Família em Movimento

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Porque tu és (sempre) mais importante

Pediste para escrever sobre o que te disse há dias.
Falas do quê? - perguntei.

Depois lembraste-me. Sim, escrevo. Aquilo que te disse foi simples. Falei-te do amor entre nós.

Enquanto esperava na sala de espera da clínica e depois de rezar por ti, esperar por ti,  li parte do último livro do Padre Rodrigo Lynce de Faria sobre o casamento. Li esta passagem bonita:

«Para ela o casamento era exactamente isso: a maior e mais definitiva viagem que tinha decidido realizar com ele até ao fim da sua vida. 

Ficou inquieta ao pensar na intensa vida social do marido (que viajara) e arrependeu-se de não o ter acompanhado. Resolveu escrever-lhe.

"Temo que o convívio com princesas e embaixatrizes te faça esquecer de mim, que sou uma mulher simples e sem títulos, excepto o maravilhoso de ser só tua."
Ele não tardou em responder-lhe:
"Esqueces, minha amada, que casei contigo não só porque te amava, mas porque tinha e tenho o propósito firme de te amar sempre, cada dia mais, aconteça o que acontecer".»

O amor, o compromisso do eterno é isto: "Tu, só tu, aconteça o que acontecer."
Amar em todas as circunstâncias, cada dia mais, até ao fim.
A resposta é atribuída a Otto von Bismarck (1815/1898), estadista prussiano e unificador da Alemanha.

Naquele dia concreto meu amor, as minhas dores não existiram para mim, porque tu estavas primeiro. A intensidade do amor repele a intensidade da dor mas esta é tradução daquele que, com ela, se fortalece e unifica. Farias o mesmo por mim. Quando amamos, o outro está sempre primeiro. Como foi possível levantar da cama alguém que não se mexia? Não sei. Mas aconteceu. Como fazer alguém andar quando não consegue? Não sei. Mas aconteceu. O corpo cede quando o outro de nós precisa. E cede porque o amor prevalece.

Amo-te muito. Até ao fim. Aconteça o que acontecer.

Teu! Muito teu.
P

4 comentários:

  1. Não consigo dizer nada. Acho que digo tudo.

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  2. Lindíssimo. Vou ter a liberdade de partilhar, se não levarem a mal.
    Diria que um texto se transformou numa serenata de amor partilhada publicamente o que em si é belo. Fale-se do amor.

    Beijinhos
    Maria Alice Vieira

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    Respostas
    1. Boa tarde, Maria Alice Vieira. Muito obrigado pelo que escreveu. É muito bonito.
      Sim, pode partilhar. Não levamos nada a mal. Fique tranquila.
      Até breve e muito obrigado.

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