Família em Movimento

Família em Movimento

terça-feira, 31 de maio de 2016

O Quarto

Há 30/40 anos atrás o quarto era tido pelo lugar mágico que era dado às crianças.

As brincadeiras de então eram passadas no castelo (o quarto) ou na rua. Hoje temos dificuldade em explicar o jogo do elástico, o jogo do prego, os carrinhos de rolamentos, os jogos de futebol no alcatrão da praceta, o jogo do pião, o jogo do mata, as corridas de caricas na berma do passeio, entre muitos outros jogos que preenchiam o imaginário das crianças.

Nesse imaginário surgia de igual modo o quarto onde o Playmobil preenchia parte dos armários ou mesmo a garagem com um pequeno elevador onde os carrinhos (os carrinhos... hoje são objectos de colecção) subiam e desciam para serem arrumados. As meninas preenchiam os quarto com bonecas.
Nos quartos faziam-se jogos e o imaginário era desenvolvido à custa de brincadeiras simples mas simultâneamente deliciosas.


Quarenta anos depois temos a noção ou a percepção que os miúdos não fazem
mais do quarto o seu castelo, o seu esconderijo, o seu mundo.

Focam-se muito nas tablets, nos telemóveis, na playstation. Usam o quarto para dormir e pouco mais fazendo a maior parte da vida na sala de estar onde a panóplia de aparelhos electrónicos os rodeia.


Ainda que tenham muitas coisas nos quartos - a vida hoje é diferente e os miúdos têm o que não tivemos tal como nós tivemos o que os nossos pais não tiveram - não lhes prestam a atenção que outrora era prestada.

Recordamos o chegar a casa da escola. Era o lanche e depois... quarto! Brincar era bom. Ou então, rua.

Por falar em rua, também aqui perdemos a liberdade. O mediatismo da insegurança domina-nos e deixar brincar as crianças na rua é um luxo. Isto é, em algumas zonas e locais é possível e viável. Noutras, proibitivo. Quiçá com um adulto a vigiar.

São sinais dos tempos. Mas somos sinceros, antes os outros. Nada elimina as memórias boas que ainda hoje são recordadas carinhosamente, como o fizemos ontem quando nos reunimos em família na sala. E sim, os miúdos estavam de boca aberta. Pudera... 

domingo, 29 de maio de 2016

A relação com Maria é em tudo igual à que tive com o meu amigo imaginário

Quando era pequeno tive um amigo imaginário. Era o Rui. Ficcionei ao longo de anos a presença de um amigo que fez as vezes de um irmão que nunca tive. Sim, na minha imaginação era o meu irmão, o meu companheiro de viagem.

Não sei se todas as pessoas têm um amigo imaginário ou se é próprio dos filhos mais tristes que são os que, como eu, não tiveram irmãos.

Escrevo o texto não para vos dizer que tive um amigo imaginário (quiçá corro o risco de internamento compulsivo) mas a relação que com ele tive. O Rui foi o meu confidente, a personagem com quem partilhava os momentos bons e os menos bons ou mesmo maus. 
O Rui estava sempre lá. Não me faltava.

O Rui foi o meu grande irmão, aquela personagem gentil e presente que fez as vezes de quem nunca existiu. Preferia que o Rui não tivesse existido pois seria sinal de que eu teria sido mais feliz na minha infância.

O Rui tudo ouvia. E também me aconselhava. O Rui existia em mim. Era o tal. Ainda hoje recordo essa ficção que me ajudou nos momentos mais solitários.

Li de São Josemaria que a relação mais conseguida com Maria é em tudo semelhante à que tive com o Rui. Isso foi tão bom de ler porque, por vezes, temos algumas dificuldades de nos relacionar com o Céu.
No caso em apreço e na relação com Nossa Senhora, quiçá rezemos as Avé-Maria a correr ou sem sentir cada saudação como uma declaração de amor; outras estamos apertados e recorremos à Mãe que é auxílio dos cristãos. Mas… é estanque a relação... é curta. Não tem encadeamento.

Vejamos alguns exemplos. A consagração de manhã; o ângelus; a oração saxum; o terço… e se estivermos atrapalhados eis que lançamos uma oração. Mas o que nunca havia percebido é que a relação que posso ter com Maria é em tudo igual à que tive com o Rui.

No fundo – diz São Josemaria – «conta-lhe tudo o que te acontece». É aqui que tudo se transforma.

Penso que os meus filhos não têm um amigo imaginário. Não precisam. Mas precisam de se relacionar com Maria.

Então, é por esta via brilhante e simples que provavelmente o conseguirão.
Sim, vou falar-lhes na leitura que fiz e que a seguir publico. Sim, vou falar-lhes do Rui. Rirão certamente. Fico feliz pois será sinal que não precisaram recorrer a expedientes do imaginário para se sentirem acompanhados. E desejo muito que agarrem Maria desta forma.

Escreveu São Josemaria:

«Aconselho-te – para terminar – que faças, se o não fizeste ainda, a tua experiência particular do amor materno de Maria. Não basta saber que Ela é Mãe, considerá-la deste modo, falar assim d'Ela. É tua Mãe e tu és seu filho; quer-te como se fosses o seu único filho neste mundo. Trata-a de acordo com isso: conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a, ama-a. Ninguém o fará por ti, tão bem como tu, se tu não o fizeres.

