Família em Movimento

Família em Movimento

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Santo Natal e Feliz Ano Novo


Obrigado A. Valcarcel. 
Muchas gracias. 
FEM

Um curto olhar por 2015 e votos de Feliz Ano Novo


Estimados amigos, iniciámos o nosso Blogue em 3 de Abril. A nossa primeira publicação foi uma sugestão de leitura.

O projecto foi pensado e rezado muito tempo antes daquela data e, em rigor, o Blogue é apenas parte dele.

Das quatro partes do projecto inicial, apenas uma não se concretizou. Todavia, poder-se-á concretizar. Temos todo o tempo do mundo, assim Deus o permita.


Tem sido maravilhoso consignar o nosso tempo ao projecto em si onde englobamos o Blogue. Aqui conhecemos pessoas, aqui trocamos pontos de vista, aqui partilhamos vivências.

Todos temos os nossos carismas e apenas partilhamos. Seria uma fraude ter e não partilhar. Não gostaríamos que no dia D nos fossem pedidas contas pela omissão quando Deus nos havia pedido para que fossemos proactivos.

Assim, assumimos a convicção, obrigação grave e uma enorme e alegre vontade de partilhar que acreditamos na Família, valoramos a Família, edificamos a Família e através deste enorme veículo de comunicação chegamos mais longe, chegamos às pessoas, chegamos às Famílias.

O mentor - ainda que involuntário - de parte deste projecto foi como antes escrevemos o Sr. Dr. Fraústo Ferreira a quem prestamos pública homenagem.

Estimados amigos que fazem o favor de nos ler, nem sempre as publicações são comentadas. É factual. Mas não o é menos que em 9 meses tivemos 14.450 visitas.

Curiosamente - vamos partilhar - destas mais de 14 mil visitas temos algumas de outros países, o que em si é extraordinário. Se é mera coincidência por via da pesquisa de uma palavra no motor de busca que coincida com uma publicação? Talvez, sim. Por outro lado, admitimos igualmente visitas da comunidade portuguesa emigrante de quando em quando.

Portugal domina com 12.951 visitas. Depois, Brasil , EUA, França, Ucrânia, Canadá, Alemanha , Reino Unido, Espanha, Rússia e Suécia.

A todas as pessoas que nos visitam o nosso muito obrigado na certeza de que continuaremos este caminho.

Gratos pela partilha destes meses. Votos de de muito feliz Ano Novo de 2016.

Viva a Família! Um abraço à vossa!

Feliz Ano Novo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Direcção Espiritual



Fazer DE e ter um DE é efectivamente a melhor coisa que pode suceder a um cristão. É uma maravilha quando vamos pesados e regressamos leves. É uma maravilha quando ele nos aconselha. É uma maravilha quando ele nos confessa. É uma maravilha quando ele nos corrige.
Se não o tivesse estaria em autogestão. Foi assim durante anos.
A autogestão não é recomendável. Primeiro porque nos tornamos juízes do critério e selectivos do que é e não é bom, susceptível de manter ou erradicar e até mesmo confessar.
Por outro lado, temos uma natural tendência a condescender connosco.



Um director permite-nos colocar a nu todas as feridas e ele, como um médico, cura-as. Carrega. Dói. Administra a dose necessária que arde inicialmente mas não deixa alastrar a ferida e, por fim, cura-a.
E dias mais tarde volta a carregar. E assim sucessivamente. Até erradicar totalmente o mal.
Bom, também é verdade que a DE permite trazer mais alento, maior ânimo, paz e alegria a toda a família. Pessoas orientadas, com ordem, caminham serenamente. E se algo menos sereno tira a paz (acontece, somos humanos e susceptíveis), leva-se à DE.  
Na DE como no Sacramento da Confissão devemos ser profundamente honestos e dizer logo de início o que mais custa. Aquilo de que mais nos envergonhamos. Aquilo que mais nos afecta. Tudo cá para fora. Limpeza. Verificação de causas. Correcção.
Findo. Naturalmente que por este texto bem se vê que recomendamos a Direcção Espiritual com um Sacerdote (sempre o mesmo, com quem tenhamos boa relação). Que façamos sempre a nossa DE aos dias e horas combinados, faça chuva ou faça sol, estejamos cansados ou não. Quando é dia de DE é ali que devemos estar e é ali que o Senhor nos quer.
Uma sugestão que me foi dada na última DE. Eu gosto muito dos meus directores e do Sacerdote que me segue mas não revelo o(s) nome(s) por razões óbvias. Rezo por todos com amor cristão porque me dão Cristo sempre que nos vemos e sempre que orientam.
E na sequência do que foi dito ao longo da prosa, trago sempre matéria para casa. Há sempre trabalho de casa. Sempre. Neste sentido, recomendou que gravasse CD´s com homilías e meditações de determinado site. Fi-lo. Acreditem amigos que o carro tornou-se veículo de oração e meditação. No caminho para o trabalho, tarefa, lugar, visita ou para onde quer que a minha presença se imponha por razões pessoais ou profissionais, vou ouvindo as meditações e homilías que me têm ajudado muitíssimo.
Se vos parecer oportuno, questionem os párocos ou os vossos actuais e futuros directores neste sentido. Asseguro-vos uma mudança tremenda na oração.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Novidades!!

