Há dias dei comigo a pensar o que é
isso de “educar na fé”?
Educar segundo a Wikipédia é a transposição,
às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários
à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.
Porque ao conviver entre si, a
família transmite valores, formas de pensar, amor e também a Fé. Através
dos gestos, das expressões, da maneira de ser, da forma de pensar entre tantas
outras coisas.
Em Educação diz-se que os filhos são
sempre o espelho dos pais. É verdade.
Numa família católica a vivência e
experiência de educar é igual a todas as outras famílias que o não são ou que
ainda não fizeram a experiência da Fé.
Portanto, educar na fé não é nenhum “bicho
de sete cabeças” que nos exige muito tempo ou aulas intensas de catequese. Nada
disso, educar na fé apenas nos exige ser quem somos. Neste caso, católicos.
Simplificando:
Comemos todos os dias, pois temos de
dar graças a Deus por termos comida na mesa. Como tal, rezamos antes das
refeições. É um hábito que os nossos filhos já têm tão enraizado que mesmo sem
estarem connosco (por exemplo na escola) rezam antes de comer. Para eles é uma
coisa natural. E é de facto.
Quando algum membro da família está
doente vamos ao médico. Pois também, se algum de nós precisa de se confessar
vamos à confissão. Por exemplo, a mãe vai à confissão e a restante família
acompanha-a e por vezes acabam por se confessar também. Porque diante do
Santíssimo percebem que também estão necessitados desse sacramento. Nada é
imposto.
O pai e a mãe rezam o
terço todos os dias, as crianças participam na oração porque querem. A benjamim
nem sempre colabora, mas está presente a brincar. E como não é uma imposição,
acreditamos que um dia rezará o terço todos os dias porque quer.
Quando as crianças completam 6 anos
inscrevêmo-las na escola. Porque não inscrevê-las na catequese? Não nos
comprometemos a educá-las na fé no dia do seu Baptismo? Então, como pais temos
a obrigação de as inscrever na catequese, porque esta é a nossa Fé. Por aqui, a
pequenina já pergunta muitas vezes quando será ela a ir para a catequese, e
mostra-se ansiosa com essa nova fase assim como no seu ingresso no ensino
básico. É natural, faz parte da idade.
Pela manhã e antes de sairmos de casa
benzemo-nos com Água Benta. E as meninas lembram-se uma à outra e por vezes até
a nós pais para não nos esquecermos.
Estes são apenas alguns exemplos, do
que vamos fazendo para educar os nossos filhos na fé. São actos naturais,
porque a educação não pode ser uma imposição. Tem de ser um acto de amor.
Como casal transmitimos aos nossos
filhos o que somos naturalmente.
Se como casal amamos a Deus e queremos amá-Lo
verdadeiramente, isso transmite-se de forma simples. Porque como criaturas não
nos conseguimos dissociar do nosso Criador.
Educar é querer
ensinar que os filhos queiram, saibam e desejem fazer o bem.
Não que não façam o mal; antes, façam o bem.
Não que não façam o mal; antes, façam o bem.
Se assim for, quando
saírem da alçada dos pais (é inevitável), terão asas para voar.
Gostei muito deste post, em especial desta parte: "Não que não façam o mal; antes, façam o bem.", porque acentua a nota positiva, de uma forma ativa. É como a definição de PAZ, que muitas vezes se confunde apenas com "ausência de guerra", o que não corresponde à verdade. A Paz não é ausência de nada, a Paz é algo - por isso mesmo pode ser construída.
ResponderEliminarBom dia Mimi! Obrigada pelas suas palavras.
EliminarEducar não é fácil, porque só temos uma hipótese de acertar. Não dá para voltar atrás e fazer de novo, por isso não vale a pena interiorizar muitas teorias. Basta ser quem somos, com virtudes, com defeitos mas acima de tudo com muito amor.
O amor é uma coisa positiva e quem educa no amor, educa positivamente.
O verdadeiro amor gera sempre paz. É como se fosse um ciclo.
Talvez o que falte à sociedade seja ser educada no Amor! Provavelmente não haveriam guerras.
Dá que pensar!!
Um beijinho