Família em Movimento

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domingo, 3 de julho de 2016

Não são coincidências



Não são coincidências. Os três bancos da frente da igreja estavam vazios. Não havia uma criança sentada. Na Missa estavam as crianças (poucas) cujos pais têm vida assumidamente cristã. 

Acredito que a nossa família e outras poucas presentes com os filhos sejam motivo de alegria para a comunidade, mais não seja pela constância. Faça chuva ou sol estamos presentes. É a nossa vocação. 



E assim educamos os nossos filhos. 

Esta ausência não nos espanta pois quando acabam os períodos de catequese as crianças da paróquia "evaporam-se" regressando mais tarde no recomeço dos trabalhos. 

Não, não há coincidências. As crianças não se encontram todas de férias com os pais. Sucede que muitos pais - a maioria - estão permanentemente de férias ao culto pelo que, quando acaba a "obrigação de levar os meninos e meninas à catequese", estes últimos deixam simplesmente de estar presentes na Missa.

Sim, noventa ou mais por cento dos pais "deixam" os meninos com os catequistas e não ficam na Missa. Muitas vezes esta já se encontra a decorrer quando as crianças irrompem para junto dos catequistas. Os pais ficam à porta da igreja até confirmarem que os seus filhos estão a salvo junto do adulto que os educa na religião católica. Deixam as crianças na igreja e vão à sua vida que, seguramente, não é esta.

O mais estranho é que estes pais se permitem que os filhos estejam na catequese são efectivamente susceptíveis de integração. Se fossem hostis nunca permitiriam que os seus educandos ali estivessem. 

Assim, há necessidade de serem envolvidos. Se não há envolvimento não ficam e dentro de pouco tempo nem pais nem filhos.
Aliás, dita a regra que findo o sacramento almejado (maioritariamente a Primeira Comunhão), as crianças abandonam a catequese e a Missa.

Também os escuteiros não estão muitas vezes, na nossa paróquia. Para a semana estarão, pois um caminheiro fará a sua promessa. Mas... estes escuteiros que cantam e professam frases lindas de amor nas missas que animam fazem-no para católico ver? Sim, preferimos deixar aqui os inglês de fora no seu Brexit. Então no pasa nada? Este fenómeno não é tido em consideração pelas pessoas responsáveis da comunidade?

É uma pena que as férias da catequese ou nos escuteiros três vezes por mês potencie férias de Deus. 
Deus espera-nos sempre. 
O envolver dos pais pela comunidade, pelo pároco, pode trazê-los para dentro e pode ter como consequência uma vida cristã regular dos filhos. Se os pais vão, os filhos acompanham.
Os escuteiros também devem estar presentes sempre pois não são um grupo de animação casuística.

Deus espera sempre mais de nós. E espera-nos sempre na Sua casa. E espera de nós que O amemos com mais actos que palavras.

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