Estimados amigos e leitores, já viram as novidades do Blogue Pequenos Pormenores com Amor?



Vejam AQUI

Encomenda do Carmelo de S. José em Fátima

Acabadinha de chegar pelo correio a nossa encomenda de Natal. Apesar de não ter chegado a tempo da noite de Natal, chegou ainda a tempo de podermos celebrar com as nossas queridas Irmãs Carmelitas a alegria do Amor Misericordioso de Deus feito Homem.


Aqui fica o video promocional do CD de Natal das Irmãs Carmelitas Descalças de Fátima


sábado, 26 de dezembro de 2015

O nosso Natal

De forma sucinta partilhamos convosco o nosso Natal.

Véspera de Natal, os preparativos para a noite que se aproxima.
Por e-mail seguiram votos de Santo Natal para os nossos amigos com a imagem belíssima do ícone do nascimento de Cristo na Igreja da Natividade de Jerusalém.
As horas passam. Para nós, rapidamente. Para os miudos, os relógios parecem ter tido uma paragem generalizada.


Alguma família visitou-nos e trocam-se alguns presentes.
A mesa estava composta. Simples e sóbria. Bolo Rei, coscorões, filhoses e azevias.
Mais tarde, com o aproximar da hora do jantar, recolhemo-nos todos em torno do presépio. Primeiro rezámos o Terço em família como habitualmente fazemos e depois lemos alguns textos apropriados para o momento, vivendo-os como mais uma personagem do presépio.
A seguir ao tradicional bacalhau e passados alguns instantes, foi o momento esperado. O menino Jesus anunciou-se com sinos, visitou a nossa casa tendo deixado uma carta e uns presentes. 


Pelas 23:30 Horas, debaixo de muito frio e nevoeiro, saímos do quente que a lareira nos proporcionara e rumámos para a celebração da Santa Missa do Galo, com início às 00:00 Horas na nossa paróquia.

Porque o saber ocupa lugar

Três membros das comunidades religiosas mais influentes em Portugal, judia, católica e muçulmana, falam daquilo que interessa aos portugueses, sejam crentes ou laicos, sem prática religiosa ou mesmo ateus.


Trata-se de conhecer a perspectiva religiosa dos problemas e desafios com que as pessoas se confrontam, da actualidade nacional e internacional e a contribuição que o pensamento religioso pode dar ao mundo em que vivemos.
Com: Abdul Vakil, Isaac Assor e Pedro Gil
Apresentação: Henrique Mota


Pode ouvir o programa “E Deus Criou o Mundo” de 22 de Dezembro clicando AQUI 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Santo Natal

A nossa família deseja a todas as famílias que nos seguem e fazem o favor de nos ler e acompanhar um Santo e Feliz Natal.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Uns dias teatro e outros não. O Divino Espectador aproveita-os todos

“Não me importo de vos contar que, em algumas ocasiões, o Senhor me concedeu muitas graças; mas habitualmente ando a contragosto. Sigo o meu plano não porque me agrade, mas porque devo cumpri-lo, por Amor. Mas, Padre, pode-se interpretar uma comédia com Deus? Isso não é uma hipocrisia? Fica tranquilo: chegou para ti o instante de participar numa comédia humana com um espectador divino. Persevera, que o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo contemplam a tua comédia; realiza tudo por amor a Deus, para agradar-lhe, ainda que te custe.

