Família em Movimento

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domingo, 23 de julho de 2017

Ensinamentos do livro "Viver a Missa" – V


Os ritos iniciais

Desde os primeiros séculos que o facto de os cristãos se reunirem no mesmo local, a uma hora determinada, tem enorme significado. É Ele, Cristo, que preside invisivelmente a toda a celebração eucarística. É portanto lógico que nos esforcemos por chegar pontualmente ao Santo Sacrifício, por chegar mesmo uns minutos antes, como fazem as pessoas bem-educadas, sobretudo se o encontro foi marcado por uma personalidade de relevo. E não há personalidade tão relevante como Nosso Senhor, nem reunião tão sagrada como a Santa Missa.

Por conseguinte, sempre que nos seja possível, cultivemos o hábito de nos recolhermos em oração imediatamente antes de participarmos na celebração da Eucaristia. Haverá circunstâncias em que teremos dificuldade em fazê-lo, devidos às nossas circunstâncias profissionais, familiares, etc.; pois é precisamente nessas alturas que devemos empenhar-nos mais nesse sentidos, fazendo os sacrifícios pessoais necessários para o efeito.

Uma participação plena, consciente e activa no santo rito que se celebra no altar, cada um à sua maneira: os sacerdotes, que representam Cristo-Cabeça e actuam em seu nome e na sua Pessoa, apurando o mais possível a sua identificação com o Sumo-Sacerdote; e os leigos, que receberam o sacerdócio real no Baptismo, procurando unir-se intimamente ao Redentor e oferecendo-se, com Ele e n´Ele, por meio do sacerdote.

Participar activamente na Santa Missa não consiste necessariamente em realizar acções exteriores; trata-se essencialmente de uma atitude interior, que nasce da fé e da consideração amorosa daquilo que se realiza no Mistério Eucarístico. Procuremos, pois, esmerar-nos na leitura dos textos ou em ouvi-los com piedade sincera e com atenção; afastemos as pressas e precipitações, concentrando-nos naquilo que se diz e naquilo que se faz; procuremos aplicar as palavras e as acções litúrgicas à nossa vida de todos os dias. Com efeito, de cada vez que celebramos  ou assistimos à Santa Missa, a liturgia abre-nos um campo imenso de aperfeiçoamento espiritual.

Para que a celebração em que estivemos presentes se prolongue pelo nosso dia fora, torna-se imprescindível «viver» todos e cada um dos momentos da Missa, de modo a que seja a cruz de Cristo e a sua oblação redentora a fecundar e a servir de coluna vertebral à nossa jornada.  


FEM partilha breves trechos salteados (ipsis verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría, resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar, por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.

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