Família em Movimento

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sábado, 21 de janeiro de 2017

Quem não é de cena, sai de cena!

Ensina São Josemaria no Ponto 132 de Caminho: Não tenhas a cobardia de ser "valente", foge!

O capítulo onde se insere - por via a percebermos o contexto, é o da pureza, da santa pureza.
É um conselho aparentemente inócuo. Será?
Não é. É tudo menos inócuo. Sem prejuízo de melhores considerações e interpretações, permitimo-nos escrever a nossa. 



Nos mais diversos ambientes, nas mais diversas ocasiões, somos tantas vezes colocados à prova. Isso acontece no trabalho, nos eventos sociais, entre amigos, e por aí fora. Há situações das quais devemos fugir porque não são para nós.

Sustar em determinado ambiente por uma pseudo valentia significa, no limite, dialogar com o pecado. E quando dialogamos com o pecado, quando estamos a paredes meias com ele, quando nos colocamos em situação de fronteira, o perigo é iminente, está presente, ladeia o herói da estória que, num ápice e sem se aperceber, se torna o vilão negligente.

Quando ele "cheira" que o ambiente não é para ele, sai. Quem não é de cena, sai de cena!

Antes que a imaginação flua em sentido proibido, ocorra a fuga.

Disse-nos um amigo que, em gozo de férias com a mulher, encontraram uma amiga dela que, por sinal, estava demasiado produzida. O tipo pisgou-se educadamente criando uma situação para gentilmente sair da cena. A mulher deste nosso amigo não sabe o marido que tem. O que ele fez não foi mais nem menos que não se pôr a jeito. Respeitou-se e à mulher. Não cedeu à tentação, não deu largas à imaginação e cerrou os olhos ao que seria, inevitavelmente, causa de pecado. Um tipo às direitas.

Ilustramos desta forma este conselho de Josemaria Escrivá e parece-nos importante escrever, partilhar, gerar reflexão aos nossos amigos que nos lêem.   

É óbvio que podemos reflectir os outros ambientes, nomeadamente o local de trabalho ou outros que nos coloquem em situações de eventual perigo. Por exemplo, quantas conversas que não são para nós. Quantos ambientes em que ou se diz mal ou se fala do que não se deve. Fugir dali é o mais sensato.

Outra coisa que parece ser importante escrever são os almoços com amigos ou colegas. Atenção que há sempre alguém encantador (às vezes encantador e do piorio quando no ambiente natural junto dos seus) no meio dos ambientes que frequentamos. Sabe falar, é meigo(a), sorri como ninguém e ainda nos elogia. Um encanto. Suspiramos... voltamos a sentir coisas que já pareciam ter desaparecido. Um almoço hoje, outro amanhã. Depois do amanhã, um copo no fim do trabalho. E no dia imediatamente a seguir uma confidência, uma partilha, aquele sorriso que não sairá do pensamento nas próximas horas. E depois... depois já concluímos todos. O que fazer? FUGA! Esta não será certamente a nossa cena. Pertencemos a outra. Por muito encantadora e atractiva que seja, outros valores se levantam. Fuga imediata. Quem não é de cena, sai de cena. E por vezes pela porta das urgências.

- Ah!... mas o que irá pensar se declinamos?

Que se lixe - literalmente!! - o que vai ou deixar de pensar. Temos uma família que está em primeiro lugar e a melhor forma de a salvaguardar é não ceder. E sim, o que vai ou deixa de pensar é para o lado que dormimos melhor. Educadamente, declinamos. E saímos.  

Não tenhas a cobardia de ser "valente", foge!

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