Asseguro-te que, se empreenderes este caminho, encontrarás imediatamente todo o amor de Cristo; e ver-te-ás metido na vida inefável de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Conseguirás forças para cumprir bem a Vontade de Deus, encher-te-ás de desejos de servir todos os homens. Serás o cristão que às vezes sonhas ser: cheio de obras de caridade e de justiça, alegre e forte, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo.»

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O Céu como um tribunal onde se acumulam petições sem despacho do Juiz

Hoje na Santa Missa, entre outras coisas, pedi para Maria me ajudar a ser mais próximo e comunicativo com Jesus. Sim, oração.

Por vezes na nossa vida tem de haver um plus.

O Santo Padre na quarta-feira disse-nos da importância da oração e como exemplo deu-nos Jesus. É factual. Ao lermos os Evangelhos são-nos dados imensos testemunhos da oração profunda de Jesus independentemente da situação. Há uma constância, uma unidade na vida do Senhor que nos interpela, que nos desafia.



O Santo Padre disse que a oração não é uma varinha mágica. E não é. Quantas pendências, Senhor. Tens tantos assuntos meus pendentes e parece que não lhes atribuis importância. 
Se a oração fosse varinha mágica há muito estariam resolvidos. Imagino o Céu como um tribunal onde se acumulam processos com imensas petições e o Juiz não promove os respectivos despachos.

Muitas vezes não compreendemos a vontade do Senhor porque parece não ser a mesma que pensamos adequada. Mas aceitemos isso e a maneira de convivermos harmoniosamente é por via da oração intensa. A oração ajuda a conservar a fé em Deus. 

«Não seja como eu quero mas como Tu queres.» Eis o plus. A partir daqui nada será como antes. O objecto da oração muda e o mais importante é a relação com o Pai.

Acresce outro facto. A unidade de vida entre a criatura e o Criador carece de uma relação tão intensa quanto a de um casal. 

Olhando para nós, há uma comunicação intensa diária. Mesmo não estando fisicamente perto, entre SMS vários e telefonemas, não passa hora em que não comuniquemos. E temos certeza ser assim entre os casais. Entre troca de informação necessária a simples mas sentidas declarações afectuosas, estabelece-se uma relação com base na comunicação. Comunicar é muito importante. Talvez por isso quando chegamos a casa os assuntos estão esbatidos e não constituem em si novidade.

Pois foi essa relação que peticionei a Maria, para que a Mãe promova e patrocine e quiçá anime essa relação. Quanto mais oração, mais proximidade. É pela oração que caminhamos firmes rumo à santidade.

São Josemaria escreveu em Caminho, 107:
- Santo sem oração?!... Não acredito nessa santidade.

Um católico sem oração assemelha-se a um soldado sem armas.
Porque o Santo não nasce. Faz-se.

terça-feira, 24 de maio de 2016

«Posso ajudar? Um tercinho para o carro?»

Sim, há produtos que só se vendem em Fátima.
Sim, quando vamos a Fátima temos em mente alguns géneros ou objectos que pretendemos adquirir. Nesta derradeira viagem trouxemos dois livros e três crucifixos para termos nas nossas secretárias enquanto trabalhamos.

Um dos livros já recomendámos ontem. O outro é próprio para os jovens. Trata-se de "A missão do Francisco".


Voltando ao texto, não há mal algum nos lojistas. Faz parte. E há coisas que somente em Fátima encontramos. Aliás, a "benção dos objectos religiosos" é sinal visível de que o próprio Santuário convive bem com esta realidade. Um aparte, dois dos crucifixos foram benzidos duas vezes. Uma vez na Santa Missa e outra no Terço na Capelinha, após a Procissão das Velas. Devem estar fortíssimos com as duas bençãos :))

O problema é o critério dos lojistas e de quem adquire os ditos objectos. 

In casu, uma lojista olhou-nos e terá pensado conseguir fazer negócio. Até aí, tudo normal. Primeiro perguntou se podia ajudar. Não podia - não estavámos compradores - mas a pergunta fez sentido.O pior foi quando nos propôs «um tercinho para o carro».

É verdade. O terço é tido para muitas pessoas como uma espécie de talismã. E para alguns condutores um talismã que "dá sorte" na condução. Há a convicção que com aquele "amuleto" não há acidente possível.

Em tempos usámos um terço no carro. Deixámos de o fazer quando percebemos que não havia nele um testemunho cristão mas a convicção de que quem o usa fazê-lo como "amuleto, talismã". Alimentar essa ideia estava fora de questão pelo que abdicámos de o ter no espelho retrovisor.

É uma pena que sejam propostos "tercinhos para o carro" por parte de quem, à priori, devia ter uma formação profissional que permitisse edificar os peregrinos. 
O carro não reza terços e o terço é para ser rezado.
Reiteramos. O carro não reza terços e o terço é para ser rezado.

Podemos escrever termos no carro e escondida uma dezena. E sim, é uma companheira permanente de viagem. Quantos terços rezados com ela...

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Leitura recomendada

"Um amor escrito no céu" de Giulia Nicola e Attilio Danese foi o livro recomendado no Carmelo nesta visita. 

