Família em Movimento

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Quem conduz

No Domingo a caminho da Eucaristia, a benjamim perguntou ao pai:

- Pai, quem é que está a conduzir o carro? És tu ou Jesus?

O pai que foi surpreendido com a pergunta respondeu:

-Sou eu, filha. Porquê?

A pequenina explanou o seu pensamento:

- Na canção "O Peregrino", cantamos que Jesus é que conduz!

Soltámos todos uma gargalhada.

Continuou:

- Então, como vi o pai a conduzir e na canção diz que quem conduz é Jesus, eu perguntei! - Exclamou a benjamim com cara de "caso", pois não achou graça nenhuma à nossa gargalhada.


O pai tomou a palavra e explicou-lhe:
- Quem nos conduz na vida é Jesus. Ou seja, quando somos simpáticos e amigos uns dos outros, quando fazemos o que os pais nos pedem e não guerreamos com os nossos irmãos e amigos estamos a ser conduzidos por Jesus. Estamos a fazer o que Jesus quer que façamos. Percebes?



- Percebo. - declarou a princezinha.

O pai continuou:
- Quem está a conduzir o carro é o pai. Mas repara, o pai está a conduzir o carro para levar a nossa família à Missa. E nós vamos à Missa porque amamos Jesus e porque Ele nos pede para o fazermos. Jesus está a "conduzir" os nossos corações à Missa e o pai está a conduzir o carro para nos levar até à Igreja.

-AH!!- exclamou esclarecida a pequena.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

17º Aniversário do nosso casamento




«Parabéns por mais um ano e pela família linda que construiram. Um beijo grande. Amo-vos muito.»





Foi assim que fomos brindados esta manhã. Um SMS muito simpático, muito bonito de alguém muito próximo.

São 17 anos de histórias. São 17 anos de alegrias, sorrisos, gargalhadas, lágrimas, dissabores, doenças, mortes, tristezas. Ao fim e ao cabo são 17 anos de casamento e um casamento é perfeito porquanto tem tudo - o bom e o menos bom - para que sejamos muito agradecidos pelo todo.

São 17 anos de construção de uma família rumo a uma maturidade que se alcança paulatinamente.

Mantemos os nossos braços de ferro com Deus. Sempre os houve. Há um que teima permanecer e parece que Deus pretende vencê-lo pelo nosso desgaste. É provável que tal aconteça mas não para já pois os modelos sairam com defeito e a teimosia é uma realidade com que Deus terá de contar deste lado.

Esperamos transmitir neste blogue quem somos e o que somos. 

Que este testemunho seja edificante para quem nos lê.

As mais belas rosas têm espinhos. São perfeitas apesar dos espinhos. E emanam um cheiro magnífico.

Assim são os casamentos. Perfeitos na imperfeição. E cheios de bom odor quando a união revela um todo que está consubstanciado na família.  

Estamos juntos!

FEM

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Há sempre lugar para mais um hipócrita

Havia uma piada que diz algo que reproduzimos neste texto. 
Num café de uma cidade, uma senhora que diz alto: 

- A Igreja está cheia de hipócritas! 
Ao que um senhor lhe responde igualmente alto
- É verdade e há lugar para mais uma.


É bem verdade que os católicos são acusados (e bem acusados) de serem isto e aquilo, porque o são. Mas quem acusa não o é menos, sejamos claros.

Sim, somos efectivamente tudo e mais um par de botas. 

Ontem meditámos se devemos ir à Missa quando comentemos tropelias, quando pecamos, quando faltamos à caridade... ou se aumentamos a hipócrisia que nos é tão (bem) conotada.

Por vezes - isto acontece a todos - há uma tentação de pensarmos não sermos dignos de estar na Santa Missa porque nos pesa a consciência. Nós mesmos meditamos numa hipotética hipocrisia.
Fiz o que fiz ou disse o que disse e vou à Missa? Estou a enganar quem? A mim? Os outros?

É uma pergunta gira e tem uma resposta fácil. É que se não fossemos à Missa após termos pecado aumentaríamos ainda mais a lista de pecados - o que em si seria mau - mas agora com um pecado mortal!

Logo, continuemos na boca dos justíssimos (porque os justos, esses, pecam 7 vezes ao dia) como hipócritas, desde que não faltemos à Missa por existirem pecados. É normal que existam. Esta é a nossa condição humana e o Senhor conta com isso. Ou alguém pensa que o Senhor se escandaliza com o que fazemos e dizemos? Ele conta com isso. 

