Família em Movimento

Família em Movimento

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Quem (não) conhece os nossos trabalhos manuais?

Visitem o nosso outro blogue Pequenos Pormenores com Amor e vejam os nossos Santos para Brincar já registados no INPI.

São meios magníficos para os mais pequenos, desde tenra idade, brincarem e identificarem-se com os Santos.

Irmã Lúcia

A Confissão

Sobre a confissão há sempre mais e mais a dizer. Neste ano da misericórdia devemos ter sempre presente da necessidade e frescura deste enorme sacramento.

Na nossa família e com excepção do marido e pai que a faz com o director espiritual,  todos rumam no mínimo uma vez por mês ao Oratório. E se algo grave acontece e é urgente confessar para poder comungar, trata-se essa urgência como urgência. 

Se vamos ao médico porque dói o corpo não vamos quando dói a alma? 

Ainda que tenhamos especial "preferência" por cair no mesmo buraco (entenda-se pecado) e ainda que o confessemos muitas vezes, ele é sempre novo. 



E devemos não apenas lutar contra ele e não cair no buraco de sempre mas ao cairmos e se cairmos, ter a noção de que o devemos confessar. Já houve uma ou outra circunstância que pensei para mim "Vou dizer a mesma coisa outra vez? Sinto vergonha". Era o inimigo a falar-me. Uma espécie de auto-conselho para não confessar a mesma coisa porque o sacerdote já devia estar fartinho de ouvir dizer-me o mesmo... não, ele não se cansa porque o Senhor perdoa sempre.

Concluindo, devemos confessar sempre e sempre os pecados ainda que o tenhamos cometido anteriormente e o tenhamos confessado. Pois bem, confessámos o outro; este agora ainda está por confessar.

Também é verdade que - o exemplo não é meu - não andamos por aí a assaltar velhinhas para furtar 5 euros. Quero com isto dizer que nem sempre os pecados são cabeludos. 
Mas certamente temos imensas omissões. Por exemplo, nas relações familiares, nas relações sociais, entre outras. Que apostolado tenho feito? Que exemplo dou? Sou espelho da unidade de vida? 
Sou burguês na minha casa deixando as tarefas ao encargo do meu consorte? Que bem devia eu ter feito e não fiz? 

Porque o mal não está em não fazer coisas más; o mal está em não fazer as boas. 

Por último, uma reflexão.
Incido a mesma numa questão muito pessoal: quantas pessoas levámos à confissão? 
Que familiares ou amigos foram à confissão por nossa influência? 
Que bom livro emprestei a alguém? Que convite fiz a alguém? 

Porque a nossa missão é evangelizar, doa a quem doer.

Nosso Senhor não nos disse: «Fica no burgo e faz umas orações. Vai à Missa, confessa-te, frequenta os sacramentos mas fica descansado no sofá e cumpre tudo o que ensinei. Mas não esqueças, fica descansado e deleita-te».

Não, Nosso Senhor foi claro. Ai de nós se não evangelizarmos. Ai de nós se não sairmos de nós mesmos. Ai de nós se não nos desinstalarmos.

Custa? Temos respeitos humanos? Mas alguém disse que ser cristão era tarefa fácil? 
Não, ser cristão a sério é para duros, para pessoas de ganas e decididas. Os "nhoquinhas" não entram neste plantel. São amorfos e tíbios demais para isso.

Nesta sequência, outra questão que se impõe: se  somos conhecidos pelos frutos, que fruto somos? 
A pior coisa que me podia acontecer era ser pessoa de enorme jeito para a escrita (salvo esta enorme presunção) e depois ouvir da boca do Senhor a frase «Não te conheço».

Pois bem, findo. Nunca esqueçamos Paulo e Agostinho. 
São exemplos claros e inequívocos de que há sempre um (re)começar. Hoje. Agora!  
Há quanto tempo não nos confessamos? É o começo.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Por que não?

Heavy, pop, ópera, hits dos anos 80, rap, cânticos de claques do clube do coração... tudo ou quase tudo se encontra no meu carro para as viagens que faço. A música toca consoante o estado de espírito e como se constata é bem diversificada.

Isto a propósito da recente descoberta do grupo musical brasileiro Oficina G3, por intermédio de Marcão, guarda-redes de futsal e campeão nacional pelo Sporting.

São barulhentos - poderão dizer alguns.
Eu diria que dentro do estilo são óptimos. Musicalmente são fortíssimos.
Por outro lado - muito importante e diferenciador - as letras são cristãs.

