Há dias lia um texto que comparava a vida a uma peregrinação. Pensemos então um pouco.
Quais os pontos em comum além do lugar comum?
Pergunta imediata: que destino queremos nós?
Dizia Monsenhor Escrivá que "é preciso querer querer". É preciso que tenhamos intenção de querer algo. A questão é qual o algo que queremos.
O peregrino que caminha pelo seu pé, no decorrer do percurso sente a viagem nas bolhas ganhas.
A nossa vida também é assim. Nem tudo são rosas. Há bolhas que deixam feridas e muitas delas difíceis de sarar.
O que faz o peregrino? Contínua.
Que fazemos nós na vida? Continuamos firmes ou desistimos? É mais fácil desistir que resistir.
O peregrino peregrina quer faça chuva, quer faça sol.
Nós na vida mantemos o trajecto mesmo durante as tempestades? Somos perseverantes? Ou recuamos? Ou - permitam - desviamo-nos?
O peregrino é despojado de meios. Fica em qualquer lugar e come o que lhe derem.
Na vida somos despojados ou agarradinhos aos bens materiais?
O peregrino sabe para onde caminha e qual o caminho mais adequado.
Nós, no quotidiano, sabemos para onde caminhamos e sabemos qual o caminho para o fim almejado?
O peregrino caminha não por si nem para si, mas com a força da fé e para Deus.
E nós, caminhamos ao lado do nosso querido e inseparável irmão de viagem, o Ego, ou tomamos uma consciência sobrenatural?
O peregrino é agradecido por natureza. Sabe para onde vai e sabe o porquê de ir.
Seremos nós agradecidos e reconhecidos?
O peregrino sacrifica-se.
Nós, mortificamo-nos?
O peregrino, por fim, chega ao Santuário. As dores dissipam-se. A alegria toma conta da alma.
Pois bem, voltamos ao segundo parágrafo onde o peregrino iniciava o seu trajecto com afã de chegar ao destino. Ele chegou.
Um derradeira pergunta está relacionada com o início do texto. Nós na vida... sabemos a que fim pretendemos chegar? E lutamos com entusiasmo? É preciso querer querer...
A vida, como a viagem do peregrino, é um tempo curto.
O dia de ontem não volta e tudo quanto não fizemos não deixa marca. Ainda que para o cristão a vida seja um permanente recomeçar, é bom que esse recomeço seja pleno de sentido e pleno de decisão.
Para onde quero ir? Muito bem, quais os meios?
Então... em frente! Em família! Juntos a caminho para a meta. Em frente!
"Família torna-te naquilo que és"
João Paulo II
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