Família em Movimento

Família em Movimento

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Silêncio Interior

Aproximamo-nos a passos largos do Natal.
Presentes, doces, música, brilho… tudo nos distrai do essencial nesta quadra: Jesus, que é Deus feito homem aproxima-se, vem ao nosso encontroVem ao encontro de cada um em particular e apenas espera que O saibamos acolher.

Com tanta azáfama natalícia é fácil perdermos o recolhimento interior, a noção de que o Deus Menino está sempre presente.
Jesus vive em nós. No silêncio interior da alma Ele manifesta-se, revela-se.

Deus veio e vem ao nosso encontro de forma tão frágil e desprotegida. Quer que O agarremos nos braços, que O aconcheguemos, que O mimemos como fazemos a um qualquer bebé.



Homem ou mulher, Ele quer o amor de todos.

Quer os braços fortes de um homem, que O protejam como um pai.

Quer a ternura e o colo doce de uma mulher, que O aconchegue e O acaricie como uma mãe.




Como conseguir o silêncio interior onde Deus se faz acolher?

Fazer silêncio não é apenas calar.
Fazer silêncio é limpar a alma de todas as preocupações e inquietações; é entregar ao Menino tudo o que nos perturba com simplicidade, confiando na Providência Divina depois de termos feito tudo o que estava ao nosso alcance.
Na agitação da vida quotidiana, Jesus espera apenas que O acolhamos.

Quanta paz nos transmite um bebé?
Indefeso, frágil totalmente confiante nos seus pais.

Neste Natal, Jesus quer que O aconcheguemos e que como Ele sejamos protegidos pelo Pai.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Missa versus Ginásio

Não perco oportunidade de dizer que vou à Missa todos os dias. Antes, tempos houve em que escondia. Hoje, não. É mesmo para dizer.

E é muito curioso observar as diferentes reacções das pessoas.

Há dias atrás estava com duas pessoas. A talhe de foice a conversa foi parar à dificuldade em acordar cedo. Acontece a todos. Foi então que disse que o meu despertador tocava pelas 05:40H o que causou alguma perplexidade, atendendo a que as pessoas sabiam a hora que eu entro ao serviço.
Então eu expliquei a razão.


Uma ficou a perguntar:
- A sério?!?? Levantar a essa hora para ir à Missa? LOL

Ao que a outra respondeu:
- Então, não há pessoas que às 7 vão ao ginásio? Ele vai à Missa.

Confesso que a comparação me deixou perplexo. Que raio… comparar a Missa ao ginásio… enfim.



Todavia, mais tarde o Senhor fez-me ver que aquela comparação não era descabida. Ao fim e ao cabo, só Ele sabe os "músculos" que se desenvolvem com esta acção, só Ele sabe quão rijo fica o corpo que obedece, quão forte fica uma alma que vai ao encontro do Senhor que, todos os dias, nos espera.

E por falar em comparações com ginásios, sempre direi que os meus Directores são como os PT, que nos indicam que exercícios espirituais mais se ajustam para manter a forma.

Sorte e luxo ter dois.

Ao fim e ao cabo a comparação não terá sido, de todo, descabida.

E para elevar a musculatura espiritual da Família, a mãe e as princesas da casa também se juntam à Missa da Paróquia duas vezes por semana. 💪

sábado, 25 de novembro de 2017

Tweet


Eu sou feliz se na minha vida desejar, mais que a minha, a felicidade da minha mulher.

E a inversa, é verdadeira.

Se marido e mulher assim o fizerem, a felicidade de ambos é garantida porquanto arredaram de si o egoísmo que antes os faziam infelizes e cheios de si mesmos.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Depois dos telemóveis, o Papa pede fim de conversas e bisbilhotice durante a Missa

O Papa Francisco voltou hoje a criticar comportamentos que fazem da Missa um “espetáculo” e, depois de há uma semana ter pedido o fim dos telemóveis na celebração, apelou esta manhã ao silêncio na assembleia.

“Quando vamos à Missa, às vezes chegamos cinco minutos mais cedo e começamos a bisbilhotar com quem está ao nosso lado. Mas não é o momento de bisbilhotar, é o momento do silêncio para preparar-se para o diálogo, é o momento de recolher-se no coração para preparar o encontro com Jesus”, apelou, na segunda catequese do novo ciclo de reflexões semanais sobre a Eucaristia.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa sublinhou que o silêncio é “muito importante nas celebrações litúrgicas”.