Mas conta connosco de igual modo para perdoar. Está sempre à nossa espera no Sacramento da Alegria (Sacramento da Reconciliação). É com isso que Ele conta. Que sejamos muito honestos na nossa miséria e que nos disponhamos a receber o perdão.

No mais, nós hipócritas continuaremos a encher as Igrejas. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O desejo do Céu

A nossa mais pequenina veio ter comigo e perguntou:

- Mãe, quando fores para o céu vais continuar a ser minha mãe?

Respondi-lhe:
- Claro, serei tua mãe para sempre!

Mais tarde, voltou a questionar-me:

-Mãe, quando eu for para o céu vou conhecer os meus avós?

- Sim, vais. - Respondi

-Boa!!- Exclamou a benjamim.

Fiquei a pensar neste desejo do céu da nossa princesinha que afirma com toda a naturalidade que quer ser santa.

Lembrei ainda o nosso estimado Padre Barbosa que um dia nos ensinou que "temos de viver na terra com os olhos postos no céu."

Tudo é tão simples quando nos deixamos amar por Deus.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Fernando Santos e a questão de Deus

Fernando Santos é o treinador do momento. Fez de Portugal o campeão europeu de futebol e colocou um país de queixo erguido como há muito não se via.

Na conferência de imprensa o primeiro agradecimento foi para... Deus Pai. Quanta nobreza e quanta humildade em reconhecer o mérito de Deus quando  tudo lhe era apontado. 

O sucesso de Fernando foi agradecido a Deus perante milhões de pessoas, diante de inúmeras câmeras de televisão. Fernando não teve peias, não teve respeitos humanos. 

Foi descarado. Foi descaradíssimo e fez o que muitos se envergonham de fazer nas suas vidas: dizer e assumir quem são.

Fernando fala de Deus com imensa naturalidade e é isso qu eo torna especial. Poderia fazer recurso de fórmulas ou teorias, quiçá rebuscadas... Mas não, é naturalíssimo.

E é isso que encanta neste Engenheiro Fernando Santos, a naturalidade com que dialoga com Deus, com que revela ir diariamente à Santa Missa, com que revela rezar preferencialmente diante do Sacrário, com que revela não dormir sem rezar, com que revela que a primeira coisa que faz é rezar, com que revela fazer a via sacra, com que revela o amor e devoção a São Paulo e até como é revelada a sua vocação. Tudo ali é natural. Não há pechisbeque.


E por não haver pechisbeque já recomendámos a visualização deste vídeo a algumas pessoas, convertidas e não convertidas, pois o texto é um testemunho tão forte que deve ser ouvido e reflectido.

Os mais cépticos identificar-se-ão com Fernando Santos e essa identidade pode ser o click.
Os católicos têm igualmente uma oportunidade para compreender quão belo é o testemunho de anunciarmos quem somos e sermos para fora outros Fernandos Santos que falam do seu catolicismo com um gosto tremendo e com uma naturalidade própria de quem fala alegremente de Quem ama.

Publicamos novamente o vídeo com a entrevista de Fernando Santos.
The Champ is Here!


domingo, 10 de julho de 2016

«Gosto muito de os ver comungar de joelhos»


Depois da celebração da Santa Missa fomos, como habitualmente, ao café que fica perto da igreja. 

É um ritual dominical que materializa uma espécie de acordo tácito que temos com a nossa filha mais nova em que a pirralha porta-se bem no decorrer da Missa e tem como recompensa um pastel de nata. Parece-nos justo.

Os irmãos também fazem jus ao ritual e os pais bebem o seu café. Faz parte.

Hoje, uma senhora paroquiana que também foi ao café à mesma hora que nós abeirou-se do pai.


 Depois de se aproximar e sorrir, interpelou:

- Não se importa que lhe diga uma coisa?
- Não, claro que não.
- Gosto muito de ver os senhores comungarem de joelhos.
- Ah! Sim, comungamos de joelhos, é verdade.
- Mas reparo que nem sempre o fizeram.
- Também é outra verdade. O que em si era contraditório pois em Lisboa fazemo-lo sempre. Logo, aqui não poderia ser diferente. De um certo dia para cá comungamos sempre de joelhos.
- Hoje não o vi.
- Não. Hoje estive mais à frente e comunguei da mão do sacerdote. Mas de joelhos...
- Desculpe ter tomado o seu tempo. Mas queria dizer-lhe algo que gosto muito de ver.
- Não incomodou. Foi um gosto.

