Família em Movimento

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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ser Finito e Ser Eterno

«Quanto mais amiúdo reflito em alguns acontecimentos da minha vida, mais viva se torna em mim a convicção de fé de que não existe o azar - visto desde Deus -, que toda a minha vida, nos seus mais pequenos detalhes está prevista no plano da providência divina e que ela é, diante dos olhos de Deus que tudo vê, uma coerência inteligível perfeita.» 

Santa Teresa Benedita da Cruz| Edith Stein, 
Ser Finito e Ser Eterno
Santos para brincar
  Santa Teresa Benedita da Cruz

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Beata Teresa de Calcutá

Hoje dia 29 de Agosto começa uma Novena à Beata Teresa de Calcutá, que terminará no dia da sua festa a 5 de Setembro. No penúltimo dia, 4 de Setembro, o Papa Francisco celebrará em Roma a cerimónia de canonização da nossa querida Madre Teresa de Calcutá.

Para quem quiser juntar-se a esta novena aqui fica a Oração:

Beata Teresa de Calcutá,
tu permitiste ao sedento amor de Jesus na Cruz
tornar-se uma chama viva dentro de ti.
Chegaste a ser luz do Seu amor para todos.
Obtém do coração de Jesus (faça aqui o seu pedido).
Ensina-me a deixar Jesus penetrar e 
possuir todo o meu ser, tão completamente, que a minha vida também possa irradiar a Sua luz e amor para os outros.
Amén.

domingo, 28 de agosto de 2016

Os nossos valores

Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram, lemos em Romanos 12:15.

No decorrer da tarde de ontem visitámos amigos e família, pessoas que amamos e que a correria do dia a dia parece querer afastar das nossas vidas. 
Nunca há tempo, caramba. Nunca há tempo... 
Mas o tempo é demasiado curto para se amar. Demasiado curto e finito. Deus pode chamar a Si sem que tenhamos amado bastante. 

Foi comovente e confortante. Que bom foi levar alegria. Que bom foi levar-nos a nós mesmos. 

Aqueles abraços iniciais e finais, os diálogos ocorridos, as memórias recuperadas que trouxeram gargalhadas e o sentimento de agradecimento a Deus por nos permitir fazer parte da vida destas pessoas valeram tudo. Que bom é Deus que nos dá tantos e bons para fazermos este caminho peregrino com mais sorrisos e alegria.

Foram e são os nossos companheiros de viagem. Eles que tanto deram nada nos exigem. Alegram-se em nos ver. É a sua alegria maior. Nada mais que a presença física de amigos e familiares para alegrar um coração puro e genuíno.

Queridos amigos, nunca se esqueçam dos vossos. São vossos. 

Por outro lado, foi um ensinamento aos nossos filhos. Consignaram a sua tarde a estarem próximos. Não houve televisão, jogos, brincadeiras. Houve lugar para enriquecer a alma, humanizar e colocar em prática os valores cristãos. 

No regresso a casa falámos com os nossos filhos sobre aquela tarde. Estar com os nossos, alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram foi uma pequena obra de misericórdia e Jesus ficou muito contente connosco, dissemos-lhes. Os meninos perceberam e ficaram felizes com uma tarde diferente e tão carregada de amor.

Um dia num Hospital, um médico, depois de dar alta a uma senhora, quis falar com a filha que nunca a visitara.
- Minha senhora, a sua mãe teve alta. Mas reparei que nestes dias em que esteve internada nunca recebeu visitas, nomeadamente a sua.
A filha respondeu:
- Sabe, Senhor Doutor, o mal da minha mãe é não ter família.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Amigo Verdi

No dia de ontem fomos em família buscar o novo amigo de quatro patas. 
Os nossos filhotes passaram o dia ansiosos, pois já haviamos feito uma visita no dia anterior e o desejo de ter o cachorrinho era enorme.

As meninas venceram o medo de cães inexplicável que as assombrava desde sempre, embora nunca nenhum lhes tenha feito mal.
O mais velho, ao contrário, há muito sonhava em ter um amigo de quatro patas.

O sonho realizou-se.

Fizemos uma lista de nomes e todos juntos decidimos o seu nome: VERDI.

O nome foi escolhido porque por cá, o pai e a mãe gostam de ópera e, por outro lado, a família é sportinguista. Assim, o nome assentou-lhe que nem uma luva.

Preparámos tudo a preceito. Comprámos uma caminha, tigelas, brinquedos e comida.


