“Tenho o melhor filho(a) do mundo!”
“O meu filho(a) é o mais bonito do mundo!”
Pode ser. Pode não ser. Para nós, será sempre.
Deus é efectivamente desconcertante. Coloca-nos perante a novidade de gerar vida e reconhecer que os nossos são ao mais belos. Não fisicamente (podem sê-lo), mas interiormente. São nossos e são a nossa imagem. São sempre os mais bonitos. E são-nos efectivamente.
Cada família é como um jardim. E em cada jardim Deus planta as mais belas flores.
As flores de cada um dos jardins são sempre as mais belas.
As flores de cada um dos jardins são sempre as mais belas.
Essa novidade é fabulosa. Cada família tem os mais belos no seu seio. E cada família assume essa verdade. E muito bem, porque o são.
Algo mágico e desconcertante.
Algo mágico e desconcertante.
Deus havia escolhido doze e consta não serem os mais sapientes e audazes.
Ao contrário. Eram pessoas tão comuns e pequenas quanto nós. Alguns resistentes e incrédulos. Nem perante as evidências Lhe reconheciam a divindade. O Tomé, só depois de tocar as chagas acreditou.
Ora, Deus continua operante e desconcertante. Foi assim antes e é-o hoje. Confunde, baralha.
Escolhe-nos não pelas nossas virtudes. Se as temos, com humildade devemos reconhecer que o mérito não é nosso.
Escolhe-nos não pela sapiência. Que sabemos nós que Deus não conheça primeiro?
Escolhe-nos não por sermos ricos ou pobres. Deus não nos diferencia pela conta bancária.
Deus escolhe-nos todos os dias porque nos ama. E isso volta a ser desconcertante.
Entre o deve e o haver, o saldo devedor é manifesto. E nem por isso Deus desiste de nós. Curioso…
Deus ama-nos de uma forma extraordinária e faz-nos crescer em família, dando-nos a dita de observar o crescimento sustentado dos nossos filhos. Delega em nós a competência de ensino e formação religiosa e intelectual. Acredita em nós.
Este Deus desconcertante que nos confunde é motivo bastante de permanente conversão.
Só alguém muito apaixonado e louco de amor não desiste de nós, das nossas fragilidades, da nossa tibieza, da nossa ingratidão e da nossa reiterada infidelidade.
E acreditemos, jamais o fará. Antes pelo contrário.
Puxa por nós e pela nossa família todos os dias. Não desarma. Insiste. É aborrecidamente chato. É paciente. E isso, é desconcertante.
Que saibamos crescer em família com a consciência de um permanente e doce desconcerto.
Neste teatro da vida – dizia Monsenhor Escrivá – somos actores perante O espectador.
Que saibamos cumprir o nosso papel em conformidade com o guião que nos foi dado.
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