Versa sobre os pais de Santa Teresa de Lisieux, recentemente canonizados.

Já o temos e partilhamos com os amigos que frequentemente nos visitam no blogue.

Na net encontrámos o seguinte texto sobre Luís e Maria Zélia. 
Uma preocupação do Papa são João Paulo II era a canonização de casais santos que muitas vezes não são notados. O Papa falava em mostrar aos casais que o casamento é uma via fértil de santidade dos esposos. Então, ele queria beatificar e canonizar casais que fossem para os esposos exemplos de vida santa e intercessores no céu. A luta dos casais católicos para se manterem fiéis um ao outro por toda a vida, educando os filhos na fé do Cristo e da Igreja, torna-se uma “escola de santidade”, como foi com o casal Luis Martín e Maria Zélia,pais de Santa Teresinha.
São Paulo disse que a mulher santa, santifica seu esposo, e comparou o matrimónio com a união de Cristo e a Igreja. “Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou  por ela” (Ef 5,25). É esse amor de um pelo outro, que vai até à entrega da própria vida, que santifica o casal.
No dia 18 de Outubro de 2015 o Papa Francisco canonizou os pais de Santa Teresinha.
Foi a primeira vez que um Papa canonizou ao mesmo tempo um marido e sua esposa. Outros casais já foram canonizados, mas em datas diferentes.
Disse o Papa Francisco na homilia de canonização deles que : “Os Santos esposos Luís Martin e Maria Zélia Guérin viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus.
O testemunho luminoso destes novos Santos impele-nos a perseverar no caminho dum serviço alegre aos irmãos, confiando na ajuda de Deus e na protecção materna de Maria. Que eles, do Céu, velem sobre nós e nos apoiem com a sua poderosa intercessão”.
Outros casais já foram canonizados, como: Santos Aurélio e Natália; Feliz e Liliosa; Santa Margarida e Malcolm Camore, reis da Escócia; São Luiz IX, rei da França e sua esposa Margarida de Proença; São Tomás More e Santa Jane Colt; Santa Francisca Romana e Lourenço de Ponziani e outros beatos e veneráveis.
Luís e Zélia Martin casaram-se em 1858. Ambos haviam aspirado entrar para a vida religiosa. De carácter contemplativo, mais silencioso, Luís, nascido em Bordéus, França, em 22 de Agosto de 1823 sonhara em ser monge cartuxo. Não foi aceite por não saber latim. Voltou a Alençon, onde residia com os pais, e aí montou uma relojoaria. Zélia tentou ser religiosa visitandina, mas a Superiora logo intuiu que a jovem não era chamada à vida religiosa. Ambos foram levados a desistir da vocação religiosa. Após o casamento, permaneceram convivendo como se fossem monges. Um confessor convenceu-os a ter filhos e, assim preparar almas para o céu.
Alençon é a capital da confecção de rendas; Zélia havia realizado um curso de rendeiras e, aos 22 anos, estabelecera-se por conta própria. Ao casar, havia cinco anos que fabricava rendas. O seu negócio prosperava. O negócio de Luís era algo mais do que estagnante. Não demora em desistir da relojoaria e pôr-se ao serviço da esposa. Como tantas mulheres modernas, em toda sua vida Zélia acumulara as tarefas de mulher, de mãe e de trabalhadora.
Tiveram nove filhos: sete meninas e dois meninos. Zélia intercedia por eles: “Senhor, dá-me muitos filhos, e que eles sejam todos consagrados a ti”. Oração atendida integralmente, pois cinco filhas seriam religiosas!
Não havia nada de extraordinário na vida deste casal cristão. A sua vida era simples, decididamente voltada para Deus, que está no centro: missa diária, devoção ao Sagrado Coração de Jesus, participação em alguns movimentos de igreja… o amor entre eles era profundo. “Estou ansiosa para estar perto de ti, meu querido Luís” – escreve Zélia durante uma viagem. “Eu amo-te com todo o meu coração e ainda agora sinto redobrar minha afeição pela experiência da privação de tua presença.” 
Eles completavam-se. Tomam juntos as decisões importantes referentes ao casamento e ao trabalho. São generosos com os pobres e os infelizes.
Os dois têm um grande desejo de ser sant
os. Para isso, vivem com fidelidade suas obrigações de estado, exercendo seu trabalho e dando o melhor de si para a educação de seus filhos.
Experimentam a provação de perderem dois filhos e duas filhas ainda criancinhas. 
Desde 1864, Zélia começou a sentir os primeiros sintomas do cancro de mama que a levará para Deus em 1877. “Eu me resigno a todos os acontecimentos adversos que me vêm ou que me podem vir. Eu penso: foi Deus quem quis assim! E não penso mais nisso!”. Zélia morre com 46 anos em 28 de agosto de 1877. Teresa tem 4 anos e meio.
Depois de sua morte, Luís muda-se para Lisieux, para casa Buissonnets. Vendeu todos os negócios e dedicou-se inteiramente à educação de suas cinco filhas. 
Luís Martin tem consciência de todas as graças que recebeu do Senhor. Contou às suas filhas ter feito a seguinte oração: “Sim, sou muito feliz. Mas não é possível ir ao céu desta maneira. É preciso que eu sofra um pouco por Vós…”. Ofereceu-se. Pouco tempo depois experimentou a terrível humilhação da doença mental.
Em 29 de Julho de 1894, Luís Martin morreu tranquilamente.

domingo, 22 de maio de 2016

"Eu estarei sempre convosco"


Foi com enorme entusiasmo que no Carmelo nos contaram a novidade: novo milagre eucarístico, agora na Polónia.

