecer que – como escreve Santo Afonso Maria de Ligório – “se tens muitas distrações durante a oração, talvez seja porque o demônio se sente muito incomodado com essa oração”


* “Uma triste forma de não rezar o terço: deixá-lo para o fim do dia. Quando se deixa para o momento de deitar-se, recita-se pelo menos de má maneira e sem meditar os mistérios. Assim, dificilmente se evita a rotina, que afoga a verdadeira piedade, a única piedade”. “Sempre adias o terço para depois, e acabas por omiti-lo por causa do sono. – Se não dispões de outros momentos, reza-o pela rua e sem que ninguém o note. Isso te ajudará também a ter presença de Deus”

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O Caminho

Muito temos escrito sobre a vivência em família e sobre o casal. 
Importa que marido e mulher sejam felizes.

E como conseguir essa felicidade?

É um trabalho diário e sempre com os olhos postos um no outro.
A felicidade do marido é a felicidade da mulher. A tristeza do marido é a tristeza da mulher.

Só nesta união verdadeira, de serem um só, se consegue a felicidade de todos os dias.

Há que viver o hoje. O amanhã ainda não existe. Hoje a mulher quer fazer o marido feliz e hoje o marido quer fazer a mulher feliz. São necessários apenas pequenos gestos, pequenos pormenores. Um elogio, um carinho, uma atenção, uma ajuda nas tarefas domésticas, uma preocupação com o bem estar do outro.

Deus nos livre de pensarmos em nós próprios, porque a verdadeira felicidade vem da doação da mulher ao marido e vice versa.

Homem e mulher devem caminhar lado a lado, passo a passo a caminho da sua santidade conjunta.
"(...) o sacramento do matrimónio é a forma que Deus concede àquele homem e àquela mulher, unidos em Cristo, para se ajudarem mutuamente a chegar ao céu." ("Esposos e Santos")

E os filhos serão contagiados por este desejo do céu, por esta felicidade dos pais. Os filhos são tão mais felizes quanto os seus pais se propuserem sê-lo.

A família é uma comunidade de amor. Primeiro entre os esposos, depois alargada aos filhos. O desejo da santidade dos pais será transmitido aos filhos naturalmente. Não pelo que os pais dizem, mas pelo que fazem.

"A santificação da vida familiar alicerçada no sacramento do matrimónio é caminho de santidade, caminho de verdade, caminho de amor, caminho de vida, caminho de alegria, caminho de luz, caminho para o Céu, caminho de Deus e para Deus." ("Esposos e Santos").