Devorava com gosto as Lições do Burro do Sacerdote Hugo de Azevedo e veio à minha cabeça uma estória recente de educação.
Vamos por partes. A 4ª Lição versa sobre a Austeridade.
Lê-se ensinamentos como as estórias dos miúdos ingénuos que pensam que o pai ou a mãe gostam mesmo de asas de frango ou de rabos de peixe. Não imaginam na sua infantil ingenuidade que os pais gostam mesmo dos filhos e que o sacrifício de comerem os rabos do peixe ou as asas da galinha é para que a melhor parte fique com os petizes. É o "gosto de dar gosto a quem ama".
Noutro exemplo, é verdade que gastamos muita água para poupar o gesto de fechar e reabrir a torneira quando muitos irmãos nossos guardam meio litro de água para o dia seguinte. Que grande Lição que o burrito nos deu.
Há poucos dias atrás a nossa filhota mais nova estava a roer (roer, não comer) um pêssego. Notava-se pouco ânimo. Às páginas tantas a mãe viu-a ir, pé ante pé, para o caixote do lixo e imediatamente a repreendeu pois adivinhou o gesto que se aproximava: deitar o pêssego no lixo.
Também o pai a repreendeu imediatamente e disse-lhe que aquele pêssego que pedira jamais poderia ser deitado ao lixo porque a comida nunca vai para o lixo.
Depois em conjunto falámos alto para que a informação fosse ouvida (avivar a memória) dos irmãos. Há quem tenha fome e muito desejasse um pequeno alimento. Seria ofensivo, injurioso e revelador de falta de sensibilidade - além do desperdício - deitar comida fora.
O Senhor não nos dá os meios nem os bens para os desperdiçarmos.
É óbvio que os filhos não têm esta noção. Mas sabem que procedem mal. Se assim não fosse a nossa filhota não teria ido de mansinho, pé ante pé, ao caixote do lixo.
O Senhor não nos dá os meios nem os bens para os desperdiçarmos.
É óbvio que os filhos não têm esta noção. Mas sabem que procedem mal. Se assim não fosse a nossa filhota não teria ido de mansinho, pé ante pé, ao caixote do lixo.
Sim, custa-nos quando as crianças agem e não são advertidas pelo que fazem negativamente. Não de forma abrupta. Antes de forma educada para que sejam, por via disso e como o nome indica, educadas.
Os pais nunca - mas nunca! - se devem demitir dessa função importantíssima e decisiva.
Os pais nunca - mas nunca! - se devem demitir dessa função importantíssima e decisiva.
Continuaremos a ler as Lições de um burro muito sóbrio que nos alerta para as sensibilidades mais reais da vida. Recomendamos o livro.
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