Que bonito é ser jogral de Deus! Que belo recitar essa comédia por Amor, com sacrifício, sem nenhuma satisfação pessoal, para agradar ao nosso Pai-Deus, que brinca connosco! Encara o Senhor e confia-lhe: Não tenho vontade nenhuma de me ocupar nisto, mas vou oferecê-lo por ti. E ocupa-te de verdade nesse trabalho, ainda que penses que é uma comédia. Bendita comédia! Eu te garanto: não se trata de hipocrisia, porque os hipócritas precisam de público para as suas pantomimas. Pelo contrário, os espectadores dessa nossa comédia - deixa-me que to repita - são o Pai, o Filho e o Espírito Santo; a Virgem Santíssima e todos os Anjos e Santos do Céu. A nossa vida interior não encerra outro espetáculo a não ser esse: é Cristo que passa quasi in occulto, como em segredo.”


É uma citação do Ponto 152 do livro Amigos de Deus de São Josemaria Escrivá. Assim me sinto tantas vezes. Assim nos sentimos vezes sem conta. Mas a vida não nos é dada para sentir nem tão pouco nos devemos condicionar por sentimentos. Antes por amor.

Amar não é sentir e sentir não é amar, ainda que por vezes ambas se possam cruzar.
Fazemos o que fazemos porque amamos e porque Deus quer que o façamos na nossa condição. 


Não nos pede que façamos apenas se nos sentimos com vontade de fazer ou se estamos bem-dispostos. Quer que façamos o que temos a fazer sem demoras que equivalem a omissões independentemente do estado de espírito.

O meu querido amigo (ainda não é Santo mas caminha) dizia-me ontem que a sua suprema preocupação era agradar ao Espectador Divino. Imediatamente recordei o texto que acima cito.
Efectivamente, somos actores. E Deus ama-nos loucamente assim porque – perdoarão a analogia – as crianças deliciam-se com o palhaço que as diverte e os adultos com os actores que executam perfeitamente o seu papel numa sala de teatro ignorando, na maioria das vezes, qual o estado de alma real da pessoa que encara a personagem.
A vantagem é que Deus conhece o nosso estado de alma e isso ainda nos confere maior mérito. Sabe qual a disposição com que fazemos as coisas. Imagino o nosso Divino Espectador a ver-nos tantas vezes felizes e outras tristes, mas sempre presentes, sempre fiéis.

Aconteça o que acontecer, doa a quem doer, aqui estamos. O meu amigo deixou-me a pensar e percebi as palavras do meu DE na primeira vez que nos cruzámos. Disse-me nesse dia “faça chuva ou sol, quero-o sempre aqui nos dias e nas horas marcadas.” E assim tem sido.

Também em família tem sido assim, meu caro amigo. Tantas e tantas vezes não apetece mas o amor supera as ausências da vontade. E muitas vezes fazemos o que fazemos porque sabemos ser o que tem de ser feito. Omitir conscientemente uma acção seria enganar o nosso próximo e o Espectador Divino não aplaudiria a cena. Em família e em lado algum há lugar à mentira, aliada do inimigo. Somos filhos – filhos!!! – da Verdade e nela queremos permanecer.

São Josemaria escreve que fazemos tantas e tantas vezes muitas comédias. Chama-lhes benditas. Falta vontade. Faltam forças. Não apetece. Chove. Faz frio. Estamos com os nossos. Estamos fora dos nossos. Fazemos Kms. Levantamos cedo e reparamos que outros dormem. Limpamos o que está sujo. Arrumamos e voltamos a arrumar vezes sem conta as mesmas coisas. Levantamo-nos da cama quando a criança acorda sem nada mas acorda... ou estamos presentes quando ela está doente e o sono luta connosco sabendo nós que no dia seguinte há jornada de trabalho; quando os filhos põem a mesa sem vontade deixando na TV os desenhos animados aliciantes ou quando executam uma tarefa pedida pelos pais mesmo que não lhes apeteça; a interajuda no seio da família, convergindo para o bem de todos por amor e com amor. 
Tantas coisas seriam escritas… quando não apetece e fazemos as coisas sem vontade… só o fazemos por amor. Ponto.