Depois de ouvirmos no locutório toda a história misteriosa deste milagre - tão espantoso - vivemos de forma ainda mais intensa a Santa Missa.
Não sabíamos. Vamos partilhar convosco citando a fonte: gaudiumpress.org 


O Bispo de Legnica, Polónia, Dom Zbigniew Kiernikowski, certificou no dia 17 de Abril que um facto registado no Santuário de San Jacek em Legnica "tem as características distintivas de um milagre eucarístico". 

Depois de uma rigorosa investigação, o prelado afirma o caráter sobrenatural do facto que comunica novamente a doutrina da Presença Real de Jesus Cristo na Hóstia consagrada no Sacramento da Eucaristia.


Tecido de coração humano

O milagre ocorreu no Natal de 2013, quando uma das Hóstias que se distribuía na comunhão caiu no chão e foi depositada num recipiente com água para que se desfizesse naturalmente (um dos procedimentos habituais recomendados para esses casos). A Hóstia, ao invés de diluir-se, exibiu uma mancha vermelha com uma textura estranha, o que motivou a investigação do Bispo, que estabeleceu uma comissão para determinar a natureza do facto.

Em Fevereiro de 2014 levou-se um fragmento da Hóstia a várias avaliações forenses, chegando-se à conclusão de que "na imagem histopatológica se encontrou que os fragmentos contêm partes fragmentadas do músculo estriado transversal, similar ao músculo do coração", segundo informou Religión en Libertad. Os especialistas determinaram que o tecido analisado era humano e correspondia a uma pessoa submetida a um alto grau de tensão e sofrimento.

O caso ainda foi submetido a uma consulta realizada pelo Bispo à Congregação para a Doutrina da Fé na Santa Sé, instituição que estabeleceu a idoneidade da veneração pública do milagre com a exposição dos factos ligados ao acontecimento. Após receber este parecer, o pároco do Santuário foi autorizado a expôr a Hóstia numa Capela, junto à descrição do facto sobrenatural.


O Bispo pediu que se ofereça aos assistentes ao lugar "informação pertinente" e uma "catequese sistemática que forme adequadamente a consciência dos fiéis no culto eucarístico". O Santo Padroeiro do Santuário, São Jacek, justamente foi um notável pregador da Eucaristia, pelo qual se representa com o Sacramento em suas mãos. "Espero que tudo isto sirva para aprofundar no culto da Eucaristia e tenha um inconfundível impacto na vida das pessoas que se aproximam da relíquia. Uma expressão particular da bondade e do amor de Deus", afirmou o prelado.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Até quando?



ADOPÇÃO GAY    ABORTO    PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA    PROSTITUIÇÃO

                    EUTANÁSIA               MUDANÇA DE SEXO      BARRIGAS DE ALUGUER

Ontem escrevemos um texto que trouxe confusão. Hoje, confusão trazemos. 
Qual a relação das duas publicações? Alguma.

Quando nas comunidades se "vai andando", é mau. O Senhor merece mais que "ir andando", já o escrevemos. Enquanto uns "vão andando" outros há muito vão "trabalhando". E devagarinho, pé ante pé, chegaram ao objectivo inicial. Essa é a diferença.

Costumamos dizer que devemos ser um misto de Martas e Marias. Nem totalmente contemplativos nem o inverso. E, ainda que saibamos qual é a melhor parte da escolha, não devemos baixar os braços em profunda tibieza que em si mesma mais não é que uma silenciosa cumplicidade com o status quo.

Nem mais. A esquerda trouxe para a agenda política todos os temas fracturantes e, um a um, vão sendo aprovados para gáudio das galerias em simultâneo com sucessivos murros no estômago nos cristãos.
Mas se é verdade que a esquerda os traz, não é menos verdade que alguma direita os consente. Vide quem aprovou as barrigas de aluguer.

Mas ao fim e ao cabo parece que ninguém nota. Os católicos observam da bancada, não se manifestam. Os sacerdotes evitam falar nos temas. Faz de conta que os temas em causa não existem. Mas faça-se de conta porque na verdade eles estão aí. Um silêncio ensurdecedor que incomoda.

Queridos amigos, não podemos ter o melhor de dois mundos mas será estranho que nos mostremos amorfos, pálidos, doentes, com manifesta falta de vigor.

Há muitos modos de ser-se operativo. Os católicos devem intrometer-se na política, na sociedade, em tudo. Onde há vida, um católico. Onde há tema, um católico. Onde se ouve respirar, um católico.

Católicos convictos e cientes da doutrina, dos valores cristãos. Católicos íntegros e com unidade de vida. Católicos sem respeitos humanos. Católicos que o sejam em qualquer circunstância, assumindo a sua condição independentemente do ambiente. Católicos que protestem contra as injustiças. Católicos que se mobilizem. Católicos que saiam para a rua quando necessário como os outros fazem. Católicos que escrevam. Católicos que discursem. Católicos que testemunhem. Católicos que defendam a Família. 

