Há uns dias a Família Power publicou no seu blogue Uma Família Católica um texto muito giro e muito pertinente sobre a presença das crianças na Missa.
Não vamos acrescentar nada. O texto deve ser lido.
Todavia, sempre faríamos duas considerações.
A primeira. Mal de nós se não acolhermos as crianças na Missa.
Mal de nós se não abraçamos as crianças na Missa.
Elas são o testemunho vivo do amor dos seus pais.
Elas testemunham igualmente a existência da Família tradicional.
De que nos vale criticar a mentalidade dominante se depois ficamos incomodados se uma criança perturba a Missa?
Sim, por vezes gostaríamos de ter silêncio e não podemos ter porque alguma criança faz barulho. Pois, é normal. São crianças... Demos graças a Deus por elas e ofereçamos ao Senhor esse momento.
Vamos escrever - e como segunda consideração - o que verdadeiramente nos perturba na Missa.
Perturba-nos quem está na Missa de perna traçada como se estivesse no café.
Exmas. e Exmos. das nossas comunidades, acaso estariam assim diante de um Chefe de Estado? E de um Rei?
Então porque estais assim diante do Rei dos Reis?
Sabe bem a perna traçada... a nós também. Eis uma boa mortificação: pernas direitinhas na Missa.
Perturba-nos quem durante a Missa lê apps noticiosas no telemóvel ou lê/escreve na rede social Facebook.
Diz São Josemaria: «Faz o que deves e está no que fazes». Saber estar na Missa é fundamental. E a renovação do sacrifício de Jesus pede mais que redes sociais ou notícias de Domingo.
Caramba, não faltará tempo para colocarmos a nossa cultura mais enriquecida e a nossa mega rede cheia de likes.
Devemos dar mais de nós sob pena de sermos medíocres até na celebração da Eucaristia.
Perturba-nos quem está na Missa em plena converseta. Reiteramos aqui o que escrevemos no parágrafo anterior.
Mas o rídiculo atinge o seu expoente máximo quando interrompem a converseta para dizer (não escrevemos rezar) a oração que por acaso (só por acaso...) é dita naquele momento. Finda a oração retomam a converseta.
Ok, é um mini break inoportuno, sabemos. A oração vem sempre em má hora... que aborrecido.
Perturba-nos quem não desliga o telemóvel (perturbando os outros) e atende-o quando toca.
Na Missa? Sim, na Missa.
Uns dizem: "Estou na Missa, agora não posso falar". Se não podem falar por que atendem?
Um absurdo.
Um absurdo.
Outros deixam o telemóvel tocar e saem em passo de corrida. Até chegarem à porta o telemóvel não cessa de tocar. Isto é perturbador.
Perturbam os grupos organizados que estão "obrigados" (nunca compreendemos esta regra da rapaziada se apresentar uma vez por mês para animar a Eucaristia e depois desaparecerem por três semanas) a uma Missa mensal e comungam sempre sem que ninguém lhes ensine estarem em pecado mortal. É uma pena não saberm o mais básico da doutrina. Estamos perante matéria grave que carece de confissão. Ou não... já não sabemos. Modernices.
Por último, perturba quem na fila para a comunhão cumprimenta quem encontra. Há quem aproveite o momento para perguntar se o outro está bem. Outros fazem uma mini converseta que por regra é uma graçola, a ver pelos sorrisos que a mesma gera. Perguntamo-nos se sabem onde estão, o que fazem e ao que vão.
Perante isto... alguém ousa criticar as crianças na Missa?
Crianças na Missa SEMPRE! Muitas!
Encham os bancos com as famílias pois assim testemunham o amor.
Fica o desejo: cada vez mais famílias numerosas nas igrejas e na celebração da Santa Eucaristia.
