Família em Movimento

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terça-feira, 2 de junho de 2015

O mau humor

É algo tão humano e normal mas com efeitos nocivos tremendos.
O mau humor contagia negativamente, nada resolve e influencia negativamente os demais que connosco privam.
E depois… quando ele passa e o sorriso aparece, olhamos para trás e aferimos que durante o tempo em que persistiu perdeu-se a paz.
Aqueles momentos que passaram são únicos e irrepetíveis. Irrepetíveis.

Como contrariar? É difícil. Mas existem técnicas. 
Rir de nós mesmos é uma delas. Rir do nosso ego, do nosso “eu”. Há alguma falta de humor que não resulte do ego?

O dia não correu bem; o fulano disse o que não gostámos;  acordamos assim porque sim; o trabalho no escritório correu pior; a mulher (ou marido) disse algo que magoou; faleceu pessoa mais querida; adoeceu pessoa que estimamos, etc.

Todas as coisas que influenciam o nosso humor estão directamente relacionadas connosco. É factual.

Para os crentes – pensamos – é mais fácil ultrapassar determinadas barreiras, pois a entrega e a noção de que o facto foi permitido por Deus ajudam a superar a nossa debilidade. Mas nem sempre, mesmo para aqueles, é fácil ultrapassar estados de alma mais negativos.
Pensamos que é um trabalho árduo que implica combate constante, oração, mortificação, domínio próprio (algo tão difícil). Mas trabalha-se.

Os não crentes, à partida, terão maiores dificuldades pois não vislumbram razões ou caminho de entrega. Mas nem por isso lhes é inviabilizada a luta. Devem fazê-la de acordo com a sua consciência e liberdade de pensamento. Também aqui, trabalha-se.

Uma casa de mau humor é uma casa armadilhada, onde a menor coisa, mais simples que seja, é motivo bastante para uma troca de palavras mais azeda ou, ao invés, um silêncio perturbador. O mau humor gera mau humor. É perigoso.

Por mais que nos custe, devemos erguer o semblante e sorrir. Entregar e mortificar. O facto de estar aborrecido não é condição necessária e obrigatória para que os outros que me rodeiam o fiquem, por minha causa.

Lembremos o palhaço. É um exemplo sempre oportuno. O palhaço, mesmo com a maior mágoa interior, faz rir os outros, ainda que chore por dentro.

Chama-se altruísmo e alma grande. E se possível, alma confiante. 
Nada, absolutamente nada, nos derrota.

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