FEM é uma família católica numerosa constituída por um casal - cuja união assenta num pilar com mais de 20 anos - e seus filhos. Projectaram como serviço aos outros a partilha dos valores da família. No seu entendimento e apoiados na vivência conjugal e cristã, em palestras e leituras sobre a temática familiar, é imperativo pensar a Família. Urge transmitir valores. Que o blogue Família em Movimento seja veículo de comunicação e edificação. Família Cavaco.
Família em Movimento
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Fiquei a pensar: "Se tem o pecado da soberba (de considerar que não tem pecados), então não tem o da mentira, pois estará, na sua perspetiva, a dizer a verdade - está enganado, é certo, mas a mentira implica a consciência dela, ou não?"
ResponderEliminarE uma enorme presunção também.
EliminarBoa noite Mimi. Como está? Esperamos que bem.
Obrigado pelo comentário.
Quem somos nós para responder... mas sempre diremos o seguinte:
O justo peca 7 vezes ao dia. Isso já seria motivo bastante para pensarmos em nós de outra maneira. Por outro lado, as escrituras são claras como água em relação ao pecado pelo que dificilmente seria aceitável acreditar na santa ignorância que tal pessoa estaria mergulhada.
Acrescem três coisas mais. A primeira é que ninguénm com vida interior afirmaria tamanho esse desconhecimento e para termos noção do pecado é necessário que tenhamos relação com Deus. Sem essa relação (necessária) tais afirmações serão basófias desprovidas de nexo. Só terão nexo para quem as profere. Mas quem as profere manifesta uma enorme ignorância e ausência de vida interior.
A segunda, o sacramento da reconciliação. Seria absurdo assumir um pretenso estado de graça perene pois implicaria desconsiderar em absoluto a graça santificante e operativa de Jesus em nós por via deste sacramento.
Em terceiro e último, uma afirmação assim faz lembrar as pessoas que afirmam de si mesmas "irem andando" espiritualmente. Não há nelas massa crítica. Tudo é relativo e as suas opiniões revelam uma enorme soberba. Só se ouvem a si. Não ouvem a Igreja. E como tal permanecem na ignorância. Vão "andando". Ora, o sangue de cristo, a Paixão do Senhor, pede mais de nós do que o "ir andando". Os tíbios poderão ir "andando" mas com enorme probabilidade o reino não lhes pertence. E estes são os piores inimigos de Deus. Não são os outros que o afirmam serem-no pois como demonstrou São Paulo esses também se convertem. Já os convertidos amorfos...
"Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti", disse Santo Agostinho.
Um beijinho Mimi. Esta é a nossa modestíssima opinião.
Cara FEM, concordo com tudo o que escreveram, sem dúvida. No entanto, continuo a achar que aquela frase (que nenhum cristão proferirá) revela ou um pecado, ou o outro. Mas apenas levando a frase à letra, pois realmente tudo o que escreveram é pertinente!
EliminarNão, Mimi. Com o devido respeito são cumulativos.
EliminarQuem diz algo asim vive na mentira e por força dela, mente.
O que diz não é verdade. Se não é verdade, é mentira. Não há meio termo entre ambos os conceitos.
Por outro lado, a soberba. Entender (mentirosamente) que não se tem pecados é acto de sobranceria, orgulho, altivez e arrogância.
Percebemos a sua construção mas compreenda que ninguém pode afirmar não ter pecados (estaria a alucinar...) se não tiver consciência ou da assunção dessa sua própria verdade (em si mesma uma mentira) ou de uma rebeldia em relação à Igreja (maior parte dos casos). Ora, a afirmação que depois deriva para duas perspectivas (assunção de uma verdade que em si é uma inverdade e rebeldia) não somente é em si mesma mentirosa (o branco não é preto e vice-versa) como revela a altivez de quem a profere. E aqui, nesta sobranceria, arrogância e altivez está a soberba.
São duas opiniões. Mas o giro é falar e pensar. Estamos todos a crescer para Deus.
Beijinhos
Hesitei entre escrever ou não mais uma vez, porque tenho consciência de que não é propriamente útil o que vou escrever (mas as vossas respostas são úteis, por isso a inutilidade do meu comentário tem as suas vantagens!).
EliminarÉ verdade que a frase que estamos a discutir é mentira, mas se a pessoa não tiver consciência disso está a mentir, isto é, a cometer o pecado da mentira?
Veio-me à cabeça o facto de não ser o Sol a girar à volta da Terra e sim o contrário. Antes de se saber que assim era, quantas pessoas - entre elas alguns santos, certamente, que não sabiam mais do que os do seu tempo - disseram, convictos, que o Sol girava à volta da Terra? O que disseram não era verdade, mas estariam eles a mentir? É só nesse sentido que defendo a "teoria" que os dois pecados naquela frase não são cumulativos.
Bom dia, Mimi.
EliminarFez bem escrever. Escreva sempre. E se não concordar volte a escrever.
Já tínhamos percebido o ponto de vista. E o exemplo que deu veio fortalecer o que escreveu. Mas repare, em rigor quem pode dizer não ter consciência do pecado e dizer não o cometer quando as escrituras o afirmam, a Igreja di-lo, os leigos afirmam-no?
Até do ponto de vista histórico essa afirmação de suposta pessoa cai por terra. Eu não teria de ser católico para saber historicamente que Jesus Cristo morreu pelos pecados do Homem.
E na minha condição iria perceber o que é o pecado. Ou, estando em ignorância, perguntaria: “O que é isso do pecado”?
Se perguntar a uma criança se matar é crime ela vai dizer que sim. No limite dirá que não pode fazê-lo. Mas pergunte se para o afirmar leu o código penal. A resposta será negativa. Ou seja, soube porque a consciência foi formatada pela razão, pelo costume e pelo que ouviu. Até pelo Direito natural.
Alguém neste mundo pode afirmar não ter consciência do que é o pecado se dele falamos todos os dias, se existe uma convicção enraizada do que é (independentemente de estarmos ou não nas tintas relativamente às ofensas que fazemos a Jesus por via deles)?
Percebemos o que diz. Aceitemos a situação que apresenta. A pessoa diz não ter pecados pela inconsciência que alega. A Igreja a essa pessoa diz que os tem. E explica para que possa ter consciência. Se essa mesma pessoa afirma ter pecados a partir daí a sua vida mudou. Quiçá converteu-se. Lembremos São Paulo.
Se, todavia, a mesma pessoa mantiver a postura reitera na mentira e na soberba.