O trabalho. Esse trabalho que oferecemos a Deus que tem de ser estudado, pensado e executado. Esse trabalho que demora horas. Esse trabalho que se quer bem feito porque a Deus só podemos oferecer um trabalho digno, bem acabado.

E tantas vezes, já cansados, não apetece nem mais um minuto. Mas então, há o dever. Olhando a cruz (o crucifixo em cima da mesa de trabalho) e tendo a certeza de que é a nossa daquele momento, que nos deve animar.

Deus mira-nos e contempla-nos. Observa-nos. Regista. Atrevemo-nos a dizer que vai dando notas consoante os vários actos. Percebe que estamos em esforço muitas vezes mas que não desistimos como fazem os incautos. E isso agrada-Lhe.

E a contragosto o fazemos, muitas vezes. Que bom não sermos hipócritas por não estarmos permanentemente com um sorriso rasgado na cara como se tivéssemos elásticos presos na boca mas apenas actores de uma comédia humana em que representamos o nosso papel.

E outras vezes não. Estamos verdadeiramente ali, presentes, efectivamente presentes e mergulhados.

Ao fim e ao cabo, olhando este texto e meditando as palavras já escritas, pior seria acomodar e não desinstalar.

Mas estamos. Numa e noutra. Estamos. E isso é importante. Sem actores… não há espectáculo.

Tomara que no fim da peça, haja o aplauso do público. Seria o fim desejado.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A espera do Menino Jesus


Nesta ansiedade da espera do Menino Jesus, a mais velha perguntou:

- Mãe, o Jesus vem mesmo cá a casa?

Sorri  e respondi:

- Querida, Jesus vem todos os dias ao teu coração. Está contigo quando comungas a Hóstia Consagrada na Santa Missa, está presente em todos os Sacrários da Terra que estejam identificados da Sua presença, está no meio de nós quando rezamos em família. Jesus está sempre connosco todos os dias da nossa vida. No Sábado fomos ao Oratório procurar a Confissão para nos prepararmos para receber o Menino Jesus neste Natal, não foi?


Ela respondeu afirmativamente e eu continuei:

- Onde tens de acolher verdadeiramente Jesus é no teu coração. Quanto à noite de Natal, não queiras saber tudo. Jesus vem de certeza a nossa casa e haverá muita alegria no Natal!

Acabámos a sorrir as duas.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Santa Missa, Confissão e livros que se recomendam

Santa Missa no Oratório no dia de ontem. 

Uma Missa belíssima celebrada pelo Padre Hugo de Azevedo e extraordinariamente cantada por um grupo de jovens raparigas com vozes extraordinariamente belas.

- É impressão minha ou cantam cada vez melhor? - gracejou o sacerdote no fim da Missa.

A Santa Missa foi um Hino.

Ora, antes da Santa Missa foi tempo de Reconciliação que, para um católico significa o Sacramento da Confissão. É tempo de arrumar a casa, por ordem, limpar o lixo. Limpeza! 
O Menino Deus está a chegar...

A serenidade era patente, como habitual. Diante do Sacrário a preparação para a solenidade do momento é habitual. Não há ruído. Pelo contrário, há um profundo silêncio que não é mais que o reflexo da oração interior diante do Senhor.
Um dos bancos perto dos vários confessionários estava cheio pela nossa família. Enquanto algumas pessoas estavam nos bancos atrás ou à frente e outras se reconciliavam, uma senhora que entretanto chegara teve o supremo cuidado de perguntar se nos iríamos confessar, por via a tomar a sua vez.
Com um sorriso fizémos menção de que a família (já) estava efectivamente reconciliada. Sorriu-nos e percebeu que a sua vez estava próxima.
Tudo no Oratório é feito com ordem e critério. É um local de excelência. 

Também foi tempo de renovar os livros. A leitura espiritual é fundamental na nossa caminhada. A acabar Saxum, foi hora de escolher nova obra. A esposa também pretende iniciar nova leitura. Pois bem, fizemos duas excelentes escolhas, a saber: O Mistério de Jesus de Nazaré de Francisco Fernández Carvajal e O Silêncio de Maria de Ignacio Larrañaga.