Entendamos que a grande diferença - além da doutrinária - dos que "vão andando" dos que "trabalham" é essa: os segundos foram e são operativos e contam com a resignação dos primeiros que até aqui têm sido bons rapazes. 
Até quando?

terça-feira, 17 de maio de 2016

Os suspeitos do costume

Os suspeitos do costume, por mais que tentem, não furam.

Ainda que ouçam promessas de abertura e lhes seja sugerido maior participação na vida activa, os suspeitos do costume encontram blindagem. E é uma pena.

Disse António Vitorino que «não há festa nem festança onde não esteja a Dona Constança». É verdade.

E também é verdade que não há comunidade que não tenha as suas Constanças, o seu núcleo duro, impenetrável.

Sim, "os mesmos de sempre". Estão em todas. Opinam sobre tudo. Vetam e promulgam. Decidem ou inclinam à decisão.

Dir-se-á que a orquestra tem sempre o mesmo ritmo porque o maestro não muda. E assim se caminha rumo a um horizonte fechado que paradoxalmente se diz aberto.

Mas note-se que os suspeitos do costume não o são de mãos vazias. Procuram abrir, quiçá furar. Propõem. Contudo, as dinâmicas que pretendem são outras e implicam, muitas vezes, que muitos se desinstalem. E por via disso, esbarram na aludida blindagem.

sábado, 14 de maio de 2016

Paulo, um apóstolo moderno

Escreve São Josemaria sobre o tema "estudo" no Ponto 335 do livro Caminho que para um apóstolo moderno, uma hora de estudo é uma hora de oração.


O mesmo Santo no livro Via Sacra, XIª estação, escreve o seguinte: «Antes de começares a trabalhar põe sobre a tua mesa, ou junto dos utensílios do teu trabalho, um crucifixo. De vez em quando lança-lhe um olhar... Quando a fadiga chegar, fugir-te-ão os olhos para Jesus e encontrarás nova força para prosseguir no teu empenho.»


São Josemaria tinha sempre na sua mesa de trabalho o crucifixo.


Um jovem com formação cristã estudava ao meu lado. Eu de volta de uma conferência e ele, presumo, de volta das matemáticas. A determinado momento lancei um olhar sobre a sua mesa. Uma folha de papel com um lápis, um computador, um estojo e... o crucifixo. 

Sorri. Perguntei o nome e pedi para dar testemunho dele próprio sem que, no entanto, revelasse o nome e o local onde com ele estivera. Acedeu.

Paulo, nome fictício. O Paulo estuda como um apóstolo moderno. Concentrado. É dos alunos que ao Sábado e Domingo é tão responsável ou mais quanto nos dias de semana e não descura o estudo. É o seu trabalho.

Mas o mais precioso é que este apóstolo moderno tem notoriamente uma vida interior que se toca. Que grande exemplo me deu; a mim que na secretária tinha um código, um computador e apontamentos. Eu não tinha um crucifixo. E isso fez-me pensar. Uma lição de um miúdo que trabalha e pensa como gente grande.

O Paulo mostrou-me que faz o que deve e está no que faz; mostrou igualmente ser um apóstolo moderno e, por fim, que quer ter Jesus perto dele.

Lembrar-se de Deus no trabalho nem sempre é fácil. O crucifixo sobre a mesa pode ajudar a dirigir o pensamento ao Senhor enquanto continuamos as nossas tarefas. Assim fazia São Josemaria. Assim podemos fazer nós.

Ao Paulo o meu agradecimento pelo testemunho dado e igualmente por me permitir escrever este texto que será lido por muitas pessoas que, não duvido, irão meditá-lo. Por ora, foi tema de conversa na nossa família durante o jantar.

Last but not least, uma palavra de apreço aos pais pela educação cristã.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cuidados no casamento

Nota prévia: O texto vai ser escrito como se fosse direccionado ao homem como marido. Faça-se uma interpretação extensiva. 

A relação familiar tem de ser cuidada, cultivada.
E quer no homem, quer na mulher, os alertas devem estar sempre presentes.

Vamos envelhecendo. Nada há que impeça esse facto. Não somos mais os jovens de outrora. 

Mas sempre se diria que os leitores mais novos devem igualmente adaptar este texto à sua condição.

À nossa volta existem e existirão sempre mulheres. Lidamos com elas no trabalho, nos eventos sociais, nos ginásios e em tantas outras circunstâncias. Mulheres fantásticas, bonitas, jovens, sem rugas, sem celulite e sem cabelo branco. Mulheres bonitas e atraentes. 

Mas cuidado! Muito cuidado com as intimidades. Muito cuidado com as ocasiões. 

Entendemos que os "beijinhos" devem ficar reservados para o casal. O cumprimento com a mão parece sensato e suficiente. Hoje todos se cumprimentam com um ósculo. Parece algo corriqueiro, trivial, banal. Mas se pensarmos um pouco é um gesto a reservar para quem é manifestamente especial.

Também é fundamental termos sempre colocada a nossa aliança. Ela é sinal para dentro e para fora. Pensemos o que ela significa e pensemos na aliança que firmámos com a nossa mulher. 
A aliança não deve ser adorno ou memorial. Seja sinal vivo e presente da nossa aliança com alguém. 