Por outro lado, bem o sabemos, os nossos filhos ouvem este tipo de música. Contudo, com outras letras. Algumas bem distorcidas da realidade cristã. Será assim tão estranho recomendar que ouçam o mesmo estilo de música mas com letras que nos são caras?

Aqui em casa o filho mais velho passou a conhecer. E vai cantarolando as letras...

Findo. Confesso apreciar a pujança cristã e a ausência de peias destes tipos. Nunca me conformei com a imagem falsa e redutora de nos tomarem por pessoas amorfas ou mesmo piegas, dobradas ou escondidas, que tudo comem e a quem tudo se pode dizer. Talvez por isso sejamos tão pisados por tantos quadrantes. Citando uma frase do filme O Grande Milagre, «Nunca um homem é mais homem do que quando dobra os joelhos diante de Deus». Mas fora isso, não nos baixemos muito.

Fica a sugestão. Para os mais novos, claro...


Água viva, minha sede vem matar
Vem comigo não deixe a vida me devorar
Pare um pouco, me abrace um pouco
Me faz descansar
Toca o meu rosto
Me lembra como é bom amar

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Como um filme de animação mudou a nossa forma de viver a Missa

É possível um filme de animação mudar a forma de um cristão viver a Santa Missa?
Sim, é possível.

O Grande Milagre é um filme de animação baseado em revelações de alguns místicos que mudou a nossa maneira de viver a Santa Missa. 

Vemos este filme muitas vezes em família. 

Neste filme de animação temos uma percepção muito realista do que não vemos no decorrer da Eucaristía. O tempo que antecede a Santa Missa e todas as vicissitudes da nossa vida corrente, o caminho que nos conduz à Igreja por acção do Espírito Santo, os nossos Anjos da Guarda e a maneira presente como estão connosco, a Confissão, a maneira como muitos estão na Missa sem estar, a maneira como muitos estão na Santa Missa estando, a presença do Inimigo e as seduções que nos faz, a descida dos Anjos quando cantamos o Santo, a memória da Paixão na Consagração, o Céu, as benditas almas do purgatório.

Há dias atrás disse a um Padre amigo que todas as paróquias deviam passar este filme aos paroquianos pois entendemos que depois de ser visto nunca nada será como dantes. A partir do momento em que a Santa Missa seja vivida com amor muitas vidas serão mudadas e este filme ajuda-nos (muito) a ter essa noção muitíssimo clara.

Sim, a Missa nunca mais foi igual. Temos o filme até no telemóvel. Este filme mudou a nossa maneira de vivermos a Santa Missa.  Que o Senhor abençoe muito o autor. Aliás, o Senhor serviu-se do autor para chegar mais longe na vida de muitos irmãos.

O Grande Milagre são os muitos pequenos milagres que este filme faz na vida de cada um, na vida de cada família cristã. Ainda que outros não fizesse, só o facto de o ter feito na nossa família já teria, por si só, valido a pena. 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O "lobo" que alimentamos

Numa aldeia indígena, uma criança questiona o grande chefe após observar os aldeões:

- Grande chefe, por que é que as pessoas que fazem coisas boas às vezes também fazem coisas más?

O grande chefe na sua sabedoria respondeu:

- Todas as pessoas têm dentro de si um "lobo bom" e um "lobo mau", que lutam entre si para ficar com a supremacia do indivíduo.

A criança ficou um pouco pensativa e depois voltou a questionar o grande chefe:

- E qual é o "lobo" que ganha, grande chefe?

O patriarca sorriu e disse-lhe:

- O que tu alimentares!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Quando foi isso?

«Porque tive fome e deste-Me de comer; tive sede e deste-Me de beber (...)»

Quando foi isso?

«Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» 
(Mt 25, 35 e 40)

Insistimos... quando foi isso? 

Terá sido quando...



- Preparava a mesa e servia o marido e os filhos...?
- A Mim o fizeste.

- Quando explicava o caminho àquele homem desorientado...?
- A Mim o fizeste.

- Quando cuidei dos meus filhos doentes?
- A Mim o fizeste.

- Quando atendi com brio e diligência os Clientes no meu trabalho?
- A Mim o fizeste.

- Quando limpei a casa com amor mantendo-a o limpa e arrumada oferecendo-Te todos os pormenores?
- A Mim o fizeste.

- Quando fiz a cama com imenso carinho e sem reclamar naquela rotina diária que mantinha a ordem no meu lar?
- A Mim o fizeste. 

