A autoridade conquista-se pelo diálogo.
A autoridade não se conquista pela força.
Incomoda verdadeiramente os pais que
manifestam a autoridade em razão dos gritos ou força. Essa autoridade não será
autoritarismo?
É verdade que os filhos carecem de
aprendizagem de valores, regras de conduta, regras de convivência em
comunidade. Ora, a verdadeira autoridade conquista-se pelo diálogo.
Mas antes do diálogo, pelo exemplo.
Se os pais são incoerentes entre o que
fazem e o que dizem para fazer, os filhos tomam-nos por mentirosos. E são-no.
E se não dizem por medo, pensam-no. E
que confusão naquelas cabeças, verdade?
Regra de ouro na autoridade é
precisamente não colocar em cheque a palavra do consorte. Tantas e tantas vezes
o pai diz para a esquerda e a mãe inverte a marcha para a direita e vice-versa.
Depois, bom depois vem o juízo da
pequenada que se orienta pelo que é mais apetecível. “Vamos pedir à mãe” ou
“vamos pedir ao pai”, sabendo de antemão qual o coração mole.
Rara ou nenhuma resposta tem de ser momentânea. A recomendação é que – fora as coisas triviais que suscitam habitual sintonia entre pais – os assuntos devam ser falados inicialmente pelos educadores e, tomada a decisão, a respectiva comunicação.
Se esta regra não é respeitada, não são
apenas os pequenos que apreendem a quem devem perguntar ou pedir. Mais grave
que isso é o facto dos pais não falarem entre si e promoverem aquela espécie de
falta de sintonia que afecta a todos, incluindo os próprios.
Resumindo, a autoridade saudável
conquista-se pelo diálogo. Antecede-lhe o exemplo. E por último, que nenhum
tema que promova uma decisão seja tomado sem uma conversa prévia para que a
tomada de decisão seja unânime e em plena sintonia.
"Amar os filhos é pô-los em situação de alcançar domínio sobre si mesmos; fazer deles pessoas livres. Para isso, é inegável a necessidade de fixar limites e impor regras, que sejam não só cumpridas pelos filhos, mas também pelos pais." ("A Educação em Família")
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