As meninas, durante a tarde, fizeram desenhos para receber o amigo Verdi.
O mano mais velho tratou de lavar as tigelas, de tirar as etiquetas aos brinquedos e de arranjar uma caixa com um resguardo para transportar o amigo até casa.

Na hora de ir buscar o nosso Verdi, o entusiasmo era crescente e no caminho para a casa do criador rezámos o terço o que ajudou a acalmar a ansiedade da criançada.


Ao chegarmos ao destino já o Verdi nos esperava. 

Entretanto, o criador preparou-o para o entregar cortando-lhe as unhas e perfumando-o.

Trouxemo-lo não sem que antes o senhor que cuidou dele desde que nasceu se despedisse. Este é o seu trabalho, mas confessou afeiçoar-se aos animais e sente sempre a partida.

O Verdi chegou a casa e a excitação foi total. Todos, sem excepção, ficámos atentos a todos os movimentos. Acarinhámo-lo muito e registámos as primeiras horas tirando-lhe fotografias.

A hora de deitar foi tardia, pois as crianças não queriam largar o amigo.


Fomos todos dormir e deixámo-lo na sua caminha a dormir na cozinha. 
O nosso Verdi portou-se muito bem durante a noite e de manhã quando nos viu entrar pela porta da cozinha mostrou a sua satisfação por nos ver.

A esta hora faz as delícias das crianças da casa, que brincam com ele no quintal.

Sê bem-vindo à família, Verdi!



domingo, 21 de agosto de 2016

Seria como ter sede e não beber o copo de água fresca ao nosso lado

Bom dia, caros amigos. 
Na Festa da Assunção de Nossa Senhora ouvimos uma homilia que nos comoveu. Nada é novo e tudo se assume como novidade, eis o paradoxo de Deus.

O Padre Fernando Belo falou-nos há quase uma semana numa invocação muito pessoal que tem. Entre as muitas invocações de Nossa Senhora há uma que não consta "na lista" mas que tem particular devoção deste sacerdote: Nossa Senhora da Contradição.

Na verdade, tudo foi contradição na vida da nossa Mãe. Em traços gerais que não dispensam meditação, Maria estava noiva e virgem quando um Anjo lhe comunicou um milagre, ser Mãe de Deus. 
Foi a primeira contradição na vida da Senhora. 

Depois, o que se dizer e acima de tudo como se dizer ao pobre noivo, José, que se está... de esperanças? Ele, muito santo, sem ferir de morte Maria, afastou-se. Mas o Senhor veio ao seu encontro trazendo a paz. O Senhor vem sempre em auxílio dos seus.

Todas as mães gostam de ter os filhos nas melhores condições. Hoje em dia até escolhemos o hospital particular onde queremos que os filhos nasçam, se tivermos essa possibilidade. Ali, há dois mil anos atrás, mais uma contradição. Foi no lugar mais pobre e sem condições que Deus nasceu. Nem uma estalagem. Nada. 

E se pensarmos bem, deu-se nova contradição quando Maria e José tiveram necessidade de fugir para o Egipto. Fugiram há dois mil anos atrás como tantos irmãos nossos hoje em dia. 

Nova contradição quando Jesus desapareceu três e dias e noites. O sofrimento daqueles pais...

Na vida pública de Jesus, inúmeras contradições. Imaginemos, pais e mães, o que seria se ouvíssemos uma multidão gritar "Matem-no, crucifiquem-no!" aos nossos filhos. Cegávamos, não? Imaginem Maria... 

Lembremos o caminho para o Calvário, outra contradição muito dura na vida de Maria.

Ao fim e ao cabo, o Padre Belo tem razão. A vida de Nossa Senhora foi uma contradição.

Não era suposto o filho de Deus ter nascido num local cheio de luxo e criados a servirem-nO? 
Não era suposto os pais terem tido uma vida regalada, sem preocupação alguma, terem comido e bebido enquanto Jesus realizava milagres tamanhos potenciando ainda mais uma vida de luxo e regalo àquele casal escolhido e protegido por Deus Pai ou, de outro modo, àquela que achou graça entre milhões e milhões de mulheres?

Mas não, tudo foi uma enorme contradição. Logo, não era suposto.

Na segunda leitura de hoje (Carta aos Hebreus 12,5-7.11-13), Paulo diz-nos que Deus nos mima imenso porque nos ama. Mas mima-nos com dores e sofrimentos. 

São Paulo pede-nos para não desprezar-mos as correcções nem para nos desanimarmos com elas «porque o Senhor corrige aquele que ama e reconhece como filho».