O nosso coração sempre guardado para a nossa mulher.

Outro ponto de luta é o guardar da vista. Deve estar sempre presente e erradicar imaginações que disso não passam mas que firmam desejos.

Alerta-se igualmente para as virtudes da fortaleza e prudência. Não fiquemos em risco.
Por exemplo, em determinadas circunstâncias e se necessário, devemos mudar de sala, de local, de ambiente.
Não demos relevância ao que a consciência nos vai dizer: «Irão levar a mal. Irão falar. Irão comentar.» 
Paciência. Se for preciso, explicamos. Essa "ética" não pode ser uma oportunidade para nos colocar em causa. 

A este propósito e com muito respeito pelos inúmeros exemplos respeitosos existentes, também os há aqueles que terminam de outra forma. 

Cuidado com as situações que nos colocam em perigo. Notemos com clarividência que situações menos próprias não acontecem apenas aos outros, porque os outros são como nós. Estamos todos sujeitos.

Lembremos sempre aqueles casos académicos (sempre académicos) de um serão após outro que conduz a um jantar e neste um bom vinho. Findo e por mera cortesia o levar a casa o outro que, também por extraordinária cortesia, nos convida a subir. Perante o convite ditam as regras de cortesia aceder ao mesmo. Ponto. Ficamos por aqui.

A idade traz-nos algumas coisas mas nos traz castidade. Que sempre impere o amor, sensatez e unidade de vida. O nosso coração guardado para a nossa mulher.

Mas não basta o exercício daquelas virtudes. Há comportamentos a ter que ajudarão e muito a que olhemos sempre a nossa mulher com agrado. 
Alguns exemplos. Não devemos abandalhar o ambiente familiar. Quer ao nível da linguagem como ao nível da indumentária. Em relação à linguagem, saibamos ter classe. Em relação à indumentária e ressalvando todo o respeito por quem o faça, não é agradável à vista andar em casa de chinelos, pantufas ou calças de fato de treino. Não é agradável à vista as mulheres não se cuidarem, não colocarem uma pintura e não colocar o cabelo arranjado. E muito menos o perfume que lhes oferecemos. Sim, o tal.

Cuidar de nós para captar a atenção do outro. Esse é o truque. E se temos o outro "preso" ao nosso encanto, não irá certamente procurar "amizades" fora de casa.

Resumindo. Muito cuidado com os ambientes. Não nos coloquemos a jeito.
Por outro lado, charme e encanto.

Este foi um texto diferente. Poder-se-ia ter ido mais além. Ou quiçá aquém.
É um assunto realista e alvo de meditação em vários fóruns. Que edifique.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

“Voam pratos”, diz o Papa. Por vezes voam. Faz parte.



É cada vez mais assumida a relação comportamental dos pais com o sucesso académico dos filhos. Ela não se baseia em estudos profundos ou dissertações maravilhosamente escritas.

Essa relação baseia-se em experiências familiares concretas. Nomes concretos. Pessoas concretas.




“Voam pratos”, diz o Papa. Por vezes voam. Faz parte.
Todavia, muitos pratos a voar já não faz parte.

Por outro lado, o estilhaçar da louça – quando ocorre – não deve ser ouvida pelos filhotes que tudo absorvem. A Exortação Apostólica do Santo Padre é absolutamente fantástica e promove descobertas. Recomendamos a sua leitura.

Assuma-se por favor que muito do insucesso escolar tem origem na instabilidade familiar. Muitas discussões e quiçá reiteradas promovem uma instabilidade enorme. Os divórcios e separações de facto promovem uma enorme instabilidade emocional nas crianças.

Resumamos: tudo o que afecte os pais afecta os filhos por via do amor que estes sentem àqueles. O clima de guerrilha afecta-os. Cuidado!

A cegueira de muitas guerrilhas é prova absoluta do egoísmo e da ausência de valores e virtudes. É imperativo ler o Capítulo IV da Exortação Apostólica Amoris Laetitia e absorver devagarinho (mastigar lentamente) o que nos é dito pessoalmente pelo Papa. Escrevemos «pessoalmente» com um propósito.

Não somos pessoas fantásticas. Somos pessoas. Apenas pessoas. Todas com virtudes. Todas com defeitos.

Mas há algo que sabemos: todos somos dotados de inteligência Aprendamos a viver o amor, a descobrir o amor, a redescobrir o amor. O amor não é sentir. Não é e nunca foi.
Adolescência? Não era amor. Essa paixão de outrora derivou para algo profundo que chamamos «amor».

Saibamos amar e ver no outro o alvo mais apetecido para fazê-lo. E se o fizermos o outro sentir-se-á amado e feliz. Ah! Os outros (os filhos) sentir-se-ão estáveis e essa estabilidade ficará espelhada na pauta de notas. 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

As crianças na Missa

Há uns dias a Família Power publicou no seu blogue Uma Família Católica um texto muito giro e muito pertinente sobre a presença das crianças na Missa.

Não vamos acrescentar nada. O texto deve ser lido.

Todavia, sempre faríamos duas considerações.


