É algo tão humano e normal mas com
efeitos nocivos tremendos.
O mau humor contagia negativamente, nada
resolve e influencia negativamente os demais que connosco privam.
E depois… quando ele passa e o sorriso
aparece, olhamos para trás e aferimos que durante o tempo em que persistiu
perdeu-se a paz.
Aqueles momentos que passaram são únicos
e irrepetíveis. Irrepetíveis.
Rir de nós mesmos é uma delas. Rir do nosso ego, do nosso “eu”. Há
alguma falta de humor que não resulte do ego?
O
dia não correu bem; o fulano disse o que não gostámos; acordamos assim
porque sim; o trabalho no escritório correu pior; a mulher (ou marido) disse
algo que magoou; faleceu pessoa mais querida; adoeceu pessoa que estimamos,
etc.
Todas as coisas que influenciam o nosso
humor estão directamente relacionadas connosco. É factual.
Para os crentes – pensamos – é mais
fácil ultrapassar determinadas barreiras, pois a entrega e a noção de que o
facto foi permitido por Deus ajudam a superar a nossa debilidade. Mas nem sempre, mesmo
para aqueles, é fácil ultrapassar estados de alma mais negativos.
Pensamos que é um trabalho árduo que
implica combate constante, oração, mortificação, domínio próprio (algo tão
difícil). Mas trabalha-se.
Os não crentes, à partida, terão maiores
dificuldades pois não vislumbram razões ou caminho de entrega. Mas nem por isso
lhes é inviabilizada a luta. Devem fazê-la de acordo com a sua consciência e
liberdade de pensamento. Também aqui, trabalha-se.
Uma casa de mau humor é uma casa
armadilhada, onde a menor coisa, mais simples que seja, é motivo bastante para
uma troca de palavras mais azeda ou, ao invés, um silêncio perturbador. O mau
humor gera mau humor. É perigoso.
Por mais que nos custe, devemos erguer o
semblante e sorrir. Entregar e mortificar. O facto de estar aborrecido não é
condição necessária e obrigatória para que os outros que me rodeiam o fiquem,
por minha causa.
Lembremos o palhaço. É um exemplo sempre
oportuno. O palhaço, mesmo com a maior mágoa interior, faz rir os outros, ainda
que chore por dentro.
Chama-se altruísmo e alma grande. E se
possível, alma confiante.
Nada, absolutamente nada, nos derrota.
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