Família em Movimento

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Um mocho para o pai

No último Natal, as princesas cá de casa (talvez por influência da mãe) pediram ao Menino Jesus uma máquina da costura. E Ele concedeu-lhes esse desejo.

Como tal, lancei mãos ao trabalho de ensinar as meninas a costurar à máquina, já que à mão já vão fazendo umas coisinhas!

Desde o Natal até aqui andaram a experimentar as máquinas: coser a direito, unir um tecido a outro, ajeitar o tecido conforme a máquina vai cosendo,… Enfim experimentaram livremente!
Importa esclarecer que a mana mais velha tem uma máquina a sério e a pequenina uma máquina a pilhas, mas que cose.

Ontem, como não tiveram escola, foi dia de fazermos um projecto de costura com um objectivo definido.


Escolhemos os moldes. A princesa do meio escolheu um mocho, porque o pai gosta muito de mochos e ela quis que a sua primeira obra fosse para oferecer ao pai. A benjamim que gosta é de ver o tecido a andar conforme vai carregando no pedal, escolheu um tecido cheio de flores para coser à vontade.

A mana do meio confessou estar nervosa porque queria fazer um mocho bem feitinho para ofertar ao pai.



Recomendei-lhe que estivesse tranquila porque estava a aprender. É bom que tenha esse cuidado de fazer bem o que se propõe, mas o pai de certo que gostará do resultado final seja ele qual for.

No final, o mocho ficou lindo! E ela ficou maravilhada com o trabalho das suas mãos.

Disse-lhe que o resultado magnífico tinha sido das suas mãos, mas o mais importante foi o amor que ela pusera naquilo que estava a fazer para agradar ao pai que tanto ama.

Assim que o pai chegou a casa correu a mostrar-lhe o presente que lhe fizera.

“A minha filhota surpreendeu-me. Por um lado pela perfeição. Por outro, pelo critério. E conseguiu surpreender ainda um pouco mais por me ter escolhido como preferência da sua primeira obra.
Cheguei muitíssimo cansado a casa e a necessitar de injecções de paciência face ao dia que havia tido.
Mas quando uma ternurinha nos oferta algo assim… derretemo-nos imediatamente.
Gosto de mochos. Muito. Sim, pela minha vertente académica.
A minha menina pediu para levar o mocho para a escola no dia de hoje para mostrar à professora. Disse-lhe imediatamente que sim. É importante que ela sinta gosto num trabalho bem acabado. Um trabalho bem acabado pode e deve ser oferecido. Que a minha menina cresça com esta convicção e alento de fazer bem e acabar bem. Um trabalho mal feito e acabado à pressa, não tem valor porque não teve amor. Foi feito por ser feito. Vale zero. Outra coisa é quando empregamos amor às coisas.  
Um obrigado e um abraço apertado à minha menina
Pai”

Entretanto, a pequenina fez uma encomenda à irmã: “Também quero um mocho! Cor-de-rosa e com brilhantes!”
 Aqui fica o resultado de uma tarde de costura!


4 comentários:

  1. Que giro, a Clarinha também começou com um mocho, nos seus primeiros trabalhos de costura!!! Agora seguem-se os fatos de carnaval dos manos mais novos :) Parabéns pela criatividade na ocupação dos tempos livres dos filhos. Vocês ajudam a provar que as crianças não precisam de sair de casa para terem tempos livres de qualidade, nem precisam de ficar agarradas aos telemóveis e à televisão! Estamos em sintonia :) Ab Teresa Power

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    1. Olá Teresa!

      Obrigada pelo comentário.
      Pessoalmente gosto muito de trabalhos de costura e as meninas vão pelo mesmo caminho. Temos passado umas tardes engraçadas agarradas à costura.
      A culinária também ocupa algum dos nossos tempos livres!

      Os tempos livres criativos tornam as crianças mais felizes, principalmente se forem acompanhados pelos pais.
      Um beijinho

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  2. Já eu de costura percebo perto de zero, o que me impede de ensinar às minhas filhas (não posso transmitir o que não sei, não é?). Em relação à culinária, começo a dar uns passos um bocadinho mais soltos... Daqui a algum tempo espero partilhar alguma sabedoria com os meus filhos!

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    1. Olá Mimi!

      Pela forma divertida como se expressa, certamente transmite muitas coisas positivas aos seus filhotes.

      Eu não tenho nenhum curso de costura ou de culinária apenas vou experimentando. Às vezes sai bem outras não!
      Contudo, estas experiências em família são sempre divertidas quer corram bem ou menos bem.

      Um beijinho

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