A primeira. Mal de nós se não acolhermos as crianças na Missa.
Mal de nós se não abraçamos as crianças na Missa.

Elas são o testemunho vivo do amor dos seus pais. 
Elas testemunham igualmente a existência da Família tradicional. 
De que nos vale criticar a mentalidade dominante se depois ficamos incomodados se uma criança perturba a Missa?

Sim, por vezes gostaríamos de ter silêncio e não podemos ter porque alguma criança faz barulho. Pois, é normal. São crianças...  Demos graças a Deus por elas e ofereçamos ao Senhor esse momento.

Vamos escrever - e como segunda consideração - o que verdadeiramente nos perturba na Missa.

Perturba-nos quem está na Missa de perna traçada como se estivesse no café.
Exmas. e Exmos. das nossas comunidades, acaso estariam assim diante de um Chefe de Estado? E de um Rei? 
Então porque estais assim diante do Rei dos Reis?
Sabe bem a perna traçada... a nós também. Eis uma boa mortificação: pernas direitinhas na Missa.

Perturba-nos quem durante a Missa lê apps noticiosas no telemóvel ou lê/escreve na rede social Facebook
Diz São Josemaria: «Faz o que deves e está no que fazes». Saber estar na Missa é fundamental. E a renovação do sacrifício de Jesus pede mais que redes sociais ou notícias de Domingo. 
Caramba, não faltará tempo para colocarmos a nossa cultura mais enriquecida e a nossa mega rede cheia de likes.
Devemos dar mais de nós sob pena de sermos medíocres até na celebração da Eucaristia.

Perturba-nos  quem está na Missa em plena converseta. Reiteramos aqui o que escrevemos no parágrafo anterior.
Mas o rídiculo atinge o seu expoente máximo quando interrompem a converseta para dizer (não escrevemos rezar) a oração que por acaso (só por acaso...) é dita naquele momento. Finda a oração retomam a converseta. 
Ok, é um mini break inoportuno, sabemos. A oração vem sempre em má hora... que aborrecido.

Perturba-nos quem não desliga o telemóvel (perturbando os outros) e atende-o quando toca. 
Na Missa? Sim, na Missa.  
Uns dizem: "Estou na Missa, agora não posso falar". Se não podem falar por que atendem?
Um absurdo.
Outros deixam o telemóvel tocar e saem em passo de corrida. Até chegarem à porta o telemóvel não cessa de tocar. Isto é perturbador.

Perturbam os grupos organizados que estão "obrigados" (nunca compreendemos esta regra da rapaziada se apresentar uma vez por mês para animar a Eucaristia e depois desaparecerem por três semanas) a uma Missa mensal e comungam sempre sem que ninguém lhes ensine estarem em pecado mortal. É uma pena não saberm o mais básico da doutrina. Estamos perante matéria grave que carece de confissão. Ou não... já não sabemos. Modernices.

Por último, perturba quem na fila para a comunhão cumprimenta quem encontra. Há quem aproveite o momento para perguntar se o outro está bem. Outros fazem uma mini converseta que por regra é uma graçola, a ver pelos sorrisos que a mesma gera. Perguntamo-nos se sabem onde estão, o que fazem e ao que vão. 

Perante isto... alguém ousa criticar as crianças na Missa?

Crianças na Missa SEMPRE! Muitas! 
Encham os bancos com as famílias pois assim testemunham o amor.
Fica o desejo: cada vez mais famílias numerosas nas igrejas e na celebração da Santa Eucaristia. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Amoris Laetitia

No Sábado passado o Expresso, na Revista, publicou um texto sobre o Papa.

Li-o com sentido crítico e não concordo com a totalidade do teor da crónica. Percebi claramente o texto. Ponto.

Muito se escreveu e muito se escreverá sobre a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. E porque a Exortação menciona alguns temas concretos eis que a interpretação extensiva veio a terreiro.

Lembro o dia em que se soube da publicação e os alertas que o meu telemóvel recebeu das app noticiosas. A sensação - e passo o exagero - de "open space" foi total. Qual a relação com a realidade? Pouca ou nenhuma.

Também reparei que se gosta muito de extraír uma frase e isolá-la e dela se partir para uma construção. Errado. 


A frase faz sentido quando enquadrada no seu próprio contexto. Tudo o mais que se faça é, entendo, abusivo.

Concluindo, o texto deve ser lido e não contado. E deve ser lido com critério. E deve igualmente ser lido com a necessária humildade de nos questionarmos sobre algum ponto. Ser juiz em causa própria é mau conselho.

Por outro lado, o texto deve ser lido devagar. Muito devagar. E depois de ler, reler.
É preciso mastigar a Exortação. Quem a lê em passo de corrida não a compreende e dela pouco ou nada reterá.

Depois, usar um critério de leitura. Nós por cá alternamos os aspectos teóricos com os aspectos práticos. Por exemplo, lemos o Capítulo I e o IV alternadamente. E seguiremos esta linha.

Por falar no Capítulo IV, extraímos muito dele. Parece que o Santo Padre nos fala directamente. Parece que foi tudo escrito para nós. Parece? Não, foi .

Impressiona como os temas são actuais e como se enquadram nas nossas vidas. 
Seria suposto? Claro que sim. Os pratos voam em qualquer família.