Os livros que estão à venda no Oratório são sempre bons pelo que nenhum se perde. Como tal, ficam previamente recomendados.





sábado, 19 de dezembro de 2015

O outro lado do Natal

Minutos antes das 10 Horas da manhã e por razões de saúde e necessidade encontrava-me num híper para adquirir, em loja própria, uma almofada ortopédica.

Quando cheguei ao híper as lojas ainda estavam fechadas. Filas de pessoas aguardavam, em frente a algumas lojas, a abertura de portas. Eis o consumismo no seu expoente máximo e em época propícia.

Fiz a compra e saí. Senti-me sufocado. Acelerei o passo e cruzei-me com uma fila crescente de pais e filhos que pacientemente esperavam tirar (e pagar!) uma fotografia com o “Pai Natal”.


E era cedo. Imagino o que serão os dias que se seguem. Adiante.

Há poucos dias publicámos o texto Luzes, cartões de crédito… acção! que versava o consumismo exacerbado em época que celebra o nascimento de Deus. É um texto que vem sempre a propósito nesta época.


É verdade que nesta quadra natalícia vivemos um espírito diferente que, para mal nosso, não contagia os restantes 330 dias do ano. Reunimos a família. Recuperamos a amnésia anual. Visitamos quem esquecemos. Fazemos tantas coisas bonitas. E ainda bem que fazemos. Pena não prorrogarmos as benfeitorias. Naturalmente que este parágrafo só nos vincula a nós, fique claro.

Ao chegar a casa, no iTunes, ouvi um episódio de O Outro Paulo, o podcast de Paulo Pereira Cristóvão, cujo título, curiosamente, visava esta época natalícia com dose de ironia: É Natal?

Ouvi atenciosamente e, além de recordar o texto antes escrito e o que havia vivido parte desta manhã, dei comigo a reflectir em tantas e tantas realidades com que nos deparamos diariamente. Umas mediáticas; outras não tanto. Umas à vista; outras mais camufladas. Todas existentes.

O episódio termina com uma frase do autor que diz daquele ser o outro lado do Natal pelo que tomo a liberdade de dar o mesmo título a esta publicação.

Também a fotografia desta publicação pertence ao site e ao episódio em causa, na certeza que o autor não levará a mal este abuso.

Infra, o link do episódio para que possa ser ouvido. Vale a pena. Permite-nos reflectir.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A morte é uma amiga fortíssima das relações humanas

Já o escrevi no meio de um texto e não recordo quando nem a que propósito. Estamos no Natal e celebramos o nascimento de Jesus, celebramos a vida. E devemos celebrar sempre e sempre a vida.
Mas queria partilhar convosco algo que me ajuda muito a serenar os ânimos se estes, por qualquer razão, estão menos temperados. Nessas alturas socorro-me da ideia da morte.
Pois bem, a morte é uma amiga fortíssima das relações humanas. Estreita-as.
Se pensarmos, em silêncio, na possibilidade da ausência daquela pessoa… muitas coisas que parecem dilatadas parecerão então pequeninas e sobrevirá o necessário pedido de desculpas.
Em família surgem muitas vezes pequenos atritos que depois rapidamente serenam. Assim é desejável.
Porém, muitas vezes, por capricho ou por orgulho, os atritos tendem a manter-se afectando a relação familiar que se quer luminosa e alegre. A esses e aos outros, se o caso não é sanado em 5 minutos, recomendo o recolhimento e o pensar desta amiga das relações humanas. 
Asseguro-vos que tudo passará se amam verdadeiramente o outro.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Luzes, cartões de crédito... acção!

Época de Natal. Luzes, câmara.. acção!

Não, peço desculpa. Vou reformular.

Época de Natal. Luzes, cartões de crédito... acção!

É sempre assim. O Natal há muito é tido por época de profundo consumismo. Em tempos de absoluto relativismo torna-se ainda mais evidente.

As lojas prepararam-se convenientemente. Estão bonitas, atractivas.

Nas caixas do correio são anunciados brinquedos em quantidades extraordinárias com todos os tamanhos e cores. 

