É um erro comum e generalizado. Dir-se-ia inclusive enraizado na actual cultura.
Quando tomamos a refeição em família e ligamos a televisão, há sempre alguém que diz "mete mais alto; sai da frente; cala-te e deixa ouvir".
E o foco da refeição deixa de ser a família para ser a caixa mágica. Verdade?
É tão importante - nomeadamente ao jantar - que a família se centre em si mesma, assumindo conduta de diálogo, questionando o dia de cada um dos filhos, cuidando de apurar pormenores, utilizando a inteligência para consignar aquele momento único e irrepetível desse dia para saber e ouvir dos seus.
* Como foi o teu dia?
* Por que estás aborrecido?
* Como foi o teu passeio?
* Conta-nos tudo...
* Amanhã vais ter teste. Preparado?
* Estás a gostar do jantar? Atendeste ao modo como a mãe o preparou?
À refeição, o momento é da família. O momento é de partilha. O momento é de elevação e troca de experiências. O momento, no limite, é para apurar individualmente e no todo como se encontram, como estão, a razão do eventual semblante triste ou alegre daquele membro da família, entre outros.
Se pensarmos bem, esse é o único momento familiar que o dia nos proporiona. Se deixarmos que a televisão o roube, será mau caminho, será má decisão.
Para o efeito, bastará atender à experiência. Num dos dias a rainha da refeição é a televisão. Pais e filhos não falam entre si, não dialogam, nada partilham. Atenção e foco centrados no programa televisivo
Noutro dia, a televisão desligada. A aparelhagem poderá ecoar uma melodia que traga harmonia. Proporcione-se o diálogo e a partilha e a rainha da noite, da refeição, será a própria família.
Depois... comparem-se as noites e afira-se qual delas frutificou.
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