“Lembrem-se daquilo que vos disse na semana passada: não vamos para um espetáculo, vamos para o encontro com o Senhor e o silêncio prepara-nos e acompanha-nos. Permanecer em silêncio junto de Jesus”, recomendou.

O Papa Francisco falou da Missa como “a oração por excelência, a mais elevada”, um “momento privilegiado para estar com Jesus, e por meio dele, com Deus e com os irmãos”.

"Jesus ensina os seus discípulos a rezar a oração do Pai Nosso e, com ela, introdu-los no diálogo sincero e simples com Deus, animando-os a criar neles uma consciência filial, sabendo dizer ‘Pai’", assinalou.

in Agência Eclesia, Cidade do Vaticano, 15 nov 2017 

sábado, 11 de novembro de 2017

O Evangelho de hoje

Na meditação do livro Falar com Deus de hoje, vem uma estória contada pelo Papa João Paulo I que é elucidativa sobre o servir a dois senhores.

Transcrevo:

"À porta da cozinha estavam deitados os cães. João, o cozinheiro, matou um bezerro e lançou as vísceras no pátio. Os cães comeram-nas e disseram:
- É um bom cozinheiro.

Pouco tempo depois João descascava batatas e cebolas, e voltou a lançar as sobras no pátio. Os cães atiraram-se a elas, mas, torcendo o focinho, disseram:
- O cozinheiro estragou-se, já não vale nada.

Mas João não se importou com esse juízo e disse:
- É o amo quem tem de comer e apreciar os meus pratos, não os cães. Basta-me ser apreciado pelo meu amo."

Bom fim de semana.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Concerto de Rui Massena

Na 5ª Feira fomos ver o Maestro e pianista Rui Massena ao CCB para apresentação do seu novo trabalho, Rui Massena Band.

Como sempre, foi fabuloso. Haviamos ido o ano passado para apresentação de Ensemble e, por ter superado todas as expectativas, não perdemos este concerto para apresentação do seu novo disco.

Além de ser fabuloso de ouvir mas também de ver, foi daqueles momentos que aqui recomendamos aos casais, isto é, momentos a dois, com qualidade.

Os meninos ficaram nos avós que costumam ser cúmplices destes nossos muito desejados quebrar de rotina.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Pão por Deus

Este ano, na noite de 31 de Outubro, apenas nos tocaram à campainha quatro crianças e os saquinhos de Pão por Deus que tínhamos preparado ficaram por distribuir. 

À semelhança dos anos anteriores, depois da Missa do Dia de Todos os Santos as nossas princesas foram pela vizinhança bater de porta em porta pedir o Pão por Deus.

O pai e a mãe acompanharam as meninas no passeio, e como as crianças não vieram bater à nossa porta, fomos nós distribuir os saquinhos de Pão por Deus a estas.

Foi uma experiência muito engraçada, primeiro porque como as nossas filhas têm este costume alguns vizinhos já as esperavam, depois porque não contavam que, em Família, levássemos um miminho para os seus próprios filhos.

Conversámos, ainda que por breves minutos com cada vizinho que nos abriu a porta. Estes ficaram sensibilizados com o nosso gesto, nós ficámos felizes por levar um pouco desta alegria de ser cristão e as meninas encheram os sacos de guloseimas! 😊

No final, ainda ficámos com a promessa de uma das Famílias que visitámos de que os seus filhos para o próximo ano se juntarão às nossas princesas no Dia de Todos os Santos para pedir o Pão por Deus...

Obrigada a todos os vizinhos pela amabilidade e generosidade com que nos receberam!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Missão: todos os Santos

À semelhança dos anos anteriores os nossos filhos não participam em festejos de Halloween.

No entanto, as crianças vizinhas todos os anos nos batem à porta nesta noite. Abrimos a porta a todas e para elas temos sempre preparado um saquinho de Pão por Deus.




Este ano o saquinho, para contrastar com os fatos de bruxas e vampiros que as crianças e pais trajam, levam um Anjinho e dentro a Oração do Anjo da Guarda. 




Talvez muitos deitem para o lixo, mas se uma só destas crianças rezar ao seu Anjo da Guarda, já valeu a pena esta Missão.

Feliz Dia de Todos os Santos!!

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sempre se arranja tempo... outra vez.


Mais uma pitada de sal.
 
Pois bem, a todos os ingredientes faltava o principal: a Missa diária.
 
Falei ao meu director e ele recomendou que pedisse um favor a São Josemaria: partilhar o meu desejo e simutâneamente a minha dificuldade, atendendo aos horários que tenho e aos horários das celebrações da Eucaristia.
 
