Caros amigos, boa noite.
Estivemos ausentes por alguns dias mas regressamos ao convívio nesta data para escrever um pequeno texto sobre a proximidade conquistada à força de uma baixa médica e, simultâneamente, um conquistar paulatino de maior vida interior.
Este texto é escrito poucos minutos após termos rezado o terço em família.
A lareira está acesa, a árvore de Natal está colocada na sala e as luzes já brilham anunciando o nascimento de Jesus. A proximidade familiar é notória.
Estes dias de recuperação da cirurgia têm sido benéficos. Não são dias de ócio mas podiam sê-lo. Felizmente, pese embora haja tempo para tudo, pouco tempo sobra e isso é muito bom. Não ter tempo é bom sinal. E não sobra porque todos os dias há muitos exercícios a serem feitos - faça chuva ou sol - que são criteriosamente complementados com oração, conforme indicação do Director. As tarefas que antes não eram ou, se quiserem, raramente eram feitas, são agora executadas cuidadosamente. Falamos no "casamento perfeito entre Marta e Maria", isto é, da acção necessária complementada com a necessária oração. Falamos na oração mental bi-diária, no terço bem rezado, na leitura da Bíblia, na leitura de um livro espiritual, etc.
Com excepção das leituras, as demais orações são realizadas no operar dos exercícios de recuperação ordenados pelo médico, sejam em ginásio, rua ou piscina. Aliás, os exercícios são tão solitários que Jesus toma conta da totalidade do pensamento e do momento. Todo o ambiente é propício. É um bom exercício de meditação, perceber que Jesus nos chamou no nosso ambiente quotidiano e é aí que nos quer muito d´Ele. Aí e não em outro lugar. Para os outros lugares convoca outros irmãos. Fica para um texto próximo.
Retomando, há dias foi transmitido a um Director que "não se tem morrido, antes pelo contrário".
Mas destacamos igualmente a cooperação e proximidade familiar. A família tem "crescido". Sentimos quão unida está em torno do que é central, seja a amizade, o amor, a abnegação, a oração conjunta, entre outros. Família, família, família!
As meninas andam sorridentes, o menino muito laborioso. A mãe sempre atenta, não descura o cuidado diário e os mimos de sempre, como sejam, por exemplo, os bolos para animar a família. O pai faz o que lhe compete fazer e oferece o que deve ser oferecido. Até o Verdi já está integrado na casa e na família. Já senta, quando ordenamos. Progressos! 😃
Felizmente muitas pessoas compreendem que uma doença, um hospital, uma recuperação, um dissabor, entre outros, são fontes inesgotáveis de graças. A cirurgia, a infecção pós-operatória, as dores... tudo contribui. São mimos de Deus para connosco. São igualmente excelentes momentos para oferecer por alguém ou por intenções particulares. E escrevemos "felizmente" pela razão simples de que muitos amigos nos terem pedido (e continuado a pedir) para que o momento seja oferecido por uma intenção particular. Isso alegra e transforma a situação em algo sobrenatural. Mais, faz-nos sair de nós mesmos.
Caros amigos, não tivesse - desde início - sido transformado em algo sobrenatural e teria sido francamente mau. O sofrimento "por nada" é um vazio e um vazio é um nada. Não fosse a visão sobrenatural e a "cantiga o coitadinho" teria sido cantada vezes sem conta, cheia de vitimização, como é apanágio de quem tem vistas curtas.
Findamos. A nossa família continua empenhada no propósito inicial. Além do Blogue Família em Movimento, temos em mente passar testemunho de família católica que somos. Sempre foi esse o fito. Nos últimos tempos fomos sondados para esse efeito por dois Sacerdotes. Se se concretizará, não sabemos. Colocamos nas mãos de Deus. Quando Deus quiser e se quiser, acontecerá.
Depois, há outras ideias. Todavia, colocá-las em prática não depende exclusivamente de nós. Aliás, com excepção deste Blogue e da tomada de rumo (em prol da família), pouco ou nada depende exclusivamente de nós. Retomando a escrita, ainda estão em pensamento e não foram comunicadas à comunidade paroquial. Aos nossos amigos que nos lêem, pedimos que pensem nestes nossos propósitos e rezem um pouquinho por eles.
Ao fim e ao cabo, que missão pretende o Senhor que tenhamos? Mudámos radicalmente a nossa vida a pensar num caminho que se tem feito com muito amor e muitas lutas diárias.
Para onde corremos? Que Deus nos ajude a ver mais nítido. E que o Senhor opere em nós e nos outros para que este nosso caminho seja percorrido de acordo com a Sua vontade.
Bom dia!!!
ResponderEliminarPor acaso já tinha reparado a ausência. Fico, se me permitem, mais descansada pois gosto de vos ler.
Quanto ao que escrevem no fim, desejo que tudo o que querem fazer de bem se realize e se se predispõe a falar sobre a família seria muito mau não vos permitirem tal.
Acho que é a primeira vez que escrevo no vosso blog.
Felicidades e parabéns pelo texto.
Marta Miranda. Sou de Braga. Conhecem? Vale a pena conhecer.
Muito bem-vinda Marta!
EliminarÉ com muito gosto e apreço que lemos os seu comentário tão simpático, escreva sempre.
Muito obrigada pelas suas palavras.
Quanto a Braga, infelizmente ainda não conhecemos, embora já tivessemos passado por aí perto. Um dia destes havemos de conhecer se Deus quiser.
Bem-haja
FEM
FEM, bom dia. Leio vários blogs sobre muitas coisas e sobre família vocês e uns quantos mais são inspiradores.
ResponderEliminarTambém o meu marido gosta de ler coisas de outras famílias. Os meus filhos não tanto. Mas tenho esperança que um dia assentem. Acreditem que lhes demos a melhor educação. Vamos apreendendo e por vezes imitando gestos que lemos aqui e ali. Rezar o terço em família seria muito bom. Mas pedir a filhos e marido que rezem comigo é que são elas.
As melhoras para o chefe da família e os meus cumprimentos. E desculpem o desabafo.
Já agora e desculpem, são de Amarante? São catequistas aqui ou é apenas uma impressão minha? Desculpem mas parece que sem que são. Desculpem.
ResponderEliminarOlá CMartins. Começamos pelo fim: não somos. Não somos catequistas e não somos de Amarante. Somos da zona de Lisboa.
ResponderEliminarAgradecemos as palavras, do fundo do coração. Não há receitas mágicas. Mas há começos. Um Padre nosso amigo ensinou-nos - ainda no tempo do nosso namoro - a regra dos três P: Pouco, Pequeno e Possível.
Pense essa regra e reze-a. Os grandes milagres nunca são noticiados nos telejornais. Por vezes são conversões. Rezar por elas é o caminho e depois, deixar que Deus opere. Nenhuma oração cairá em saco roto. Leia algo sobre Santa Mónica.
Obrigado pelas palavras e até breve.
Gostei de vos voltar a ler, gostei deste texto. Que Deus vos continue a abençoar e, através de vós, a outros.
ResponderEliminarOlá Mimi!!! Como está? Também é sempre bom receber a sua visita que muito estimamos. Obrigado, muito obrigado. Um enorme beijinho de todos nós para si e para todas as Famílias de Caná.
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