- Quando mimei os meus filhos com todo o amor?
- A Mim o fizeste.

- Quando os eduquei?
- A Mim o fizeste.

- Quando visitei a minha avó no lar?
- A Mim o fizeste.

- Quando visitei aquele amigo preso?
- A Mim o fizeste.

- Quando carreguei - com a tua ajuda - aquela cruz e nunca dela reclamei?
- A Mim o fizeste.

Poderíamos continuar nestas certezas vertidas na sexta Lição do burro.

A nota vai para o seguinte: tudo quanto se faz por amor é grande. Quando trabalhamos por amor nada é pequeno.

Ocorre que muitas vezes não darmos conta de que nos pequenos processos de cada dia, assim os façamos por amor, fazêmo-los ao Mestre, pois quando colocamos todo o amor e cuidado no que fazemos é por Ele e para Ele que fazemos e operamos.

Tudo se santifica. Tudo é d´Ele. Até as nossas inúmeras misérias.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Quem é Josemaria Escriva?


Uma cruz vazia?

«Quando vires uma pobre cruz de pau, só, desprezível e sem valor... e sem Crucificado, não esqueças que essa cruz é a tua Cruz: a de cada dia, a escondida, sem brilho e sem consolação... que está à espera do crucificado que lhe falta. E esse Crucificado tens de ser tu.» escreve São Josemaria no Ponto 178 do Caminho.

O mesmo santo escreve na Via Sacra, XIª estação, nº 5 o seguinte: «Antes de começar a trabalhar, põe sobre a tua mesa, ou junto dos utensílios do teu trabalho, um crucifixo. De vez em quando, lança-lhe um olhar...


Quando a fadiga chegar, fugir-te-ão os olhos para Jesus e encontrarás nova força para prosseguir no teu empenho».

Que este crucifixo que temos junto de nós durante toda a jornada de trabalho nos ajude a sorrir e a entregar o nosso trabalho a Deus, tão perfeito quanto possível, porque ao Senhor só se entregam trabalhos bem realizados.

E mesmo que a Cruz nos pese saibamos sorrir e ser felizes, imitando São Josemaria. 
Como é isso possível? 
Pela via de dois caminhos. O primeiro, pela fé em Deus. O segundo, pela heroicidade humana.
Mesmo na dificuldade, saibamos sorrir no meio das tempestades e aguentar com garbo essa cruz que o Senhor nos deu porque... omnia in bonum! 

Nota pessoal: partilho o meu crucifixo convosco. É este o crucifixo que tenho no meu posto de trabalho. Por baixo, a bolsa feita pelas irmãs Carmelitas de Fátima.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Protecção do Anjo da Guarda

Há poucos dias atrás, pela manhã,  depois de duas semanas de preparação, fui levar o nosso filho mais velho à escola para realizar o seu exame de Português do 9ºano.

No caminho rezámos uma Avé-Maria e a oração do Anjo da Guarda pedindo a sua protecção.

Perguntei-lhe:
- Estás nervoso?

- Um bocadinho. - respondeu.

Disse-lhe para ter calma, que o estudo estava feito com verdade e seriedade, agora era hora de colocar os conhecimentos adquiridos em prática.

E depois de lhe ter dito isto acrescentei:
- Se durante o exame te sentires nervoso pede ao teu Anjo da Guarda que te inspire e te ajude a clarificar o que é pedido. Ele vai ajudar-te!

Já com o rapaz na escola regressei a casa e no caminho - confesso -  coloquei-o nas mãos de Nossa Senhora.


Entretanto chegou a hora de o ir buscar. Ao entrar no carro, o filho grande sorriu e disse:

- Correu bem! Sabes mãe, antes de entrar para a sala de exame estava tão nervoso. Até estava a tremer. Mas quando entrei e me sentei com a prova à frente inexplicavelmente fiquei calmo, em paz e a prova correu bem.

Perguntei-lhe:
-Inexplicavelmente? O teu Anjo da Guarda esteve sempre contigo.

Ele sorriu e disse:
- É verdade. Esteve mesmo.

Mais tarde, ao contar o sucedido ao pai, este lembrou a passagem do Livro do Êxodo do Antigo Testamento que ouvimos na Missa do dia do Anjo da Guarda de Portugal, no Oratório de S. Josemaria.