Fi-lo pois na Missa de Domingo.
Ontem, Segunda-Feira, fui ao site da diocese e nada. Não encontrei nada. Mas depois lembrei de um Padre amigo – e aqui foi uma inspiração – e comuniquei com ele.
- Acho que tens uma Missa às 7 Horas da manhã em…
- A sério que sim?
Era a oportunidade. Fui ao Google. Pesquisei o número e telefonei para as Irmãs. Recebi a confirmação.
Mas o mais extraordinário: a capela em causa fica a 600 metros do meu trabalho e eu ignorava.

Foi, para mim, uma enorme Graça. Digamos que São Josemaria foi… rapidíssimo. Não seria possível melhor, quer pelo horário, quer pela proximidade.
Hoje vim pela primeira vez a esta Missa.
Levantei às 5:45H e saí de casa pelas 6:20H. Trouxe comigo o Falar com Deus e outro livro de leitura espiritual (estou a ler Deus ou Nada do Cardeal Robert Sarah), para ler na minha hora de almoço. Tive, pois claro, de refazer os horários mas tudo se encaixou.
A Missa começou às 7H. Antes rezei Preces. Depois da Missa fiz a leitura. E depois, caminhei a pé para o meu local de trabalho. Ah, o Terço foi rezado no caminho para o trabalho, como antes. Deus gosta tanto destes actos de liberdade plena. E, confesso, eu também. E até a minha família gosta. Isto é verdade. Levantar a esta hora é muito exigente. Tenho pois, todos os dias, um ponto de luta. E a primeira conferência do dia, essa, é d´Ele.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Sempre se arranja tempo...

Mudei de local de trabalho e por via disso tenho necessidade de sair mais cedo de casa para chegar a horas. Aliás, chego smepre com meia hora de antecedência porque a pontualidade é uma regra que me exijo.
 
E comecei a fazer contas... levantar pelas 07:00H, tomar banho, tomar pequeno-almoço... hummm... não vai chegar para fazer meditação.
 
Decidi então colocar o despertador para as 06:40H e informe o clã.
 
- Pai, a essa hora vou eu tomar banho para ir para a escola...
- Oppsss... pois, pois...
 
Voltei às contas. E assim cheguei à decisão: viver não o minuto heróico (levantar quando o despertador toca) mas a hora heróica. Pareceu-me bem.
 
Assim, comecei a levantar-me às 06:00H da manhã, todos os dias, para fazer a minha higiene, tomar o pequeno almoço, dar a maçã ao Verdi, rezar as Preces, fazer a meditação com o Falar com Deus e ainda sair muito a tempo de rezar o Terço na viagem para o trabalho e ainda fazer algum tempo de recolhimento a beber o que ficou da meditação para aplicar no meu dia.
 
O levantar mais cedo custa... é verdade. Mas assim não estorvo ninguém e ganho tempo para fazer tudo quanto me propus fazer. Aliás, sobra tempo. Ao fim e ao cabo, querendo, sempre se arranja tempo.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Boas ofertas de Natal!



 Porque o Natal está a chegar 
e gostamos de ofertar presentes que nos transmitam 
o verdadeiro sentido cristão desta quadra.

Para os mais pequenos "Santos para brincar"


Ofereçamos às crianças presentes que as ajudem a ter ligação com os nossos verdadeiros heróis: os Santos do Céu!







Os Santos para brincar surgiram da necessidade de evangelizar e transmitir a fé aos nossos filhos. Todavia, estão agora ao alcance de todos.

 Fazemos qualquer Santo, basta entrar em contacto connosco através de e-mail
familiamovimento@gmail.com

Bem-hajam
Família Cavaco

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ioga na escola? Não, obrigada!

Na passada sexta-feira a nossa benjamim chegou a casa com a novidade. Tivera uma aula de ioga no âmbito da  Actividade Física e Desportiva (Actividade Extra Curricular), na escola.

No início do ano inscrevemos a pequenina nas Actividades Extra Curriculares (Música, Inglês e Actividade Física e Desportiva) à semelhança do ano anterior.

Todavia, este ano a Associação de Pais da escola propôs a introdução de aulas de ioga nas AEC's. Importa frisar que as AEC's são de cariz facultativo e não têm um plano de avaliação.

À hora do jantar, tivémos connosco o nosso Querido Padre Pedro, e a princesinha contou a novidade à mesa. O Padre alertou-nos para a espiritualidade que está por trás do ioga, e para termos atenção.