E foi mesmo um gosto.

Neste diálogo foi explicado a razão do comungar de joelhos e onde, em Lisboa, o fazemos sempre.
Uma coisa é certa: nós não temos a noção do que passamos para fora. Pensamos que os nossos gestos, a nossa conduta não é reparada? Púro engano. É reparada.

Pese embora já tenhamos pedido duas vezes ao sacerdote a colocação de genuflexórios para haver um convite tácito à comunhão de joelhos, a verdade é que tal (ainda) não aconteceu. Nós continuamos. Damos o nosso testemunho assim. Batemos com os joelhos no chão e comungamos. 

Pelos vistos o nosso gesto para com o Senhor também é apreciado pelos irmãos e isso deixa-nos muito felizes. Ao fim e ao cabo, devagar, vamos mostrando a nossa unidade e relação e isso é apreendido. Quem sabe em breve não teremos outros irmãos a comungar de joelhos...

sábado, 9 de julho de 2016

Seis meses


Foram 25 anos a fumar e seis curtos meses de paragem.

Sim, desde 9 de Janeiro que não fumo um cigarro. 

A data foi uma dádiva na minha vida, patrocinada por São Josemaria que nesse dia do ano de 1902 nascia em Barbastro (Aragão).


Faz hoje seis meses que fiz um curto (mesmo muito curto) tratamento em Beja onde me foi dado um pequeno choque na orelha. Fui com a família porque estas coisas só ganham força se for em família. A famíla faz a força, verdade? Faz, absolutamente.

São seis meses de ausência de fumo nos meus pulmões, seis meses de ausência de fumo na minha casa, ausência de fumo a ser respirado pela minha família. Essa ausência de fumo também me impediu de gastar 288,00 €.

Se tenho tido tentações? Tenho. Por vezes desejo um cigarro. Mas sempre disse NÃO com a violência própria de quem quer controla o que faz.

Na velha estória do monge que monta o cavalo e a quem é perguntado para onde vai e este responde - não sei, perguntem ao cavalo -, eu quero ser o outro lado da estória, o lado não contado, o lado em que o monge sabe para onde vai e não cede um milímetro no trajecto traçado. 

Espero ser bem sucedido nos próximos seis meses. E cada dia é uma conquista. Em frente!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Chamem-me o que quiserem

Há dias estive num hospital particular de Lisboa e aguardava um exame relacionado com a vista. 

Havia na altura uma suspeita de uma coisa com um nome muito estranho que se confirmou e que por se ter confirmado terei de fazer mais coisas estranhas sobre as quais recomendaram que não realizasse pesquisa no "doctor Google". Ficámos conversados.

Enquanto esperava que no visor aparecesse o meu número 0111 para realizar o exame senti-me perturbado. São muitas coisas ao longo destes anos mais recentes. 


Por ora, não mataram. Mas diz o povo e muito bem, moem. Este moer pode ser a dor, a indisponibilidade, a cirurgia e o tempo de recuperação, etc. Moem... 
Nesta perturbação que não era bem uma revolta mas um estado de tristeza que me tomou tive uma súbita vontade de agarrar o livro Lições do burro" do Padre Hugo de Azevedo. E li assim:

«O burrico confia no dono (...) O dono é amigo. Nunca o defraudou.»

O meu dono é o Senhor. Não tenho outro. Estas palavras assumiram uma dimensão gigante. 

Primeiro, a palavra de que devo confiar. Confiar como um filho confia no pai. Pensei nos meus e sei que confiam em mim. Assumi igual confiança. 

Em segundo, o meu Senhor é Amigo e nunca me defraudou. Tudo é por bem. Aconteça o que acontecer muitos frutos são gerados pela dor.  Lembro a este propósito um texto que escrevemos aqui no blogue sofre alguns irmãos nossos em Espanha que ofereciam a dor e o sofrimento diário à nossa fidelidade. 
Então, quantos frutos gerarei se tiver de sofrer um pouco? Muitos. E nessa cruz, este burrico pedirá ao seu dono que o auxilie a levá-la. 