Partilhamos convosco essa passagem:

Êxodo 23, 20-23
«Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei. Mantém-te atento na sua presença e escuta a sua voz. Não lhe causes amargura, porque ele não suportará a vossa transgressão, porque está nele a minha autoridade. Mas se escutares a sua voz e se fizeres tudo o que Eu falar, eu serei inimigo dos teus inimigos e serei adversário dos teus adversários, pois o meu anjo caminhará diante de ti e te fará entrar na terra do amorreu, do hitita, do perizeu, do cananeu, do heveu e do jebuseu, e Eu exterminá-lo-ei.»

domingo, 19 de junho de 2016

O Evangelho deste Domingo

Estimados amigos leitores, bom dia e Santo Domingo.


Hoje o Evangelho tocou por um pormenor e depois da Missa falámos entre todos. 

Lucas escreve o seguinte:

- «Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos.»



Em treze pessoas apenas uma orava. E foi precisamente Jesus que tudo suportou e nunca negou a vontade do Pai. 

Podia ter desobedecido. 

Podia ter dito "assim também é demais". 

Podia ter pedido ao Pai para repensar o plano da salvação. 

Podia tudo. Jesus podia ter negado todo o sofrimento. Mas não. Firme como uma rocha.

E donde veio tão grande firmeza? Precisamente da oração que traz eficácia.

Ao contrário, os Apóstolos não rezavam. 
Três anos com o Mestre e não aprenderam. Jesus chama-os de dorminhocos. 

Por isso, sem essa força que a oração nos traz, não será de espantar que Pedro, por exemplo, tenha negado Jesus três vezes, como lemos em Marcos 14, Lucas 22 ou João 18. 

Mas pior, negou o Senhor inclusive a uma pobre criada quando esta afirmou que Pedro havia estado com Jesus. Não foi perante um homem musculado ou um guarda imponente. Foi perante uma criadita tonta que por ali passava. E Pedro foi medroso. Não havia oração que sustentasse aquele Apóstolo. Estava - e os demais - demasiado frágil, demasiado humano. Homens bons sim que abandonaram tudo para estar com o Senhor mas a quem faltava os alicerces para viver com heroicidade humana um momento menos fácil. Faltou eficácia àqueles homens cheios de boas intenções.

Contudo - ensina São Josemaria Escrivá - os Apóstolos, apesar de terem sido instruídos por Jesus durante três anos, fugiram espavoridos diante dos inimigos de Cristo. Todavia, depois do Pentecostes, deixaram-se vergastar e encarcerar, e acabaram dando a vida em testemunho da sua fé.

E todo este caminho nos leva à oração. Se somos cristãos devemos imitar Cristo. Foi assim que concluímos em família esta manhã. Rezar é algo tão natural como uma relação que se estabelece por amor. Foi assim que convergimos no seio familiar.

São Mateus diz-nos que o Senhor não gosta de orações longas e formais. Não, diz-nos que entremos no nosso quarto e rezemos com espontaneidade, que oremos com o coração.

Há uma oração que diz: «Tu não me terias procurado se antes não te tivesse encontrado.» 

Um dia, Alexandre Magno disse a um soldado que se chamava Alexandre:
- Se te chamas como eu, comporta-te como eu!

Sejamos almas grandes, almas de oração. É pela oração que obtemos eficácia. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

4ª Lição: A Austeridade

Devorava com gosto as Lições do Burro do Sacerdote Hugo de Azevedo e veio à minha cabeça uma estória recente de educação.

Vamos por partes. A 4ª Lição versa sobre a Austeridade.
Lê-se ensinamentos como as estórias dos miúdos ingénuos que pensam que o pai ou a mãe gostam mesmo de asas de frango ou de rabos de peixe. Não imaginam na sua infantil ingenuidade que os pais gostam mesmo dos filhos e que o sacrifício de comerem os rabos do peixe ou as asas da galinha é para que a melhor parte fique com os petizes. É o "gosto de dar gosto a quem ama".


Noutro exemplo, é verdade que gastamos muita água para poupar o gesto de fechar e reabrir a torneira quando muitos irmãos nossos guardam meio litro de água para o dia seguinte. Que grande Lição que o burrito nos deu.

Há poucos dias atrás a nossa filhota mais nova estava a roer (roer, não comer) um pêssego. Notava-se pouco ânimo. Às páginas tantas a mãe viu-a ir, pé ante pé, para o caixote do lixo e imediatamente a repreendeu pois adivinhou o gesto que se aproximava: deitar o pêssego no lixo.

