Sempre me fez confusão ver alguns católicos vestidos de fato e gravata na Missa.
Provavelmente tanta quanto lhes faz verem-me de ganga e T-shirt.
De igual modo, no Oratório procuro ir de camisa para não chocar com os demais.
Mas esses demais vestem-se de fato e gravata ou mesmo um polo ou blazer.
Nunca destoam e estão sempre bem.
Confesso nunca ter ligado verdadeiramente ao vestuário e inclusive passei uma vergonha quando num retiro auxiliei um sacerdote numa "Benção do Santíssimo" sem cuidar do dress code..
Sempre pensei serem coisas desta malta mais engravatada. Mas também sou desse rol devido à minha profissão.
Eis que o burrinho me ensinou mais uma coisa. Como sabem leio as "Lições do burro" escrito pelo Doutor Hugo de Azevedo. E reitero: comprem e leiam-no pois aprenderão muitíssimo.
No que concerne à vestimenta, ensina-nos o livro que a elegância é um valor, expressão indispensável da nossa dignidade. Ninguém tem obrigação de ser bonito mas todos devem ser elegantes.
São Josemaria dizia aos casados para nunca perderem a elegância. E em que consiste? Ser elegante consiste em vestir de tal modo que nos sintamos à vontade no ambiente em que estivermos, ensina-nos o burrito.
Prossegue o livro. Nos últimos anos os católicos vestem-se de passeio ou de desporto para assistir à Missa aos Domingos, reservando a "correcção" para o trabalho e os negócios.
Assim - escreve o Doutor Azevedo - só pode significar que o Domingo passou de "Dia do Senhor" para "dia de relaxo". Que se desleixe a elegância pessoal quando se participa do Santíssimo Sacrifício da Missa é lamentável.
Confesso que o burrico, essa enorme personagem deste livro, me ensinou algo e eu jamais poderia deixar de partilhar convosco.
Quando era miúdo dizia ao João Paulo (que é feito de ti, meu caro?) que, se nos vestimos a rigor para falar com o Presidente de uma Câmara, por que não termos cuidados acrescidos quando visitamos a casa do Pai para a celebração da Missa?
Depois com o tempo fui relaxando e até critiquei a postura nobre de alguns. Ao longo destes dez anos fui aceitando e convivendo a situação de alguns aqui citados sem assumir eu essa postura.
Depois com o tempo fui relaxando e até critiquei a postura nobre de alguns. Ao longo destes dez anos fui aceitando e convivendo a situação de alguns aqui citados sem assumir eu essa postura.
Eis que um capítulo de um livro me faz mudar o pensamento. Creio assim que já este Domingo terei todo o cuidado e apresentar-me-ei muito elegante junto do meu Senhor.
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