Uns poderão pensar que a leitura daquela página concreta terá sido um acaso. Outros dirão que quem escreve deste lado está louco e a precisar de internamento compulsivo. Chamem-me o que quiserem. Para mim - assumo! - foi o meu dono que me falou quando me viu vacilar. Serviu-se do livro. Serve-se sempre de algo.  

terça-feira, 5 de julho de 2016

Uma pulseira que nos "liga" ao Céu

Ontem fui surpreendida por um pedido inesperado da nossa benjamim:

- Mãe, eu quero uma pulseira com Jesus, Nossa Senhora, José, Santa Teresinha, a Jacinta, o Francisco...

Ouvi atentamente e comecei a pensar como haveria de fazer a dita pulseira. No entanto, fui interrompida nos meus pensamentos e projectos de possíveis pulseiras que a pudessem satisfazer:

- Mas mãe, não é uma pulseira como as outras!

- Não? - perguntei.

-Não! É uma pulseira que se põe aqui (no pulso) e tem uns botões com a cara deles (de Jesus, Maria, José, Santa Teresinha, Jacinta, Francisco...). E depois quando eu quiser posso carregar nos botões e falar com eles que estão no céu. Sabes quais são?

Primeiro fiquei surpreendida com o pedido e depois mais surpreendida fiquei com a tecnologia com que a princesa queria a sua pulseira. Resolvi perguntar-lhe:

- Tu já vistes essas pulseiras?

-Já!- respondeu prontamente a pequenina.

- Onde?

- Então, na televisão. Num desenho animado que dá na televisão, os meninos têm essas pulseiras para chamar os super-heróis e falam com eles. E eu pensei que podia ter uma para falar com Jesus, e Nossa Senhora, e José, e com a minha Santa Teresinha, e com a Jacinta, e com o Francisco.

Pedi-lhe então que me mostrasse os desenhos animados para eu poder ver a pulseira de que falava.

Após ver o que a pirralha me queria mostrar, percebi que a pulseira de que falava tinha de facto uns botões com a cara de cada super-herói e ao carregar num deles, a criança era surpreendida por um holograma desse super-herói com quem esta falava e pedia ajuda.

Na cabeça da nossa princesinha e fazendo uma analogia perfeita, ela também queria uma pulseira dessas para falar directamente com Jesus, Maria, José e os Seus Santos, porque estes são os seus verdadeiros Super-Heróis.


O pedido da benjamim era difícil de concretizar. E depois de pensar um bocadinho lembrei-me de uma pulseira que a Associação Custódios de Maria nos enviou generosamente pelo correio, com imagens impressas de Jesus, Maria, José e de alguns Santos.

Chamei a pequenina e disse-lhe:

- Tenho aqui uma pulseira como tu querias. Estás a ver as imagens? Podes carregar e falar com cada um Deles.

Os olhos da princezinha encheram-se de luz:

-É mesmo verdade! Posso falar com Eles? E Eles aparecem?

- É mesmo verdade que Eles te ouvem, meu amor. E podes falar-lhes sempre que quiseres. Mas para Os veres tens de esperar chegar ao céu. - disse-lhe.


-É tão linda mãe! Até tem a Nossa Senhora de Fátima! Obrigada!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Devo ler este livro?

Já nos aconteceu estar numa livraria e não sabermos se o conteúdo de determinado livro era ou não recomendável.
Na altura socorremo-nos de um sms e o destinatário respondeu-nos prontamente: não recomendável.

Sem prejuízo das boas indicações dos nossos directores, há um site que nos ajuda a saber o que devemos ou não ler. 

O site DeLibris é uma preciosa ajuda. 

Realizamos a pesquisa por obra ou por autor e temos a classificação.

Sim, nem todos os livros à venda em livrarias  onde predominantemente são vendidos livros de autores católicos são propícios ou recomendáveis. Ter critério é o primeiro passo. Desse critério resulta uma maior e melhor identidade e harmonia entre nós e a doutrina da igreja católica.

Boa leituras!

domingo, 3 de julho de 2016

Não são coincidências



Não são coincidências. Os três bancos da frente da igreja estavam vazios. Não havia uma criança sentada. Na Missa estavam as crianças (poucas) cujos pais têm vida assumidamente cristã. 

Acredito que a nossa família e outras poucas presentes com os filhos sejam motivo de alegria para a comunidade, mais não seja pela constância. Faça chuva ou sol estamos presentes. É a nossa vocação. 



