Nunca escondemos o padrão pelo qual nos guiamos. E nunca escondemos que o blogue FEM não tem filtros, sendo transversal.
O que sempre importou foi a defesa da família aproveitando o blogue para fazer apostolado.
Sempre acreditámos num modelo de sucesso que não tem necessariamente que ser o nosso. Há vários modelos de sucesso com o mesmo denominador comum: Jesus. O nosso, enquanto o entendemos, é-o.
Adiante. “Fuga para a frente” foi o título desta publicação focada essencialmente nas pessoas que nem dizem sim e também não dizem não. Estas, permanecem numa espécie de limbo sem assumir uma decisão, essa coisa tão difícil porque nos compromete.E falamos exactamente do quê? De tudo em geral.
Na religião, por exemplo. Nas decisões fundamentais da vida. No compromisso que essas decisões encerram.
É curiosos que nem todas as pessoas têm uma linha recta, uma conduta assumidamente coerente sobre religião, família, conduta quotidiana e decisões fundamentais.
As razões são diversas. Vamos misturar os temas, na certeza que na leitura do texto consigamos ser claros.
Há quem diga que ainda não é chegado o tempo.
Outros, que é coisa de mulheres e para as mulheres.
Outros ainda que não nasceram para isso. Isso são coisas de…
Por último, há quem defenda a tese que a decisão fundamental compete aos filhos.
E há todos os outros. Os que disseram sim e os que disseram não, com toda a legitimidade de uma escolha livre.
Ora, o texto versa sobre aqueles que estão no “nim”.
Desmontando o puzzle, diríamos o seguinte:
“Ainda não é chegado o tempo”
O tempo já chegou há dois mil anos. Há dois mil anos que esperam o nosso compromisso, o nosso fiat, a nossa entrega.
O tempo de nos convertermos há muito chegou e falta apenas a decisão comprometedora. É terrível o compromisso. Quando nos comprometemos deixamos de viver para o “eu”, desinstalamo-nos e isso dói tanto. Os tempos sem compromisso são muitíssimo mais apelativos, verdade.
Mas entendamos que o compromisso de família implica algo mais. O compromisso familiar implica o deixar para trás um sem número de vontades e escolhas. Excepto se não nos desvinculamos delas e com isso afectamos aqueles que connosco convivem.
O compromisso de família exige abnegação e mortificação. Mas caramba, quantos frutos e alegrias gera.
Somos felizes? Somos verdadeiramente felizes? Amamos e somos amados? Deixamos que nos amem? Amamos sem restrições? E o compromisso entra neste amor?
Fazemos notar que “amor” é coisa de gente grande.
“É coisa de mulheres e para as mulheres”
Errado! Amar é coisa de mulheres e homens livres. Os homens que amam mostram toda a sua masculinidade. Amar não nos reduz em nada. Pelo contrário, engrandece-nos.
Amar o compromisso mostra quão gigantes podemos ser. Só uma alma gigante ama e deixa amar. Tudo o resto que é contrário ao amor sim, reduz. Homens e mulheres ficam pequeninos, do tamanho do seu pequeno coração. Os que amam dilatam o coração e a amizade dos outros. Isto é tão factual.
Mesmo em questões religiosas, determinar que são coisas femininas – com o devido respeito – mostra alguma pequenez no raciocínio.
Um homem ama e deixa amar. Faz e deixa fazer. Não se limita ao seu quintal. Expande para fora.
“Não nasceram para isso. Isso são coisas de…”
Então terão nascido exactamente para quê?
Se não nascemos para o compromisso, para a família, para amar, para viver (!) teremos nascido para… definhar?
Há quem tenha dificuldade em assumir a alegria. Há quem, inclusive, goste de mostrar aos outros o quanto sofre. Mas pensamos que isso de nada vale. Que importa que a Maria (a vizinha) nos diga “coitado”? Resolve alguma coisa? Nada!
Queridos amigos, nascemos para isto. O “isto” é a negação do nosso ego que implica a doação plena à família. E na família todos os cuidados são poucos. Cuidado com a educação dos filhos. Uma educação menos cuidada vai dar mau resultado.
Nascemos para isto e nascemos com o dom de pensar, raciocinar. Então, façamos juízos sérios e acautelemos o que é de acautelar.
O padrão de vida da família deve ser pensado. O padrão de vida de uma família deve ser dialogado. Por último, deve ser posto em prática.
Devem ser tomadas decisões sobre todas as vertentes da vida familiar. O orçamento, a educação, como se pauta o quotidiano, o trabalho, os tempos de lazer, etc. Tudo deve ser pensado.
Isto é, quem afirma que não nasceu para “isto”, desengane-se.
“Decisão fundamental compete aos filhos”
Muito bem. A esses pais pergunto se os filhos escolhem quando vão ao médico. A esses pais pergunto se os filhos escolhem se vão, ou não, à escola.
Quem é para umas, é para outras.
Quem escolhe são os pais. Ponto. Nem há lugar a qualquer discussão.
Os pais escolhem e por isso são pais, educadores.
Os pais escolhem se os filhos vão ao médico. Os pais sabem que os filhos têm de frequentar o ensino. Os pais escolhem se os filhos são baptizados. Os pais escolhem se os filhos frequentam a catequese. Os pais escolhem tudo.
Quem não escolhe, quem não toma decisões, demitiu-se das suas funções.
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