Família em Movimento

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

«Acostuma-te a dizer que não»

A frase é de SJM no Ponto 5 do livro Caminho e foi alvo de uma singela meditação.
A frase está escrita em sentido lato. Compete-nos discernir o que SJM quis transmitir.


Ou por respeitos humanos ou por melindre dizemos SIM muitas vezes às pessoas que nos rodeiam na vida social ou no trabalho, para coisas e actos que em nada nos edificam e em nada acrescentam. E se acrescentam é negativamente. O que dirão de nós? Esta é, por via da regra,  a pergunta que nos melindra; para não beliscar a relação ou mesmo o que os terceiros pensam de nós, acedemos e dizemos reiteradamente SIM a tudo.


Em segundo lugar, SJM também nos quer falar da própria tentação. Diz-nos o Santo para não dialogarmos com ela.
Quando surge uma tentação há sempre uma escolha. Ela (tentação) é-nos apresentada e temos sempre a capacidade e a possibilidade de escolher. E muitas das vezes tentamos encontrar uma justificação para ceder à própria tentação, quando sabemos que aquela acção é efectivamente . Caso contrário não tentaríamos justificá-la.

Por outro lado, num outro plano ligado à tentação, ouvimos muitas vezes, aqui e ali,  dizer-se tranquilamente que se pecar, confesso-me depois ao padre.
O padre, na confissão, é meramente instrumental. Neste e nos demais sacramentos. De qualquer das maneiras, é mau e prejudicial este pensamento. No limite revela ausência de amor a Deus. É verdade que ao pecarmos temos necessidade de nos confessar para estarmos em graça. Sem embargo, a premissa não pode ser essa. A premissa é - antes - a luta. É sobre a luta que o sacerdote nos questiona no confessionário. Lutaste?

O lutar é aquela decisão livre de uma escolha que nos é dada... quando somos seduzidos pela tentação temos sempre a possibilidade de a aceitar e aí dizemos sim, consinto; ou  temos a possibilidade de recusar, e dizemos não, não consinto. E quando dizemos não, não consinto, estamos a lutar. Provavelmente, a tentação vai ao encontro daquilo que nos apetece, daquilo que nos sabe bem, daquilo que efectivamente nos dá prazer. Mas lutamos contra tudo isso.
E se lutamos, lutamos por amor a Deus.

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