No dia seguinte, já só com as meninas em casa, perguntei à benjamim o que fizera no ioga. Ao que me respondeu que fizera um jogo, e explicou-me o mesmo. 
Um jogo simples e lúdico. 

No entanto, a pequenina mostrou-me como cumprimenta a professora de ioga ao entrar e sair da aula.



-É assim, mãe:  juntamos as mãos como se estivéssemos a rezar  inclinamos a cabeça e dizemos "mamastê".

Perguntei-lhe:
- E tu sabes o que isso quer dizer?

Respondeu-me que não.

Terminei a conversa por ali e fui procurar saber mais sobre esse cumprimento.




Descobri que:
"Como saudação, namastê pode ser dito com as mãos juntas em frente ao tórax e com uma ligeira curvatura, para indicar profundo respeito, pode-se colocar as mãos em frente a testa, e no caso de reverência a um deus ou santidade, coloca-se a mão completamente acima da cabeça."

Mais tarde, sentei a princesinha no meu colo e disse-lhe:

- Amor, gostava de falar contigo sobre as aulas de ioga. 
Nós amamos Jesus. E quando entramos na Igreja ajoelhamo-nos e curvamo-nos diante do Sacrário onde está Jesus, porque Ele é o nosso Deus. 
Respeito, devemos ter por todas as pessoas, mas curvarmo-nos só diante de Jesus. 
Querida, a mãe e o pai não concordam que vás às aulas de ioga porque aquilo que irias aprender é contrário à Fé em que acreditamos.
Tu compreendes o que te digo?

- Sim. - Respondeu.

A mana mais crescida que estivera a ouvir a conversa interveio:

- ...inha, nós somos amigas de Jesus. O ioga não te ensina coisas sobre Jesus.

No final da conversa disse-lhe:
- Filha, irei escrever um recado na caderneta à professora a dizer da nossa decisão, e à sexta-feira virás mais cedo para casa. Eu prometo que fazemos algo juntas, só nós duas. Os manos estão na escola e a mãe irá preparar uma actividade para fazermos as duas. 

A pequenita ficou empolgada com a ideia de poder ter a mãe só para ela por um bocadinho. E com alegria disse:

-E o que vamos fazer, mãe?

- Ainda não sei, vou pensar. Pensa tu também... Posso contar-te uma história num dia, noutro fazemos um desenho juntas... Há muitas coisas que poderemos fazer!

Talvez muitos dos que nos lêem achem que estamos a ser fundamentalistas. Não. Estamos simplesmente a educar os nossos filhos na Fé que professamos. Temos de ser coerentes com aquilo em que acreditamos. Perdoarão, não podemos ser católicos de Domingo sem repercussões no dia a dia, na vida ordinária. Não é isso que queremos transmitir aos nossos filhos.

Estas modas podem parecer inofensivas e lúdicas, mas importa saber o que têm por trás.

sábado, 21 de outubro de 2017

Sábados diferentes

Gosto imenso destes Sábados. De manhã, mantemos a rotina. Saímos pelas oito horas em ponto para beber o café e trazemos pastéis de nata para as meninas e uma delícia/palmier/russo para o mais velho. 

Depois vamos comprar o Expresso.

Mas de quando em quando o Sábado diferencia-se porque saio com o filho mais velho pelo meio da manhã e rumamos ao escritório. Eu trabalho e ele estuda. 



Pela hora do almoço vamos a um restaurante que gostamos particularmente e falamos de tudo. É importante que nesta idade de adolescência o pai (e a mãe) seja(m) uma referência positiva. Eu aprecio e ele aprecia. Falamos, rimos, comentamos, ouvimos... tudo nestes benditos Sábados. Só nós os dois.

Hoje, ele quis provar o moscatel de Favaios que pedi para acompanhar o café. Achei giro. Faz parte. Prefiro assim que ter um filho a esconder-me coisas.

Disse-lhe o que penso. Imagino-o (e às irmãs) um dia mais tarde a ganharem asas porque faz parte. Mas levam com eles uma mochila cheia do que  lhes demos em duas décadas para enfrentar a vida. Uma mochila cheia de tudo para que tenham critério, sejam bons católicos, sejam pessoas com envergadura.

Depois do almoço disse-lhe que gostava muito de estar a sós com ele e ele devolveu a elegância. É importante comunicarmos o que sentimos. Ele tem de sentir o que sinto porque o que sinto é demasiado grande para conter cá dentro, só para mim.

Mais tarde, ele rumou ao Xénon e eu regressei ao escritório (onde escrevo este texto) até à noite para depois, ao final do dia, rumarmos a casa e encontrarmos a família que nos espera para aquele abraço bem bom.

