Família em Movimento

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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Renúncias e Orçamento familiar


Como coexistir um orçamento familiar de uma família numerosa com a prática de piedade que se concretiza na ajuda material?

Podemos pensar que numa família – numerosa ou não – e de acordo com o rendimento disponível é praticamente impossível dispor de um montante para ajudar pessoas e/ou instituições.
Mas não é bem assim. Na realidade, podemos fazer muito com pouco.

Existem práticas de piedade que estão condicionadas ao rendimento disponível. É suposto que quem tem maior rendimento possa dispor de mais para ajudar. Quem tem menor rendimento também o pode fazer na proporção e no intuito que se predispõe fazer.

É consabido que devemos fazer um orçamento familiar mensal para não sermos apanhados desprevenidos. 

É consabido que devemos acautelar as despesas correntes e atender às necessidades do nosso agregado.

Mas como é possível fazer muito com pouco, é possível às famílias com menor rendimento disponível cooperarem com os outros. Tal pode ser feito através de renúncias.

Na nossa família, que é numerosa, atendemos a este critério e fazemos o seguinte: por cada privação (que tem um custo associado), alocamos o valor para uma caixa por via a realizarmos esta prática de piedade.

Um exemplo prático. É normal apetecer beber um café de manhã ou quiçá comer um bolo. Uma mortificação não nos faz mal algum e a renúncia faz-nos crescer. O custo que se teria com a despesa é pois alocado para a prática de piedade. Anotamos e no fim do dia colocamos na caixa o valor correspondente à privação. No caso do exemplo dado a renúncia do café e bolo seria sensivelmente no valor de € 1,40.
Se multiplicarmos estes pequenos valores e/ou outros oriundos da nossa privação por 30 dias do mês… teremos uma simpática quantia para ofertar.
No final do mês o que a caixa contiver é dado.

É pouco? Não. Tem a grandeza da renúncia, sacrifício e privação.

Conheceis a história da “oferta da viúva pobre”?

Lucas 21, 1-4.
“Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas.
Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre.
E disse: "Afirmo que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros.
Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver".”

O importante aos olhos de Deus é o amor com que se faz a renúncia, o sacrifício… dar tudo o que para nós é importante educa a alma e aproxima-nos do Pai.

Deixamos a sugestão. Não colide com o orçamento familiar. Como se prova, do pouco pode fazer-se muito

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