Família em Movimento

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

A Confissão

Sobre a confissão há sempre mais e mais a dizer. Neste ano da misericórdia devemos ter sempre presente da necessidade e frescura deste enorme sacramento.

Na nossa família e com excepção do marido e pai que a faz com o director espiritual,  todos rumam no mínimo uma vez por mês ao Oratório. E se algo grave acontece e é urgente confessar para poder comungar, trata-se essa urgência como urgência. 

Se vamos ao médico porque dói o corpo não vamos quando dói a alma? 

Ainda que tenhamos especial "preferência" por cair no mesmo buraco (entenda-se pecado) e ainda que o confessemos muitas vezes, ele é sempre novo. 



E devemos não apenas lutar contra ele e não cair no buraco de sempre mas ao cairmos e se cairmos, ter a noção de que o devemos confessar. Já houve uma ou outra circunstância que pensei para mim "Vou dizer a mesma coisa outra vez? Sinto vergonha". Era o inimigo a falar-me. Uma espécie de auto-conselho para não confessar a mesma coisa porque o sacerdote já devia estar fartinho de ouvir dizer-me o mesmo... não, ele não se cansa porque o Senhor perdoa sempre.

Concluindo, devemos confessar sempre e sempre os pecados ainda que o tenhamos cometido anteriormente e o tenhamos confessado. Pois bem, confessámos o outro; este agora ainda está por confessar.

Também é verdade que - o exemplo não é meu - não andamos por aí a assaltar velhinhas para furtar 5 euros. Quero com isto dizer que nem sempre os pecados são cabeludos. 
Mas certamente temos imensas omissões. Por exemplo, nas relações familiares, nas relações sociais, entre outras. Que apostolado tenho feito? Que exemplo dou? Sou espelho da unidade de vida? 
Sou burguês na minha casa deixando as tarefas ao encargo do meu consorte? Que bem devia eu ter feito e não fiz? 

Porque o mal não está em não fazer coisas más; o mal está em não fazer as boas. 

Por último, uma reflexão.
Incido a mesma numa questão muito pessoal: quantas pessoas levámos à confissão? 
Que familiares ou amigos foram à confissão por nossa influência? 
Que bom livro emprestei a alguém? Que convite fiz a alguém? 

Porque a nossa missão é evangelizar, doa a quem doer.

Nosso Senhor não nos disse: «Fica no burgo e faz umas orações. Vai à Missa, confessa-te, frequenta os sacramentos mas fica descansado no sofá e cumpre tudo o que ensinei. Mas não esqueças, fica descansado e deleita-te».

Não, Nosso Senhor foi claro. Ai de nós se não evangelizarmos. Ai de nós se não sairmos de nós mesmos. Ai de nós se não nos desinstalarmos.

Custa? Temos respeitos humanos? Mas alguém disse que ser cristão era tarefa fácil? 
Não, ser cristão a sério é para duros, para pessoas de ganas e decididas. Os "nhoquinhas" não entram neste plantel. São amorfos e tíbios demais para isso.

Nesta sequência, outra questão que se impõe: se  somos conhecidos pelos frutos, que fruto somos? 
A pior coisa que me podia acontecer era ser pessoa de enorme jeito para a escrita (salvo esta enorme presunção) e depois ouvir da boca do Senhor a frase «Não te conheço».

Pois bem, findo. Nunca esqueçamos Paulo e Agostinho. 
São exemplos claros e inequívocos de que há sempre um (re)começar. Hoje. Agora!  
Há quanto tempo não nos confessamos? É o começo.

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