Também o pai a repreendeu imediatamente e disse-lhe que aquele pêssego que pedira jamais poderia ser deitado ao lixo porque a comida nunca vai para o lixo. 

Depois em conjunto falámos alto para que a informação fosse ouvida (avivar a memória) dos irmãos. Há quem tenha fome e muito desejasse um pequeno alimento. Seria ofensivo, injurioso e revelador de falta de sensibilidade - além do desperdício - deitar comida fora.

O Senhor não nos dá os meios nem os bens para os desperdiçarmos.
É óbvio que os filhos não têm esta noção. Mas sabem que procedem mal. Se assim não fosse a nossa filhota não teria ido de mansinho, pé ante pé, ao caixote do lixo.

Sim, custa-nos quando as crianças agem e não são advertidas pelo que fazem negativamente. Não de forma abrupta. Antes de forma educada para que sejam, por via disso e como o nome indica, educadas.

Os pais nunca - mas nunca! - se devem demitir dessa função importantíssima e decisiva.

Continuaremos a ler as Lições de um burro muito sóbrio que nos alerta para as sensibilidades mais reais da vida. Recomendamos o livro.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

"Tenho tudo"

Há muito que estou para escrever este texto e hoje foi dia.
No passado mês de Abril a nossa filhota do meio fez 10 anos e nós como pais quisemos proporcionar-lhe um dia feliz. Antes, um dia mais feliz que os outros dias, já que no nosso papel de pais o objectivo é sempre fazer os filhos felizes.


Queriamos ofertar-lhe algo que ela sonhasse ou desejasse ter e para tal perguntámos-lhe:


-Filha, existe algum presente que gostasses de ter?

A resposta foi surpreendente e ao mesmo tempo uma grande lição para nós:

- Não. Não há nada que gostasse de ter. Eu já tenho tudo!

Pois é. Grande resposta.



A nossa princesa é feliz com o que tem. É feliz por ter a família que tem, que a faz sentir segura e confiante (ela sabe que o pai e a mãe a protegem e a cuidam); porque tem irmãos com quem brincar, partilhar e guerrear; tem o que comer todos os dias e acima de tudo é muito amada.

A nossa menina sente que não precisa de mais nada. Tem tudo. Sente-se grata. E isso deixa-nos felizes como pais.

Não somos a família perfeita mas somos a SUA FAMÍLIA a quem muito ama e por quem é muito amada.

E nós, por sua vez, estamos gratos a Deus por nos termos um ao outro (esposos),  por nos ter confiado estes filhos, por tantas graças que recebemos e acima de tudo por nos manter unidos no Seu Amor.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ele está à espera

- Hoje tenho Recolecção.
- Vens tarde...
- Sim.

Não, ao contrário do que este diálogo possa indiciar o ambiente fica sempre melhor. Repito, o ambiente fica sempre melhor.

Não vou para o jogo, para a rambóia, para o café ou para qualquer outra coisa.

Vou estar com Deus que me espera.


Quanto mais próximos de Deus, mais próximos da família.

Quanto mais proximidade com o Senhor mais amorosos e presentes na família.

Família que reza unida mantém-se unida. 

Deus espera-me e os meus pensamentos começaram desta forma: estarei com Ele esta noite mas tenho uma jornada de trabalho pela frente e irei santificá-la. Deus também me espera no posto de trabalho. Discretamente coloco o crucifixo na mesa para lhe deitar vários olhares diante do dia e lembrar-me que trabalho para Ele com a maior e melhor perfeição que consiga.
Mas sim, o meu foco está apontado para a noite e felizmente sinto ansiedade por esse momento.

O Inimigo já me disse que "está a chover" tentando desde já minar a vontade de sair à noite. Pois bem, continue porque não irá conseguir. Faça chuva ou faça sol, irei.

Também Nossa Senhora nos espera no terço e em cada dezena que rezamos. 

Não devemos defraudar quem nos espera. 
O Senhor espera-nos e devemos estar tão despertos quanto um sentinela no seu posto.

Nossa Senhora também nos espera diariamente naquele encontro único em que lhe dizemos repetidamente Avé Maria.

Por fim, o nosso cônjuge também nos espera. É uma maravilha e um desejo extraordinário regressar à nossa casa, ainda que cansados, onde somos esperados por quem tanto nos ama.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O relativismo

Tudo é relativo. Esta é a filosofia dominante.
O decoro  há muito ficou no diccionário.