Porquê estas contradições nas nossas vidas?
Porque - escreve São Paulo - mais tarde dará àqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e justiça.

Deus sabe sempre mais. Se nos corrige assim porque nos ama devemos saber aceitar com imensa alegria.

Há uns meses atrás lemos na net algo como isto: num hospital em Espanha alguns doentes visitados pelo Prelado do Opus Dei entregavam as suas dores e sofrimentos pela fidelidade dos membros da Obra. Que grande sentido deram à doença.

Na nossa vida vivemos igualmente inúmeras contradições, verdade? Actualmente, aqui em casa, passamos por uma. Mas nela, devemos ser sinal e testemunho cristão. 

Um santo dos nossos tempos sofreu muito na vida mas fazia sempre cara bonita. Nunca fez cara feia nem caretas de garotos, nem usou nunca daquela tendencial vitimização que nada serve pelo que deve ser repelida. Assim, mostrou uma enorme heroicidade.

Procuremos essa heroicidade e sejamos sinal para quem nos rodeia.

Aproveitemos todos os mimos e todas as contradições.  Tenhamos sempre a noção de que não cai um cabelo nosso ao chão sem que Deus o permita para assim saber agradecer e oferecer o sofrimento moral ou físico que Deus nos permite ter para algo mais, para algo maior, muito maior, os frutos que São Paulo nos falou.

Aqui, nesta pequenina e insignificante tribulação, temos presente três intenções. Que Deus nos ensine a viver bem, com cara alegre e muito sentido de humor os mimos.

Se assim não for, caros amigos, seria como ter sede e não beber o copo de água fresca ao nosso lado.       

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ouvir com o coração

Conversa de irmãs ao almoço:

- Sabes que as pessoas más também têm coisas boas no coração? - pergunta a mais pequenina à mana mais velha.



- Se são más como têm coisas boas no coração? - ripostou a mana grande.

- Elas têm coisas boas, sim. Só não conseguem ouvir o que Jesus lhes diz no coração!
Também não percebes nada! - finalizou a benjamim.

E não é que a pequenina tem toda a razão.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Água fria da ribeira que o sol não aqueceu

Queridos amigos, muito boa tarde.
Iniciamos com um pedido de desculpas por não termos escrito um simples até já antes de rumarmos de férias. Estamos de volta!

Foram quinze dias magníficos numa aldeia portuguesa rodeada de arvoredo. Não pensem que ficámos sem sol e água. As praias fluviais não são a mesma coisa mas suprem lindamente a tradicional praia. Água fria da ribeira que o sol não aqueceu. Verdade! 

As meninas foram as mais afoitas, nomeadamente a benjamim. Enquantos a maioria das pessoas entravam dentro de água pé ante pé, a benjamim molhava os pés e em segundos lançava-se à água fria sem qualquer reclamação ou observação. 



Todos os dias fomos à vila.
A ida ao supermercado e à pastelaria era imperativa.

Nesta, além do café, havia da nossa parte uma encomenda de bolos. Eram eram muito bons. Os bom bocado, fabulosos. A simpatia das pessoas inigulável.

Fomos muito bem recebidos e fizemos relação. Podemos dizer que no fim das férias distribuímos os cartões da FEM na pastelaria com o fito do prolongamento da relação ora iniciada.

As noites foram quentes mas lindas. O som dos grilos, da ribeira e quando havia um pouco de vento, das folhas das árvores, eram uma melodia. As estrelas do céu eram algo de extraordinário. Pai e filho mais velho divertiram-se em contemplá-las com a app Sky Map.


Foi igualmente positivo termos regado as pequenas árvores de fruto e a roseira. Nestes quinze dias com a rega diária tivémos uma despedida tremenda com pequenos frutos e rebentos nas árvores.
A água gera vida e foi muito bom observarmos a evolução.

Fomos à Missa dominical na vila. Nas duas Missas, vários baptizados.


Pensamos serem emigrantes que aproveitam o Agosto para baptizar os seus filhos em Portugal. Temos essa noção, ignorando se correcta.

Não faltou o Terço. Neste dia em que Nossa Senhora adormeceu terminamos este nosso texto com esta identidade tão portuguesa: não faltou o Terço nos dias em que estivemos de férias. Não podia faltar.

Foram férias. Ocorreram contrariedades, é verdade. Mas ainda com elas, o propósito foi conseguido. Não estivemos ociosos, fomentámos a nossa relação familiar e mantivemos a unidade cristã.