Família em Movimento

Família em Movimento

quarta-feira, 29 de março de 2017

Os tribunais eclesiásticos

Uma curtíssima reflexão sobre a constituição dos tribunais eclesiásticos nas dioceses. Salvo melhor opinião, entendemos que os advogados católicos que queriam ou estejam disponíveis para prestar serviço à comunidade por via da integração ou acreditação nos tribunais eclesiásticos deverão ter os estudos, a sua formação, paga pela própria diocese que beneficiará com o seu serviço. 

Isto porque, para se estar acreditado nos tribunais eclesiásticos, carece (e bem) de formação, isto é, implica uma pós-graduação em direito canónico.

 Até aqui, tudo dentro da normalidade. O estranho, segundo nos informámos, é que a pós-graduação, que é cara, corre a expensas dos causídicos, ou seja, os advogados que se disponibilizem para o efeito terão de suportar os custos da sua própria formação e servirão, à priori,  pro bono - que significa pelo bem público ou em benefício do público -, a comunidade no futuro. Não se afigura justo. 

Entendemos que, das duas uma: ou as dioceses assumem capacidade e formam (se tal for viável, situação que ignoramos), ou as dioceses suportam os custos da pós-graduação em causa aos advogados que seriam escolhidos/propostos pelas paróquias, de acordo com critérios adequados que visem o perfil para desempenhar a função. É uma sugestão que aqui deixamos.

Entendemos, por último, que não deverão os sacerdotes substituir esta função de ouvir e enquadrar juridicamente o caso concreto porque, salvo excepções, não são juristas e, aqui sem excepção, não são casados, situação que nos parece exigível para melhor compreensão e juízo. A função dos sacerdotes, salvo melhor opinião, que respeitamos, será o encaminhamento das pessoas aos advogados acreditados nos tribunais eclesiásticos.

domingo, 26 de março de 2017

Serão de leitura em família

O ideia que temos de um serão em família não é, certamente, uma família muda a olhar para a televisão enquanto passa a telenovela.

Um serão em família é algo diferente, mas necessário.
Há um sem número de propostas para as famílias, promovendo a unidade, identidade e edificação.

O serão enquadra-se perfeitamente porque congrega. Mas que propomos? O que nos propuseram: uma noite de leitura, uma noite de leitura por semana, com a família junta, unida e focada.

Temos, actualmente, dois livros adquiridos para este fim. Não podiam ser muito infantis nem com contexto fora da idade da filha mais nova. Com esta ideia definida, fomos à Bertrand. 

Temos tudo para o serão familiar que se repetirá muitas noites. Nós, o Verdi, a lareira (ou não) e o livro.

Acresce a magia que sai das páginas dos contos que, certamente, fará com que os miúdos aprendam a gostar da leitura.

Propomos a quem nos lê esta meta: desligar a televisão uma vez por semana e, reunida a família, agarrar num livro (os clássicos, por exemplo) e lê-lo. Saborear o momento que será, lá mais à frente, quando eles forem homens e mulheres, recordado e repetido. É uma certeza. 

A este bom hábito chama-se educar

sábado, 25 de março de 2017

Não emigrámos!

Queridos amigos,

Queremos pedir desculpa pela nossa ausência. Efectivamente temos publicado poucos textos sobre nós ou sobre temas que visam a família. Não é por falta de assunto, pois o que não faltam são assuntos. Todavia, estamos a frequentar um curso para casais, o pai prepara uma palestra e estivemos muito envolvidos numa conferência, razão pela qual não temos estado tão presentes.

Mas iremos estar, com toda a certeza. Ainda com pendências, mas procuraremos estar por aqui com mais assiduidade, como no passado.

Curiosamente também as visitas diárias decrescem. É uma consequência inevitável. As pessoas vêm uma e outra vez e verificam o mesmo texto e pensam que emigrámos. Não, estamos por cá.

Até já! 

domingo, 19 de março de 2017

Professor Fraústo Ferreira em Conferência


O Professor José Fraústo Ferreira estará esta Quinta-feira, 23 de Março, na Paróquia de Pinhal de Frades para uma conferência sobre Como Educar no Século XXI.


A conferência terá início pelas 21 Horas.

A não perder.

sábado, 18 de março de 2017

A história de João, o leiteiro


Há uma história maravilhosa sobre João, o leiteiro.

Passou-se no Patronato de Santa Isabel. 

Um tal de João repartia pelo bairro os seus cântaros de leite com um carro de mão. O Padre Josemaria Escrivá que naquela hora estava no confessionário, ouvia todos os dias um ruído que quebrava o silêncio da manhã. 

Era o ruído típico daqueles antigos cântaros de leite. Até que um dia saiu para ver de que se tratava e encontrou à porta da igreja o João com os seus cântaros de leite. 

Todos os dias, ali mesmo à entrada da porta, dizia: Jesus, aqui está o João, o leiteiro.