Exortamos à leitura de Amoris Laetitia a todas as famílias. São muito bons os ensinamentos e a vida conjugal e familiar pode sair beneficiada. Aliás, esta Exortação pode mudar vidas. Leiam e depois pensem um pouco e verão que nada exageramos com esta afirmação.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

A Bíblia é para folhear

A Bíblia é para folhear. Aliás, a Bíblia deve ser o livro mais folheado de todos os livros.
A Bíblia tem a palavra viva e sempre actual de Deus. Está tão actual como há dois mil anos atrás.

É verdade que praticamente todos os católicos a têm; mas têm-na muito arrumadinha na estante. 


Outras vezes está no suporte próprio e aberta. Mas se hoje está na página 125 não é menos verdade que daqui a uma, duas e três semanas ainda estará na dita página 125. Está em exposição como se fosse mais um elemento decorativo da casa.

Na nossa opinião a Bíblia deve estar exposta sim porque dá testemunho para dentro e para quem entra de que a nossa casa é um lar cristão.

Mas deve ser folheada, até "gasta". Quiçá anotada por nós. Os livros que mais gostamos de reler são os anotados pelos nossos punhos pois têm sempre algo que um dia entendemos muito importante e quisemos perpetuar essa indicação. Pois a Bíblia deve ser lida muitas vezes, folheada e quiçá anotada.

Não é menos verdade que os pais ao fazerem-no educam os filhos. Agora vêem e guardam o ensinamento. Mais à frente serão eles a fazê-lo e mais tarde a ensinar.

Mas mais que folhear, a Bíblia deve ser lida em voz alta para que a palavra viva seja acolhida e meditada por todos.

Outro cuidado que deve haver é procurar que a Bíblia esteja sempre aberta no Evangelho do dia. Deverá haver o supremo cuidado de o saber por via a preparar a palavra na véspera antes de dormir ou mesmo no dia, de manhã cedinho.

Colocamos novamente uma fotografia que havíamos colocado numa publicação antiga. É a nossa Bíblia exposta no suporte próprio. Não está na página 125.

domingo, 1 de maio de 2016

Dia da Mãe

A nossa Missa de Domingo foi numa Paróquia que não é a nossa. Um Sacerdote com idade avançada que se revelou enormemente jovem. 
Fez uma homilia que tocou questionando-nos individualmente como vivemos a comunhão.
Pensámos com o Sacerdote. Qual o nosso sentido de comunidade? Ficamos felizes cada vez que entramos na nossa Paróquia e vemos os nossos irmãos ou olhamos para eles com olhar indiferente?
E ficamos felizes quando vemos aquele irmão que por motivos alheios à sua vontade ou doença volta ao convívio comunitário?
Somos pessoas de paz e por ela transmitimos a quem nos rodeia a pacificação que vivemos? 


E em casa, revelamos na família essa paz?
Ser pessoa de paz não significa pessoa de pasmaceira. A paz é comunicada com atitude. Se não a tivermos na nossa casa e no nosso coração não conseguiremos nada de brilhante para fora. Melhor será parar, meditar e operar uma conversão que necessariamente urge.

Outro pormenor que notámos foi uma irmã nossa que na altura do ofertório a cada oferta agradecia como se a mesma fosse para si. Tocou-nos aquela sensibilidade. A senhora teria os seus 70 anos. E sim, agradecia como se fosse para ela porque com toda a certeza qualquer oferta para a sua igreja era para si. Eis o sentido de comunhão colocado em prática.

Porque falamos desta senhora? Porque por regra não vemos esta sensibilidade. Vemos por regra pessoas que prestam o serviço com o mesmo semblante, sem sorrir ou sem emitir uma palavra. Algo impessoal de quem não sente a igreja como sua, algo de si, uma casa que também é sua, um serviço que deve ser vivido. Se não encontramos Deus nas coisas mais pequenas não o encontraremos nunca. É no pequeno que nos santificamos.

Se nós reparámos nesta senhora imagine-se quão reparada é por Deus...

Sejam muito agradecidos estes paroquianos pois além de uma igreja muito bela têm um pastor com uma enorme dimensão espiritual.

Dia da Mãe neste primeiro Domingo de Maio. Um olhar terno à Mãe de todas as mães e uma acção de graças pelas nossas mães e por cada mãe de família. Acção de graças de igual modo pelo nosso querido Padre Gonçalo Portocarrero que hoje celebra mais um aniversário.

Noite no CCB

Uma noite diferente. Tal como antes escrevemos, é importante (permitam, fundamental) existirem momentos para o casal.
Os casais precisam ter momentos a sós. E se os ocuparem devidamente, tanto melhor.


Os filhos ficam nos avós e ficam muito bem, além destes muito agradecerem. E os casais que promovam uma saída a dois por mês afastam essa coisa chamada "rotina" que é uma espécie de bicho invisível que faz o seu trabalho destrutivo paulatina e silenciosamente.


Esta noite fomos ao CCB assistir à apresentação de "Ensemble", o novo disco do Maestro Rui MassenaE que espectáculo! Muito bom. Maravilhoso!
O Grande Auditório esteve cheio para ouvir e aplaudir o Maestro e a Orquestra que o acompanhou. 
Uma noite diferente, fantástica.