Das poucas homilias que ouvimos ao nosso pároco sobre a temática da Família, consideramos que a última, com algumas semanas, nos transmitiu algo que consideramos muito assertivo.
Em sede de homilia, o Sacerdote convidou os esposos a darem as mãos entre si.
Ouvimos e meditámos sobre a oportunidade e reparámos quão assertivo estava. Na verdade, não apenas como gesto de união no amor que une os esposos como pelo sinal e exteriorização daquele.
Nos tempos de namoro e nos prirmeiros de casamento era usual andarmos pelas ruas de mão dada. Mas esse bom hábito foi desvanecendo paulatinamente até ao momento em que circulamos como família - é um facto - mas sem as mãos dadas.
Na Missa em causa, entendemos não o dever fazer pese embora o convite. E nas Missas que se seguiram também não. O sacerdote, aparentemente, terá esquecido o repto feito uma vez que não mais dele falou. Fica o convite a que mais vezes se fale sobre a Família nas homilias e, quiçá, se realizem acções que versem sobre o tema.
Mas, ainda que não o tenha feito, a verdade é que a ideia é muito boa e não mais saiu do nosso pensamento.
Encontramos vários motivos positivos. Vejamos. Simboliza o laço que nos une; simboliza o compromisso que temos; simboliza a unidade do casal e por conseguinte familiar; exterioriza ao mundo que nos rodeia que pese embora pais ainda namoramos; exterioriza ao mundo que nos rodeia a nossa relação e o vínculo que assumimos; por último e muito importante, transmitimos aos nossos filhos a súmula de tudo quanto neste parágrafo escrevemos.
Estendemos assim o convite que nos foi feito a todos os casais que assiduamente nos lêem.
Se mantêm o hábito de andar de mão dada, não o percam.
Aos casais que, como nós, deixaram desvanecer esse bom hábito convidamos a juntarem-se a nós e reiniciar o mesmo. Tal como a luta cristã é um permanente iniciar e reiniciar, também os casais devem sempre inciar e reiniciar tudo quanto lhes permita ser felizes e fazer da comunidade familiar o seio da abundante harmonia e alegria cristã.
Sim, andemos de mãos dadas!
Sim, andemos de mãos dadas!
Muito pertinente e curioso este texto, enquanto atravessámos os momentos mais difíceis de sempre na nossa vida (com a chegada atribulada da Lúcia) dei por mim muitas vezes de mão dada com o meu marido... dava-me a sensação de proximidade, de unidade... a sensação de que não estava só!
ResponderEliminarObrigada pela partilha, Olívia!
EliminarUm beijinho
Li este texto há uns dias. Na altura pensei algo que não escrevi, mas que, sem voltar a reler, me veio à cabeça ao vir hoje ao vosso blogue: não consigo perceber a vossa reação à proposta do vosso pároco, na Missa. Por que não fizeram o que ele dizia? Provavelmente não voltou a falar disso porque com reações como a vossa não se sentiu certamente encorajado a repetir a proposta! Bem li que acabaram por pensar no assunto e se sentem, agora, convidados a andar mais de mãos dadas, mas a não-aceitação na altura... fe(a)z-me confusão, daí o comentário.
ResponderEliminarAinda relativo ao tema do post, mas noutro sentido, lembrei-me do que ouvi há 25 anos numa cerimónia de casamento, dito pelo padre: "Os cônjuges gostariam de andar de mãos dadas sempre, mas como não é possível, no dia-a-dia, as alianças são como que o substituto da mão do outro - é o nome do cônjuge que está escrito na aliança que cada um usa, não é o próprio". Achei tão bonitas estas palavras que escutei aos 17 anos, que nunca mais me esqueci delas!
Bom dia Mimi!
EliminarAgradecemos o comentário que partilhou. Ele divide-se em duas partes. A segunda é muito bonita e agradecemos verdadeiramente a partilha, pois é uma visão extraordinariamente bela.
A primeira é uma questão comportamental. Não podemos falar por terceiros por isso não emitiremos qualquer juízo de valor. Relativamente a nós, a nossa postura na Missa obedece a um padrão próprio. Por exemplo, no abraço da paz cumprimentamo-nos na face. Há quem não o faça. Mas sentimos demasiado respeito pelo lugar e pelo momento.
O mesmo em relação ao dar a mão. Havia algo de mal em fazê-lo? Absolutamente. Mas não nos pareceu propício.
Se o sacerdote não falou por esquecimento ou pela ausência de retorno ao solicitado, isso não sabemos.
O convite que fazemos não é que dentro da igreja os casais se unam com as mãos em plena Missa. O convite que fazemos é que os casais unam as mãos fora da Missa. E que unam os corações dentro e fora dela.
Quem quiser unir as mãos na Missa… que o faça. Nada contra. Tudo a favor.
Um beijinho Mimi e obrigado pela partilha. Fez-nos pensar.
Obrigada pela vossa resposta. :-)
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