Havia na altura uma suspeita de uma coisa com um nome muito estranho que se confirmou e que por se ter confirmado terei de fazer mais coisas estranhas sobre as quais recomendaram que não realizasse pesquisa no "doctor Google". Ficámos conversados.
Enquanto esperava que no visor aparecesse o meu número 0111 para realizar o exame senti-me perturbado. São muitas coisas ao longo destes anos mais recentes.
Por ora, não mataram. Mas diz o povo e muito bem, moem. Este moer pode ser a dor, a indisponibilidade, a cirurgia e o tempo de recuperação, etc. Moem...
Nesta perturbação que não era bem uma revolta mas um estado de tristeza que me tomou tive uma súbita vontade de agarrar o livro Lições do burro" do Padre Hugo de Azevedo. E li assim:
«O burrico confia no dono (...) O dono é amigo. Nunca o defraudou.»
O meu dono é o Senhor. Não tenho outro. Estas palavras assumiram uma dimensão gigante.
Primeiro, a palavra de que devo confiar. Confiar como um filho confia no pai. Pensei nos meus e sei que confiam em mim. Assumi igual confiança.
Em segundo, o meu Senhor é Amigo e nunca me defraudou. Tudo é por bem. Aconteça o que acontecer muitos frutos são gerados pela dor. Lembro a este propósito um texto que escrevemos aqui no blogue sofre alguns irmãos nossos em Espanha que ofereciam a dor e o sofrimento diário à nossa fidelidade.
Então, quantos frutos gerarei se tiver de sofrer um pouco? Muitos. E nessa cruz, este burrico pedirá ao seu dono que o auxilie a levá-la.
Uns poderão pensar que a leitura daquela página concreta terá sido um acaso. Outros dirão que quem escreve deste lado está louco e a precisar de internamento compulsivo. Chamem-me o que quiserem. Para mim - assumo! - foi o meu dono que me falou quando me viu vacilar. Serviu-se do livro. Serve-se sempre de algo.
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