O paramento que é próprio dos
sacerdotes – sejam presbíteros ou bispos – é a casula. Enquanto a veste o celebrante reza «Senhor, que dissestes: “O
meu jugo é suave a minha carga é leve”, fazei com que o suporte de maneira a
alcançar a Vossa graça.»
Carregar o jugo do Senhor
significa aprender d´Ele, estar sempre dispostos a ir à sua escola. D´Ele
devemos aprender a mansidão e humildade. Olhando-O, a Ele que tudo carregou,
que em Si sentiu a obediência, a debilidade, o sofrimento, toda a escuridão,
então as nossas lamentações dissipam-se. O seu jugo é o de amar com Ele.
Não devemos considerar
supérfluo o emprego de bons tecidos e adornos esmerados na confecção das
casulas.
Fomentemos diariamente no
nosso coração, antes de celebrarmos e participarmos na Santa Missa, os actos de
desagravo e de humildade com espontaneidade de coração e aos nossos lábios a
necessidade de pedir perdão – sem desassossegos nem escrúpulos, que o Senhor
não quer – conscientes de que nunca estaremos tão preparados como conveniente.
São Tomás de Aquino preparava assim
a Santa Missa com esta oração: “Ó Deus
Eterno e Todo-Poderoso, eis que me aproximo do Sacramento do Vosso Filho único,
Nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz
da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor do Céu e da Terra.”
Não é reverência deixar de
comungar, se estás bem preparado. – Irreverência só é recebê-l´O indignamente.
Reze antes de se iniciar o
Santo Sacrifício: “Ó Mãe de bondade e
misericórdia, Santíssima Virgem Maria, eu, miserável e indigno pecador, a Vós
recorro de todo o coração e com todo o amor, e vos suplico que, assim como vós
estivestes de pé junto ao vosso Amabilíssimo Filho pendente da cruz, me
assistais também a mim, mísero pecador, e a todos os sacerdotes que hoje na
Santa Igreja oferecem o Santo Sacrifício. Auxiliados pela vossa graça, possamos
nós apresentar à suprema e indivisível Trindade a Vítima verdadeiramente digna
de Lhe ser oferecida. Ámen.
FEM partilha breves trechos salteados (ipsis
verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do
livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría,
resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue
de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar,
por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.
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