“Aquela mulher é uma santa. Aturar um marido daqueles…”
Quantas vezes o ouvimos? O que não sabem essas pessoas é que os maridos fazem propositadamente com o fito da sua santificação…
Piadas à parte, assumimos todos a consciência que a cruz ou várias que temos de carregar vida fora servir-nos-á de muito, ainda que não tenhamos disso plena consciência hoje.
Ou o marido que santifica a esposa ou a esposa que o santifica a ele e nem o sabem, ou a enfermeira que faz o que mais ninguém quer fazer, ou a trabalhadora da cantina que faz o serviço mais difícil, a senhora que trabalha no lar e faz a higiene aos idosos, a freira que no convento trata as freiras mais idosas, entre tantas coisas que se poderiam escrever.
Mas para que a santificação aconteça não basta que seja “o pior serviço ou a pior tarefa”.
Aliás, em rigor, a tarefa não tem de ser em si penosa.
Basta ser uma tarefa que nos é afecta.
Inicialmente há que ter a predisposição de santificar a tarefa. Depois, oferecê-la. E vivê-la com consciência plena de que ela (a tarefa quotidiana) nos santifica e nos leva a Deus.
Só podemos oferecer o que é bem feito. Então, empenho em materializar e concretizar bem a tarefa a que nos propomos.
Deus é exigente mas em contrapartida é muito bom pagador.
Ora, podemos levar as tarefas a todos os terrenos e circunstâncias. A santificação ocorre em todo o lugar e em todas vertentes que assumamos. Nos hospitais, no escritório, na escola, na igreja, no infantário, no banco, etc.
O que tem este texto a ver com a família? Tudo.
As tarefas de casa são penosas? Façamo-las com um rasgado sorriso nos lábios.
Como é isso possível? – Perguntam muitos.
A regra é simples e foi escrita. Só oferecemos o que é bem feito e devemos disso assumir consciência.
Lavar a roupa e engomá-la, descascar batatas, limpar o pó, limpar a banheira, fazer as refeições, fazer as compras, cuidar da arrumação da casa, cuidar do aprumo pessoal e dos nossos, são tudo tarefas boas e necessárias que nos poderão levar mais longe, assim o queiramos.
A frase ou pensamento “que chatice, vou ter de ir passar a ferro” deverá ser substituída por “vou passar a ferro porque quero o aprumo dos meus e vou fazê-lo com todo o meu carinho, porque os amo” e oferece-se a tarefa. É perceptível a diferença?
Monsenhor Escrivá deu um exemplo da senhora que descascava batatas. Primeiro, ela descascava batatas. Depois, mais tarde, passou a santificar-se a descascar batatas. A mesma tarefa feita correctamente assume outro relevo.
E esta concepção é válida para marido, mulher e filhos. Todos têm deveres. Famílias, santifiquem-se nas pequenas coisas. Outras maiores serão dadas.
Os deveres de casa são de todos assim como o dever de se esforçarem por serem santos também os abrange na totalidade.
Maridos, não queiram ser excessivamente altruístas. Ajudem um pouquinho mais. Ainda que a santificação das esposas demore um pouco mais…
Em frente!
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