Neste relativismo tudo se aceita e somos senhores de nós mesmos quando não são as filosofias e as mentalidades vazias cuja orientação é em tudo desorientada.


É pois normal que numa sociedade cujos valores estão centrados no relativismo e numa Europa cada vez menos identificada consigo própria e mergulhada em conceitos vários e tantas vezes vagos ou mesmo vazios, se assistam a comportamentos reprováveis que nada nos edificam.

Mas - perguntarão - reprováveis para quem? Tudo é relativo, não é?

Mas vamos relativizar tudo? Não será recomendável.

Bom, não vamos transformar esta publicação num muro de lamentos. Vamos pela positiva. 
A sociedade mostra-nos um lado que não gostamos e que queremos não influencie o crescimento dos nossos filhos. Só há um caminho: sermos verdadeiramente educadores.

Todas as circunstâncias são circunstâncias e como tal devemos trabalhar por identificar e educar. 

Educar contra a corrente que domina tendo critério. E qual o critério? 
O critério que resulta da unidade de vida.

O principal é o critério. E que os nossos filhos o tenham igualmente.

domingo, 12 de junho de 2016

Nabucco de Giuseppe Verdi no Teatro Nacional de São Carlos

Uma das mais famosas óperas de Verdi: Nabucco. 

Uma ópera magnífica que tivemos a dita de assistir no dia de ontem no São Carlos.

Magníficas interpretações de Angel Odena, Elisabete Matos, Carlos Cardoso, Simon Lim, Maria Luisa de Freitas, André Henriques, entre outros.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa foi dirigida pelo Maestro Antonio Pirolli.


Magnífico coro do Teatro Nacional de São Carlos dirigido pelo Maestro Giovanni Andreoli.

Foto do Blogue Fanáticos da Ópera
Foto do Blogue Fanáticos da Ópera
Foi óptimo e edificante. Fica a promessa de estarmos atentos à próxima temporada lírica do TNSC.

Deixamos AQUI uma reportagem feita pela RTP dias antes da estreia.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

A Deus...

A Deus... é o título do penúltimo post dos Power no blogue Uma Família Católica.

Olá Teresa. Olá Família Power.

Não vos mentimos: não foi uma boa notícia.
Porquê? Porque faziam parte do nosso quotidiano e dele sairão e isso custa. Entendem?

Uma Família Católica foi (custa escrever "foi") um blogue que acima de tudo nos comunicou uma família com imensa identidade cristã. Família essa que tivemos o gosto de conhecer pessoalmente e com quem comunicámos por mail coisas nossas. Verdade Teresa? Perdoará a inconfidência, temos certeza.
Powers, sabem quando ligamos a um familiar e ele nos conta que a Maria namora, o Paulo foi para a faculdade, o José tem boas notas e o Joaquim tem um emprego novo? Pois convosco era mais intenso.
Estivemos convosco diariamente por via da partilha que fizeram de vós mesmos. Sim, saber dos Power era acompanhar a família como se estivéssemos convosco todos os dias. Fazia parte. É como estar em família.

Entendem o que escrevemos?

Sabemos que algo maior nascerá. Mas sabemos que a família Power não estará tão exposta e por via disso não estará connosco todos os dias.

Então, a única maneira de estarmos presentes em vós e vós em nós é pela via da oração. Vai um compromisso de nos lembrarmo-nos uns dos outros?

Powers, obrigado do fundo do coração pelas vossas partilhas enriquecedoras. Obrigado por se terem revelado ao mundo. Obrigado por nos acolherem.

Também vos damos os parabéns pelo trajecto. Dois anos e meio com um fim definido e concretizado em breve pelo Sr. Bispo é uma graça.

Sabem que nós ainda andamos pelas intenções e esse fim (que também temos) está longe de ser alcançado. 
Por isso, muitos parabéns e glória a Deus pelo vosso sucesso que é o sucesso de quem convosco faz partilha de vida.

Findamos. Temos muita pena que este blogue fique doravante sem escrita. Mas temos certeza que a decisão foi pensada e rezada e algo mais se aproxima.

Bem-hajam todos por tudo quanto deram.
Família bonita, mantenham-se unidos.

Família Cavaco

FEM

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Façam um favor a vós mesmos e adquiram "As lições do burro"


Caros amigos leitores, não encontramos melhor maneira de vos dizer o óbvio e que exprimimos no assunto da publicação.

Muitos são os ensinamentos que retiramos da leitura do livro. 