Findo. Se um dia o tivermos conseguido, já terá valido a pena. Apontamos-lhes o Caminho. Que voem...

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A Vida Toda

Eu partilhei com ela um vídeo e a respectiva letra de A Vida Toda, da Carolina Deslandes.
É qualquer coisa...
Ela fez um vídeo com as fotografias que nos trazem as memórias de uma vida. Ficou uma delícia.
À noite vimos em família.

domingo, 8 de outubro de 2017

Oração após a celebração da Missa


Aprendemos. Compreendemos. E transmitimos...

Muitas vezes questionamos que frutos demos. Poucos, muito poucos. 

E quando tudo parece ruir, olhamos os nossos filhos e pensamos que, aconteça o que acontecer, eles têm as bases. 

E quiçá são elas os nossos (poucos) frutos.



É comum que, após a celebração, após a benção final, o povo de Deus se dirija para a porta da saída para, muitas vezes, falar no átrio da igreja. E isso faz parte, é muito saudável e assim se faz comunidade. 

Mas não é menos verdade que devemos agradecer a Missa. Jesus, aqui e ali, ensinou que devemos ser muito agradecidos. Lembremos, por mero exemplo, a cura dos dez leprosos. Apenas um regressou para agradecer e Jesus fez-lhe o reparo: "(...) e os outros, não vieram agradecer?".

Nesse sentido, e porque nos ensinaram, após a celebração, após a benção, permanecemos mais um pouco em recolhimento. Nem sempre é fácil por causa da converseta que se ouve dentro e fora da igreja mas, se esperarmos um pouco mais e nos focarmos no Sacrário, a coisa compõem-se. 

Assim, temos mantido esse recolhimento. Agradecemos ao Senhor a Missa, a renovação do Santo Sacrifício e depois, após esse agradecimento, rezamos o Cântico dos Três Jovens na fornalha ardente. E no fim, terminamos com uma jaculatória: Santa Maria, Esperança Nossa, Sede de Sabedoria... Rogai por nós.

Damos o nosso testemunho para que quem nos lê, nele reflicta.
O Senhor gosta particularmente que sejamos muito agradecidos.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Hábitos que devem permanecer

Há muito tempo atrás só pai e mãe comungavam de joelhos. Mas porque é tão verdade que somos sempre exemplo para fora mas acima de tudo para dentro e porque também é verdade que os filhos são o espelho do que nós, pais, somos, foi com curiosidade e agrado que constatámos que o filho mais velho começou a comungar, de igual modo, de joelhos.

Mas não passou muito tempo até que a filha do meio adoptasse o mesmo comportamento, por imitação aos pais e irmão. Talvez tenha ficado mais solta na decisão quando viu que o irmão comungava como os pais. "E se ele faz eu também posso (devo) fazer."


Assim, a nossa família comunga agora de joelhos. A benjamim ainda não fez a sua primeira comunhão. Mas conhecendo-a como conhecemos... não ficará atrás quando chegar o seu momento.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Canonização da Irmã Lúcia pela Benjamim

Santos para brincar
Irmã Lúcia de Jesus

A caminho da escola voltámos ao hábito de rezar uma Avé-Maria, a oração do Anjo da Guarda, uma jaculatória ao Espírito Santo e pedimos a intercessão de Santa Teresinha e dos Santos Francisco e Jacinta Marto para o nosso dia.

Depois desta pequena oração a pequenina pergunta à irmã:

- Sabes como é que a irmã Lúcia vai ser santa?

- Não, diz lá. - respondeu a mana.

- É fácil. Eu aleijo-me, peço à Irmã Lúcia para pedir a Jesus que me cure, Ele cura-me e já está, o Papa diz que ela é Santa. 

Visto assim até parece simples.





Ver Santos para brincar no blogue Pequenos Pormenores por Amor

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Uma Carmelita pequena

Na nossa ida a Fátima fomos visitar as nossas muito queridas Irmãs Carmelitas, que como sempre nos recebem com sorrisos rasgados e muito amor.

As meninas ofereceram às Irmãs os desenhos e os mimos que haviam feito.

Estivemos à conversa. E vimos sempre com o coração cheio quando saímos do Carmelo.


Ao almoço a nossa benjamim disse repentinamente:

-Mãe, vou ser Carmelita. Mas tens de me prometer uma coisa!

- O quê?- perguntei

- Tens de ir sempre lá à Missa, para eu te ver e tu a mim!

- Está prometido! - respondi.

