Família em Movimento

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domingo, 28 de maio de 2017

Ensinamentos do livro "Viver a Missa" - II



Preparação para a Santa Missa

São Josemaría costumava dividir o dia em duas partes: uma para dar graças pela Missa que tinha celebrado, a outra para se dispor para a celebração da Missa do dia seguinte.

Dizia: “Procuro que o último pensamento de cada dia seja de acção de graças ao Senhor por ter celebrado a Santa Missa nesse dia; e digo-Lhe «Senhor, dou-Te graças porque pela tua misericórdia, espero voltar a celebrar a Santa Missa amanhã»”.

E acrescentava: “Com o tempo, começarás a preparar a Santa Missa a partir do meio-dia da véspera porque até esse momento terás estado a dar graças pela comunhão e a Missa a que tiveres assistido nesse dia. Todo o teu dia será uma Missa, e assim não terás dificuldade em guardar a vista, em não ouvir determinadas coisas, em mortificar os restantes sentidos, em conter a imaginação. Tudo se torna mais fácil quando colocamos a Missa no centro da vida interior.

Os primeiros cristãos aguardavam, com preparação esmerada, pelo dia ou o momento da celebração da Missa.

Uma característica do homem apostólico e da mulher apostólica é amar a Santa Missa e muito concretamente tomar consciência de que a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja.


Revestirmo-nos de Cristo

A melhor maneira de nos abrirmos à fruição dos tesouros eucarísticos consiste em nos metermos a fundo nas cerimónias.

Na administração dos Sacramentos, o sacerdote age e fala in persona Christi. Nos sagrados mistérios ele não representa a si mesmo e não fala expressando-se a si mesmo, mas fala pelo Outro, por Cristo.

Dizia São Josemaría: “Ao chegar ao altar, a primeira coisa que penso é:«Josemaría, tu não és Josemaría Escrivá de Balaguer (…), és Cristo. Todos nós, os sacerdotes, somos Cristo. Eu empresto ao Senhor a minha voz, as minhas mãos, o meu corpo, a minha alma; dou-Lhe tudo. É Ele que diz “Isto é o Meu Corpo, isto é o Meu Sangue”, é Ele que consagra.”

O sacerdote, como pessoa, desaparece.

Convém-nos muito a todos – e não só aos presbíteros – insistir cada vez mais no rigor da liturgia. É impressionante verificar que, no Antigo Testamento, Iavé indica a Moisés como devem ser as vestes e os objectos dedicados ao culto divino. O Senhor desce a pormenores muito concretos.

As orações recomendadas ao sacerdote quando se reveste dos paramentos explicam detalhadamente que ele deve colocar todo o seu ser ao serviço do ministério que lhe foi confiado por Cristo. E a meditação destas palavras na oração pessoal poderá ter grande proveito para a vida espiritual.

Também os fiéis têm alma sacerdotal que receberam do Baptismo, e também eles devem praticar as mesmas virtudes que os sacerdotes. “Se actuares - viveres e trabalhares -, face a Deus por razões de amor e serviço, com alma sacerdotal, ainda que não sejas sacerdote, toda a tua acção adquirirá um genuíno sentido sobrenatural, que manterá a tua vida inteira unida à fonte de todas as graças”, está escrito no Ponto 369 do livro Forja.


  
FEM partilha breves trechos salteados (ipsis verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría, resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar, por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.

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