Aos telemóveis chegam SMS vindos de todos os lados, até de remetentes que questionamos a origem e como souberam o número; outros porque somos Clientes da casa oferecem promoções natalícias. 

Na TV somos invadidos por tempos longos  de anúncios promovendo produtos e marcas. Consumo, consumo, consumo.

Os miúdos andam doidos.

Acompanham os pais nos hipers na expectativa de anunciar de viva voz o presente que pretendem deles e ainda o presente que pretendem da avó e se possível da tia. 

Todavia, o subsídio de Natal não chega para tudo. A família em casa, os presentes, as refeições, a doçaria...


E depois aquela falta de humildade de oferecer o que não se pode. Porque há uma espécie de ideia estúpida, absurda e muito nossa de que o beneficiário do presente ficará melindrado ou comentará (nós e que dizem sobre nós...) se o presente for "inferior".
Ah! E se por acaso o presente de "troca" for "superior" faz-se aquela indesejada figura de pelintra... que horrror...

Falta de humildade. Somos o que somos. Somos quem somos Há quem possa e há quem não possa. Quem pode, pode. Quem não pode, não invente sob pena de ficar os meses seguintes a pagar capital e juros sobre verbas que não tinha só para parecer bem... 

Assentemos.

O Natal não é consumo. O Natal é a celebração do nascimento de Deus. Ponto.

Celebramos com muita, muita alegria o nascimento de Jesus que se faz pequenino entre nós.
Celebremos a Família! Sim, celebremos a Família!

O Natal projecta-nos imediatamente a Sagrada Família. Sempre a Família.

Implica presentes? Siiiimmmmm. É uma alegria oferecer presentes. Estamos em festa!
No nascimento de Jesus os Magos ofereceram ouro, incenso e mirra. 
Celebremos pois, em festa, o nascimento de Menino Jesus.

Por falar em presentes, é melhor oferecer que receber, não concordam? 
Mas com moderação e de acordo com as possibilidades.
Ofereçamos de acordo com  que somos na realidade da nossa vida. Mesmo quem pode mais tenha sempre a noção de que há quem tenha menos e seja mais contido na oferta. É um exercício muito cristão este sentido de pobreza mesmo tendo bens e possibilidades. Parece um paradoxo.

Findamos. Há uns tempos escrevemos sobre orçamento familiar. Em nossa casa executamo-lo. 
O Natal não foi excepção relativamente a este aspecto. Ordem e sentido cristão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Porque o saber ocupa lugar

Três membros das comunidades religiosas mais influentes em Portugal, judiacatólica e muçulmana, falam daquilo que interessa aos portugueses, sejam crentes ou laicos, sem prática religiosa ou mesmo ateus.


Trata-se de conhecer a perspectiva religiosa dos problemas e desafios com que as pessoas se confrontam, da actualidade nacional e internacional e a contribuição que o pensamento religioso pode dar ao mundo em que vivemos.
Com :Abdul Vakil, Isaac Assor e Pedro Gil
Apresentação: Henrique Mota 


Pode ouvir o programa "E Deus Criou o Mundo" de 8 de Dezembro clicando AQUI

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Significado das Alianças

O que nos motivou a escrita deste texto foi um comentário feito pela Mimi no nosso texto "Casais, quem anda de mãos dadas na rua?". 

No comentário, a Mimi faz referência ao que um sacerdote havia dito há muitos anos numa cerimónia de CasamentoCitamos: "Os cônjuges gostariam de andar de mãos dadas sempre, mas como não é possível, no dia-a-dia, as alianças são como que o substituto da mão do outro - é o nome do cônjuge que está escrito na aliança que cada um usa, não é o próprio."

Quando um homem e uma mulher recebem o Sacramento do Matrimónio unem-se definitivamente um ao outro. Nada os poderá separar.

E para que esta união seja visível, os cônjuges trocam alianças com o nome um do outro e respectiva data.
No casamento, pronunciam o significado deste anel.



 “(N) recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén.”



A aliança pode ser lisa, mais trabalhada ou menos.  Todavia, tem sempre a forma de um círculo. Não tem começo nem fim, como o amor de Deus por nós.
É para sempre.