Quem sabe se daqui a uns anos pai e mãe não passarão a ir à Missa ao Domingo ao Carmelo de Fátima? 😊

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Flores para a Mãe

Nestas férias fomos passar um dia com a Mãe do Céu em Fátima.

Quando anunciámos às crianças que iriamos a Fátima a alegria foi geral, e as duas princesas apressaram-se a fazer desenhos e mimos para darem às Irmãs Carmelitas. Mas houve um pedido especial da benjamim:



- Podiamos levar flores a Nossa Senhora!

Achei boa ideia. E tratámos disso imediatamente. Tinhamos um ramo de flores que haviamos comprado no mercado. Tirámos as flores necessárias para fazer um ramo bonito e depois com a ajuda das meninas fizemos um cartão com uma dedicatória à Mãe do Céu.

A pequena ao caminhar em direcção ao Santuário olhava orgulhosamente para as flores que iria entregar em nome da nossa Família a Nossa Senhora.

Entrámos no Santuário, dirigimo-nos à Capelinha, rezámos uma Avé-Maria em Família e como se estava a celebrar Missa a pequenita teve de esperar para entregar as flores.





Antes do regresso a casa tivemos a oportunidade de colocar o ramo na Capelinha. Que felicidade expressa no olhar de toda a Família por aquele pequeno gesto.

Temos a certeza que a Mãe também gostou, por isso colocou esta felicidade transbordante nos nossos corações.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A oração

Ainda que este blogue não seja um espaço para pública confissão, faço-o convencido que é por bem.

Esta semana tive Círculo e, desde que me levantei, tive a sensação de que não me apetecia absolutamente nada ao fim do dia, debaixo de calor, percorrer kms e kms até ao Centro.

A meio da tarde tive a ténue esperança que não houvesse. Comuniquei pelo WhatsApp e ouvi a inevitável notícia: havia Círculo.

Ok, era hora de assumir que as mortificações conferem disciplina. Fui.

Apanhei calor, filas e kms de estrada. 

Quando cheguei ao Centro visitei Nosso Senhor e disse-Lhe com toda a verdade: vim por Tua causa. Não me apetecia nada. Mas sabia que ficarias contente...

O mais surpreendente foi o tema do Círculo: a oração.

E como me sensibilizou...

Percebi claramente que há muito tempo andava a balões de soro, isto é, sem a necessária vida interior que se adquire pela oração, a tempos fixos, para mortificar e conferir eficácia, como ensina São Josemaria.

Sem oração... fazemos coisa avulso. E sem oração, fazemos as coisas mal. Não que façamos o mal, mas fazemos mal as coisas porque não há uma linha de ligação. Fazemos avulso... sem conexão, sem intimidade, sem vida interior. Fazemos mal.

E curiosamente, tocou-me tanto que no regresso comecei a pensar que havia de fazer para mudar a minha vida, a minha rotina, os meus horários para poder fazer, de manhã e à tarde, a meditação. 

No dia seguinte mudei tudo com a concordância e conivência da minha mulher. Levantei-me, fui tomar banho, vesti-me, desci para tomar o pequeno almoço e depois comecei a fazer o meu tempo de oração. Li o Evangelho e depois a meditação do livro Falar com Deus. 

Antes das 8 horas saí de casa para o trabalho e antes das 8:30H tinha também, o terço rezado. E assim tenho permanecido. Que Deus me ajude a manter o ritmo. 

É verdade que me deito tarde e que de manhã tenho sono, imenso sono. Mas também é verdade que Deus me tem enchido de alegria por estar mais perto e por conseguir vencer-me por causa d´Ele.

Ao fim e ao cabo, escreve São Josemaria no Ponto 450 do livro Sulco:
- Um costume eficaz para conseguir presença de Deus: todos os dias, a primeira audiência é com Jesus Cristo.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Coisas de Meninas

Cá por casa, as meninas fazem coisas de meninas e amam o cor-de-rosa , o violeta e os brilhos!

E hoje foi dia de aprender a bordar.


Era um desejo das princesas há já algum tempo, e a mãe hoje tomou a decisão de o fazer, com uma grande dose de paciência.





A benjamim aprendeu a bordar com o pano no aro um ponto reto simples. E fê-lo muito bem e direitinho!





A princesa mais velha aprendeu a fazer ponto cruz. Primeiro preparámos um gráfico simples, depois foi tempo de perceber como lê-lo para colocar no pano e por fim passar à acção.


Começámos por um coração simples.
E neste momento, a mana crescida já se aventurou a bordar um pato. Está toda entusiasmada e perplexa com o resultado do trabalho das suas mãos.




