Por mais que fiquemos melindrados e angustiados, nem sempre temos resposta nem capacidade dela.
É impossível combater com as mesmas armas. Não as temos.
É impossível combater com os mesmos meios. Não os temos.
E daí?
O que vemos e lemos não nos agrada? Sim, há coisas que não nos agradam nada
e das quais queremos proteger os filhos.
Há muito da cultura moderna ocidental – a tal cultura dominante – que colide
com a nossa maneira de estar e ser, na personalidade que fomentamos diariamente.
E daí? Vamos perder a paz porque não conseguimos mudar o mundo à maneira
que o queríamos ver?
De todo. Não devemos perder a paz nem a serenidade nem ter a veleidade de
pensarmos que o mundo que queríamos seria perfeito pois não o seria para
outros.
Sem prejuízo, somos detentores de inteligência que permite pautar com
critério o que queremos e para onde queremos ir.
Isto é válido para todas as circunstâncias e vicissitudes da vida. É válido
para quaisquer culturas que nos queiram impor, ainda que de modo velado.
Somos donos do critério e da decisão. Sem cedências.
Bastará firmeza na convicção. Mas para ter firmeza nesta, primeiramente, há
que a possuir. A questão, tantas vezes, são as convicções que assumimos.
Não queremos jamais ser canas agitadas pelo vento, pessoas sem critério nem
decisão. Não queremos ser mais uns que esgotam os minutos da vida sem uma razão
de fundo séria e sem compromissos verdadeiros, ainda que sejamos privados do
gozo do que o mundo nos dá de mão estendida. Não queremos ser quem não queremos
ser.
Que os nossos filhos tenham sempre a noção de que os pais assumiram na vida
e na sua educação uma personalidade vincada e decisiva naquilo que eles mesmos
serão.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio, Cântico Negro
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