Há uns anos a esta parte
vemos muitos estandartes com a imagem do Menino Jesus pendurados nas janelas e
varandas.
O que foi gerado por devoção
no seio da Igreja Católica foi adoptado e adaptado por moda.
Na verdade, modas são modas
e se dois têm porque não ter eu também? A moda é isto.
Não há mal nenhum ainda que
a inconsistência e a incoerência sejam evidentes.
Ainda que muitos estandartes
sejam colocados e evidenciados por não cristãos (no caso, católicos), não deixa
de ser um sinal de que há uma consciência por parte destes de que no Natal se
celebra o nascimento de Jesus.
Assim, não deixa de ser
positiva esta moda por parte de uns e devoção por outros. O importante é
relevar o Natal numa época de profundo relativismo.
Mais a mais, não sabemos se
essa consciência natalícia não provoca interiormente em muitos uma introspeção
tão propícia nesta época. Acresce o facto das crianças questionarem na sua
ingenuidade o significado dos estandartes. Ambos são factos positivos.
A tal inconsistência e
incoerência de hoje poderá tornar-se, mais à frente, consistência coerente com
a prática da vida cristã católica.
O modo e o tempo a Deus
pertencem. Todos os sinais de Deus são bons e esta exteriorização também o é.
Por devoção ou por moda Deus é reconhecido, pelo menos, neste tempo de Natal.
Assim, por devoção ou moda,
mantenham os estandartes.
Por último e para reflexão.
O Pai Natal este ano não vai
aparecer. A tradição com mais de uma década cessou na
nossa família. Também aqui houve durante muitos anos uma incoerência e uma
devoção a uma moda da nossa parte ainda que paralelamente celebrássemos o Natal
religiosamente, obviamente. Este ano será o Menino Jesus a reinar diante dos
nossos filhos. O velho simpático interpretado anos a fio pelo pai cessou a sua
actividade em abono da coerência de vida cristã que assumimos todos os dias da
nossa vida. Assim Deus nos ajude.
Assim e concluindo, somos
nós mesmos a prova evidente de que a incoerência pode transforma-se em
coerência. Bastará querê-la e assumi-la ainda que derrogando hábitos antigos
que por via da decisão de uma vida se tornaram incoerentes e inconsistentes.
A propósito do Pai Natal, gostava de aqui deixar um comentário. Cresci sem Pai Natal, nunca acreditei nele (não houve ninguém a tentar que eu acreditasse) e nunca faltou "magia" ao meu Natal de criança.
ResponderEliminarQuando o Pai Natal me foi apresentado, por assim dizer (não sei bem como mas provavelmente a propósito de canções de Natal), achei-o uma figura simpática, mas não tomou grande relevo na minha vida.
Como cristã católica, antes de ser mãe, não me fazia confusão a figura do Pai Natal "impingida" às crianças nos lares onde não se vivia a fé de forma muito visível, mas admito que me fazia alguma confusão que surgisse nos lares mais praticantes (precisamente por causa da incoerência).
Como mãe, mantive-me coerente com o meu pensamento e não "introduzi" o Pai Natal cá em casa, mas ele surgiu vindo de vários sítios. Só fiquei apaziguada com a presença do Pai Natal (sem ninguém se disfarçar, refiro-me apenas a falar-se do Pai Natal) depois de uma das minhas irmãs (católica) me contar a forma como uma outra mãe católica tinha resolvido a questão do Pai Natal: "No Natal quem é importante é Jesus, quem dá presentes é Ele, mas como ainda é bebé, tem um empregado que é o Pai Natal e é ele que distribui os presentes!". Não contei esta versão aos meus filhos, mas até a acho aceitável! :-)
Olá Mimi!
EliminarMuito obrigada por esta partilha.
Também nós enquanto crianças sempre vivemos o Natal focados no Menino Jesus e sem a figura do Pai Natal.
Erradamente com os nossos filhos brincámos com a esta figura durante vários anos sem nunca deixar de celebrar o Natal cristão.
Todavia, é tempo de mudar, de ser coerente com a nossa fé e com o que vivemos no nosso dia a dia.
O Pai Natal reformou-se.
Esperamos ansiosamente o Menino Jesus!
Um beijinho
Beijinhos
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