Nessa data, o Padre Josemaria passou o dia a dizer a seguinte jaculatória: Senhor, aqui está este desgraçado, este sacerdote desgraçado que não te sabe amar como João, o leiteiro.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Momentos de Qualidade



Mais importante que escrever, é fazer. Mais importante que idealizar, é concretizar.
Este fim de semana fomos à Ópera, no âmbito da temporada lírica 2016/17 do Teatro Nacional de São Carlos


Há muitos meses que os bilhetes de Tristan und Isolde, de Wagner, estavam comprados. Isto porque, segundo a máxima, os bons momentos preparam-se.

Assim foi. Com a cooperação da família os meninos ficaram muitíssimo bem entregues libertando os pais para cinco horas fantásticas de boa ópera num elenco onde destacamos, necessariamente, Elisabete Matos como Isolde.

É muito bom que os denominados momentos de qualidade façam parte da vida dos casais e estas saídas, ainda que preparadas com a devida antecedência, ocorram com regularidade. Não o fazer é deixar que aquele virus que costuma corroer silenciosamente os casais, a rotina, deles tome conta até um desgaste tal que por vezes, infelizmente, se torna irreversível. 

sábado, 11 de março de 2017

Vitamina L



Queres ser bom pai? 
Sê bom marido. Ama muito a tua mulher.

Queres ser boa mãe? 
Sê boa esposa. Ama muito o teu marido.

O primeiro modo de amar os filhos é cuidar de amar muito o nosso cônjuge.

sábado, 4 de março de 2017

Pequenos almoços de Sábado


Bom dia!

O ritual repete-se. Todos os Sábados têm um pequeno almoço diferenciado e diverso dos tomados na azáfama da semana.

A pirralha mais pequena levanta-se mais cedo e caminha para a porta do quarto dos pais e fica de vigia como quem diz "não deixo que adormeçam"


Concretizado o levantar é hora de prosseguir. A mãe leva o Verdi à rua e o pai veste-se e mete-se no carro para ir comprar o jornal Expresso, beber café e trazer os pastéis de nata para o pequeno almoço da família.

Quando chega a casa é a festa da pequenada, deserta por beber o "leite quentinho com um pastel de nata".

Bem sabemos que é coisa pequena. Mas a alegria nem sempre reside nas coisas grandes.

E tanto assim é que, enquanto eram escritas estas linhas, a filhota do meio veio dar um beijo com um sorriso e agradeceu o bolo. Respondemos que não tinha de agradecer pese embora gostemos de o ouvir pois educamo-los  a serem agradecidos até nas pequenas coisas. 

Reiteramos, a alegria não reside nas grandes coisas. Pequenos gestos de amor fazem bem mais. Estes pequenos almoços de Sábado são sempre prazerosos e o ritual é parte integrante. Até a espera pelo pai é gostosa. Pequenas coisas, grandes sorrisos. Tudo isto contribui para a harmonia da família. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

A Quaresma por aqui

Ontem começou o tempo da Quaresma e cá por casa decidimos mais uma vez ajudar Jesus a levar a cruz, com os nossos pequenos actos de amor.

Embora durante o resto do ano tenhamos continuado a fazer pequenos gestos de amor a Jesus, e tenhamos enchido e vazado várias vezes o nosso copinho, este tempo é mais propício.

No dia de ontem,  as refeições foram muito simples sem grandes condimentos. Conversámos sobre como poderíamos assinalar o dia de Quarta-feira de Cinzas. 

Então, o filho mais velho que no Clube Xénon teve uma catequese sobre o que é a Quaresma e como a viver santamente, explicou às irmãs (apenas a mais crescida percebeu!) a diferença entre jejum e abstinência e, sem publicitar o que iria fazer, percebemos que comeu menos às refeições e que não lanchou.

Já depois da hora do lanche veio até à cozinha e disse-me:
- Tenho um bocadinho de fome, mãe. Mas não queria comer. O que achas que devo fazer? 

- Bem, vamos pensar. Se tens fome podes sempre comer algo que não te apeteça tanto. O que gostarias de comer? - perguntei

- Talvez um iogurte.

- Porque não bebes um copo de leite? E comes pão com manteiga. - sugeri

O filho grande ficou pensativo e depois disse:

- Vou beber um copo de leite. Chega

Bebeu o leite e foi embora sem comer mais nada.

As manas decidiram não se deliciarem com as suas duas gomas que costumam comer depois do almoço e oferecer a Jesus.

A mais crescida fê-lo. 

A benjamim olhou para as gomas e disse:
- Em vez das duas gomas posso oferecer só uma a Jesus e como a outra?

- Podes. Isso é entre ti e Jesus, mais ninguém. - respondi.

E a pequenina fez o esforço de comer apenas uma goma. Que, para quem é gulosa, não é fácil!

Ao final da tarde, rumámos à Missa da imposição das cinzas numa paróquia vizinha e gostámos muito.

E para juntar ao Evangelho que lemos diariamente à hora do jantar, adquirimos após a Celebração da Eucaristia o livro "Rezar na Quaresma. 40 dias de caminho." das Edições Salesianas, que nos ajudará neste caminho em família até à Páscoa.


"Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos" 
(Joel 2,12-18)

"Quarenta dias de caminho até à Páscoa.
Quarenta dias para consertar a vida,
para purificar o coração,
para aprender a viver e a amar à maneira de Jesus."

(in Rezar na Quaresma, 1 de Março, 4ª feira de cinzas)