Ainda que ouçam promessas de abertura e lhes seja sugerido maior participação na vida activa, os suspeitos do costume encontram blindagem. E é uma pena.
Disse António Vitorino que «não há festa nem festança onde não esteja a Dona Constança». É verdade.
E também é verdade que não há comunidade que não tenha as suas Constanças, o seu núcleo duro, impenetrável.
Sim, "os mesmos de sempre". Estão em todas. Opinam sobre tudo. Vetam e promulgam. Decidem ou inclinam à decisão.
Dir-se-á que a orquestra tem sempre o mesmo ritmo porque o maestro não muda. E assim se caminha rumo a um horizonte fechado que paradoxalmente se diz aberto.
Mas note-se que os suspeitos do costume não o são de mãos vazias. Procuram abrir, quiçá furar. Propõem. Contudo, as dinâmicas que pretendem são outras e implicam, muitas vezes, que muitos se desinstalem. E por via disso, esbarram na aludida blindagem.
Devo dizer que não atingi minimamente o sentido deste texto...
ResponderEliminarOlá Mimi!
ResponderEliminarComo nos quadros. O pintor pinta-os e vê neles coisas que, por vezes, escapam os outros olhos. Mas o pintor sabe porque os pintou.
Acredite Mimi que este texto, que parece abstracto, não o é e tem muito conteúdo. Se o ler com calma é provável que encontre.
Nunca vimos uma comunidade sem Constanças e os outros. Se as há, muito felizes por isso.
Reli e não fiquei muito mais elucidada, mas, de qualquer maneira, eu pensei inicialmente que se estariam a referir a algum acontecimento ou notícia recente e que eu não atingia qual (nunca estou em cima das notícias, demoro a saber o que vai acontecendo). Talvez não seja esse o caso, afinal...
EliminarMimi, sejamos claros. Interprete o texto como a habitual vivência numa paróquia. Não conhecemos até hoje uma comunidade fora deste retrato.
EliminarAh!, fez-se luz! Obrigada pelo esclarecimento. E sim, (penso que) percebo o que querem dizer. :-)
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