Fizemos questão de agradecer ao autor pois nem todos os livros nos dão coisas boas e edificantes e este dá.


BOAS LEITURAS !

FEM

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Curiosidades


Quando escrevemos "Oratório de São Josemaria" no Google o que nos aparece primeiro é o link das confissões
Estamos conversados.



segunda-feira, 6 de junho de 2016

"As mãos de Deus" apresentado na Feira do Livro em Lisboa



Publicado em português pela Principia, um livro de Antonio Vázquez que reúne ensinamentos de S. Josemaria sobre a família e o casamento.

Na 86ª Feira do Livro de Lisboa, no dia 28 de Maio, teve lugar o lançamento do livro “As mãos de Deus”

Esta é a versão portuguesa de uma obra que reúne alguns ensinamentos de S. Josemaria Escrivá sobre o casamento e a família. Editado pela Principia Editora na coleção Lucerna.
O Auditório da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com uma lindíssima vista sobre o Tejo, encheu para ouvir os dois casais convidados para apresentar a obra da autoria de Antonio Vázquez.
Leonor e Nuno Castel-Branco, casados há menos de seis meses, focaram a obra no seu conjunto, salientando especialmente que se trata de um livro aconselhável a casais: tanto aos que se preparam para essa etapa da vida, como aos que, por já terem amadurecido o amor conjugal, querem manter a sua frescura, com empenho diariamente renovado. Nos ensinamentos de S. Josemaria não se encontram receitas, mas sim sugestões de fundo que ajudam a viver o casamento como um projeto a dois. Nele, ambos procuram complementar-se continuamente, valorizando as suas diferenças e, a partir delas, construir formas de revitalizar a sociedade. Salientaram a experiência pessoal de S. Josemaria, que cresceu numa família cristã sólida, em que a perda do pai, ainda novo, o deixou em presença de duas figuras femininas muito fortes: a mãe, e a irmã, Carmen Escrivá.
Ana Isabel e José Luís Vaz e Gala, pais de uma família numerosa, falaram da sua experiência na educação das virtudes em cada filho, respeitando a singularidade de cada um. Referiram também o que cada pai e mãe recebem, como retorno, no crescimento de cada um deles. Exemplificaram graficamente a ternura que cada filho mantém com os seus pais, através do hábito que S. Josemaria tinha de, no frio inverno de Aragão, meter as mãos no bolso do pai, para procurar as castanhas quentes, acabadas de comprar no regresso a casa.
No primeiro capítulo o autor explica que utilizou «a imagem “as mãos de Deus”, pela sua viva expressividade literária, mas de nenhum modo quis eclipsar uma realidade de muito maior alcance. Para S. Josemaria Escrivá cada cristão deve ser alter Christusipse Christus, presente entre os homens».

domingo, 5 de junho de 2016

A relação dos textos lidos hoje na Santa Missa


Relacionemos os textos lidos hoje na Santa Missa.

O primeiro, Livro de 1º Reis 17, 17-24.
O segundo, o Evangelho de São Lucas 7, 11-17.

Juntemos ainda um terceiro texto, narrado na
Paixão do Senhor.

Os três textos são distanciados no tempo e no lugar. Um texto do Antigo Testamento e dois do Novo Testamento.


Os primeiros dois indicam-nos a morte precoce de dois filhos de duas mulheres que eram, de igual modo, viúvas.

As pobres mulheres além dos maridos perderam os filhos. Não é apenas a dor da perda como a perda económica que estava em causa. Na altura, bem sabemos, não existiam "pensões".

Fora o contexto económico podemos dizer que em ambos os textos está presente, muito presente, a misericórdia de Deus. Ambos os filhos são ressuscitados e entregues às mães para sua enorme alegria e júbilo.

O terceiro texto que se mistura com estes dois é o texto da crucifixão de Jesus. Citemos:

«Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que ele amava, disse à mãe:"Mulher, eis o teu filho!". Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!". E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.»

Nos dois primeiros textos há um novo sopro de vida, uma vez que Deus ressuscita os mortos. No terceiro texto, como sabemos, há a ressurreição de Jesus. São diferentes. Os dois primeiros, voltaram a morrer. Jesus, não.

Mas simultâneamente ocorre um fenómeno extraordinário. Nos dois primeiros textos são novamente entregues os filhos às mães. Na morte de Jesus é entregue a humanidade inteira, representada por João, à Mãe. Mas não é menos verdade que a nossa Mãe também recebe o seu filho ressuscitado ao terceiro dia.

