O inimigo ladra mas não morde excepto… se nos aproximarmos excessivamente.
O inimigo ronda-nos todos os dias. É
sugestivo. Inclina ou procura inclinar-nos. É apelativo. Por vezes monta
esquemas velados.
Das duas, uma: ou temos discernimento para o perceber ou embarcamos acreditando que o caminho sugerido mentalmente apenas é fruto da nossa razão.
Uma pequena estória para ilustrar o que
se escreve. Hoje, Quarta-Feira, tenho uma recolecção.
Há dias descreveram as recolecções como
algo tão parecido quanto o que Jesus fazia aos seus, quando os reunia, quando
os chamava aparte, quando os convocava para fora das multidões, para fora do
ruído. Uma espécie de “agora, nós.”
As recolecções são esse encontro onde fugimos do ruído que nos rodeia e estamos diante do sacrário e o sacerdote nos fala sobre o tema ou temas escolhidos para o efeito.
No Sábado o entusiasmo era tal que
convidei um amigo para me acompanhar. Lembro de lhe dizer “anda daí, faz bem
parar e meditar e viremos com as energias renovadas”.
Até aqui, nada de extraordinário. Mas o
inimigo vê. E começa a pensar num esquema.
O primeiro foi o futebol. A sugestão que
me foi dada foi a seguinte: Quarta-Feira é dia de Champions League. Bons jogos.
A recolecção tinha de ser marcada para
dia de Champions? Para o mês que vem há outra.
Tudo era sugestivo. Imaginei-me no sofá
a ver um bom jogo de futebol.
Mas… não. Recusei. Uma coisa é uma coisa
e outra coisa é outra coisa. Não misturemos. Se quiser puxo o jogo para trás
através do comando e vejo-o mais tarde ou até no dia seguinte.
Vou à recolecção!!
Vou à recolecção!!
Ora, o inimigo havia perdido a primeira
batalha. Vencido? Nem por sombras.
Hoje antes das sete horas da manhã
ocorreu-me mais uma sugestão. Está vento forte e chove à farta. Logo à noite
deve estar ainda pior.
Vou sair com vento e chuva e chegar a
casa às quinhentas?
Fica em casa sossegadinho que o tempo
está mau e vê a Champions.
Caramba! A desmotivação começava às
07:00H e a recolecção ocorrerá às 21:30H. Que subtileza. O primeiro pensamento
do dia. O tempo era o pretexto para dar uma balda.
Percebi então que o inimigo não havia
desistido de me demover. Sorri. E ele detesta quando sorrimos ou rimos dele.
Que se lixe o tempo. Vou à recolecção!!
Dois zero! Mais tentativas e arrisca
goleada…
Concluímos que tudo o que escrevemos e
fazemos em família fica tão fácil de desmontar.
A grande dificuldade que encontramos é
construir. Todas as catedrais foram construídas tijolo após tijolo, um após o
outro. Assim são as famílias. A educação que damos aos nossos filhos, as ideias
que cimentam o nosso caminho, as opções livres que tomamos, entre outras.
Custa a construir mas dará frutos.
E tudo quanto construímos está a um
simples clique de ser destruído.
As sugestões são inúmeras e apelativas.
O inimigo é como um cão preso a uma
corrente. Ladra. Todavia, apenas morde se nos aproximarmos excessivamente.
Tenhamos a capacidade de perceber o que nos é sugestionado e meditemos a origem
e a razão da sugestão.
As famílias estão muito expostas. E
muitas encontram-se vulneráveis. O inimigo ladra e faz-se ouvir. Cuidado. Não
se estique demasiado a mão.
Muito bom texto! O tema das tentações é tão importante! Ab Teresa Power
ResponderEliminarObrigada Teresa!
EliminarEste tema é muito importante e sensível também.
Esperamos que esteja a recuperar bem.
Um beijinho
FEM
Excelente reflexão. Obrigado pela partilha. Bjs Carla
ResponderEliminarOlá Carla! Esperamo-la bem e à família.
EliminarÉ uma estória real e confesso que daqui a instantes parto mesmo para Lisboa.
Obrigado nós pelo comentário partilhado. Bem-haja.
Beijinhos
Família Cavaco
Também gostei muito do post. De facto às vezes embalo nas sugestões do inimigo sem dar conta... Mas quando as percebo e não caio, também sorrio (gostei da ideia que ele não gosta nada disso)! :-)
ResponderEliminarQuero colocar-vos na lista de blogues que sigo, lá no meu, mas como tenho várias "localizações" (Bruxos&bruxinhos, Escolas de Magia, Bruxos criastivos, ...), gostaria de saber em qual vos deverei colocar. Para mim, por aquilo que leio aqui, devo colocar-vos em "Famílias de Caná (que de bruxos não têm nada)", mas queria saber se concordam... :-)
ResponderEliminarBom dia, Mimi.
ResponderEliminarFicamos felizes por termos chegado ao coração dos amigos que nos visitam. Quando acontece é uma alegria imensa.
Por outro lado, agradecemos a simpatia de nos colocares no blogue Alheia a tudo… ou talvez não!
Não sugerimos. Colocamo-nos na simpatia da tua escolha que, pelo que lemos, está definida. Não sendo uma Família de Caná temos crescido nestes meses com estas famílias, através da leitura dos seus escritos. Aprendemos a gostar das Famílias de Caná. E sim identificamo-nos com elas no amor à família e a Deus.
Pensamos ser a escolha certa :)
Obrigada pela resposta! :-)
EliminarExcelente post. Obrigada por escreverem sobre algo que nós cristãos muitas vezes ignoramos/esquecemos. Vigiemos e oremos, para não cairmos em tentação...
ResponderEliminarMuito boa noite. Obrigado nós por este simpático comentário.
EliminarFicamos muito contentes.
Bem-haja. Vigiemos e oremos.