Gosto imenso destes Sábados. De manhã, mantemos a rotina. Saímos pelas oito horas em ponto para beber o café e trazemos pastéis de nata para as meninas e uma delícia/palmier/russo para o mais velho.
Depois vamos comprar o Expresso.
Mas de quando em quando o Sábado diferencia-se porque saio com o filho mais velho pelo meio da manhã e rumamos ao escritório. Eu trabalho e ele estuda.
Pela hora do almoço vamos a um restaurante que gostamos particularmente e falamos de tudo. É importante que nesta idade de adolescência o pai (e a mãe) seja(m) uma referência positiva. Eu aprecio e ele aprecia. Falamos, rimos, comentamos, ouvimos... tudo nestes benditos Sábados. Só nós os dois.
Hoje, ele quis provar o moscatel de Favaios que pedi para acompanhar o café. Achei giro. Faz parte. Prefiro assim que ter um filho a esconder-me coisas.
Disse-lhe o que penso. Imagino-o (e às irmãs) um dia mais tarde a ganharem asas porque faz parte. Mas levam com eles uma mochila cheia do que lhes demos em duas décadas para enfrentar a vida. Uma mochila cheia de tudo para que tenham critério, sejam bons católicos, sejam pessoas com envergadura.
Depois do almoço disse-lhe que gostava muito de estar a sós com ele e ele devolveu a elegância. É importante comunicarmos o que sentimos. Ele tem de sentir o que sinto porque o que sinto é demasiado grande para conter cá dentro, só para mim.
Mais tarde, ele rumou ao Xénon e eu regressei ao escritório (onde escrevo este texto) até à noite para depois, ao final do dia, rumarmos a casa e encontrarmos a família que nos espera para aquele abraço bem bom.
Findo. Se um dia o tivermos conseguido, já terá valido a pena. Apontamos-lhes o Caminho. Que voem...
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