Findamos. Não é dito que Maria recebe João mas que João recebe Maria em sua casa, acolhendo-a. Logo, em João estamos nós. Saibamos receber e acolher Nossa Senhora nas nossas casas. 
É nas nossas casas e na nossa companhia que Maria se sente bem. 
Saibamos acolher a Mãe e estar com ela.

Obrigado Padre Lobato pela enorme homilia de hoje.

sábado, 4 de junho de 2016

Presente de final de ano lectivo

O nosso presente de final de ano lectivo ao nosso filho mais velho é a participação no Plano de Férias do Clube Xénon.


Os mais novos também têm um Plano de Férias, denominado Plano de Férias Xield.  

Serão - como sempre no Xénon - umas férias edificantes.

Para quem não sabe, o Clube Xénon é uma resposta à preocupação de alguns pais em relação aos filhos. É um centro educativo onde se procura ajudar cada sócio a trabalhar responsavelmente e a ocupar bem os seus tempos livres.

O Clube dispõe de um conjunto de actividades desenvolvidas ao longo do ano, incluindo fins-de- semana e épocas de férias.
Além dos tempos dedicados à formação bem como conversas pessoais com o Preceptor, que é monitor do Clube com o qual o rapaz e a sua família estabelecem laços de confiança.

Para quem desejar, o Clube tem actividades de formação cristã, confiadas à Prelatura do Opus Dei . No Clube Xénon está habitualmente o Capelão do Clube. Cada sócio tem assim um Preceptor e a oportunidade de falar com o Sacerdote.

O Clube Xénon organiza meios de formação espiritual quem deseja aprofundar a sua vida cristã. 

Tomás e Paquita Alvira: um matrimónio cristão


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Qual o valor de um pastel de nata?

8:00 horas da manhã. No café olho um pastel de nata. Devia estar delicioso. Peço um café e fico na tentação de pedir. 

Começo a pensar "aqui tens uma boa oportunidade para te mortificares".

Caramba, hoje nem era a questão da dieta. Essa seria ultrapassada com a célebre frase "é só hoje, não faz mal." 

Agora... uma mortificação sugerida "piou" de modo diferente.


Chegou o café. Era o momento da decisão. Pedir ou não pedir.
E estava queimadinho como eu tanto gosto...

- Dar morte! Venci. Não pedi o pastel de nata. 

Depois ofereci. Uma intenção e outra. 

- Duas intenções por um singelo pastel de nata?  Estás a esticar-te... - pensei.

Talvez não. No carro meditei sobre a dimensão das coisas e a dimensão de uma mortificação face ao propósito que se lhe acrescenta e concluí: 

Foi um singelo pastel de nata, igual aos outros que estavam expostos. Todavia, era o que mais queria naquele momento. A dimensão da mortificação ficou necessariamente amplificada por via do sacrifício, independentemente do tamanho ou facto.

Sim, terá valido as duas intenções e outras caberiam se assim quisesse. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dia da Criança

Hoje o dia é das crianças! 
Penso que este dia é uma mera formalidade, já que todos os dias são dia da criança.

Por aqui o dia amanheceu com uma baixa, pois a benjamim acordou com febre ficando desse modo impedida de usufruir das actividades que a escola preparara.

Como tal, era necessário proporcionar-lhe um dia diferente pois a tristeza estava estampada no seu rosto após levar a irmã à escola.


Decidimos as duas ir à loja das sementes e comprar uma casinha para passarinhos. Depois de adquirir a casinha pusemos mãos à obra e pintámo-la cheia de cores vivas e apelativas cheias de esperança que os passarinhos a queiram habitar.


Foi uma manhã de trabalho!


Entretanto, o pai sugeriu uma lembrança para os três. E nada melhor para fazer feliz uma criança do que BOLINHAS DE SABÃO.

A felicidade estava quase completa, pois faltava ir buscar os manos à escola, colocar a casinha dos pássaros e o comedouro no pinheirinho, lanchar e brincar no quintal com as bolinhas de sabão.


Com todos os pequenos já em casa foi hora do lanche: bolo de iogurte, batido de morango e pipocas.

A seguir colocar a casinha dos passarinhos e o comedouro no pinheirinho e esperar pelos novos inquilinos.

Entretanto, as bolinhas de sabão fazem as delícias das meninas!




No final da tarde, a pequenina  exprimiu assim a sua felicidade: "Foi o melhor dia de sempre!"
É tão simples fazer uma criança feliz!