E assim educamos os nossos filhos. 

Esta ausência não nos espanta pois quando acabam os períodos de catequese as crianças da paróquia "evaporam-se" regressando mais tarde no recomeço dos trabalhos. 

Não, não há coincidências. As crianças não se encontram todas de férias com os pais. Sucede que muitos pais - a maioria - estão permanentemente de férias ao culto pelo que, quando acaba a "obrigação de levar os meninos e meninas à catequese", estes últimos deixam simplesmente de estar presentes na Missa.

Sim, noventa ou mais por cento dos pais "deixam" os meninos com os catequistas e não ficam na Missa. Muitas vezes esta já se encontra a decorrer quando as crianças irrompem para junto dos catequistas. Os pais ficam à porta da igreja até confirmarem que os seus filhos estão a salvo junto do adulto que os educa na religião católica. Deixam as crianças na igreja e vão à sua vida que, seguramente, não é esta.

O mais estranho é que estes pais se permitem que os filhos estejam na catequese são efectivamente susceptíveis de integração. Se fossem hostis nunca permitiriam que os seus educandos ali estivessem. 

Assim, há necessidade de serem envolvidos. Se não há envolvimento não ficam e dentro de pouco tempo nem pais nem filhos.
Aliás, dita a regra que findo o sacramento almejado (maioritariamente a Primeira Comunhão), as crianças abandonam a catequese e a Missa.

Também os escuteiros não estão muitas vezes, na nossa paróquia. Para a semana estarão, pois um caminheiro fará a sua promessa. Mas... estes escuteiros que cantam e professam frases lindas de amor nas missas que animam fazem-no para católico ver? Sim, preferimos deixar aqui os inglês de fora no seu Brexit. Então no pasa nada? Este fenómeno não é tido em consideração pelas pessoas responsáveis da comunidade?

É uma pena que as férias da catequese ou nos escuteiros três vezes por mês potencie férias de Deus. 
Deus espera-nos sempre. 
O envolver dos pais pela comunidade, pelo pároco, pode trazê-los para dentro e pode ter como consequência uma vida cristã regular dos filhos. Se os pais vão, os filhos acompanham.
Os escuteiros também devem estar presentes sempre pois não são um grupo de animação casuística.

Deus espera sempre mais de nós. E espera-nos sempre na Sua casa. E espera de nós que O amemos com mais actos que palavras.

sábado, 2 de julho de 2016

A "pica"

O dia hoje amanheceu cedo para a criançada da casa. As vacinas dos dez anos esperam a filha do meio.
A princesa está ansiosa e um pouco nervosa. Levar vacinas apesar de necessário não é de todo agradável.

Mas ao seu lado tem uma irmã mais nova que cheia de coragem lhe diz:

- Não tenhas medo. Eu vou segurar-te na mão para não doer tanto!

Antes de rumar para o suplício das vacinas, a princesa colocou um coração no copo dos pequenos actos de amor junto da cruz de Jesus e ofereceu-Lhe antecipadamente a sua dor.

Durante o caminho e já no Centro de Saúde a pequena/grande não disse uma única palavra.

A enfermeira chamou e lá entrámos na sala de vacinação. Para descomprimir a senhora enfermeira foi conversando com as meninas e anotando o boletim.

Entretanto, chegou a hora de sentar na temida cadeira. A nossa filhota sentou-se corajosamente em silêncio.

A benjamim a fazer de assistente de enfermaria segura  o penso, que será colocado no braço da irmã, ao mesmo tempo que lhe segura a mão e lhe diz:

- Está quase, não vai doer nada!

Sem se mexer e continuando em silêncio a princesa corajosa toma duas vacinas (uma em cada braço), não profere palavra ou som algum, mas as lágrimas caiem-lhe no rosto. Aperto-a nos meus braços e digo-lhe:

- Já passou. És uma valente!

Ela olhou-me e sorriu com os olhos enxarcados em lágrimas.

Por sua vez a mana mais nova, depois de desempenhar o seu papel de assistente na perfeição, diz:

- Estás a ver já passou! Não doeu muito pois não? Eu estava a segurar a tua mão!

A mana grande soltou uma gargalhada dizendo:

- Não doeu mesmo nada, porque tu me seguraste a mão. Obrigada Mana!