Olá,
ResponderEliminarLi o seu comentário no post da Teresa e achei-os muito pertinentes. De facto, é isso mesmo que acontece: as pessoas vão muitas vezes à missa para "picar cartão", daí os comportamentos que refere neste post. À missa, como a muitos outos sítios, devemos estar de coração e de vontade, e não apenas para marcar presença. O mesmo acontece com os grupos de jovens que vão apenas 1 vez por mês. Entendo que a organização dessa participação tenha como intenção levar os jovens/grupos à eucaristia, mas na prática não funciona. É um pouco como obrigar os pais a levarem os filhos à missa quando estão na catequese, no meu entender, não funciona e é mesmo contraproducente, pois as crianças ouvem dos pais "hoje tenho de ir à missa porque a catequista mandou".
Se não houver coração, nada faz sentido.
beijinhos e continuem...
Carla
Olá Carla e família, boa tarde.
EliminarMuito obrigado pelo texto, pela partilha e pelos votos.
Bem-haja.
Carla Mariz, retomamos o contacto. Não sabemos se ainda aqui virá mas sempre diriamos que assinamos por baixo o que escreveu.
ResponderEliminarUm Padre amigo disse-nos um dia que se soubessemos realmente o que é a Santa Missa chorariamos. E isto é bem verdade.
Posto isto, diriamos de igual modo que faltam meios de formação. Ninguém cresce sozinho. Reparemos que Jesus ensinava em grupo e em grupo cresciam. Assim somos nós. Não há cristãos fora da Igreja e na Igreja, os que estão, necessitam de formação.
Vamos fazer outro considerando. solicitámos há uns dias uma missa diária ao nosso pároco e pedimos que fosse bem cedi antes de ir para o trabalho. A proposta é arrojada mas não pode ser de outra maneira. escrevemos ao pároca dizendo-lhe que nenhuma relação a dois se "aguenta" com encontros ao Domingo. Esperamos uma resposta.
No fundo Carla, quem quer fazer da Santa Missa centro e raiz da sua vida interior, tem de a ter diariamente. E há melhor coisa que iniciar o dia com uma Missa? Não.
Findamos. Uma paróquia que respire espiritualidade produzirá frutos. Uma paróquia que não fomente a vida interior gera coisas estranhas. Ainda ontem na Missa ao nosso lado esquerdo estavam 4 pessoas. Na homilia as 4 estavam com perna traçada.
Os tais jovens - sejam grupo ou escuteiros - se não tiverem uma formação doutrinal forte e sustentada pelas chefias e acima de tudo pelos seus educadores (os pais), acabam por ser um exemplo incoerente. Tão incoerente quanto a relação entre a vida espiritual e os cânticos amorosos que entoam na animação da Missa.
Jesus é tudo nos cânticos. Mas depois Jesus é visto três semanas depois.
Nada a acrescentar mais. Bem haja e escreva sempre pois é muito bem-vinda ao blogue.
Olá, Família em movimento!
ResponderEliminarConheço o vosso blogue, pelo da Teresa, há algum tempo. Hoje vim cá dar uma espreitadela! :)
Na realidade, este assunto diz-me tanto... Há algum tempo que tenho como objectivo ir à Missa diariamente. As minhas filhas mais novas estão e vão comigo. E algumas pessoas olhavam com críticas como setas ou verbalizavam mesmo "coitadinhas todos os dias na Missa" Interiormente e muitas vezes, faziam-me "saltar a tampa" e por vezes até pensava se valia o esforço, se afinal ia para me irritar não estava a fazer nada de jeito...mas afinal estava. Não eu...sou muito presunçosa.
Crescia em humildade e aprendia a rezar por quem me irritava. E aos poucos, irritam-me menos, as crianças portam-se melhor e até já há quem leve os netos e me olhe com cumplicidade quando os seus pequenos estão irrequietos. Eu retribuo com um sorriso, e penso quando olho para trás. Obrigada pela oportunidade de crescimento. Pelas pessoas chatas, inoportunas, indelicadas. Ainda me falta tanto...
Um abraço!
Bom dia! Bem-vinda.
EliminarUma Família Católica foi um excelente veículo de difusão do nosso blogue e isso nunca poderemos agradecer à Teresa.
É muito importante esse desejo de querer fazer da Santa Missa o centro e a raiz da sua vida. Magnífico!
