Fazer DE e ter um DE é efectivamente a melhor coisa que pode suceder a um cristão. É uma maravilha quando vamos pesados e regressamos leves. É uma maravilha quando ele nos aconselha. É uma maravilha quando ele nos confessa. É uma maravilha quando ele nos corrige.
Se não o tivesse estaria em autogestão. Foi assim durante anos.
A autogestão não é recomendável. Primeiro porque nos tornamos juízes do
critério e selectivos do que é e não é bom, susceptível de manter ou erradicar
e até mesmo confessar.
Por outro lado, temos uma natural tendência a condescender connosco.
Um director permite-nos colocar a nu todas as feridas e ele, como um médico, cura-as. Carrega. Dói. Administra a dose necessária que arde inicialmente mas não deixa alastrar a ferida e, por fim, cura-a.
E dias mais tarde volta a carregar. E assim sucessivamente. Até erradicar
totalmente o mal.
Bom, também é verdade que a DE permite trazer mais alento, maior ânimo, paz
e alegria a toda a família. Pessoas orientadas, com ordem, caminham
serenamente. E se algo menos sereno tira a paz (acontece, somos humanos e
susceptíveis), leva-se à DE.
Na DE como no Sacramento da Confissão devemos ser profundamente honestos e
dizer logo de início o que mais custa. Aquilo de que mais nos envergonhamos.
Aquilo que mais nos afecta. Tudo cá para fora. Limpeza. Verificação de causas.
Correcção.
Findo. Naturalmente que por este texto bem se vê que recomendamos a
Direcção Espiritual com um Sacerdote (sempre o mesmo, com quem tenhamos boa
relação). Que façamos sempre a nossa DE aos dias e horas combinados, faça chuva
ou faça sol, estejamos cansados ou não. Quando é dia de DE é ali que devemos
estar e é ali que o Senhor nos quer.
Uma sugestão que me foi dada na última DE. Eu gosto muito dos meus
directores e do Sacerdote que me segue mas não revelo o(s) nome(s) por razões
óbvias. Rezo por todos com amor cristão porque me dão Cristo sempre que nos
vemos e sempre que orientam.
E na sequência do que foi dito ao longo da prosa, trago sempre matéria para casa. Há sempre trabalho de casa. Sempre. Neste sentido, recomendou que gravasse CD´s com homilías e meditações de determinado site.
Fi-lo. Acreditem amigos que o carro tornou-se veículo de oração e meditação. No
caminho para o trabalho, tarefa, lugar, visita ou para onde quer que a minha
presença se imponha por razões pessoais ou profissionais, vou ouvindo as
meditações e homilías que me têm ajudado muitíssimo.
Se vos parecer oportuno, questionem os párocos ou os vossos actuais e
futuros directores neste sentido. Asseguro-vos uma mudança tremenda na oração.
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