E assim se passa uma tarde bem ocupada e sem televisão. 
A fazer coisas de MENINAS!

domingo, 20 de agosto de 2017

A pequenita já quer participar na Missa



A nossa benjamin fez 7 aninhos esta semana e agradecemos muito a Deus o dom da sua vida.

Curiosamente e ao contrário do que fazia até aqui, a pequena (que já de diz grande), pediu para começar a levar o Missal (O meu pequeno Missal) para a Missa. 


Fê-lo no Domingo passado e hoje também.
A pequenita, que aprendeu a ler, tem gosto não só de estar na Santa Missa mas também dela participar.
Queixa-se - e muito bem - que os adultos rezam muito depressa e que não nos consegue acompanhar. E tem toda a razão. Mas todos sabemos que no início é sempre assim. Depressa apanhará o comboio. O mais importante, para nós pais, é que tenha ganho o gosto de estar mais presente e participar (e não apenas estar) na Santa Missa.

domingo, 6 de agosto de 2017

Maior que o sol, maior que a lua, maior que uma aparição.

Todos os meses de Maio – graças a Deus – milhares e milhares de portugueses e estrangeiros rumam, como peregrinos, a Fátima. 

Visitam a Mãe.

Muitos, num bom número, nunca visitam o Filho, uma vez que seja, num ano inteiro.


A Mãe fica felicíssima quando recebe os filhos no Altar do Mundo. Mas ficaria ainda mais, imensamente mais, se os seus filhos além de a visitar, visitassem O Filho.

Porque - e perdoem a ousadia - se assim não for… Fátima será capricho de muitos munidos de uma fé que se mais se assemelha a uma fezada.

E repara nesta verdade absoluta. Em cada Eucaristia ocorre um milagre maior, infinitamente maior que a aparição de Nossa Senhora na Azinheira em Fátima ou um qualquer milagre de um sol a bailar.

A transubstanciação é infinitamente maior que o que ocorreu em Fátima há 100 anos. E ainda assim… 

Haverá coisa mais extraordinária? Haverá milagre mais absoluto?

Com muita seriedade diríamos o seguinte: quem quer presenciar e viver um milagre grandiosos vá a uma Missa. Transformar o pão e vinho no Corpo e Sangue do Senhor, o transformar a substância... não é absolutamente extraordinário? 

Pois bem, devemos todos pensar um pouco e com um enorme caridade e sentido cristão fazer compreender a quem vai ao Maio e somente ao Maio que algo maior ocorre diariamente, mês após mês, ano após ano, numa igreja perto de qualquer um de nós. Maior que o sol, maior que a lua, maior que uma aparição. 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tweet



Na Santa Missa de perna traçada?

A renovação por parte do Senhor do Sacrifício da Cruz merece só isso de ti?

Guarda isso para o café ou esplanada onde nada acontece e se acontecer não merece de ti maior solenidade.

domingo, 30 de julho de 2017

O Anjo de Portugal ensinou a comungar de... joelhos.


Fátima devia ter feito escola sobre o aspecto eucarístico. Há pouco mais de cem anos e como bem recordou Dom Athanasius Schneider a Aura Miguel na RR, o Anjo de Portugal mostrou e ensinou o mundo como comungar: de joelhos.

Hoje em dia, pelo mundo fora, nas nossas igrejas, é comum os católicos comungarem na mão com imensos fenómenos de banalidade, citamos. O anjo mostrou como se deve receber a comunhão. Ele deu a comunhão às crianças ajoelhadas. Ele próprio ajoelhou tendo feito uma inclinação profunda, reiterou O Bispo Auxiliar.

Na nossa família comungámos muitos anos na mão. Justificávamos por uma questão de higiene. Mas na verdade, em rigor, nenhum ministro da comunhão toca os seus dedos dedos nas nossas línguas, pelo que aquela razão não colhe.



Há largos meses a esta parte que procuramos comungar de joelhos. Os meninos, não. Por ora, comungam de pé. Mas não na mão. Há dias fomos à Missa a uma terra que não a nossa. Na Igreja da Atalaia, o Padre Miguel Aguiar tem o supremo cuidado de ter genuflexórios (modernos, amplos e bonitos) para os seus paroquianos comungarem. O facto de os ter é, por si, um enorme convite a que os fiéis comunguem de joelhos.

Findamos. Exortamos a que ouçam a entrevista de Athanasius Schneider. Além de um tremendo testemunho (absolutamente fantástico), faz esta reflexão sobre a comunhão de joelhos nos derradeiros 3/4 minutos da entrevista.