Os nossos filhos portam-se bem. Inicialmente também tínhamos esse pensamento de reprovação sobre as crianças na Missa. Mas mudou. Antes na Missa que fora dela. São crianças e se bem integradas, portam-se bem. Se compreenderem na sua linguagem o que é a transubstanciação ficarão maravilhadas e quiçá ainda mais que muitos adultos que já não se espantam.
A insistência e perseverança da Helena foi o catalisador de muitas famílias levarem as suas crianças à Missa. Magnífico!
Continue e use pequenos truques. Pequenas coisas que os miúdos gostam e ficam agarrados tais sejam um livro para pintar. Eles pintam mas ouvem, entende? A Palavra é ouvida. E de pouco a pouco se chega ao longe.
Muito obrigado pela partilha.
Obrigada, pelas boas vindas!
ResponderEliminarApresento-me um pouco melhor. Somos uma família com 3 filhos que mora na margem sul. Temos um rapaz de 13 anos, uma menina de 5 anos e uma menina de 2 anos. Mas como fazem aniversários no verão estão todos a mudar estes números não tarda muito :)
Também fazemos este ano, 20 anos de matrimónio :)
A nossa filha de 5 anos já se porta muitoooo melhor na Missa, é a mais traquina dos irmãos. Agora, até diria que é uma santa!! :) ou quase...agora é a mais nova a mais reguila...fruto da idade :)
Estratégias, já passei por imensas. E realmente é verdade, de pouco a pouco, se chega ao longe! Às vezes pensava que ela não ouvia rigorosamente nada do que se passava, pois estava entretida a passear pelos bancos, ou a brincar com uma boneca, ou a pintar, ou a comer um chupa ou uma bolacha ou a brincar com a irmã.
Mas um dia, começou a responder com a assembleia...e nesse dia percebi claramente que nada lhe tinha passado ao lado. E agora com as suas conversas, pedidos, dúvidas e comportamentos vejo que realmente cresceu muito e bem. Com amor, esforço e paciência tudo se consegue. Desde que não falte a graça de Deus!
Obrigada e vejo que temos devoção por um Santo em comum!
Cada vez que tenho um filho doente (e é o caso agora) peço a intervenção de S. Josemaria e ele sempre me atende com compreensão :)
Olá Helena! Que família bonita :)
EliminarMuitos Parabéns!
Sim, as crianças absorvem tudo nomeadamente a educação que lhes é dada pelo que é um enorme e belíssimo investimento.
Na margem sul (margem certa) não faltam oportunidades para fazer apostolado pelo que mantenham-se fortes e unidos. Rezem juntos.
Família que reza unida permanece unida.
São Josemaria é belíssimo. Ler Sulco, Caminho, Forja, Amigos de Deus, Cristo que Passa, Amar a Igreja, Temas Actuais do Cristianismo ou mesmo a Via Sacra não nos deixa indiferentes.
Muda-nos a vida. E sim, ajuda-nos a caminhar para a Santidade no nosso estadoe condição. Nós, casados e leigos podemos ser santos. É possível sim. Olhemos os pais de Santa Teresinha. Olhemos o casal Tomás Alvira e Paquita Dominguez (da Obra).
Sim, é possível.
Já pensaram ser próximos da Obra? Fica a pergunta para meditação.
Obrigada :)
ResponderEliminarÉ mesmo, ninguém fica indiferente!
Na margem certa ;) (talvez já saiba mas aqui fica a informação ...) Celebra-se a Eucaristia - festa litúrgica de S. Josemaria - em Setúbal às 19h na Igreja da Anunciada no dia 22 de Junho - e de seguida às 20h lanche partilhado (levar doces e/ou salgados, já existem bebidas).
Talvez dê para nos conhecer-nos pessoalmente! :)
Um abraço
Bom dia.
EliminarSabemos sim mas não estaremos presentes nessa celebração.
Um dia, com toda a certeza, havemos de nos conhecer todos.
Obrigado pela partilha.