Este fim de semana cumprimentei duas Testemunhas de Jeová que estavam na
rua enquanto eu fazia uma caminhada.
Cumprimentei-os e elogiei o facto de se privarem dos seus afazeres pessoais
para testemunharem no que acreditam. E fiquei-me por ali.
Efectivamente, nós, católicos, somos fechados. Somos capazes de coisas
maravilhosas (não esqueço quem se consagra, quem vive clausura, quem
emigra, quem é missionário, que doa a sua vida por Jesus) e somos
capazes (nomeadamente os leigos mas não todos) de nos fechar
para fora. Aliás, o Papa Francisco já abordou este tema.
Em casa comentava-se que o testemunho que damos é o espelho do que somos e
vivemos. É verdade.
Mas estou crente que podemos sempre ir mais além. Se cada cristão for Marta e Maria, estou certo que os católicos gozarão de maior prestigio.
Dizia Monsenhor Escrivá que não conhecia Santo sem oração. Eu completaria o Padre escrevendo que não conheço um que tenha sido tíbio.
Duas breves notas. Uma primeira para o que nos propusemos fazer neste blogue, a rubrica “15 minutos à conversa com uma família”. Não foi além da vontade pois todas as famílias contactadas por mensagem, telefone ou e-mail não deram o seu assentimento definitivo. Uns justificaram e outros nem resposta deram.
Respeitamos e somos capazes de afirmar que a rubrica morreu apenas com um
testemunho. Pensei, a propósito deste escrito, se não será evidência de nos
fecharmos.
A segunda nota para a partilha que li nos blogues da Família Almeida e Uma Família Católica. Esse testemunho que nos deram é sinal que, quando queremos, somos capazes de sair e de nos desinstalar para dar testemunho de algo maior.
O testemunho é fundamental. Mostrar e evidenciar aos outros que há alegria em abundância na vivência do cristianismo é algo que deve ser tão normal como beber um singelo copo de água.
Se não testemunharmos a fé, não fazemos apostolado e seremos sombrios. Não devemos ser dominicais. O que somos devemos manifestar todos os dias da semana, no nosso trabalho, na nossa convivência social, nos nossos afazeres, na nossa família.
Uma comunidade local viva e desperta terá mais sentido e gerará maiores frutos.
Querida família em Movimento,
ResponderEliminarnão desistam à primeira :-) tenho a certeza que existem sim, muitas famílias que dariam testemunho para a vossa rubrica. Como é importante dar testemunho! Como chegaremos aos outros se não dermos testemunho? Se aquilo que oferecemos ao Senhor não nos "doer um pouquinho" para que se realize, se os nossos gestos de ajuda ao próximo ou de falar de Deus não nos custarem um pouquinho será o nosso Amor é verdadeiramente grande pelo Senhor?
Força e coragem irmãos. Sabem, nossa Senhora em Fátima disse que a fé em Portugal se manteria e eu posso confirmar que cada vez há mais famílias a nascer na fé, a darem testemunhos com atos e a contagiarem outras famílias :-)
Um grande abraço
Rute
Muito obrigada Rute pelo apoio e coragem que nos transmitiu.
EliminarPor vezes estas contrariedades desanimam-nos um bocadinho, mas é como diz "em frente!"
Bem-haja
FEM
Desistir depois de tentar uma vez? Ou duas, ou três? Um mês? Ou dois? Há quantos anos Deus anda atrás de nós, sem nunca desistir??? Respostas desanimadoras? Mas o discípulo não é maior do que o mestre... Se a Jesus trataram assim, como queremos nós ser tratados? Ah, tanto caminho a percorrer... Vamos! Ainda estão - estamos - no início de um longo, longo caminho! Ofereçamos a Jesus o nosso nada, todos os dias, todas as horas, e Ele fará o seu milagre quando bem o entender! Um abraço e ânimo, irmãos! Teresa
ResponderEliminarOlá Teresa!!!
EliminarSim, manteremos o assunto na nuvem (como agora se diz).
Obrigado pelo escrito muito simpático, tal como havia sido o da Rute.
Sabe que as muitas pessoas abordadas, quando as revemos, quase pedem a todos os santinhos para que não toquemos no assunto :))
É estranho. Do meu ponto de vista tem a ver com o ADN católico que muitas das vezes se fecha nos seus quintais paroquiais. Não há vida além da paróquia. São vistas curtas.
Repare Teresa no seguinte: pese embora a existência do blogue faz amanhã, dia 3, quatro meses, nenhum sacerdote da zona o elogiou, comentou, questionou ou quiçá partilhou. O mesmo relativamente aos leigos, mesmo os nossos amigos. Não entendemos. Mas aceitamos.
Partilhar o testemunho com vistas largas é saber que o mesmo pode ter consequências na vida de alguém no Porto, Braga, Algarve, Alentejo, Asia, Alemanha ou China, porque a net torna-nos próximos.
Mas não. Relativamente à rúbrica, foi uma recusa generalizada. Algumas expressas e outras tácitas.
No que concerne ao blogue... como raramente ouvimos falar na Família, existe coerência :))
Estimada Teresa, tudo nos confunde. Mas não desistimos de levar este projecto para a frente ainda que não sintamos apoio algum de quem está próximo, nomeadamente dos irmãos católicos.
É mais um blogue. É mais qualquer coisa no meio de tantas.
Obrigados por estes simpáticos comentários. Longe, fizeram-se perto.
Teresa e Rute, bem-hajam e às vossas famílias.
Um dia havemos de nos conhecer. Nem que seja num almoço de bloguers !