Todos os nossos filhos já se mascararam de príncpes e princesas. Fizeram-no por ocasião do Carnaval.
E nós concordamos que aí foram forçados a mascararem-se. Foras esses poucos dias carnavalescos eles podem assumir essa condição sem máscaras.
Somos filhos de um Rei e devemos assumir a nossa condição seja onde for e seja com quem for sem respeitos humanos. Aliás, os outros é que deveriam ter respeitos humanos ao não se sentirem filhos de um Rei. Nós, nunca.
Nem sempre foi fácil e teve treino. Hoje já o fazemos como quem bebe um copo de água. E se por acaso falhamos pedimos imediatamente desculpa ao Senhor e levamos a o tema a confissão.
Exagero? Porquê? É exagerar afirmarmos perante os outros termos vergonha de assumir a nossa condição cristã? Isso não é uma forma de negar Cristo?
Exagero? Porquê? É exagerar afirmarmos perante os outros termos vergonha de assumir a nossa condição cristã? Isso não é uma forma de negar Cristo?
Por aqui pensamos assim. Se excessivos ou não, fica no critério de cada um. Para nós não é ser excessivo uma negação, seja por acção, seja por omissão. É uma negação por via de uma vergonha interior em respeito ao pensar de terceiros sobre determinado acto.
Devemos sentir endeusamento. Sim, o bom endeusamento.
Por um lado somos feitos de barro e a nossa vida (a nossa pelo menos) é feita sem brilho e notoriedade,como Jesus quer. Não valemos nada e não somos nada e o que somos a Ele o devemos. Mas ainda assim, neste nada, tudo somos. Paradoxo? Não. Somos filhos de Deus. Fomos escolhidos para sermos santos e seus instrumentos, pese embora a nossa condição e miséria humana. Assim e nessa condição, filhos de um Rei assumem-se como tal em qualquer circunstância.
Conta-se que certo dia um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola.
Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades.
O pobre mendigo, confuso e atordoado, exclamou: eu não pedi tanto!
E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou.
(Cristo que passa, 160)
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