Família em Movimento

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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ioga na escola? Não, obrigada!

Na passada sexta-feira a nossa benjamim chegou a casa com a novidade. Tivera uma aula de ioga no âmbito da  Actividade Física e Desportiva (Actividade Extra Curricular), na escola.

No início do ano inscrevemos a pequenina nas Actividades Extra Curriculares (Música, Inglês e Actividade Física e Desportiva) à semelhança do ano anterior.

Todavia, este ano a Associação de Pais da escola propôs a introdução de aulas de ioga nas AEC's. Importa frisar que as AEC's são de cariz facultativo e não têm um plano de avaliação.

À hora do jantar, tivémos connosco o nosso Querido Padre Pedro, e a princesinha contou a novidade à mesa. O Padre alertou-nos para a espiritualidade que está por trás do ioga, e para termos atenção.

No dia seguinte, já só com as meninas em casa, perguntei à benjamim o que fizera no ioga. Ao que me respondeu que fizera um jogo, e explicou-me o mesmo. 
Um jogo simples e lúdico. 

No entanto, a pequenina mostrou-me como cumprimenta a professora de ioga ao entrar e sair da aula.



-É assim, mãe:  juntamos as mãos como se estivéssemos a rezar  inclinamos a cabeça e dizemos "mamastê".

Perguntei-lhe:
- E tu sabes o que isso quer dizer?

Respondeu-me que não.

Terminei a conversa por ali e fui procurar saber mais sobre esse cumprimento.




Descobri que:
"Como saudação, namastê pode ser dito com as mãos juntas em frente ao tórax e com uma ligeira curvatura, para indicar profundo respeito, pode-se colocar as mãos em frente a testa, e no caso de reverência a um deus ou santidade, coloca-se a mão completamente acima da cabeça."

Mais tarde, sentei a princesinha no meu colo e disse-lhe:

- Amor, gostava de falar contigo sobre as aulas de ioga. 
Nós amamos Jesus. E quando entramos na Igreja ajoelhamo-nos e curvamo-nos diante do Sacrário onde está Jesus, porque Ele é o nosso Deus. 
Respeito, devemos ter por todas as pessoas, mas curvarmo-nos só diante de Jesus. 
Querida, a mãe e o pai não concordam que vás às aulas de ioga porque aquilo que irias aprender é contrário à Fé em que acreditamos.
Tu compreendes o que te digo?

- Sim. - Respondeu.

A mana mais crescida que estivera a ouvir a conversa interveio:

- ...inha, nós somos amigas de Jesus. O ioga não te ensina coisas sobre Jesus.

No final da conversa disse-lhe:
- Filha, irei escrever um recado na caderneta à professora a dizer da nossa decisão, e à sexta-feira virás mais cedo para casa. Eu prometo que fazemos algo juntas, só nós duas. Os manos estão na escola e a mãe irá preparar uma actividade para fazermos as duas. 

A pequenita ficou empolgada com a ideia de poder ter a mãe só para ela por um bocadinho. E com alegria disse:

-E o que vamos fazer, mãe?

- Ainda não sei, vou pensar. Pensa tu também... Posso contar-te uma história num dia, noutro fazemos um desenho juntas... Há muitas coisas que poderemos fazer!

Talvez muitos dos que nos lêem achem que estamos a ser fundamentalistas. Não. Estamos simplesmente a educar os nossos filhos na Fé que professamos. Temos de ser coerentes com aquilo em que acreditamos. Perdoarão, não podemos ser católicos de Domingo sem repercussões no dia a dia, na vida ordinária. Não é isso que queremos transmitir aos nossos filhos.

Estas modas podem parecer inofensivas e lúdicas, mas importa saber o que têm por trás.

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