Esse é o sentido do anel. Um sinal de compromisso com a outra pessoa, cheio de significado, recordando-nos toda história vivida em conjunto, todo o amor, toda presença. Um sinal que unifica, pois entram duas pessoas na Igreja e sai apenas uma.

“O consentimento matrimonial é a vontade, expressa por um homem e por uma mulher, de se entregarem mutua e definitivamente, com o fim de viver uma aliança de amor fiel e fecundo.” (nr. 344 do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica”).

Portanto, a aliança  com que selamos a nossa união no dia do Matrimónio significa:
Uma só carne, um só coração e uma só alma, indissolúvel e fiel num amor doado e aberto à fecundidade.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Johnson Semedo, o ponta de lança de Deus

É uma história como poucas. Johnson Semedo é o seu nome. 

Ouvi pela primeira vez o seu nome em Junho numa crónica do meu querido amigo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada com o título Johnson, o académico.

Reza a crónica que Johnson nasceu  em 1972 numa família numerosa em São Tomé e Príncipe. Teria então emigrado para Portugal pequenito, vivendo no bairro da Cova da Moura.

Mais tarde, Johnson envereda pelo caminho mais fácil da vida, abandonando a escola e a família tornando-se delinquente (de acordo com a citação do livro Johnson Semedo, Estou tranquilo, Aletheia).

O crime acaba por levá-lo à prisão.

Cumprida a pena, Johnson volta à Cova da Moura. Com a morte dos pais retorna à toxicodependência de que se logra libertar através da associação católica Vale de Acór, dirigida pelo meu querido amigo Padre Joaquim Pedro Quintella.

Concluído com êxito o tratamento, volta aos estudos. Tira o 12º ano, tira a carta de condução e emprega-se.

Casa-se. Tem três filhos e acolhe um enteado que acolhe como seu também.

Nasce então a Academia Johnson. E é aqui que a dimensão humana de Johnson Semedo se revela. 
Um projecto extraordinário de recuperação de jovens da Cova da Moura por via do desporto e acompanhamento escolar.

Este meu escrito não dispensa a leitura atenta e cuidada da crónica do Padre Gonçalo Portocarrero. 
A dimensão humana de Johnson merece toda a nossa atenção.

Na noite de ontem a TVI passou uma reportagem denominada O Mister. Um trabalho da jornalista Ana Leal. Impressiona.

É obrigatório ver. Absolutamente. A reportagem O Mister pode ser vista clicando aqui.

Impressiona verdadeiramente a transformação humana de Johnson. 
Impressiona como transforma os outros. Impressiona o cuidado e o carinho com que cuida dos jovens da Cova da Moura. Impressiona como se esquece de si. Impressiona como respeita e é respeitado.

Um homem. Um simples homem. Não, errado. Johnson tem uma dimensão humana fora do comum.  
Ligado ao deporto e para terminar este escrito diria o seguinte: Johnson é um verdadeiro ponta de lança de Deus.

Santa versus Santinha


Estava na cozinha a fazer o jantar,  a pequenina aproxima-se muito indignada e ofendida:

 - Mãe, a mana chamou-me “Santinha”!

- E isso ofende-te? - Perguntei.

- Sim! Não se diz “Santinha” a ninguém!

Pensei um pouco e continuei:

- Tu não queres ser Santa como a tua Santa Teresinha?

- Ser Santa é ir para o Céu? E ver a Nossa Senhora, o Jesus e a minha Santa Teresinha?

- É. – Respondi.

- Ah! Então quero ser Santa, mas não “Santinha”!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Porque o saber ocupa lugar

Três membros das comunidades religiosas mais influentes em Portugal, judia, católica e muçulmana, falam daquilo que interessa aos portugueses, sejam crentes ou laicos, sem prática religiosa ou mesmo ateus.

Trata-se de conhecer a perspectiva religiosa dos problemas e desafios com que as pessoas se confrontam, da actualidade nacional e internacional e a contribuição que o pensamento religioso pode dar ao mundo em que vivemos.

Com :Abdul Vakil, Isaac Assor e Pedro Gil

Apresentação: Henrique Mota 


Pode ouvir o programa "E Deus Criou o Mundo" de 1 de Dezembro clicando AQUI