Infra, deixamos a descrição da aparição do Anjo e damos a sugestão a todos os que nos lêem para uma maior reflexão sobre o acto de comungar podendo, quiçá, colocar a questão aos párocos aludindo inclusive, por que não, sobre a possibilidade da existência de genuflexórios no decorrer da Santa Missa. Nós procurámos fazê-lo junto do actual pároco da nossa paróquia, sem sucesso. Razão pela qual comungamos de joelhos no chão. Mas… pode ser que tenhais mais sorte.

A terceira Aparição – Outono de 1916

A terceira e última aparição do Anjo teve lugar no Outono, quando as crianças guardavam os seus rebanhos no olival pequeno. Ajoelharam-se, com a testa a tocar no chão, e rezavam a oração do Anjo quando uma luz extraordinária brilhou sobre eles.

«Vemos o Anjo, tendo em a mão esquerda um Cálix, sobre o qual está suspensa uma Hóstia, da qual caem algumas gotas de Sangue dentro do Cálix.

«O Anjo deixa suspenso no ar (a Hóstia e) o Cálix, ajoelha junto de nós, e faz-nos repetir três vezes:

«Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.»


Lúcia continua: «Depois levanta-se, toma em suas mãos o Cálix e a Hóstia. Dá-me a Sagrada Hóstia a mim e o Sangue do Cálix divide-O pela Jacinta e o Francisco, dizendo ao mesmo tempo: «Tomai e bebei o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus. «E prostrando-se de novo em terra, repetiu connosco outras três vezes a mesma oração e desapareceu.»

domingo, 23 de julho de 2017

Ensinamentos do livro "Viver a Missa" – V


Os ritos iniciais

Desde os primeiros séculos que o facto de os cristãos se reunirem no mesmo local, a uma hora determinada, tem enorme significado. É Ele, Cristo, que preside invisivelmente a toda a celebração eucarística. É portanto lógico que nos esforcemos por chegar pontualmente ao Santo Sacrifício, por chegar mesmo uns minutos antes, como fazem as pessoas bem-educadas, sobretudo se o encontro foi marcado por uma personalidade de relevo. E não há personalidade tão relevante como Nosso Senhor, nem reunião tão sagrada como a Santa Missa.

Por conseguinte, sempre que nos seja possível, cultivemos o hábito de nos recolhermos em oração imediatamente antes de participarmos na celebração da Eucaristia. Haverá circunstâncias em que teremos dificuldade em fazê-lo, devidos às nossas circunstâncias profissionais, familiares, etc.; pois é precisamente nessas alturas que devemos empenhar-nos mais nesse sentidos, fazendo os sacrifícios pessoais necessários para o efeito.

Uma participação plena, consciente e activa no santo rito que se celebra no altar, cada um à sua maneira: os sacerdotes, que representam Cristo-Cabeça e actuam em seu nome e na sua Pessoa, apurando o mais possível a sua identificação com o Sumo-Sacerdote; e os leigos, que receberam o sacerdócio real no Baptismo, procurando unir-se intimamente ao Redentor e oferecendo-se, com Ele e n´Ele, por meio do sacerdote.

Participar activamente na Santa Missa não consiste necessariamente em realizar acções exteriores; trata-se essencialmente de uma atitude interior, que nasce da fé e da consideração amorosa daquilo que se realiza no Mistério Eucarístico. Procuremos, pois, esmerar-nos na leitura dos textos ou em ouvi-los com piedade sincera e com atenção; afastemos as pressas e precipitações, concentrando-nos naquilo que se diz e naquilo que se faz; procuremos aplicar as palavras e as acções litúrgicas à nossa vida de todos os dias. Com efeito, de cada vez que celebramos  ou assistimos à Santa Missa, a liturgia abre-nos um campo imenso de aperfeiçoamento espiritual.

Para que a celebração em que estivemos presentes se prolongue pelo nosso dia fora, torna-se imprescindível «viver» todos e cada um dos momentos da Missa, de modo a que seja a cruz de Cristo e a sua oblação redentora a fecundar e a servir de coluna vertebral à nossa jornada.  


FEM partilha breves trechos salteados (ipsis verbis ou adaptados por nós das partes que entendemos mais importantes), do livro Viver a Missa de Mons. Javier Echevarría, resultante da necessidade de compreender o itinerário espiritual que se segue de perto o desenrolar dos ritos litúrgicos, permitindo conhecer, por um lado e meditar, por outro. Em Portugal a edição do livro pertence à Lucerna.