Família em Movimento

Família em Movimento

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Casal com contas separadas? Estranho…


Homem e mulher são um só e nada os poderá separar, nem mesmo o dinheiro.

Quando um homem e uma mulher, cada qual o seu trabalho e rendimento, amealham para si próprios, fazem uma insanável distinção entre o que é de um e de outro, sem que se aperceberem que tal é o início de muitas coisas que o tempo trará. A desunião, mais tarde ou cedo, instalar-se-á.

Exemplos? Vamos a isso!


Quem gasta mais dinheiro no talho? E na peixaria? E que culpa tenho eu que ganhes menos? Por que devo pagar mais? Por que devo pagar eu as contas do infantário? Que fizeste ao teu ordenado para a meio do mês não teres dinheiro? Se não gastasses tanto em cabeleireiros o frigorifico estaria cheio! Eu é que pago a totalidade da prestação da casa! Se não é pouco falta. Devíamos pagar na mesma proporção.




Chega?!?...
Eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu… tu… eu…

Que imagem passamos aos nossos filhos? Claramente a prevalência do egoísmo. E eles aprendem rapidamente.

Torna-se fácil deixar o inimigo entrar através do egoísmo e deste “amor” desmedido ao fruto material do trabalho. O dinheiro é bom e deve ser partilhado comummente e servirá para o bem estar da comunidade. Mas até mesmo o dinheiro deve ser gerido com regras, critério e amor.

Note-se que o rendimento que existe é para todos e não deverá ocorrer destrinça entre o que é “meu” e “teu”. Tudo é de todos. Ponto. Assim, viver-se-á a união.

Na nossa família existe uma única conta.

Em rigor, as dificuldades e os êxitos são de todos. Tudo é para todos.
É assim que aprendemos a viver todos os dias. UNIDOS.
Com ou sem dificuldades mas UNIDOS.

Somos Família, uma Comunidade de Amor em que a interajuda nos fortalece e nos une cada vez mais.

Sobre este tema partilhamos a homília do Papa Francisco “«Idolatria» do dinheiro «destrói»."

4 comentários:

  1. Quanto a isto não haja dúvidas! E nenhum casal católico me venha justificar as contas separadas que não tem hipótese... Pena é, e sinal dos tempos, que agora o regime predefinido para o casamento civil seja a separação total de bens.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito boa tarde, Sr. João Santos.

      Agradecemos muito o comentário. Efectivamente admitiu-se a possibilidade de estudar a alteração do regime supletivo de bens no casamento civil – a comunhão de adquiridos – para a separação total de bens. Não é ainda uma realidade. Sem prejuízo, compreendemos o enquadramento que fez no comentário.

      FEM

      Eliminar
  2. "Mas até mesmo o dinheiro deve ser gerido com regras, critério e amor". Permita-me discordar da expressão "até mesmo". O dinheiro TEM de ser gerido com amor verdadeiro (e não com paixão), critério e regras. Quer queiramos quer não, ele faz parte do nosso quotidiano e não conseguimos viver sem ele. Está "sentado à nossa mesa" e, se não o colocarmos ao serviço, seremos escravos dele. E a única forma de fugir a essa maior ou menor escravidão é, em primeiro lugar, geri-lo com amor. Seguir-se-ão as regras e o critério, naturalmente. Se assim for e se em primeiro lugar estiver o amor, os comportamentos de contas separadas esvaziam-se de sentido. A seguir, ensinar aos filhos que o dinheiro não é um fim, mas um meio para amar. Se assim fosse em todas as áreas da nossa sociedade, seriamos naturalmente muito mais solidários..... Desculpe o comentário, mas fala a minha "deformação" profissional.... Bjs carla

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Carla!

      Não tem nada que pedir desculpa.
      Agradecemos muito o seu comentário que lemos atentamente e concordamos.

      Um beijinho
      FEM

      Eliminar